22 de dez. de 2008

KERS vira problema

Na última semana repercutiu bastante uma declaração do diretor-técnico da Ferrari, Aldo Costa, sobre o atraso do time italiano no desenvolvimento do KERS. “O objetivo é chegar à prova inicial com um KERS competitivo e em bom funcionamento. Mas nós temos um plano B. Não é um carro diferente, e, sim, uma versão sem o sistema.”, disse.

Em um primeiro momento, pareceu que o problema era exclusivo da Ferrari, mas uma matéria do jornal espanhol Marca, na última sexta-feira, mostra que é o KERS é uma preocupação geral. Segundo o periódico, todas as equipes estão com problemas com o novo dispositivo do carro que após certo tempo deixa de funcionar ou até mesmo em alguns casos chega a temperaturas excessivas causando risco de incêndio.

Estranho por exemplo é o posicionamento dentro da BMW que através de seu chefe, Mario Theissen, vem defendendo o KERS publicamente e, pelo que consta nos bastidores, foi a única a equipe a votar o adiamento do uso da novidade. Porém, na última semana, o piloto da equipe germânica, Robert Kubica, fez muitas críticas ao dispositivo. Inclusive, o polonês afirmou que o carro sem o KERS poderia andar mais rápido, já que apesar dos cavalos a mais que o aparelho disponibiliza, seu peso e seu tamanho prejudicam o desempenho e o acerto do balanço do fórmula.

A conclusão final é que realmente devemos ter um princípio de temporada com a ordem de forças da Fórmula 1 bastante modificada ou, no mínimo, um pouco bagunçada até os grandes times se encontrarem com os novos acertos. E com a nova regra que exclui os testes durante a temporada, se alguém sair na frente no começo do campeonato terá condições de brigar até o fim. Em janeiro, quando começarem a pipocar os novos carros vamos começar a ter uma idéia um pouco melhor dessas forças e os tempos poderão ser melhor utilizados para comparativos, já que as equipes estarão em um estágio de desenvolvimento mais próximo.

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