31 de ago. de 2011

Pitstop em Copenhague

Minha passagem por Copenhague acabou sendo bem rápida. Sempre acho que o ideal é ficar pelo menos dois dias inteiros em uma cidade, ou três noites, mesmo que parte deste tempo seja só para ficar andando pelas ruas, sem muito destino.

Fiquei por lá somente duas noites, um dia e meio. Não deu para ver muita coisa. Não recomendo fazer isso.

Copenhague tem um ar de cidade grande, com bastante comércio, bares e restaurantes, mas muitos lugares verdes também. O tempo não ajudou muito, já que choveu bastante.


Fiquei no hostel Generator, um destes gigantes, que pertencem a grandes cadeias, com muitos andares, um bar gigantesco. Tem gente que odeia esse tipo de albergue, tem gente que adora. Eu não estou em nenhum dos dois lados, acho que é uma questão de conveniência em alguns lugares ficar neste tipo ou do outro.

A parte boa é que conheci uma turminha legal. Um alemão, um americano, uma americana, um australiano e duas australianas. Fizemos pela manhã o Walking Tour pelo centro. A tarde, eu e o americano fizemos mais um tour pelo Pier, o Museu da Resistência (contra os nazistas) e fomos à Christiania.

Christiania merece um a parte. A ilha foi construída por um dos reis da Dinamarca para fortificar e proteger Copenhague. Na década de 60, ela foi desocupada pelos militares e ficou abandonada. Então, no começo dos anos 70, um grupo de hippies invadiu o lugar e criou uma comunidade anarquista livre da Dinamarca.


Lógico que ela continua sendo parte do país e o governo nunca gostou muito dessa história. Na entrada da comunidade tem um portal que diz “Christiania” para quem chega e “Vocês está voltando à EU [União Europeia” para quem sai.

Lá dentro, ninguém paga imposto, aluguel e as drogas são permitidas. O controle de tudo é feito pela própria comunidade, que a um certo ponto, por exemplo, resolveu banir as drogas mais fortes, como crack, LSC e outros, por causa do crescente número de overdoses, o que fez o governo reclamar.

O lugar parece um pouco amedrontador de início, com um pessoal meio estranho, mas é tudo bem tranquilo, pelo menos aparentemente. Um guia nos disse que há um tempo, a polícia resolveu invadir Christiania e fechou as casas que vendiam maconha. Só que o tiro saiu pela culatra, já que isso deu a oportunidade do crime organizado tomar conta. Tentou-se voltar atrás, mas o esquema ficou muito forte.

A noite fomos tomar algumas cervejas, que depois viraram vodcas. De manhã, de ressaca, lógico, peguei meu voo para Budapeste. De onde escrevo a partir de hoje.

Nenhum comentário: