5 de mai. de 2011

A cobertura da Indy

No último final de semana estive envolvido na cobertura in loco do site Tazio da Indy no Anhembi.

Apesar de alguns contratempos, foi uma experiência muito interessante.

Impossível não fazer uma comparação com a Fórmula 1.

O trabalho no circuito começou na quinta-feira, com algumas coletivas de imprensa e, graças a interrupção da corrida no domingo por causa da chuva, foi até a segunda-feira. Foram cinco dias de muita correria.

Durante o mês que passei na Espanha cobrindo a pré-temporada da categoria, postei aqui mais de uma vez sobre as dificuldades para fazer matérias fora do eixo convencional e de conseguir entrevistas.

Na Indy, em plena etapa do campeonato, a cobertura é muito mais tranquila. A categoria é mais aberta por essência.

Lógico que muito disso, como disse Rubens Barrichello, tem a ver com o regulamento. Com carros e motores iguais, as equipes têm menos segredos. Os times ficavam todos expostos no Pavilhão do Anhembi. Para falarmos com alguém, era necessário apenas bater na porta do escritório. Lógico que nem sempre a resposta era sim, mas também poderia ser, ao contrário da Fórmula 1.

Os pilotos, ao caminhar pelo pit Lane ou pelas garagens, param para conversar. Não passam reto ignorando qualquer pedido.

É verdade também que o assédio da imprensa é menor. Apesar de alguns poucos jornalistas americanos, existia apenas brasileiros na cobertura, e ninguém estava se matando por uma palavra de Dario Franchitti ou Will Power, como aconteceria com Sebastian Vettel ou Fernando Alonso.

Os brasileiros, todos muito simpáticos, atendiam a todos em coletivas conjuntas, mas também, sempre que necessário, na garagem.

Outro fator a destacar, especialmente para mim, é que os veículos de internet não sofrem discriminação, como na Fórmula 1, que nem aceita credenciamento durante a temporada. Algo que, com certeza, terá que mudar no futuro.

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