Rubens Barrichello testou na última semana um carro da
equipe KV, a mesma de seu amigo Tony Kanaan, da Indy.
A questão agora é viabilizar a sua transferência na
categoria. Com exceção de Penske e Ganassi, todos os outros times precisam de
uma injeção financeira, não só para contratar um piloto, mas para conseguirem
colocar o seu carro na pista mesmo.
Por isso mesmo que várias delas não conseguem muitas
vezes estarem presentes em todas as etapas ou às vezes correm com um carro a
mais ou a menos. É uma realidade bem diferente para Barrichello.
Caso o brasileiro consiga viabilizar a sua transferência,
terá que lidar com um tipo de corrida bem diferente do que está acostumado, com
mais toques, rivais que não têm o mesmo nível dos que ele enfrentava na F1 e, a
grande dúvida, os ovais. Rubens já tinha confessado que prometeu para sua
esposa que não correria neste tipo de traçado, mas as últimas declarações do
piloto de 39 anos mostram que este acordo familiar pode ser renegociado.
Uma alternativa que vem sendo cogitada na imprensa é de
Barrichello não participar apenas das quatro etapas que serão realizadas em ovais
em 2012. Mas será que valeria à pena entrar em uma categoria praticamente sem
chances de ser campeão, o que aconteceria se ele ficar de fora de quatro
corridas? Vale à pena entrar na Indy e não correr as 500 Milhas de Indianápolis
(inclusive, em termos de patrocínio)?
A Indy não é mais aquela categoria dos anos 90, quando
chegou a rivalizar com a F1, e que serviu de alternativa para vários pilotos vindos
da Europa. Hoje, ela enfrenta problemas financeiros e de credibilidade.
A chegada de um nome como o de Barrichello seria muito
algo muito bom para ela. A repercussão de um simples teste, já foi muito grande
na imprensa internacional. Até mesmo o presidente da IndyCar, Randy Bernard,
foi a Sebring assistir à experiência do brasileiro.
Para Barrichello ficaria a chance de continuar correndo
em uma categoria internacional, o que parece ser o maior desejo dele, manter o
seu nome nas manchetes (ele insiste que ainda não desistiu de voltar à F1 ecita os retornos de Schumacher e Raikkonen como exemplos) e, quem sabe,
conquistar alguns troféus e até mesmo disputar um título.
Enquanto a decisão não sai, fica o aperitivo (sobe o som que o barulho é demais):