29 de ago. de 2011

Cobertura do GP da Bélgica

No último final de semana estive em Spa-Francorchamps para a cobertura do GP da Bélgica de F1. É, com certeza, uma experiência marcante para qualquer profissional do meio e também em termos pessoais, para quem gosta de motor. O circuito é um templo do automobilismo e passa essa sensação logo quando chegamos nas redondezas.

Fiquei na casa do grupo de jornalistas brasileiros que cobrem a F1, além de uma holandesa e uma equipe argentina, o que foi bem conveniente para mim. Acabou ficando barato, era próximo da pista, além de ter sido legal ter contato com esse pessoal (que, na maioria, não estava na pré-temporada).


As estradinhas da região são verdadeiros labirintos, GPS é algo praticamente obrigatório (e mesmo assim, não é difícil se perder). O circuito é literalmente no meio de uma grande floresta, próximo de algumas cidades minúsculas, como Spa, Malmedy, Francorchamps, e etc. O principal centro urbano da região é Liége, que tem menos de 200 mil habitante, e fica por volta de 50 quilômetros da pista.

Perto do autódromo, a organização monta diversos estacionamentos e locais de camping, onde o pessoal estaciona o seu trailer e passa o final de semana, fazendo churrasco (de salsicha) e curtindo, e consegue ir a pé para a pista. A vantagem? Pouquíssimo trânsito no dia dos treinos e da corrida.

O estacionamento de imprensa ficava de frente para Eau Rouge, talvez a curva mais famosa da F1. Ver os carros contornando aquele ponto de perto é muito legal. A subida é muito mais íngreme do que parecer ser na transmissão. Em uma entrevista coletiva em que estive, Alonso comentou que tem pelo menos um segundo em que o piloto (que fica amarrado no banco e não tem muita mobilidade para aumentar o campo de visão) só vê asfalto, então a curva é feita um pouco no instinto.


A cobertura em si é muito parecida com a da pré-temporada, que vocês puderam acompanhar a histórias aqui no blog, no começo do ano. Sem muita abertura, especialmente para novatos, mas, o fato de ser uma etapa da temporada (que precisa do credenciamento da FIA, ao contrário dos testes), já abre mais possibilidades. Vamos ver...

A sala de imprensa ficava em cima dos boxes, mas a janela ficava virada para a reta que desce após a Source (primeira curva). Nossa melhor visão era da Eau Rouge, por trás, algo interessante também, porque é uma visão que não estamos acostumados na transmissão da televisão.

O trabalho rendeu algumas entrevistas legais, que vocês podem conferir no Tazio. Agora, vou ficar vagando pela Europa mais duas semanas, já que no final de semana de 8, 9, 10 e 11 de setembro, também irei trabalhar no GP da Itália, em Monza, que particularmente será especial para mim.

Hoje peguei um voo em direção a Copenhague, onde ficarei até quarta-feira. Hoje deu uma volta preliminar pela cidade, que pareceu ser legal. Amanhã vou conhecer melhor e prometo histórias.

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