16 de fev. de 2011

Round 2

Os quatro dias em Jerez de la Frontera serviram para confirmar o que todos já estavam desconfiados em Valência: a Red Bull continua na frente.

O time austríaco não está frequentando as primeiras posições das sessões, mas é nítido para quem está no circuito como o carro já está mais evoluído que os demais.



Isso não significa que o RB7 será invencível em 2011. O carro é uma evolução do RB6, campeão do ano passado, com adequações ao novo regulamento técnico. Por isso, é normal que pilotos e engenheiros tenham conseguido entender mais rápido o seu comportamento e reações para iniciarem o trabalho de setup, enquanto os outros times ainda se adaptam e encontram surpresas em seus novos modelos.

Os comentários no paddock é que Ferrari e McLaren também estão fortes. A Lotus Renault poderia ser um carro que estava cotado para surpreender, mas com Kubica. Mercedes segue uma incógnita.



O melhor tempo de Rubens Barrichello em Jerez não quer dizer que o carro da Williams irá brigar por vitórias, mas também é um alento para o time que está enfrentando alguns problemas técnicos, especialmente com o Kers. O brasileiro não estava usando o dispositivo quando fez a marca, no domingo.

A Williams mostrou que tem velocidade. O tempo de Barrichello foi 0s520 melhor do que qualquer outro carro em Jerez. É verdade que foi feito com tanque vazio e pneu supermacio, mas será que mais ninguém dos times médios tentou o mesmo ou próximo disso? A diferença foi bem grande.



E os pneus vão se colocando cada vez mais como fator determinante para 2011. Todos apontam que o normal serão duas paradas por corrida, mas que pilotos e equipes terão que administrar mais os compostos, diferente dos últimos anos..

Mais do que mais paradas no box, estes novos pneus deverão trazer de volta à F-1 a necessidade do piloto administrar os seu compostos, tentar tocar diferente para evitar um desgaste maior, ou simplesmente ir para cima para tentar compensar um pit stop a mais.

A diferença entre os quatro tipos de pneu [supermacio, macio, médio e duro] é por volta de 3 segundos [depende do carro]. A Pirelli levará para as primeiras quatro provas, o macio e o duro, que têm uma diferença de rendimento entre 1s7 e 2 segundos. Ou seja, carros em estratégias diferentes terão performances bem diferentes.

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