8 de jun. de 2009

Outra semana política na Fórmula 1

No próximo dia 12, sexta-feira, a FIA anuncia as 13 equipes inscritas para a temporada 2010. Serão cinco dias de muita movimentação de bastidores.

Durante o final de semana do GP da Turquia, alguns fatos novos aconteceram, como a oficialização do apoio dos pilotos à FOTA (algo relativo, já que apesar dos pilotos terem abertura na mídia, eles não mandam nada e era óbvio que eles apoiariam quem assina o cheque deles, ou seja, as equipes) e até mesmo a circulação de um suposto calendário com 15 autódromos de uma categoria paralela a ser criada pela associação das equipes.

Entre os nomes de novos times que surgiram na lista de inscrições, poucos tem realmente condições de competir na Fórmula 1. Alguns mal tem sucesso em outras categorias, sem nem mesmo serem construtores. Não é possível que Max Mosley esteja realmente confiando que fará uma categoria atrativa com essas equipes.

A coisa vai ficar feia mesmo é se na lista oficial de sexta-feira não estarem os times da FOTA, ou pelo menos os que lideram a revolta, como, principalmente, a Ferrari. Ficará difícil voltar atrás e as negociações ficarão mais tensas.

A história do automobilismo mostra que um racha nunca é bom. Veja o exemplo recente da Fórmula Indy, que na década de 90 chegou a rivalizar com a Fórmula 1, gerando até mesmo certo interesse na Europa. Depois de uma briga política, se dividiu em Cart e IRL e as duas se enfraqueceram. Em 2009, as categorias voltaram a se unir, mas com exceção do fim de semana das 500 milhas de Indianápolis, não tem o mesmo apelo fora dos Estados Unidos. O trabalho terá que ser feito todo de novo.

Existem muitos outros casos que poderão ser lembrados. Esperamos que os dirigentes de FOTA, FIA e FOM se lembrem também.

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