4 de fev. de 2011

Round 1

Ontem terminou a primeira parte da pré-temporada da Fórmula, que teve três dias de testes no Circuito Ricardo Tormo, em Valência.

Ainda é muito difícil se tirar qualquer tipo de conclusão. Mesmo pilotos e equipes preferem não fazer previsões neste estágio inicial.

Red Bull e Ferrari continuam fortes e quem parece que se aproximou desta briga é a Lotus Renault, mas ainda é difícil se saber quanto. A McLaren lançou o seu novo carro apenas hoje, em Berlim, que veremos na pista pela primeira vez na semana quem vem, em Jerez de la Frontera.



Tudo por enquanto é uma mera adivinhação, já que não temos acesso aos números internos dos times.

No entanto, alguns pontos tiveram destaque nesta semana.

A asa móvel parece que funciona e que facilitará as ultrapassagens. A preocupação é a quantidade de dispositivos que se está obrigando os pilotos prestarem atenção. Além dos acertos que já existiam, como de diferencial e freios, entre outros, eles ainda têm o Kers, que volta nesta temporada, para ser acionado.

“Você junta tudo aquilo que você tem para usar e mexer no carro, o piloto não para. Você está guiando em uma velocidade alta, no limite do carro e tem que mexer e prestar a atenção em tudo o que acontece em volta, em todas estas novidades. Se você estiver correndo sozinho, não é problema, mas em uma corrida em que você estiver disputando com vários carros, isso pode ser um problema”, explicou Felipe Massa em entrevista na última quinta-feira.

O piloto entrará na reta, acionará o Kers, e, se estiver a menos de um segundo do seu adversário à frente, poderá utilizar a asa móvel para diminuir o arrasto do aerofólio traseiro e tentar a ultrapassagem. Isso perto dos 300 km/h. Imagine uma prova com vários carros próximos ou na chuva, como as que caem normalmente na Malásia?



O outro assunto foi os pneus Pirelli, que a partir de 2011 substituem os da Bridgestone. O desgaste bastante acentuado, especialmente nos traseiros, chamou a atenção e todos ainda estão tentando encontrar um novo acerto para conseguir equilibrar seus carros.

Alguns pilotos, que sofreram no ano passado nas classificações porque não conseguiam temperatura suficiente nos pneus em poucas voltas, gostaram destes compostos mais macios, como Felipe Massa e Jenson Button. Outros estão reclamando que após poucas voltas, os carros ficam bastante traseiros.

Uma coisa é certa, as corridas terão mais pit stops. E talvez não só dois, mas até três. Em Valência, os pneus duravam menos de 30 voltas.

Sobre os carros, a cada dia se observa algo diferente. Por enquanto, a grande novidade parece ser o escapamento da Renault, que vai para frente e faz uma curva para soltar os gases no assoalho por debaixo da entrada de ar lateral, buscando um efeito parecido com que a Red Bull tinha até o ano passado com o difusor duplo assoprado, que ficou impossibilitado pela obrigatoriedade da peça ser de apenas um andar a partir de 2011.

Ferrari e Red Bull apostaram em uma evolução dos seus projetos do ano passado. A Mercedes surgiu com um desenho bastante diferente, em uma mudança radical em comparação ao ano passado.



Quem também apresentou algumas novidades foi a Williams, principalmente na parte traseira. O time conseguiu desenvolver uma caixa de câmbio bem menor, o que possibilitou um trabalho aerodinâmico melhor na área. A suspensão traseira apresenta um desenho diferenciado, com as barras presas no suporte do aerofólio.

Na semana que vem, muitas coisas novas ainda devem surgir, e após os quatro dias em Jerez [10 a 13], a divisão de forças pode começar a ficar mais clara.

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