A Stock Car continua tentando vender suas balelas. Segundo o site Tazio, as equipes da categoria já foram comunicadas que a tão falada prova nas ruas de Salvador não acontecerá e que será substituída por Campo Grande, cujo autódromo recebe muitas críticas todos os anos.
A Stock tem um potencial gigantesco e nos últimos anos se tornou, junto à Fórmula Truck, uma categoria que comporta pilotos profissionais, que podem viver do automobilismo. Isso com certeza é maravilhoso e importantíssimo para a estrutura deste esporte no Brasil. Mas nos últimos anos ela caminha para o lado errado. Ficou praticamente 10 anos (!!) com o mesmo chassi, coisa inimaginável para qualquer competição. Nem de kart. Resolveu se tornar multi marca, atitude louvável apesar de tomada por motivos errados, só que colocou só bolhas na pista. Nenhum envolvimento das montadoras e marketing sobre os carros foi zero (que é o que interessa para as empresas: vender carros). Resultado óbvio é que em dois anos duas das quatro fabricantes que investiram já se desligaram (Volks e Mitsubishi) e já corre o boato que para 2010 mais uma ou até mesmo as duas marcas restantes podem sair também (Pegeout e Chevrolet).
Só corre na Stock Car que tem dinheiro para colocar em alguma equipe. Todos os lugares, inclusive em equipes de ponta, estão sendo literalmente leiloados. Veja por exemplo que o campeão e o vice de 2008 terminaram o ano desempregados (Ricardo Maurício, o campeão, fechou com a Eurofarma há algumas semanas). Não tinha ninguém brigando por eles.
Não sou contra a Stock Car, muito pelo contrário. Acho uma categoria extremamente atrativa, importantíssima na história do automobilismo brasileiro e que poderia se tornar algo muito maior que é. Ela não está nem perto do nível técnico de campeonatos internacionais como DTM, TC200, BTCC, V8 australiana ou NASCAR como os dirigentes defendem. Tomara que alguém caia na real e salve a Stock Car.
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