16 de nov. de 2009

Mercedes compra Brawn e volta à Fórmula 1 como equipe

Já se falava há algum tempo sobre o namoro. Nesta segunda-feira, a Mercedes anunciou a compra de 75% da Brawn e que o time correrá a partir de 2010 como uma equipe de fábrica e sob o nome de Mercedes Grand Prix.

É um momento histórico, já que não é a entrada de um simples time ou de uma montadora qualquer na Fórmula 1, é o retorno de fábrica que tem o esporte no seu DNA, desde a invenção do automobilismo, com uma linda história no período dos “Grand Prix’s” e uma rápida e vitoriosa passagem pela Fórmula 1 na década de 50.

Este investimento, em um momento em que outras montadoras estão saindo ou cogitam sair da categoria, mostra a diferença entre montadoras que tem um verdadeiro projeto de marketing ligado ao esporte, que sabem aliar e ver oportunidades no mercado, das que entram em saem sem um planejamento consistente a longo prazo como time e como empresa.

A Mercedes, através de seus donos, a Daimler e o Aabar Investments comprou 75% da Brawn, se tornando acionista majoritária da equipe. Ross Brawn seguirá como diretor geral, porém, como não poderia deixar de ser, terá ao seu lado agora Norbert Haug, assim como em todas as empreitadas esportivas da marca.

A empresa alemã anunciou que seguirá fornecendo motores para a McLaren até 2015, porém irá vender seus 40% de ações do time nos próximos dois anos. Fala-se que a equipe de Woking começa um projeto de motor próprio visando o fim da parceria, algo que com certeza levará algum tempo para se colocar em prática.

Segundo as principais agencias internacionais, Nico Rosberg será um dos pilotos novo time Mercedes. É lógico que o campeão mundial Jenson Button é outro nome cotado e não acredito que dinheiro seja problema agora. Mas como o inglês anda fazendo jogo duro, Nick Heidfeld é uma alternativa. Com certeza, Kimi Raikkonen pode ser outro nome que volta a pauta.

Do outro lado deste acontecimento está a Brawn, que termina como começou, em um anúncio envolvendo uma grande montadora. O time ficará registrado nas páginas dos livros de história do automobilismo como tendo existido por apenas um ano, em uma temporada mágica em que venceu 8 de 17 corridas e conquistou o título mundial de pilotos e construtores. Ross Brawn, que já tinha imortalizado seu nome como um dos componentes de um dos times mais vitoriosos da Fórmula 1, a Ferrari de 2000-2004, fica agora também como proprietário de time.

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