12 de jul. de 2009

GP da Alemanha – Touros mantém a esperança

O GP da Alemanha marcou a virada para a segunda metade do campeonato mundial. Mark Webber foi forte o fim de semana inteiro e venceu, seguido de seu companheiro Sebastian Vettel, mostrando definitivamente toda a força e evolução deste carro da Red Bull. Talvez, se não fosse a polêmica dos difusores nas primeiras etapas, a equipe dos touros vermelhos estariam, no mínimo, mais próxima da Brawn.

Merecida a vitória de Mark Webber, que faz um bom campeonato mesmo tendo como companheiro de equipe uma estrela em ascensão como Sebastian Vettel. Evita que ordens internas sejam dadas com um bom rendimento na pista e equilíbrio na tabela de classificação. Com punição e tudo, não deu chances para ninguém.

Na Brawn, finalmente se tomou a decisão de privilegiar Jenson Button, que tem mais de 20 pontos de vantagem na ponta do campeonato. Algo natural e sem motivos para polêmicas. A verdade é que Barrichello tinha tudo para fazer uma grande prova hoje se não tivesse ficado atrás de Felipe Massa após o seu segundo pit stop. A vitória do brasileiro seria difícil, pois o rendimento das Red Bull’s foi muito superior, mas daria para chegar a pódio.

De qualquer maneira, quinto lugar para Button e sexto para Barrichello é um verdadeiro desastre para a Brawn. Não acompanha a Red Bull e no momento já tem a Ferrari nos seus calcanhares. Button tem boa vantagem ainda e contará com a divisão da adversária entre Vettel e Webber. Mas é bom ficar de olho.

Mais uma vez Felipe Massa fez uma grande corrida. Dirigiu no limite a corrida inteira e levou o fraco carro da Ferrari para o pódio. Ele realmente mostra que alcançou maturidade que aliada a sua habilidade e agressividade pode levá-lo a vôos mais altos na Fórmula 1.

Critiquei ontem a Williams que parecia que estava perdendo o passo. Hoje, Nico Rosberg fez uma grande corrida chegando em um grande quarto lugar. Contou, é verdade, com o vacilo da Brawn, mas sua corrida foi consistente e está de parabéns. Foi um dos melhores do dia.

Como diz o ditado “jogo é jogo, treino é treino”. Essa é mais uma lição que Nelsinho Piquet aprendeu hoje. Ele foi o segundo no Q2 de ontem, deixou seu companheiro de equipe para trás na classificação, mas o que vale mesmo é o resultado no final da corrida. Alonso chegou em sétimo, pressionando os dois carros da Brawn, enquanto o brasileiro apenas em 13º. Agora é esperar se o os boatos de sua demissão se confirmam. Desde que chegou à Fórmula 1 brilhou apenas uma vez, no GP da Alemanha do ano passado. É quase impossível arrumar argumentos para defendê-lo.

A decepção do dia ficou para Adrian Sutil. O alemão fz um treino fantástico e vinha fazendo uma grande corrida até tocar em Raikkonen na saída seu pit stop e perder a asa dianteira. Até ali, dava pinta que poderia chegar aos pontos. É um piloto de muito talento, mas essas coisas parecem persegui-lo. Me lembro quando estava em quarto em Mônaco e foi abalroado por Kimi Raikkonen.

A próxima prova é o GP da Hungria, pista com curvas de baixa e onde normalmente faz muito calor. Tudo a favor da Brawn, que agora, inclusive, já mostrou claramente que joga com um piloto só, enquanto a Red Bull permanece obrigada pela pontuação apertada a deixar seus pilotos brigando soltos.

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