22 de fev. de 2011

Desafios em Barcelona

Cheguei em Barcelona no dia 15 à noite. Vindo de Jerez, fiz uma conexão em Madri que atrasou bastante devido um problema técnico no avião.

Ao chegar, com quatro horas de atraso, quase meia-noite, estou ao lado da esteira de bagagem, pensando na cama já, quando vejo que apenas eu tinha sobrado por ali. Fui ao escritório da Ibéria, a mala ficou em Madri. Tudo bem, eles iriam trazer no dia seguinte.

Segui para o meu hotel sem a minha mala, fiz o check in. Tive então dois dias livres em Barcelona para descansar um pouco antes do início dos testes da F-1. É sempre bom estar aqui. A cidade é bonita, tem muita vida, é uma metrópole, com muito comércio e restaurantes, que não seguem necessariamente a rigidez do horário comercial como no resto da Europa.

Realmente foi uma pena que o tempo estava ruim. Esta é minha terceira visita a Barcelona, então já conheço a maioria das atrações da cidade. Minha única alternativa era enrolar um pouco em restaurantes e bares para fugir da chuva. O que é uma ótima pedida por aqui.

Fui a mercado “La Boqueria”, parada obrigatória para comer um peixe ou uma paella e encarei um pouco a chuva para andar no Bairro Gótico, outro lugar que gosto muito por aqui. Aproveitei o tempo livre também para verificar o caminho para Montmeló, onde fica o circuito onde os testes seriam realizados.

Consegui assistir a partida entre Barcelona e Arsenal pela Liga dos Campeões em um bar de torcedores do clube catalão. Uma coisa que sempre acho estranho quando venho à Europa é encontrar pessoas que torcem para estas grandes potencias do futebol. É engraçado ver o cara torcendo ou xingando o Messi, da mesma maneira como fazemos com os nossos jogadores.

No primeiro dia de testes, lógico que acordei doente, com dor de garganta, ouvido e febre. Quando chego ao Centro de Credenciamento em Montmeló, percebo que perdi minha carteira de motorista. Expliquei a situação e eles aceitaram a xerox do meu passaporte que eu tinha comigo. Entro na Sala de Imprensa, e sou informado que os veículos de internet ficariam em uma tribuna isolada do paddock, do outro lado da pista. Para completar, não sei como, quebrei o plugue na minha fonte do notebook.

Ou seja, em algumas horas, o mundo caiu sobre a minha cabeça. Essas horas bate uma revolta com todo mundo, mas você acaba aos poucos tentando resolver os problemas.

A gripe, eu tinha que me conformar, ir me medicando e me cuidando. A carteira de motorista, não tinha muito que fazer. Depois ainda tentei encontrá-la no “achados e perdidos” da estação de trem, mas sem sucesso. Sobre o lugar da Sala de Imprensa, também não existia como mudar naquele instante. No final, eles ainda nos liberaram, no último dia de cobertura, para nos juntarmos com os outros jornalistas.

Consegui, pelo menos, fazer uma gambiarra na fonte que deixava a carga do note estável, apesar de não carregá-la. Acho que era o meu pior problema, já que sem o computador, não teria como trabalhar, e estava relativamente solucionado.

A cobertura em Barcelona seguiu complicada. Senti que algumas pessoas já estavam um pouco mais familiarizadas com a minha cara, mas, mesmo assim, a dura realidade da Fórmula 1 continuava dificultando a minha vida. Mas acho tive os meus momentos com algumas boas matérias e notas. Lógico que sempre fica aquele sentimento de “poderia ter feito melhor” ou “queria ter feito mais”. Mas, sobre a cobertura, vou falar melhor em outro post.

Agora tenho mais dois dias por aqui para descansar um pouco antes de voltar para casa e voltar à velha rotina.

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