22 de dez. de 2008

KERS vira problema

Na última semana repercutiu bastante uma declaração do diretor-técnico da Ferrari, Aldo Costa, sobre o atraso do time italiano no desenvolvimento do KERS. “O objetivo é chegar à prova inicial com um KERS competitivo e em bom funcionamento. Mas nós temos um plano B. Não é um carro diferente, e, sim, uma versão sem o sistema.”, disse.

Em um primeiro momento, pareceu que o problema era exclusivo da Ferrari, mas uma matéria do jornal espanhol Marca, na última sexta-feira, mostra que é o KERS é uma preocupação geral. Segundo o periódico, todas as equipes estão com problemas com o novo dispositivo do carro que após certo tempo deixa de funcionar ou até mesmo em alguns casos chega a temperaturas excessivas causando risco de incêndio.

Estranho por exemplo é o posicionamento dentro da BMW que através de seu chefe, Mario Theissen, vem defendendo o KERS publicamente e, pelo que consta nos bastidores, foi a única a equipe a votar o adiamento do uso da novidade. Porém, na última semana, o piloto da equipe germânica, Robert Kubica, fez muitas críticas ao dispositivo. Inclusive, o polonês afirmou que o carro sem o KERS poderia andar mais rápido, já que apesar dos cavalos a mais que o aparelho disponibiliza, seu peso e seu tamanho prejudicam o desempenho e o acerto do balanço do fórmula.

A conclusão final é que realmente devemos ter um princípio de temporada com a ordem de forças da Fórmula 1 bastante modificada ou, no mínimo, um pouco bagunçada até os grandes times se encontrarem com os novos acertos. E com a nova regra que exclui os testes durante a temporada, se alguém sair na frente no começo do campeonato terá condições de brigar até o fim. Em janeiro, quando começarem a pipocar os novos carros vamos começar a ter uma idéia um pouco melhor dessas forças e os tempos poderão ser melhor utilizados para comparativos, já que as equipes estarão em um estágio de desenvolvimento mais próximo.

18 de dez. de 2008

Barrichello na luta

Muito boa a entrevista que Jonathan Noble, repórter da Autosport, fez com Barrichello. Clique aqui para ver a matéria em português no Grande Prêmio. Rubens visitou esta semana a fábrica da Honda em Brackley, na Inglaterra, para conversar com Ross Brawn.

Na entrevista, Barrichello fala de seu enorme desejo de continuar na Fórmula 1, que está animado e não pensa em aposentadoria, que está perdendo peso (algo que todos os pilotos terão que fazer por causa do KERS) e já recebeu convites do WTCC e das 24 horas de Daytona. Disse que, por amor ao esporte, poderia aceitar um convite da IRL, mas que seu foco continua na Fórmula 1.

Barrichello ainda luta para continuar na categoria. Com a proibição dos treinos durante a temporada e a necessidade de desenvolvimento dos novos componentes, com sua experiência e seu ótimo tato para acerto é um piloto que poderia se dar bem em qualquer equipe. Mas infelizmente não existem vagas. Sua esperança é uma venda da Honda e que o novo proprietário escute Ross Brawn.

Ross Brawn não é bobo. Já defendia a permanência do brasileiro, pois sabe do que Barrichello é capaz e que vai precisar dele para conseguir realizar uma boa temporada em 2009.

Testes em Jerez, Algarve e Bahrein

As equipes completaram ontem a última seqüência de testes de pista do ano. Red Bull, BMW e Williams treinaram os últimos três dias em Jerez de la Frontera, na Espanha, Ferrari e Mclaren em Algarve, em Portugal, e a Toytota no Bahrein. Os tempos não são muito importantes, já que ficou bem claro que cada equipe está em estágios totalmente de desenvolvimento.

Pelos comentários que chegam da Europa, a BMW parece que está mais avançada e já treina com aerofólios dentro do regulamento 2009, pneus slicks e KERS. Mclaren também já testa estas inovações e somente não mostrou sua nova asa traseira. Red Bull, Ferrari, Willams e Toyota ainda estariam coletando dados dos novos pneus slicks e andando com chassi 2008.

Agora todo mundo volta às suas fabricas para estudarem os dados e desenvolver resoluções para os novos carros que devem começar a pipocar em meados de janeiro.

16 de dez. de 2008

Subaru anuncia retirada do WRC


O mundo do automobilismo foi surpreendido nesta manhã de terça-feira com mais um anúncio de uma importante montadora que se retira do esporte. Desta vez foi a Subaru, empresa que está há vinte anos no WRC.

Diferente da Suzuki, que divulgou ontem sua saída da categoria após apenas um ano, a Subaru é uma montadora tradicional e que fará falta. Seu anúncio é tão chocante e preocupante quanto de Honda e Audi.

O Mundial de Rally, um dos campeonatos mais importantes e vistos do mundo está sofrendo um duro golpe. Diferente da Fórmula 1, é um certame que precisa do envolvimento das grande fabricantes para ter visibilidade. Com a saída da Subaru e Suzuki, só restaram duas montadoras envolvidas diretamente na competição com equipes oficiais: Citroen e Ford.

Outro fator relevante sobre a saída da Subaru é fato que a equipe japonesa corria no WRC utilizando a estrutura da Prodrive, de David Richards, que era uma das favoritas a adquirir a equipe Honda de Fórmula 1 e agora sofre um duro golpe. A empresa deve passar por uma reestruturação, já que também é responsável pela estrutura de equipes satélites e de outras categorias.

Minha dúvida é se David Richards pretende agora esperar a poeira baixar ou arriscar tudo com uma entrada na Fórmula 1.

15 de dez. de 2008

Testes da F1 prosseguem nesta semana

Esta semana teremos mais testes na Fórmula 1. Hoje Toro Rosso, Red Bull, BMW e Williams andaram em Jerez enquanto Ferrari e Mclaren pisaram pela primeira vez no novo circuito português de Algarve.

Em Jerez, Buemi continua sentando a bota nos treinos e ganhando quilometragem. Porém, a equipe que “te dá asas” continua andando sem as novidades aerodinâmicas para 2009. Já em Algarve a nota do dia foi que Massa passou mal durante o treino, estava gripado desde semana passada, e não conseguiu completar a programação. Amanhã Marc Gene e Luca Badoer aceleram as “vermelhinhas”. Pela Mclaren, Gary Paffet, piloto de testes da equipe e titular da Mercedes no DTM, comandou os testes.

Suzuki é a nova vítima da crise

A Suzuki é a bola da vez e anunciou hoje sua retirada do WRC (Campeonato Mundial de Rally) alegando ter que se proteger da crise mundial. A nota oficial da emrpesa está publicada no site da revista Autosport. O que chama a atenção é que a montara japonesa disputou apenas um campeonato na categoria. Ai já é brincadeira! Automobilismo é coisa séria, que precisa de planejamento prévio, investimento (com ou sem crise) e muita competência.

A alegação de crise mundial não cabe neste caso. Para mim o que a Suzuki está fazendo ou é total falta de comprometimento com um projeto no esporte (para não dizer palhaçada mesmo) ou uma incrível incompetência administrativa para conseguir se planejar em curto prazo.

Diferente de Honda na F1 (que também sofreu de problemas administrativos, mas é uma empresa muito mais envolvida com o esporte em outras categorias e em sua história na própria Fórmula 1) e Audi na LMS e ALMS posso afirmar que a Suzuki não fará nenhuma falta nem para o WRC nem para o automobilismo.

Loeb vence ROC e “Dream Team” alemão é campeão da Copa das Nações

Neste domingo foi disputado no lendário Estádio de Wembley, na Inglaterra, mais uma edição do Race of Champions (Corrida dos Campeões, em português), evento conhecido também pela sua sigla ROC, que normalmente acontecia na França, e reúne pilotos de várias categorias (Fórmula 1, WRC, WTCC, Nascar e outras). As corridas acontecem em vários tipos de carros (esportivos ou não, protótipos e principalmente em um buggy muito carismático) em modelo match race onde os times e pilotos vão se eliminando.

Este ano, nenhum brasileiro participou, porém, tivemos o privilégio de pela primeira vez, pelo que eu me lembre, de termos a oportunidade de assistir a competição ao vivo, pela SPORTV, em vez de esperar semanas por uma reprise.

Na versão “Copa das Nações”, onde cada país é representado por uma dupla, a Alemanha foi campeã com um verdadeiro “Dream Team” formado por Schumacher e o jovem Vettel. Ai realmente é covardia...

Já na competição individual, o campeão foi, como não poderia ser diferente, o espetacular Sebastien Loeb, pentacampeão mundial de rally de velocidade. Na final ele enfrentou o carismático David Coulthard, que encerrou sua carreira na Fórmula 1 este ano.

12 de dez. de 2008

Custos devem cair 30% já em 2009

A FIA anunciou hoje durante a reunião do Conselho Mundial do Automobilismo, em Mônaco, as medidas aprovadas para a redução dos custos das equipes da Fórmula 1.

Para começar, está proibido qualquer tipo de teste de pista durante a temporada, com exceção dos realizados durante os finais de semana de GP nos treinos livres. Além disso, os times não poderão utilizar túneis de vento de escala maior que 60% e de 50 metros por segundo já a partir de 1º de janeiro de 2009. Essas duas medidas, além de economizar, também devem aproximar tecnicamente as equipes com mais recursos das que não tinham condições de realizarem tantos testes e por isso tinham uma capacidade de desenvolvimento menor durante a temporada.

A vida útil dos motores será ampliada para quatro corridas (três em 2009) e os giros reduzidos para 18 mil rpm. Cada piloto terá um máximo de oito unidades para todo campeonato e mais quatro para os testes.

As equipes serão obrigadas a compartilhar informações sobre pneus e combustível, o que deve causar uma diminuição nos números de pessoas que os times devem levar para cada GP.

A idéia é que em 2010 sejam utilizadas especificações padronizadas para os motores. Porém, cada time ficará livre para fabricar o seu próprio propulsor. A Cosworth, que venceu a concorrência promovida pela FIA, estará a disposição das equipes independentes para vender motores a um custo de 5 milhões de Euros por temporada. A FIA também deseja que sejam utilizados sistemas padronizados de KERS, transmissão e telemetria. Também se propõe banir os cobertores que aquecem pneus e reabastecimento.

Ou seja, por enquanto estão sendo tomadas as medidas de consenso. As idéias mais polêmicas (padronização de motores, transmissão e etc) foram deixadas para 2010, porém novas discussões devem acontecer antes de serem adotadas.

11 de dez. de 2008

Fim dos testes em Jerez

Esta quinta-feira foi o último dia de testes desta semana em Jerez de la Frontera. Como já foi explicado nos outros posts, é difícil fazer uma avaliação dos tempos já que os times estão em fase de experimentação de equipamentos e acertos diferentes visando a temporada 2009.

O que se pode dizer é que na briga pela vaga da Toro Rosso, o suíço Sebastien Buemi, que quando andava atrás dos concorrentes já era apontado como favorito, praticamente garantiu seu lugar na equipe com três primeiros lugares em três dias de treinos. Sato tem ficado na frente de Bourdais, mas o outro cockpit da equipe depende não só do cronômetro, mas também no dinheiro que os patrocinadores de cada piloto trarão. Além disso, com a desistência da Honda, Button pode entrar nessa briga.

Na próxima semana os testes voltam a acontecer em Jerez e no novo autódromo português de Algarve. Seguem os tempos desta quinta-feira:

Pos Piloto País Equipe Tempo Voltas
1º. Sébastien Buemi SUI Toro Rosso 1m17s258 139
2º. Takuma Sato JAP Toro Rosso 1m17s520 119
3º. Heikki Kovalainen FIN McLaren 1m18s049 96
4º. Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1m18s782 82
5º. Felipe Massa BRA Ferrari 1m19s050 72
6º. Fernando Alonso ESP Renault 1m19s319 124
7º. Nico Rosberg ALE Williams 1m19s388 130
8º. Pedro de la Rosa ESP McLaren 1m19s499 47
9º. Robert Kubica POL BMW 1m19s559 134
10º. Christian Klien AUT BMW 1m19s738 101

Resultados reunião FIA – FOTA

Após a reunião de ontem, a FIA e a FOTA soltaram nota conjunta afirmando que o encontro tinha sido extremamente produtivo e proveitoso e que as instituições chegaram a um acordo sobre algumas medidas para redução de custos que seriam apresentadas nesta sexta-feira para ratificação do Conselho Mundial.

Porém, ainda não informaram quais são as medidas. Pelo menos, ao que parece, houve um acordo. O mundo deve ficar sabendo das tais medidas até o final desta sexta-feira.

Treinos Jerez - quinta-feira

A Toro Rosso continua mandando nos treinos coletivos de inverno. Porém, isso não quer dizer muito, já que a equipe continua andando com o chassi de 2008.

É muito difícil tirar conclusões dos tempos destes testes. Não sabemos em que condições as equipes estão andando, o que estão testando, e qual o grau de evolução de cada time. A novidade desta quinta-feira foi que a Mclaren, do campeão Hamilton, que andou pela primeira vez com um aerofólio dianteiro adaptado às regras de 2009.

A Ferrari ainda não usa nenhum novo componente aerodinâmico e pelo o que a assessoria de imprensa divulgou, também não começou os testes com o KERS. Mas isso não quer dizer que o time italiano esteja só gastando gasolina. Muitos outros componentes que não são visíveis podem estar sendo testados. Além disso, com a volta dos pneus slicks (lisos), o balanço do carro vai ficar bastante diferente, o que deve ser exaustivamente testado antes do desenvolvimento das novas “asas”. Para nós, mortais, resta só esperar e especular.

Só para constar, Alonso bateu de manhã e Massa andou pela primeira vez desde o GP Brasil. Seguem os tempos desta quinta-feira:

Pos Piloto País Equipe Tempo Voltas
1º. Sébastien Buemi SUI Toro Rosso 1m18s073 128
2º. Takuma Sato JAP Toro Rosso 1m18s601 38
3º. Sébastien Bourdais FRA Toro Rosso 1m18s673 81
4º. Pedro de la Rosa ESP McLaren 1m19s032 78
5º. Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1m19s334 89
6º. Heikki Kovalainen FIN McLaren 1m19s631 64
7º. Fernando Alonso ESP Renault 1m19s907 106
8º. Nico Rosberg ALE Williams 1m20s309 122
9º. Nick Heidfeld ALE BMW 1m20s365 87
10º. Felipe Massa BRA Ferrari 1m20s490 27
11º. Robert Kubica POL BMW 1m20S954 38

10 de dez. de 2008

FOTA e FIA se reúnem

Hoje acontece em Mônaco reunião entre a FOTA (sigla de Associação dos Times da Fórmula Um, em inglês) e FIA (Federação Internacional de Automobilismo, em francês) que tem o objetivo de aprovar uma série de medidas de corte de custos na categoria.

O assunto mais polêmico que deve ser abordado é a adoção de um motor padrão para a categoria. Inclusive, no começa da manhã desta quarta-feira, a Renault publicou nota oficial onde nega a informação que circulou ontem na imprensa internacional de um alinhamento da montadora francesa com os times independentes a favor da proposta do propulsor padronizado e afirmando que a equipe apóia as decisões da FOTA.

Agora é esperar o que sai daí.

9 de dez. de 2008

Treinos coletivos em Jerez

Hoje aconteceu o primeiro dia de treinos coletivos em Jerez de la Frontera, na Espanha. Aqueles que Barrichello e Senna fariam um “confronto final” pela vaga na Honda.

A chuva no período da tarde atrapalhou os trabalhos. Buemi, com a Toro Rosso, foi o mais rápido do dia. Raikkonen, que voltou das férias, foi apenas o quinto. Mas difícil saber o que cada time está testando e qual o estágio de evolução.

Seguem os tempos:

Pos Piloto País Equipe Tempo Voltas
1º. Sébastien Buemi SUI Toro Rosso 1m08s742 91
2º. Sébastien Bourdais FRA Toro Rosso 1m19s288 77
3º. Gary Paffett ING McLaren 1m20s134 26
4º. Pedro de la Rosa ESP McLaren 1m20s164 21
5º. Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1m20s261 48
6º. Nick Heidfeld ALE BMW 1m20s678 49
7º. Kazuki Nakajima JAP Williams 1m21s336 57
8º. Nelsinho Piquet BRA Renault 1m21s547 124
9º. Christian Klien AUT BMW 1m22s098 15

Idéia de motor padrão avança

Segunda matéria da Autosport de hoje: a idéia da adoção de um motor padrão a partir da temporada de 2010 está avançando na Fórmula 1. A publicação inglesa diz que pelo menos cinco times, metade do grid, já teriam se manifestado a favor da adoção.

As equipes seriam as independentes Willams, Force Índia, Red Bull e Toro Rosso além da Renault, que de forma surpreendente estaria disposta a discutir a proposta com objetivo de cortar custos e não seguir o caminho da Honda. Aliás, é bom lembrar que em caso da venda da estrutura da equipe japonesa para um time independente, esse seria sério candidato a também aderir à idéia.

A fornecedora dos motores seria a lendária Cosworth, que na década de 70 já chegou a equipar quase todos os carros do grid da categoria, e que teria feito uma proposta de um contrato de fornecimento de três anos para no mínimo quatro equipes. Os times teriam que pagar 5,49 milhões de libras por ano, além de uma entrada de 1,68 milhão de libras.

O presidente da FIA enviou na última semana a proposta para todas as equipes. Segundo a Autosport, Max Mosley teria informado que nenhuma montadora que fabrica o próprio motor seria obrigada a utilizar o propulsor padrão, mas que teria que desenvolvê-lo dentro de regras de equalização de performance.

O fato dos times poderem fabricar seus motores, mesmo que seguindo uma receita padrão, já é um alento e deixa brecha para alguma diferença de desempenho. É um caminho que a FIA acredita que pode chegar a uma considerável contenção de despesas na Fórmula 1 e estimular a entrada de novos times independentes. Mas o fato é que as equipes mais estruturadas vão direcionar investimentos para o desenvolvimento de alguma outra área do carro para ganhar algum tempo sobre as concorrentes.

Sou a favor e acho necessária a tentativa de redução dos custos da Fórmula 1. Mas acho que é um movimento que tem que vir das equipes e não da FIA com propostas mirabolantes. As equipes devem ter a consciência de cortar orçamento. A Honda tomou uma decisão política em um momento de crise econômica mundial. Mostrou que não tinha comprometimento com o esporte. Ninguém pode querer dizer aos dirigentes da empresa o que é melhor para a companhia deles, mas é obvio que uma equipe que estava entre as de maior orçamento, que voluntariamente não tinha patrocinadores, e que freqüentava somente as últimas colocações era mal administrada. As montadoras que tiverem alguma ligação mais forte com o esporte irão simplesmente cortar custos e procurarem maneiras criativas de continuarem a vencer a corridas. As outras simplesmente a seguirão.

Idéia de motor padrão avança

Segunda matéria da Autosport de hoje, a idéia da adoção de um motor padrão a partir da temporada de 2010 está avançando na Fórmula 1. A publicação inglesa diz que pelo menos cinco times, metade do grid, já teriam se manifestado a favor da adoção.

As equipes seriam as independentes Willams, Force Índia, Red Bull e Toro Rosso além da Renault, que de forma surpreendente estaria disposta a discutir a proposta com objetivo de cortar custos e não seguir o caminho da Honda. Aliás, é bom lembrar que em caso da venda da estrutura da equipe japonesa para um time independente, esse seria sério candidato a também aderir à idéia.

A fornecedora dos motores seria a lendária Cosworth, que na década de 70 já chegou a equipar quase todos os carros do grid da categoria, e que teria feito uma proposta de um contrato de fornecimento de três anos para no mínimo quatro equipes. Os times teriam que pagar 5,49 milhões de libras por ano, além de uma entrada de 1,68 milhão de libras.

O presidente da FIA enviou na última semana a proposta para todas as equipes. Segundo a Autosport, Max Mosley teria informado que nenhuma montadora que fabrica o próprio motor seria obrigada a utilizar o propulsor padrão, mas que teria que desenvolver-lo dentro de regras de equalização de performance.

O fato dos times poderem fabricar seus motores, mesmo que seguindo uma receita padrão, já é um alento e deixa brecha para alguma diferença de desempenho. É um caminho que a FIA acredita que pode chegar a uma considerável contenção de despesas na Fórmula 1 e estimular a entrada de novos times independentes. Mas o fato é que as equipes mais estruturadas vão direcionar investimentos para o desenvolvimento de alguma outra área do carro para ganhar algum tempo sobre as concorrentes.

Sou a favor e acho necessária a tentativa de redução dos custos da Fórmula 1. Mas acho que é um movimento que tem que vir das equipes e não da FIA com propostas mirabolantes. As equipes devem ter a consciência de cortar orçamento. A Honda tomou uma decisão política em um momento de crise econômica mundial. Mostrou que não tinha comprometimento com o esporte. Ninguém pode querer dizer aos dirigentes da empresa o que é melhor para a companhia deles, mas é obvio que uma equipe que estava entre as de maior orçamento, que voluntariamente não tinha patrocinadores, e que freqüentava somente as últimas colocações era mal administrada. As montadoras que tiverem alguma ligação mais forte com o esporte irão simplesmente cortar custos e procurarem maneiras criativas de continuarem a vencer a corridas. As outras simplesmente a seguirão.

8 de dez. de 2008

Final da Stock Car


No último domingo aconteceu a “grande” final da Stock Car 2008. Ricardo Maurício se sagrou campeão brasileiro da categoria pela primeira vez, superando Marcos Gomes por dois pontos. Nenhum dos dois postulantes ao título fez grande corrida. O campeão chegou em 15º e o vice abandonou com problemas mecânicos.

Ricardo Maurício fez um bom campeonato, vencendo cinco corridas. Merecia o título como Marcos Gomes também. Nesta segunda-feira, Maurício anunciou que troca a equipe WA Mattheis pela RC, ex-equipe de Caca Bueno. Boa troca.

A corrida foi marcada mesmo pelo sério acidente de Felipe Maluhy com Noberto Gresse, em plena reta dos boxes. O carro de Gresse incendiou-se, causando inclusive uma queimadura no rosto do piloto, e por pouco não aconteceu algo mais grave. Gresse ainda conseguiu sair do carro pouco antes das chamas tomarem conta totalmente do veículo. Foi sua sorte, já que a equipe de resgate teve uma dificuldade incrível de apagar o fogo. Algo inaceitável para uma categoria do tamanho que a Stock Car diz que tem.

A corrida foi vencida por Thiago Camilo, que ganhou posições nas paradas de pit stop e depois foi beneficiado pela punição a Caca Bueno, por excesso de velocidade nos boxes, para assumir a liderança. Mas foi ótimo ver Ingo Hoffmann no pódio em sua última corrida na Stock. O “Alemão” fez uma largada sensacional e ganhou quatro posições. Depois ficou entre os três primeiros a corrida inteira. Foi, com certeza, o ponto alto do domingo.

Em 2009, a Stock Car estréia um novo carro, do qual já falei aqui em outro post. Com certeza é um avanço que já deveria ter acontecido a algum tempo na categoria. Mas ainda falta muito para Stock se colocar entre as melhorias categorias de turismo do mundo, onde muita gente pensa que ela já está. Dos mais de 30 pilotos que largam no grid, muitos são tecnicamente questionáveis. É impressionante a quantidade de acidentes graves que acontecem por bobeira nas últimas posições do grid. Um maior envolvimento da indústria automobilística também seria interessante, já que hoje praticamente não existe. Mas a principal melhoria que a categoria deve buscar nos próximos anos é a exigência de melhores autódromos para as competições. Não adianta termos carros que chegam a 250 km/h se no final da reta não existem áreas de escape e proteções descentes. As paradas de pit stop com reabastecimento e troca de pneus são impraticáveis em muitas pistas brasileiras, já que simplesmente não existe espaço para que as manobras sejam feitas de forma segura. O asfalto de muitos traçados é da década de 70 ou 80 e nunca passaram por obras de manutenção. Falar em drenagem então, chega a ser piada. CBA, Federações, Viçar ou seja lá quem for têm que começar a abrir os olhos para este problema.

5 de dez. de 2008

Enquanto isso, no Brasil, uma lenda se aposenta


Neste final de semana acontece a última prova da temporada da Stock Car, que em 2008 foi totalmente dominada pelos carros azuis das equipes de Andréas Mattheis. Ricardo Maurício (WA Mattheis), 286 pontos, e Marcos Gomes (Medley/A. Mattheis), 285, estão separados por apenas um ponto e decidem o título.

Apesar de correrem em equipes irmãs, usam bolhas diferentes, a da Pegeout, para Ricardo, e da Chevrolet, para Marcos. Segundo alguns pilotos e engenheiros, nesta temporada a bolha da Pegeout tem levado alguma vantagem aerodinâmica. Mas a verdade é que Marcos Gomes venceu as últimas três corridas em Interlagos. Praticamente impossível apontar um favorito. E sinceramente, isso não é o importante neste final de semana.

Domingo será a última prova de Ingo Hoffmann na categoria. Isso sim é assunto. O “Alemão” é um dos principais pilotos da história do Brasil. Iniciou no automobilismo em 1972. Chegou à Fórmula 1 em 1976, quando estreou pela equipe Fittipaldi Copersucar. Voltou ao Brasil em 1979 e passou a correr na Stock Car, onde ganhou simplesmente 12 títulos, 76 corridas, fez 60 pole positions e só não disputou uma corrida na história de toda a categoria: a primeira, em Tarumã.

Em 2003 começou a se dedicar a provas offroad. No ano seguinte, sagrou-se vice-campeão do Rally dos Sertões. Em 2006, conquistou o bicampeonato Brasileiro de Rally Cross Country – Categoria Protótipo e Vice-campeão Geral.

Ingo é um monstro do automobilismo brasileiro. Merece todo tipo de homenagens. Ele com certeza não vai se afastar totalmente das pistas. Segundo consta, deve continuar na GT3 e competindo em competições offroad. Quem for a Interlagos no domingo deve aplaudir muito o “Alemão”. Ele é o verdadeiro campeão.

Serviço (Ingressos Stock Car. Fonte: site oficial da categoria)
INGRESSOS DE ARQUIBANCADA: R$25,00
(a venda em todos os canais: telefone, internet e pontos de venda)
PASSE DE VISITAÇÃO: R$55,00
(a venda somente no telefone e Internet)
CAMAROTE PLUS: R$290,00
(a venda somente no telefone e Internet)
Localização: 2º andar acima dos Boxes
O Camarote Plus é um espaço vip todo decorado com motivos automobilísticos, climatizado, telas plasmas, Buffet de 1ª linha, e tem como objetivo atender aos patrocinadores dos pilotos que não puderam ser atendidos nos HC´S normais.
Essa credencial dará direito a visitação aos Boxes no sábado e domingo e é válido como ingresso ao Autódromo.
TORCIDA STOCK CAR R$120,00
(a venda somente pelo telefone e Internet)
A torcida Stock Car tem área demarcada em arquibancada; essa credencial dará direito a visitação aos Boxes no sábado e domingo e é válido como ingresso. Inclui 1 camiseta, 1 boné e 1 kit lanche contendo 1 sanduiche frio, 2 bebidas (refrigerante ou cerveja), 1 água e 1 bombom.
Horários de Visitação aos boxes:
Sábado: 15h30 às 16h30 | Domingo: 08h40 às 09h40

Audi também fora das principais competições


Poucas horas depois de a Honda anunciar que está fora da Fórmula 1, a Audi, que apesar de não competir na principal categoria de monopostos é uma das fabricantes que mais se envolve no automobilismo esportivo, anunciou que não vai competir nem na ALMS (nos EUA) nem na LMS (já tinha anunciado no começo da semana), principais campeonatos de corridas de longa duração inspirados nas 24 horas de Le Mans onde a montadora faz muito sucesso.

Sendo assim, o novo modelo da Audi, o R15 TDi, evolução do super campeão R10 TDi, irá se apresentar apenas nas 12 Horas de Sebring e nas 24 Horas de Le Mans. Segundo Wolfgang Ullrich, chefe de equipe da Audi, agora a empresa alemã só estará presente, além das duas corridas de longa duração, no DTM e no GT3, com a versão especial do R8, mas apenas para equipes não-oficiais. O que deixam claro que após colocar o R15 na pista, a montadora não pretende investir em nenhuma categoria.

Lembrando que a Audi venceu as últimas nove 24 horas de Le Mans e em 2008 ganhou tanto o título da ALMS quanto a LMS. É uma pena...

Honda e Audi já fizeram seus anúncios, quem será a próxima? Não sei, mas aposto que vai ter mais.

Confirmado: Honda está fora da Fórmula 1


Confirmando os rumores dos últimos dois dias, a Honda anunciou na madrugada de hoje (tarde no Japão) sua retirada da Fórmula 1. A empresa deve vender a estrutura da equipe e alguns nomes já são sondados pela imprensa internacional. Um deles é o do fundo de investimentos Magma Group, liderado pelo empresário do ramo automotivo Martin Leach que, no começo do ano, chegou a negociar a compra da Super Aguri. Na época, as negociações falharam e a equipe japonesa, considerada um time B da Honda, faliu.
Leach teria, novamente, apoio do Dubai Internacional Capital, que apesar da crise mundial, tem dinheiro para investir.

Mas, até o momento, o único fato é que depois de investir muito dinheiro e não ter nenhum resultado, uma das montadoras mais tradicionais da Fórmula 1 abandona a categoria. Não é a primeira vez, pois a Honda já teve outras passagens tanto como construtora quanto como fornecedora de motores, e não será a última. No mundo dos negócios é assim mesmo, se daqui dois ou três anos a economia mundial melhorar e os Civics voltarem a vender bem, a empresa volta.

Outro fator que deve se prestar a atenção é que a Honda provavelmente não será a última a sair da categoria na atual leva. Como já disse no último post, com sua principal concorrente fora, a Toyota também deve começar a repensar seus gastos na Fórmula 1. A Renault, que igualmente passa por um momento dificílimo e negocia com o governo francês alguma ajuda para não começar a fechar fábricas, já deve estar reavaliando sua participação.

A Fórmula 1 pode passar por duas ou três temporadas difíceis, mas com a saída de algumas montadoras os custos tendem a baixar naturalmente, já que equipes independentes podem voltar a surgir. A vida continua e as grandes fabricantes vão e vêm conforme vendem mais ou menos carros no mercado comum.

Mas só para não deixar passar em branco: nesses três anos de participação, a administração da equipe de Fórmula 1 da Honda foi terrível.

Números Honda (2006-2008)

2006
Honda (4º) – 86 pontos
Button (6º) – 56 pontos – 3 pódios – 1 pole position (GP da Austrália) - 1 vitória (GP da Hungria)
Barrichello (7º) – 30 pontos

2007
Honda (8º) – 6 pontos
Button (14º) – 6 pontos
Barrichello – 0 pontos

2008
Honda (9º) – 14 pontos
Button (18º) – 3 pontos
Barrichello (14º) – 11 pontos – 1 pódio (GP da Inglaterra – 3º lugar)

Números finais da equipe
Honda – 106 pontos – 4 pódios – 1 pole position – 1 vitória

Obs: Essa foi a segunda investida da Honda como equipe própria na Fórmula 1. Na primeira passagem, entre 1964 e 1968, o time japonês participou de 35 corridas, conquistou duas vitórias e cinco pódios no total.

4 de dez. de 2008

Honda fora da F1?

O site Grand Prix afirma que devido a crise financeira mundial a Honda estaria se despedindo da Fórmula 1. Segundo a matéria, a montadora japonesa procura um comprador até o natal. Uma empresa do setor de aviação já estaria interessada. Caso nenhuma negociação concreta surja, a equipe deve fechar as portas.

Nos últimos dias a notícia começou a se espalhar em vários blogs de jornalistas especializados, devido ao boato de que empregados do time estariam disparando e-mails para as outras equipes pedindo emprego e hoje o Grand Prix resolveu noticiar. O que chamou a atenção é o fato, como a própria matéria diz, de a Honda não negar de prontidão, mesmo o site tendo questionado a empresa.

A Honda foi uma das montadoras que mais despejou dinheiro na Fórmula 1 nos últimos anos. Mesmo assim, só andou nas últimas posições. Vale lembrar que nas duas últimas temporadas correu sem patrocinadores já que resolveu promover uma campanha pelo meio ambiente.

É uma péssima notícia para Bruno Senna e Rubens Barrichello, que devem ficar sem a vaga para 2009. Senna ainda tem a chance na Toro Rosso, mas Barrichello, que chegou a ter esperança renovada quando foi convocado para os testes de Jerez na próxima semana, deve se aposentar. Segundo algumas notícias, os testes inclusive já teriam sido cancelados.

Péssimo também para a Fórmula 1, já que se a notícia se confirmar, apenas 18 carros alinharão o grid no GP da Austrália de 2009, um número ridículo para o porte e importância mundial da categoria.

Esse é o problema da Fórmula 1 atual, ela está nas mãos das montadoras. Não dá para ter 60% das equipes nas mãos delas com hoje. Não que as fabricantes sejam um mau para a categoria, muito pelo contrário, mas elas vivem de vender automóveis, e não do esporte. Do mesmo jeito que empresas dos mais variados setores estão reduzindo custos com eventos, publicidade, cafézinho e outros por causa da crise, as montadoras irão cortar qualquer investimento que não seja essencial para as vendas. Vejam a situação da GM e Ford dos Estados Unidos pedindo desesperadamente ajuda ao governo para sobreviverem ao momento da economia.

A Honda não é a primeira na história da Fórmula 1 a sair durante uma crise, e não será a última. Aposto que a primeira a seguir o caminho será a Toyota, que não vai ter mais a necessidade de continuar gastando rios de dinheiro em um negócio do qual sua principal concorrente já pulou fora.

Agora temos que aguardar a oficialização da notícia. É lógico que já devem estar acontecendo movimentações de bastidores, inclusive com participação de Bernie Ecclestone. Mas com certeza, até semana que vem devemos ter mais notícias sobre o caso. Há quem diga que um anúncio pode ser feito já nesta sexta-feira.

2 de dez. de 2008

Santa Catarina anuncia novo autódromo

A Federação de Automobilismo do Estado de Santa Catarina (FAUESC) divulgou durante o Desafio das Estrelas de Kart, no último fim de semana, que já está em construção um autódromo em Canelinha, cidade de 10 mil habitantes e que fica a 65 km de Florianópolis e a 45 km de Balneário Camburiú. Até uma maquete da pista foi posta m exposição.

O terreno para a construção tem três milhões de metros quadrados e a pista teria dois traçados: um com 2,7 km outro com 1 km a mais, que passaria em uma área de mata virgem com o objetivo de imitar o visual do antigo circuito de Hockenheim e de Spa. A idéia é que no local funcione um complexo de automobilismo com kartódromo, pista off-road e um hotel cinco estrelas. O padrão da pista seria para sediar qualquer categoria nacional e internacional, com exceção da Fórmula 1.

O presidente da FAUESC, Jairo Albuquerque, disse que o objetivo é que o novo autódromo seja inaugurado até o final de 2010, mas já apontou alguns atrasos por causa das fortes chuvas que caíram na região e que foram notícia em todo Brasil nas últimas semanas.

Eu sempre sou cético com relação à notícias de novos autódromos no Brasil. Já vi e ouvi várias histórias de projetos que nunca se concretizaram. De novo mesmo só me lembro de Campo Grande e Santa Cruz do Sul. O Velopark, no Rio Grande do Sul, parece que vai finalmente ganhar uma pista para os próximos dois anos.

Infelizmente muitos dos nossos autódromos mais tradicionais, como o do Rio de Janeiro (sede do GP Brasil de Fórmula 1 entre 1978 e 1989 e que foi destruído pela organização dos Jogos Pan Americanos de 2007), Goiânia (que já sediou o mundial de moto velocidade), Brasília (que já recebeu uma corrida extra campeonato da Fórmula 1 em 1974), entre outros, estão totalmente degradados. Apesar de não receberem a Fórmula 1, eles poderiam sediar várias outras categorias internacionais bem interessantes, além de termos praças mais modernas para nossas categorias nacionais.

Vamos torcer para que dê certo o projeto do autódromo de Santa Catarina e que alguém resolva salvar as outras praças.

1 de dez. de 2008

Domingo Legal

Calma, não vou falar de programas de auditório. O último domingo realmente foi muito legal para quem curte automobilismo. Em São Paulo tivemos a GT3, com a dupla Xandy Negrão e Matheis se sagrando campeã com seu Ford GT, além dos Clio e Fórmula 3, onde Nelson Merlo se sagrou campeão da temporada 2008.

No Parque do Ibirapuera o Renault Show chamou a atenção com desfile de carros antigos e várias atrações que culminaram com a apresentação de Nelsinho Piquet dirigindo um Fórmula 1 da equipe francesa. E ele acelerou para valer. Foi muito legal mesmo.

Mas o evento que acabou chamando mais atenção no domingo foi o Desafio das Estrelas de Kart, disputado em Florianópolis. É muito legal ver pilotos como Massa, Barrichello, Schumacher, Liuzzi e outros correndo de kart. Eu acredito que provas como essa e as 500 milhas da Granja Viana estimulam as pessoas a entrarem no automobilismo, sejam crianças ou adultos, que queiram ser profissionais ou correr apenas por hobby.

A corrida foi muito legal, com vários pegas e com a vitória de Barrichello, que é o primeiro a vencer o Desafio e as 500 milhas no mesmo ano, se tornando um “Rei do Kart 2008”. Ele realmente deu um show e mostrou o quanto está motivado para seguir sua carreira na Fórmula 1. Continuo apostando que ele segue na Honda. A corrida, inclusive, ganhou até mesmo uma nota no site da autosport.

A única coisa a lamentar é a habilidade de Rubens de até mesmo quando vence conseguir se colocar em situações constrangedoras. Na primeira declaração após a vitória, ao vivo para o SPORTV, ele reclamou dos empurrões que levou de Schumacher e di Grassi. O troco veio logo depois, quando o alemão disse para os repórteres que “Rubens é assim mesmo, ele reclama quando ganha ou quando perde.” Barrichello podia ter ficado sem mais essa e não precisava ter dado a declaração.

Eu realmente acho Barrichello um dos melhores pilotos do mundo, mas quando tira o capacete... Suas declarações sempre são ridículas e depões contra sua imagem. Pior do que não saber perder, é não saber ganhar.