8 de dez. de 2008

Final da Stock Car


No último domingo aconteceu a “grande” final da Stock Car 2008. Ricardo Maurício se sagrou campeão brasileiro da categoria pela primeira vez, superando Marcos Gomes por dois pontos. Nenhum dos dois postulantes ao título fez grande corrida. O campeão chegou em 15º e o vice abandonou com problemas mecânicos.

Ricardo Maurício fez um bom campeonato, vencendo cinco corridas. Merecia o título como Marcos Gomes também. Nesta segunda-feira, Maurício anunciou que troca a equipe WA Mattheis pela RC, ex-equipe de Caca Bueno. Boa troca.

A corrida foi marcada mesmo pelo sério acidente de Felipe Maluhy com Noberto Gresse, em plena reta dos boxes. O carro de Gresse incendiou-se, causando inclusive uma queimadura no rosto do piloto, e por pouco não aconteceu algo mais grave. Gresse ainda conseguiu sair do carro pouco antes das chamas tomarem conta totalmente do veículo. Foi sua sorte, já que a equipe de resgate teve uma dificuldade incrível de apagar o fogo. Algo inaceitável para uma categoria do tamanho que a Stock Car diz que tem.

A corrida foi vencida por Thiago Camilo, que ganhou posições nas paradas de pit stop e depois foi beneficiado pela punição a Caca Bueno, por excesso de velocidade nos boxes, para assumir a liderança. Mas foi ótimo ver Ingo Hoffmann no pódio em sua última corrida na Stock. O “Alemão” fez uma largada sensacional e ganhou quatro posições. Depois ficou entre os três primeiros a corrida inteira. Foi, com certeza, o ponto alto do domingo.

Em 2009, a Stock Car estréia um novo carro, do qual já falei aqui em outro post. Com certeza é um avanço que já deveria ter acontecido a algum tempo na categoria. Mas ainda falta muito para Stock se colocar entre as melhorias categorias de turismo do mundo, onde muita gente pensa que ela já está. Dos mais de 30 pilotos que largam no grid, muitos são tecnicamente questionáveis. É impressionante a quantidade de acidentes graves que acontecem por bobeira nas últimas posições do grid. Um maior envolvimento da indústria automobilística também seria interessante, já que hoje praticamente não existe. Mas a principal melhoria que a categoria deve buscar nos próximos anos é a exigência de melhores autódromos para as competições. Não adianta termos carros que chegam a 250 km/h se no final da reta não existem áreas de escape e proteções descentes. As paradas de pit stop com reabastecimento e troca de pneus são impraticáveis em muitas pistas brasileiras, já que simplesmente não existe espaço para que as manobras sejam feitas de forma segura. O asfalto de muitos traçados é da década de 70 ou 80 e nunca passaram por obras de manutenção. Falar em drenagem então, chega a ser piada. CBA, Federações, Viçar ou seja lá quem for têm que começar a abrir os olhos para este problema.

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