9 de dez. de 2008

Idéia de motor padrão avança

Segunda matéria da Autosport de hoje: a idéia da adoção de um motor padrão a partir da temporada de 2010 está avançando na Fórmula 1. A publicação inglesa diz que pelo menos cinco times, metade do grid, já teriam se manifestado a favor da adoção.

As equipes seriam as independentes Willams, Force Índia, Red Bull e Toro Rosso além da Renault, que de forma surpreendente estaria disposta a discutir a proposta com objetivo de cortar custos e não seguir o caminho da Honda. Aliás, é bom lembrar que em caso da venda da estrutura da equipe japonesa para um time independente, esse seria sério candidato a também aderir à idéia.

A fornecedora dos motores seria a lendária Cosworth, que na década de 70 já chegou a equipar quase todos os carros do grid da categoria, e que teria feito uma proposta de um contrato de fornecimento de três anos para no mínimo quatro equipes. Os times teriam que pagar 5,49 milhões de libras por ano, além de uma entrada de 1,68 milhão de libras.

O presidente da FIA enviou na última semana a proposta para todas as equipes. Segundo a Autosport, Max Mosley teria informado que nenhuma montadora que fabrica o próprio motor seria obrigada a utilizar o propulsor padrão, mas que teria que desenvolvê-lo dentro de regras de equalização de performance.

O fato dos times poderem fabricar seus motores, mesmo que seguindo uma receita padrão, já é um alento e deixa brecha para alguma diferença de desempenho. É um caminho que a FIA acredita que pode chegar a uma considerável contenção de despesas na Fórmula 1 e estimular a entrada de novos times independentes. Mas o fato é que as equipes mais estruturadas vão direcionar investimentos para o desenvolvimento de alguma outra área do carro para ganhar algum tempo sobre as concorrentes.

Sou a favor e acho necessária a tentativa de redução dos custos da Fórmula 1. Mas acho que é um movimento que tem que vir das equipes e não da FIA com propostas mirabolantes. As equipes devem ter a consciência de cortar orçamento. A Honda tomou uma decisão política em um momento de crise econômica mundial. Mostrou que não tinha comprometimento com o esporte. Ninguém pode querer dizer aos dirigentes da empresa o que é melhor para a companhia deles, mas é obvio que uma equipe que estava entre as de maior orçamento, que voluntariamente não tinha patrocinadores, e que freqüentava somente as últimas colocações era mal administrada. As montadoras que tiverem alguma ligação mais forte com o esporte irão simplesmente cortar custos e procurarem maneiras criativas de continuarem a vencer a corridas. As outras simplesmente a seguirão.

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