Tudo indica que a novela da Honda está chegando aos seus momentos finais. Ainda não existe nada de oficial, mas a entrevista de Bruno Senna no Estadão de hoje dizendo que “tomou um tombo” deixa bastante claro que a escolha foi feita. Rubens Barrichello consegue, contra todos os prognósticos, estender sua carreira por mais uma temporada, sua 17ª, e deve sentar no cookpit do Brawn F1, novo nome da Honda.
O ponto chave para a permanência de Barrichello foi a queda de Nick Fry, com quem teve problemas durante todo o ano de 2008. Ross Brawn, velho conhecido dos tempos de Ferrari, ao assumir o comando da equipe viu que, com apenas quatro dias de testes programados antes do início da nova temporada, não poderia se dar o luxo de colocar na pista um piloto que realizou apenas dois dias de treino em um Fórmula 1. Brawn escolheu Barrichello sobre Senna por acreditar que o veterano poderia acrescentar mais à equipe.
Rubens foi uma escolha de consciência, de quem não quer arriscar. Já se sabe o que ele pode fazer. Já Senna é uma incógnita.
Um time que tem Ross Brawn como cabeça do projeto e motores Mercedes como propulsores deveria ser olhado com certo respeito. Infelizmente, a falta de testes e a “gambiarra” que deve ter sido feita para adaptação do motor alemão a um carro que previa um equipamento Honda não são exatamente uma boa base para o início de trabalho da equipe. Lógico que o regulamento deste ano deixa as coisas um pouco misturadas, teremos que esperar.
Segundo as informações, o anúncio oficial da formação do novo time (novo nome, estrutura e staff remanescentes, motores e pilotos) acontece oficialmente na quinta-feira, às 21hs de Londres.
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