4 de set. de 2011

Bratislava: mais sol e calor

Depois de tanto ouvir sobre Bratislava no meu mochilão de 2010, finalmente consegui vir conhecer a cidade.

A viagem desde Budapeste, de trêm, na sexta-feira, durou pouco menos de 3 horas. Desci na estação central já no começo da noite, peguei o tram (bonde) e desci perto no meu albergue, que fica a poucos metros da zona do Centro Histórico.

Estou no Hostel Blues, muito bem localizado, com um bom quarto, um belo bar, que fica aberto 24 horas, rolando música o tempo todo, e um staff jovem e atencioso. Além disso, uma internet bastante confiável, o que é difícil em albergues em geral.

O calor está igual ou até pior do que em Budapeste. Não foram poucas as vezes que vi o termômetro da rua em 35°C.

A cidade é pequena, muito pequena. Ela tem vários bares e restaurantes no centro histórico com ruas apertadas e alguns prédios charmosos, mas a arquitetura não chama a atenção. Aliás, a cidade tem uma arquitetura bem comum.


As ruas da parte normal são relativamente amplas, com boas calçadas, e a rede de tram é considerável para o tamanho da cidade. Também é muito fácil pegar um ônibus para qualquer lugar.

No primeiro dia inteiro na cidade, fui conhecer o centro, que está bastante agitado por causa de um festival de cultura que está acontecendo por aqui, com danças típicas, feiras com produtos artesanais e etc. O castelo fica no alto de uma montanha, virado para o rio Danúbio, que corta Bratislava.

Depois de uma bela caminhada pela manhã, peguei um ônibus urbano no meio da tarde para Devín, um sítio arqueológico com ruínas em um lugar sensacional. As primeiras peças são do final da Idade da Pedra, 5 mil anos antes de Cristo.


Ele acabou se tornando um castelo no alto da montanha, que fica ao lado do encontro dos rios Danúbio e Morava, em um local estratégico da região. Ele passou pelas mãos dos Celtas, Romanos, do Império Austro-Húngaro, até que foi praticamente todo destruído pelas as tropas de Napoleão.

As ruínas são muito interessantes, vale a visita, e, como fica no alto de uma montanha, a vista é linda. No pé do morro, já existe um hotel e alguns restaurantes, e o lugar virou um local de diversão também, com banda tocando música country (pois é ...). Quando estava andando para conhecer melhor, descobri que tem uma ciclovia que chega até a cidade, margeando o Rio Danúbio, o que deve ser um belo passeio. Foi uma pena não ter visto isso antes.

À noite, fiquei no bar do albergue e conheci uma turminha, um casal de ingleses, duas suecas e um australiano (sempre tem pelo menos um), com quem fiquei conversando até o começo da madrugada.

Neste domingo pela manhã, fui conhecer o Cemitério Militar, que fica no alto de outra montanha, aqui em Bratislava mesmo. Acho que foi uma das maiores ladeiras que tive que subir na minha vida. O sol, sempre muito forte, também não ajudou. Estão enterrados ali os soldados que lutaram na II Guerra Mundial. A vista da cidade também vale a pena.


Mais uma voltinha pelo centro da cidade e passei no museu que fica instalado no Pálffy Palace. Algumas obras do início do século XX, mas o ponto alto está na parte contemporânea. É a instalação “The Passage”, do artista local Matej Krén.

É um caminho de certa de um metro de largura. As paredes estão lotadas de livros no chão e no teto, ao lado da passagem por onde passamos, ficam espelhos, o dá um efeito de profundidade infinita. É imperdível para quem passa pela cidade.

Depois, voltei para o albergue ainda durante a tarde. Tinha bastante gente no bar. O sol não estava empolgando a galera de sair, especialmente os ingleses e suas peles branquinhas.

No final das contas, Bratislava é lugar legal, agitado, com boas casas noturnas. Vale uma rápida visita.

Nesta segunda-feira, logo pela manhã, pego meu voo para Milão, última parada desta viagem. Terei uns dois dias para um turismo antes de voltar as minhas atenções para a cobertura do GP da Itália de F1.

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