27 de fev. de 2010

Capital da Europa

Ontem tomei algumas boas cervejas com meus amigos canadenses e mais uns portugueses que chegaram ao hostel de Bruges. Foi uma despedida tranquila da cidade e nao fui dormir muito tarde porque estava exausto do exercicio ciclistico do dia.

Hoje de manha acordei tomei cafe, banho, troquei contatos com a galera e peguei um trem com destino a Bruxelas. Uma hora depois estava na capital da Europa, ja' que a cidade e' sede do Parlamento Europeu e das principais comissoes da Uniao Europeia.

A cidade, para falar a verdade, e' bem se graca. Tem uma ar de metropole, apesar de nao ser tao grande, sem nenhum charme especial. Passei pela area dos edificios europeus, fui ao famoso Atomo e terminei o dia no centro. Me chamou a atencao a quantidade de ruas comerciais e o vultoso movimento. Muita gente comprando, comendo, passeando...

E' curioso tambem notar a enorme diferenca entre o belga do norte e do sul. Alem da lingua (em Bruges a primeira e' holandes e aqui e' frances) a maneira como se comportam e o jeito de ser sao quase que opostos. No norte sao mais serios, com menos paciencia, e aqui mais tranquilos e acostumados com uma cidade mais cosmopolita.

O computador aqui do hostel nem tem entrada USB entao ficarei devendo mais uma vez as fotos. Amanha pego voo para Lisboa, onde passarei minha ultima noite desta viagem, e tentarei postar de la'.

Recebi alguns e-mails bem legais comentando os textos da viagem. Gostei bastante. Gostaria que mais pessoas mandassem criticas sobre as narrativas (boas e ruins) ou pedindo que eu conte melhor alguma historia ou passagem que eu nao tenha explorado nos posts. Fica o convite.

Me perguntaram, por exemplo, sobre a balada de Amsterdam, sem a parte das drogas e sexo. O meu hostel la' tinha um bar bem legal que rolava ate DJ e tudo. Acabava sendo um bom ponto de encontro da galera depois dos passeios do dia. Em uma das noites fui a uma balada, a Paradisio, que e' a mais famosa da cidade. Achei bem legal e valeu a pena. O custo e' o mesmo de Barcelona, por exemplo. Nao me lembro bem, mas acho que paguei 10 ou 12 euros para entrar e mais o que consome la' dentro. Existem muitos bares do estilo Pub tambem. Tentei um, mas nao gostei porque so tinha uns ingleses extremamente bebados e eu estava com tres meninas que nao viam a hora de sair dali. As principais baladas da cidade ficam na Uptown, entao preste atencao nisto quando for reservar um hostel. O meu, por exemplo, ficava no Downtown, perto do Red Light District. Mas, de qualquer forma, Amsterdam e' pequena, da para fazer quase tudo a pe' e a noite tem uma linha de Tram (aqui na Europa eles falam Tram, mas para mim e' bonde mesmo) que faz o trajeto do centro da cidade para esta area mais noturna.

Achei engracado tambem que recebi um e-mail de um leitor mais antigo do blog me perguntando quando eu iria voltar a falar de automobilismo. Cara, to chegando no Brasil em dois dias, ai vou conseguir me concentrar mais nesta area. Prometo.

26 de fev. de 2010

Te cuida Lance Armstrong

A noite de ontem foi mais produtiva em relação à amizades no hostel do que no primeiro dia. Chegou uma turma bem legal do Canadá no meu quarto e conheci um colombiano gente boa também. Foi bom para dar continuidade à desgustação de cervejas belgas.

Hoje acordei e no café da manhã todo mundo começou a contar seus planos para o dia. Eu já tinha feito tudo aquilo. Fui perguntar ao cara do hostel se ele teria alguma dica para o meu dia. Tudo o que ele falava eu já tinha feito. Então ele me deu uma sugestão que a princípio me pareceu improvável, mas que, vendo as minhas poucas opções, resolvi topar e encarar como uma das minhas últimas aventuras na viagem. Aluguei uma bicicleta (seis euros pelo dia inteiro) e fui pedalando até a cidade de Duinbergen, a 20 quilômetros de Bruges, para conhecer as praias belgas.

No caminho, a pequena estrada passa por várias fazendas do interior belga e sempre acompanha canais cheios de patos e lebres atravessando. Não é exatamente a melhor época do ano para visitar praia, mas o tempo aqui na Bégica, apesar de não ter sol, não está frio, com certeza mais que 10 graus, então no final acho que foi um passeio diferente.

Lógico que quando partimos para uma destas nunca pensamos na volta. No final foram 40 quilômetros de ida e volta. Não é pouca coisa. No final eu já avistava uma das torres de Bruges, mas parecia que ela corria de mim, e pior, mais rápido. Talvez eu não consiga andar amanhã, mas tudo bem. Assim que conseguir vou subir as fotos deste passeio também, que não são da categoria "bonitas", mas, com certeza, "diferentes".

Amanhã deixo Bruges e parto em direção à Bruxelas, última cidade do roteiro antes de voltar à Lisboa, de onde pego meu avião para o Brasil. Na verdade vou ficar em na capital belga e da União Europeia apenas uma noite e vou ter menos de um dia para conhecer. Como tinha pouco tempo para ficar na Bélgica preferi ficar uma pouco mais em Bruges para ver melhor do que passar mais tempo em Bruxelas, que me disseram que não é tão legal. Amanhã saberei se acertei.

25 de fev. de 2010

Batata frita, chocolate e cerveja

Minha primeira noite em Bruges aproveitei para fazer uma desgustacao de cervejas da regiao, reconhecidas como uma das melhores do mundo. E pelo o que experimentei ontem, realmente sao muito boas. Tem uma tal de Bruges Zat, feita artesanalmente no centro da cidade que e' uma delicia.

Hoje acordei em dois estagios. O cafe da amanha aqui e' termina `as nove e meia da manha. Ou seja, nao tem muito jeito... Depois que de comer voltei para cama. Estava muito cansado (Amsterdam...). De qualquer maneira estava chovendo entao nem tive muita duvida. Alias chove bastante aqui na Belgica. Perguntei para o cara do hostel se ele tinha visto algo na previsao do tempo e ele me respondeu que se tiverem sorte, deve fazer tempo bom por uns 15 dias em junho...

Dormi ate meio dia, quando veio o cara da limpeza no meu quarto. Olhei pela janela e aparentemente, mesmo o tmepo ainda estando fechado, nao chovia. Levante e fui tomar banho. O chuveiro aqui fica em um predio anexo, atras do hostel. E' engracado porque para irmos la temos que passar pelo bar carregando toalha e a necessaire e de chinelo, saimos em um minio jardim e chegamos ao outro predio.

Devidamente de banho tomado fui andar na cidade. Como ja era quase uma da tarde quando cheguei na praca central da cidade, resolvi comer um pouco das famosas batatas fritas belgas. Depois fui `a igreja onde esta a "A Madonna com a crianca", uma das poucas esculturas de Michelangelo que estao fora da Italia. Saindo de la', comi mais um pouco de batata frita.

A seguir passei em um pequena igreja templaria, onde esta o "Sangue Sagrado". Trata-se de um cilindro com um pouco de sangue que seria de Jesus Cristo trazido de Jeruzalem pelos Cavaleiros Templarios no seculo XII. Pois e'... Para refletir um pouco, resovi comer mais um pouco de batata frita.

Andei uma pouco pela cidade, que realmente e' muito bonita, mas que nao tem muitas atracoes. Muitas lojas de chocolate belga, que ainda nao experimentei, no entanto, com certeza nao passara em branco.

No final da tarde, comi mais um pouco de batata frita (eu acho que gostei deste negocio) e ai comecou a chover de novo. Voltei para o hostel e vim escrever antes que eu comece a segunda noite de cerveja belga. Porque depois fica dificil. Mas antes, que tal um pouco de batata frita?

PS: Mais uma vez nao conswegui subir as fotos gente. Estou bem chateado com isso, mas assim que conseguir tenho certeza que voces gostarao de ver o que tenho guardado. Tem um outro computador aqui no hostel que nao consegui pegar hoje, mas que tentarei por ele mais tarde.

PS2: Faltam cinco dias para o fim da viagem. Gostaria de ter algum feedback da turma que esta acompanhando. O que acharam dos textos e das historias? Logico que muita coisa acabou ficando de fora, ja que nao posso ficar o tempo que quiser escrevendo nestes computadores de hostel, mas agora no final, como esta mais tranquilo, se quiserem mandar perguntas sobre alguma passagem da viagem, fiquem a vontade que vou gostar muito de responder.

24 de fev. de 2010

De volta

Oi turma. Sentiram minha falta? A última semana foi bastante agitada. Realmente foi uma pena eu não conseguir atualizar o blog todo dia porque tinha muita coisa para contar. Nesta semana passei quatro noites em Berlim e três em Amsterdam.

Primeiro vou falar um pouco da capital alemã. Foram provavelmente quatro dos melhores dias da viagem. Gostei muito de Berlim. Para começar, a cidade tem uma história recente muito interessante para contar. Se olharmos os principais acontecimentos do último século, boa parte deles ocorreram na cidade. Além do Free Walking Tour, que sempre é legal de fazer nas cidades que tem o serviço, ainda fui a mais dois tour específicos sobre a administração nazista e outro sobre o período da Guerra Fria. Alguns prédios, ruas e museus valem muito a visita.

E Berlim não é só história. A noite também é bastante agitada com muitos bares onde sempre se pode tomar uma boa cerveja e mais tarde seguimos para uns clubes bastante típicos da cidade, com um ar meio punk underground.

O meu hostel lá, o Baxpax, era muito bom. Praticamente um hotel com um bar bem legal e um staff bem gentil. Fiz uma galera bem legal com americanos, canadenses e australianos. Foi tudo bem divertido e no dia de partir fiquei com a clara impressão que poderia ficar mais uns dois ou três dias tranquilamente.

Meu trêm para Amsterdam saía às oito e meia da manhã de domingo. Até hoje não sei onde estava com a cabeça para marcar tão cedo, ainda mais não considerando que iria sair no sábado. Não perdi por um milagre e por uma grande ajuda. O milagre foi o atraso 15 minutos do trêm em plena Alemanha. Quando eu estava saindo da escada rolante vi as portas se fecharem. Pulei e tentei abrir, mas não consegui. Quando olhei para frente, um senhor da companhia local estava segurando uma porta e gritou para eu correr lá para entrar. Coisa de anjo da guarda mesmo. Tinha corrido tanto que fiquei uns cinco minutos no final do vagão recuperando meu fôlego.

Seis horas depois e um conexão não sei onde, estava eu na Sin City europeia. Cidade de muitas lendas e histórias e com uma ligação histórica com drogas e pornografia desde do século XIII, quando era um dos portos favoritos dos marinheiros.

Fiquei três noites na capital holandesa. O tempo não colaborou muito e choveu por algum tempo. Fiz o Free Walking Tour, debaixo de chuva, fui à casa/esconderijo/museu da Anne Frank, Museu Van Gough e ao Heineken Experience. Existe também um Museu do Rembrandt, mas suas principais obras estão na França, e um Museu de artistas holandeses que estava reformando. Não se tem muito o que conhecer, mas a cidade tem uma história interessante e pode ser considerada um dos berços do capitalismo.

Mas, no final, a graça mesmo é ir no Red Light District ver as senhoritas nas vitrines (só vale ir a noite a noite, pois durante o dia o produto da vitrine normalmente está com prazo de validade vencido) e conhecer as famosas coffee shop locais e seus produtos tão especiais. Afinal, que mal pode fazer um bolinho de chocolate, não?

Hoje acordei com o caras do hostel no meu quarto já. Perdi a hora do check out. Paciência. Conversei na boa com os caras e deu até para tomar um banho antes de seguir para estação de trêm. Duas horinhas até Antuérpia, onde fiz uma conexão para meu destino final, Bruges, uma hora e meia depois. Viagem tranquila, sem muitas paisagens que pudessem chamar a atenção.

As primeiras horas em Bruges me passaram a impressão de uma cidade bem do interior mesmo. Pequena, pacata, tudo bonitinho e cuidado. Não andei muito porque tenho mais dois dias inteiros aqui e resolvi ficar mais na região do meu hostel mesmo.

Amanhã, sem falta, volto para contar sobre meu primeiro dia em Bruges e farei nova tentativa de subir umas fotos. Tenho muita coisa legal para mostrar de Praga e Berlim.

17 de fev. de 2010

De volta à Alemanha

Primeiro queria dizer que tenho umas imagens bem legais de Munique e Praga para publicar, mas infelizmente não estou conseguindo. Acho que deve ser algum problema de compatibilidade do software da camera com os computadores da região. Eu digo isso porque sei que a turma está gostando mesmo é de ver as imagens.

Hoje, por volta do meio dia peguei um trêm em Praga com destino à Berlim, retornando à Alemanha. Sei que meus relatos de Munique foram um pouco burocráticos, mas é difícil se manter sóbrio por lá, então eu não estava escrevendo muito mesmo. A Bavária realmente é a terra da cerveja. A coisa é tão séria que, por volta de 1500, a região instituiu a primeira regulamentacão sobre um alimento na história ao definir em lei os ingredientes principais da cerveja. A lei caiu somente depois da adocão do Mercado Comum Europeu, por pressão de Bélgica e Holanda, que não podiam vender suas cervejas na Bavária com este rótulo por utilizarem alguns ingredientes a mais. Seria vendido na Bavária como se fosse vodka ou coisa parecida.

Acho que na Alemanha é o único país em que eu já fui em que se pode beber cerveja em qualquer lugar, como metrô e afins. Um alemãome disse que "onde pode água, também pode cerveja". Estou em Berlim somente há algumas horas e mal saí do hostel. Ainda não sei se a cultura da cerveja aqui é do mesmo jeito que em Munique e na Bavária.

Falando agora um pouco da minha chegada à Berlim. O meu hostel fica exatamente do lado do Teatro onde acontece o famoso Festival de Cinema. Em um primeiro momento achei muito legal por parte deles estarem me recebendo com tapete vermelho e tanta gente para confraternizar. Mas depois percebi que não era para mim. Agora está uma pequena multidão lá fora (por volta de -2 graus) tentando ver alguém famoso. E eu aqui, no computador do hostel dando sopa... Vai entender esse povo...

Hoje vou ficar quieto no hostel para recarregar as energias que chegaram bem perto do zero após Praga. Amanhã volto com as primeiras impressões da capital alemã.

16 de fev. de 2010

Uma pergunta

Ontem voltei às quatro da manhã para o meu hostel. Cruzei praticamente o centro de Praga inteiro a pé e em nenhum momento me senti ameacado por nada. Por que não conseguimos ter essa tranquilidade no Brasil? A República Tcheca não é exatamente um país de primeiro mundo e seus índices sociais são bastante modestos. Lógico que, como em qualquer lugar do mundo, não pode ficar dando bobeira, mas nos sentimos muito mais seguros. Por que, mesmo com todo o desenvolvimento economico que temos no Brasil, não estamos conseguindo diminuir a violencia?

Bem, hoje foi meu último dia em Praga. Fui ao castelo da cidade e dei mais uma volta no bairro judeu. Ontem eu fui no museu sobre comunismo que tem aqui. Eles realmente ficaram traumatizados com a experiencia. Só acho um pouco errado a ligacão tão simples que eles fazem entre o comunismo e o totalitarismo imposto pela União Soviética. Acho que são coisas diferentes, mas quem sou para julgar o que eles passaram aqui?

Essa região da Europa sofreu bastante primeiro com as invasões de Hitler e depois com o a tomada de controle por parte dos russos. Dá para entender esse trauma. Pelo menos em Praga, percebe-se que pela primeira vez o povo está experimentando alguma prosperidade. A entrada na União Europeia foi importante, mas a adocão do Euro seria um pouco traumática para a economia neste momento. A conversão com certeza traria um reajuste de precos que eles ainda nao estão prontos para enfrentar. Por isso ainda não aconteceu.

Mas Praga (sempre falo da cidade porque não fui conhecer outros lugares na República Tcheca par apoder opinar) está se preparando. Os servicos ligados ao turismo são bons, as pessoas tem boas nocões de ingles (sempre ajuda) e o transporte público é de um nível bastante aceitável. É uma cidade que vale a visita.

Outras do leste europeu, vendo o sucesso turístico de Praga, já estão de olho neste nicho. Nos hostels já se fala bastante em Budapeste e Blatislava.

Amanhã pego um trem para Berlim. Quatro horinhas de viagem e estarei de volta à Alemanha. Porém, em uma cidade que não deve ser muito parecida com Munique, por onde passei na semana passada e gostei bastante. Com todas essas viagens, já nem consigo direito ficar imaginando como vai ser a proxima estadia. Vou curtindo onde estou e viajo meio que no piloto automático. Admito que não aguento mais sentir frio. É bonito no comeco, diferente, mas depois de um tempo enche a paciencia. Mas está tudo bem. Não tenho direito de reclamar de nada nesta viagem incrível que estou fazendo.

14 de fev. de 2010

Praga

Ontem cheguei em Praga e a noite fui dar uma volta pela cidade. Aqui esta tao frio quanto em Munique, mas parece que a previsao para os proximos dias e piorar. Mesmo passando esse frio, valeu a pena. A cidade e muito bonita a noite. Os edificios sao fantasticos e com a iluminacao certa ficam mais bonitos ainda.

Mais tarde fui a um pub conhecer as cervejas tchecas (sou mais as de Munique) e depois fui em famosa balada de cinco andadres perto do rio. Nao me pecam para escrever o nome me tcheco.

Acabei acordando meio tarde. Me empolguei com o sol que vi pela janela, mas quando sai o frio era o mesmo, por volta dos dois graus negativos e com aquele ventinho que gela tudo. Fiz um passeio bem na boa, passando pelo centro e conhecendo os principais museus e aproveitando para dar uma boa andada pela cidade.

Pouco menos de 20 anos apos o fim da Uniao Sovietica, os resquicios do comunismo sao zero. A cidade tem muitas lojinhas de lembrancinhas e, pelo menos no final de semana, esta lotada de turistas. As igrejas, pontes, sinagogas e museus sao os grandes destaques. Alem disso, a comida e boa tambem. Tem uma praca, a Staromestske namesti (fala serio hein), que tem umas barracas vendendo linguica no pao, doces tipicos, vinho quente e por ai vai. Vale a pena.

O fato de nao termos que trocar dinheiro sempre e algo que enche um pouco a paciencia, mas os precos sao bons. Da para almocar um lanche de linguica na baguete, com presunto de Praga e um vinho por 70 coroas, o que equilave a dois euros e cinquenta centavos. Nao restaurantes, uma boa refeicao, sentado na mesa, sai em media sai uns 12 euros.

O tcheco esta bem ligado no que esta acontecendo com o seu pais. Ele sabe que Praga esta se tornando um ponto cada vez mais comum para turistas na Europa e a cidade esta se estruturando. A maioria das pessoas que trabalham no setor de servicos falam bom ingles, o transporte publico (com onibus, metro, tram e trem) e de qualidade e cidade e' bem sinalizada. O povo me pareceu ser bem hospitaleiro e esta feliz em receber pessoas de outros paises para mostrar sua cultura e, principalmente, sua tao famosa noite.

Nao vou nem falar das mulheres... Lindas... Andar nas ruas de Praga nos faz aumentar os padroes de beleza a cada esquina.

Ontem comecaram as Olimpiadas de inverno e da para ver que eles curtem. Os pub anunciam as transmissoes das competicoes e a turma vai acompanhar no final da tarde.

Vale lembrar que hoje, 14 de fevereiro, em quase todo mundo e' dia dos namorados e os restaurantes mais romaticos estao fazendo varias promocoes e cardapios especiais.

O carnaval nestas bandas tambem rola, so que e' uma coisa mais infantil, com aquela historia de fantasia e tal.

Ja estou em viagem ha 34 dias. Impressionante como o temo passa rapido. A cada tres ou quator dias, novos amigos e novos lugares. Tudo tem sido bem legal. Lembrei durante o dia que tneho praticamente mais duas semanas por aqui so'. Vou continuar aproveitando e espero que voces continuem me acompanhando.

Nos ultimos dias acompanhei os testes da Formula 1 em Jerez pela internet. Parece que Ferrari e McLaren estao de volta. Mas acho que so saberemos se vamos ter mais algum time proximo (Mercedes ou Red Bull) nos proximos treinos. E as equipes novas, como ja' esperado, acabaram se tornando um tremendo mico... Forcar as coisas nunca adianta. Antes de novas equipes, tem que se criar um ambiente economico favoravel para isso. Nao adianta fazer na canetada. Alem disso, ainda acho que o processo de escolha da FIA nao foi dos mais justos. Times com melhor estruturas ficaram de fora por motivos um pouco obscuros e que aos poucos estao vazando, como a obrigatoriedade do uso dos motores Cosworth e a diversificacao de paises. Tiro no pe'. Das quatro novatas, apenas duas tem carro para correr a extamente um mes do inicio do mundial.

Outro destaque legal do automobilismo neste final de semana e' a estreia oficial de Kimi Raikkonen no Mundial de Rally. A primeira etapa esta acontecendo na Suecia. Parece que ele ficou atolado no primeiro dia e perdeu muito tempo. Esse finlandes foi uma grande perda para a Formula 1 e um tremendo ganho para o WRC, que vai crescer em espaco de midia pela curiosidade de todos em saber o que um campeao mundial de monopostos pode fazer nos rallies.

12 de fev. de 2010

Frio e cerveja

Os ultimos dois dias e Munique foram bem legais. O frio pegou forte aqui e a temperatura sempre esteve entre cinco e dez graus negativos. Me falaram que ha quinze dias estava pior.

Ontem me juntei a um brasileiro que conheci no trem que vim de Veneza e esta no mesmo hostel que eu. Fomos ao campo de concentracao de Dachau, um dos maiores que existiram na Alemanha nazista e que chegou a ter 60 mil presos. Andar pela camara de gás e o crematório realmente passa uma sensacao ruim e nos faz pensar nas atrocidades que o ser humano fez e faz.

Depois disso ainda tivemos tempo de passarmos rapidamente pelo Deutsche Museum, maior museu ligado à história da tecnologia no mundo. Muita coisa legal lá, pena que as explicacoes eram em alemao...

A noite fomos a algumas cervejarias da cidade, entre elas a Hofbräuhaus, que além de servir cerveja boa em canecas de um litro (e só de um litro), foi onde as primeiras reunioes do partido nazista aconteceram. Dá até para imaginar Hitler lá, meio doidao com seu litro de cerveja na mao, imaginando como seria dominar o mundo.

Hoje meu amigo foi para Praga, para onde vou amanha. Eu peguei um trem para a cidade de Füssel, onde fui conhecer o famoso castelo que a Disney se inspirou para criar a casa da Cinderela. O castelo em si nao é tao legal, mas o passeio é bem gostoso pela regiao e pela oportunidade de visitar uma cidade interiorana da Alemanha. Dificil foi subir a montanha a pé, já que o onibus nao funiona no inverno. Nao é longe, mas andar na neve nao é das coisas mais fáceis.

Antes de ir embora fiz questao de ir a um bar da cidade beber algumas cervejas. Conheci um pessoal legal. Acho que valeu a pena.

Amanha pego um trem logo cedo para Praga, que se realmente for o que todo mundo anda me dizendo, será um dos pontos altos da viagem. Vamos ver... É uma despedida breve da Alemanha, já que evo passar por Berlim depois. Munique, assim como todas as cidades que passei, foi com certeya aprovada e o saldo da viagem foi ótimo.

10 de fev. de 2010

Munique

A despedida ontem de Veneza acabou sendo a mais dificil para mim. Eu nao tinha mais o que fazer na cidade. Meu ultimo dia foi bem chatinho, mas o lugar é gostoso demais e as pessoas que conheci eram muito legais.

No caminhar em direcao à estacao fui olhando o céu, todo estrelado, e curtindo aqueles becos que no comeco me intimidaram tanto. Mas é hora de conhecer um novo lugar e fazer outros amigos.

Peguei o trem das 23 horas e cheguei e em Munique por volta das seis e meia da manha. Dormi a maior parte da viagem, acordado apenas pela imigracao austriaca e depois pela alema. Tudo na boa, sem stress, só checagem de passaportes, com muita educacao.

Na chegada, ainda nao tinha amanhecido e por isso nem me arrisquei em sair para rua. Fiz hora tomando café, depois já fui comprar minha passagem para Praga, no sábado, para ficar livre disto. Lá pelas dez horas resolvi dar uma volta na rua. Deixei minha mochila no locker da estacao mesmo e fui andar. Estava nevando, o que é uma cena linda quando estamos do lado de dentro da janela, porque lá fora é sempre mais complicado do que imaginamos.

Sem querer, encontrei alguns pontos turíscos legais do centro da cidade. Mas como o frio estava demais, nao demorei muito a voltar. Quando era meio dia fui procurar meu hostel, que é bem perto da estacao de trem.

Mais uma ótima indicacao do meu irmao, que acho que morou neste albergue por algumas semanas quando veio à Munique no ano passado. Fiz o check in e fiquei naquela dúvida sobre se me arriscava no frio ou nao. É fácil falar ai dos 40 graus do Brasil. Oito graus negativos e neve no olho nao é tao fácil assim.

Comecei a explorar o mapa de Munique até que encontrei a única coisa que poderia me motivar a sair naquela neve toda: o Museu da BMW. E valeu a pena.

O Museu é muito legal e tem carros, motos e motores de todas as fases da marca. Desde o princípio, quando ela fabricava propulsores para avioes militares da I Guerra até os últimos modelos conceitos. É um belo mergulho na história da marca, passando inclusive pelos vários modelos de competicao. Entre eles o Brabham em que Nelson Piquet foi campeao mundial de Fórmula 1 e que era empurrado por uma motor da marca alema. Acho que alguns executivos atuais da empresa poderiam dar uma volta de vez em quando na galeria para ver o peso que a BMW tem no esporte.

Na saída do museu, bastante empolgado, observei que estava ao lado do Parque Olímpico da cidade. Enfrentei a neve para ir ao Estádio e conhecer as instalacoes dos Jogos de 1972.

Acabou sendo um dia produtivo até. Vamos ver como será amanha. Agora vou aproveitar o happy hour do bar do hostel. Pint de cerveja alema por dois euros parece parece promissor...

PS: Tenho várias fotos legais do meu dia, mas nao estou conseguindo subir para essa porcaria de computador alemao. Amanha eu tento de novo. Se nao conseguir, eu publico um "the best of Munique" na minha próxima parada.

9 de fev. de 2010

Ciao Italia!

Daqui algumas horas pego um trem com destino à Munique e deixo a Italia, depois de 15 dias e 16 noites. Nao escondi de ninguem que se nao conseguisse ficar tanto tempo andando pela Europa, esta perna italiana da viagem era a unica de que eu nao abriria mao. E me despeço sentindo uma pontinha de saudade. Foi melhor do que eu poderia imaginar.

Passei por Florença, Roma, Modena e Veneza. No caminho ainda tive a oportunidade de conhecer Pisa, Siena, Maranello e Verona. Todos lugares maravilhosos. Mas tambem foram as pessoas (de varias nacionalidades) e as experiencias. Tudo deu certo. Ate os problemas, no final das contas, foram legais de resolver. Aprendi muito por aqui, em todos os sentidos. Fiz bons amigos tambem.

Cheguei a pensar em pegar um trem no sentindo contrario. Talvez ir conhecer um pouco do sul. Mas acho que vale a pena partir para uma regiao da Europa bem diferente do que eu ja conheço.

Ja estou na estrada ha 29 dias (como o tempo passa!!), mais da metade desta jornada europeia. Fiz uma primeira parte costeira, com Lisboa, Valencia, Barcelona e Nice. Depois uma segunda fase italiana. Agora parto rumo ao frio. O roteiro (que pode mudar) passa agora por Munique, Praga, Berlim, Amsterdam, Bruges e Bruxelas. Pode ser que depois de Praga eu inclua Budapeste, mas ainda nao decidi, tenho que ver se da tempo. Nao adianta querer conhecer tudo de uma vez e nao ver com calma.

Bem, agora vou tomar minhas ultmas taças de vinho por aqui e volto a escrever da Alemanha.

8 de fev. de 2010

A maior historia de amor de todos os tempos

Ontem tive uma noite bem legal. Passei o dia andando e conhecendo os cantos de Veneza e curtindo as varias atraçoes do Carnaval. Quando voltei ao albergue, no começo da noite, os dois meninos que trabalham la me chamaram para sair com eles. Samuel, mexicano de Puebla, que veio à Europa "visitar" sua irma e conseguiu um trabalho temporario no hostel, e Tiago, portugues de Algarve, que veio à Veneza estudar arquitetura na Universidade local. Um dado importante sobre Tiago: ele acha que Eusébio foi o maior jogador de futebol de todos os tempos.

Nos divertimos bastante nas praças de Veneza, animadas pelos varios DJ's, mesmo com o frio na casa dos cinco graus. Pena que por aqui, as festas de carnaval, como todas as outras baladas, tem hora certa para terminar, sempre às duas da manha. Dificilmente passa disso por causa de uma lei recente que proibe venda de bebida alcolica depois deste horario.

Hoje acordei e peguei um trem com destino à Verona, cenario do romance de Romeu e Julieta, a maior historia de amor de todos os tempos e que inspirou incontaveis filmes, peças e obras literarias. Convenhamos que até ja cansou um pouco. Mas original, é original.

Verona é uma cidade bem bonita e, como quase tudo na Italia, com muita historia. Varios monumentos romanos com seus dois mil anos de idade, tudo muito bem conservado, apesar de alguns terem sido "reformados" por Napoleao em sua passagem por aqui.

A historia de Romeu e Julieta é bastante explorada. Podemos visitar a casa de Julieta, onde vemos a sacada que Romeu escalou. A tumba dela tambem faz parte do passeio.

Porem, é bom deixar claro que Verona é muito mais do que isso. Uma cidade medieval com ruas largas, facil de andar, monumentos lindos e gente muito hospitaleira. Passei pouco mais de cinco horas por la e acho que deu para fazer um passeio bem completo. O tempo de viagem vindo de Veneza é de duas horas e vinte minutos no trem local (varias paradas) e custa seis euros.

Hoje vou curtir minha ultima noite em Veneza e na Italia. Amanha de madrugada pego um trem para Munique. Foram 16 dias que eu curti muito. Mas vou deixar para falar sobre isso no proximo post.

7 de fev. de 2010

Carnaval

Pensaram que eu nao ia ter carnaval? Eu nao so vou ter como antes de voces ai no Brasil. Logico que nao tem comparaçao, mas é melhor do que nada, nao?

Bem, depois de todas aquelas aventuras em Maranello, peguei ontem um trem para Veneza. O carnaval aqui começa oficialmente no dia 6 de fevereiro, ou seja, foi neste sabado. A cidade esta lotada. é até dificil andar pelos seus apertados becos.

Veneza é um lugar unico. é dificil dizer se é uma das cidades mais bonitas, mas com certeza é uma das mais diferentes. Vale muito a visita. Na primeira volta, parece que nunca vamos conseguir nos achar, mas é tudo muito bem sinalizado, e até por ser um lugar que vive quase que unica e exclusivamente de turismo, é facil pedir informaçao na rua. Depois de um tempo eu ja nem estava precisando do mapa.

O carnaval, apesar de nao ter nada a ver com o que temos no Brasil, é divertido também. A galera entra no clima, todo mundo fantasiado ou com mascaras, a cada esquina uma nova atraçao, ou de repente, voce cruza com uma turma com esta ai do video.

Ontem tive praticamente a tarde toda por aqui e andei bastante pela cidade. Lugar magico com certeza. Muitas lojas de grifes famosas e de todos os tipos. De Dolce Gabana e Armani até Disney, passando por Ferrari. A mulherada fica louca, mas os preços tambem sao bastante unicos.

No final da tarde, voltei ao hostel para me instalar. Conheci um casal de brasileiros que estava ficando no meu quarto. Rafael, paulista, e Gislane, catarinense. Saimos para comer uma pizza (a individual aqui é do tamanho de uma pizza média no Brasil) e depois fomos brincar um pouco na Praça Sao Marco, centro de tudo.

Hoje de manha eles seguiram viagem. Eu acordei e fui tentar ir à Praça Sao Marco. Simplesmente impossivel de chegar perto de tanta gente. Mas tem muitas outras coisas para se fazer aqui. Ja é um lugar, que apesar do pouco tempo que estou, me cativou. Pelo menos nesta epoca de festa, nao sei como é no resto do ano.

O hostel é simples mas gostei bastante. Falta uns serviços como internet e lockers, mas disso ja sabemos antes de reservamos. A localizaçao é otima, perto do Rio Grande e do Mercado de Peixes e Frutas da cidade, à uma caminhada de cinco minutos da Ponte Rialto. So por isso ja vale a pena. O staff é meio atrapalhado, mas sao engraçados e muito preocupados com nosso bem estar. O dono é uma figura inigualavel. O nome dele é Alex, ele é de Verona e deve ter uns 30 e poucos anos. Imaginem um italiano, daqueles bem espalhafatosos, mas que bebeu um litro de Red Bull. Pois é... Sò da para dar risada, porque conseguir falar com ele é quase um desafio.

O tempo ontem estava bastante nublado e de vez em quando caia uma garoa fina. Hoje quando sai do hostel nao acreditei no sol que estava fazendo. Nenhuma nuvem no ceu e até tirei a malha que estava vestindo. Se tem uma coisa que nao posso reclamar nesta viagem é da sorte que vem me acompanhando.

Queria agradecer os varios e-mails que recebi comentando minha volta de Ferrari em Maranello. Realmente foi uma emoçao unica. E tem mais. Video em dvd da camera on board da minha pilotagem. Quando chegar ao Brasil vou mostrar para todos com muito prazer. Quero ver se voces vao me aguentar de tantas historias que tenho para contar. Ja sou pouco tagarela...

5 de fev. de 2010

Que dia!!

Bom gente, estou em Modena desde ontem. Hoje acho que tive um dos melhores dias da viagem. Mas vamos começar da chegada, ontem.

A viagem de Roma a Modena durou cerca de quatro horas e meia. Aqui o frio esta mais intenso e tem neve para tudo que é lado. O hostel que estou ficando aqui é da famosa rede Hosteling International. Muita gente nao gosta, mas era a minha unica opçao aqui. A diferença em relaçao ao de Roma é gigantesca. O quartos sao grandes, tudo é muito limpo, organizado e por ai vai. So que os albergues desta rede sao todos padronizados, nao tem muita vida e sao gigantescos. Muitas das pessoas se hospedam ali por estarem de passagem pela cidade ou fazendo algum trabalho. Quase que como um pensao mesmo. Mas para mim esta otimo, afinal, sao apenas duas noites e meu total interesse é outro.

Estava arrumando minhas coisas quando chegou a pessoa que iria dividir o quarto comigo. Dousty dos Santos é brasileiro, na casa dos sessenta anos, que ganha a vida como percussionista na Europa. Participou do movimento da Tropicalia no Brasil, nos anos 60, e foi morar em Paris fugindo da ditadura. Casou primeiro com uma francesa, com quem teve dois filhos, e depois com uma professora sueca, que lhe deu mais dois filhos. Uma figura. Ele esta de passagem por Modena, onde negocia com a prefeitura para organizar um festival de musica. Conversamos bastante. Ele me deixou o seu endereço de onde mora em Paris e de onde toca piano para ir visita-lo.

Depois sai para comer alguma coisa. Estava fazendo 2 graus, mas até que tinha gente na rua. Nao vou dizer que é um lugar agitado, mas para uma cidade média do interior da Italia, em plena quinta-feira, me chamou a atençao. Depois de devorar uma pizza, voltei ao hostel e tinha um cara assistindo televisao. Sentei para ver um pouco, apesar de nao entender nada, mais para matar tempo. Começou a passar uma partida da Roma contra a Udinese, pela Copa da Italia. O cara me perguntou algo, expliquei que nao falo italiano e começamos a coversar em ingles. Infelizmente nao guardei o nome, mas o sujeito é da Sicilia, tem 47 anos, e estava de passagem por Modena a trabalho para a FIAT. Apesar de ser do sul, é torcedor fanatico da Inter de Milao e para minha surpresa conhece muito bem o futebol braisleiro. Me disse todos os times da primeira divisao.

Me perguntou para que time eu torcida. Quando eu respondi foi até engraçado.
"Ronaldo hein... Melhor jogador que vi na minha vida"
"Mas voce nao viu o Maradona jogar no Napoli?"
"Ele era otimo também. Mas Ronaldo é um fenomeno"
Assistimos o jogo e depois fui dormir.

Hoje de manha acordei e o Dousty ja tinha ido embora. Tomei banho, me vesti e fui rumo a estaçao de onibus de Modena, onde comprei minha passagem para Maranello, o grande obejtivo disto tudo. Estava na plataforma quando uma pessoa me perguntou em ingles se eu sabia como chegar à Ferrari em Maranello. Expliquei que tambem estava indo pela primeira vez e começamos a conversar. Alejandro é uruguaio, 19 anos, estuda design e adora carros. Veio à Modena pelo mesmo motivo que eu (carros), so que com um dia a mais de estadia para ir à fabrica da Lamborghini, também proxima. Acabamos passando o dia juntos.

Pode parecer meio bobo, mas a chegada à Maranello foi algo emocionante para mim. Descemos do onibus na frante da loja da Ferrari. Fomos direto para a Galeria. Na frente do museu fomos abordados por loira que nos perguntou se queriamos dirigir uma Ferrari.
"Claro!"
"Quarenta euros por 15 minutos"
"Qual o modelo?"
"430"
Por alguns segundos pensei que fosse uma besteira e iria jogar dinheiro fora. Depois pensei melhor. Paguei 15 euros para entrar no Vaticano e olhar para uma pintura no teto, o que sao quarenta euros para dirigir uma Ferrari? Aceitei, paguei, e tive um dos 15 minutos mais divertidos da minha vida. Dirigir uma Ferrari em Maranello. Quando passamos por uma estradinha, o cara que me acompanhava disse que eu podeira acelerar. Mesmo com a neve na pista cheguei a 180 km/h em uma estrada simples, sem fazer força. O carro realmente é sensacional. Faz curva de tudo que é jeito.

Depois desta emoçao fomos para a Galeria. O hostel que eu estou ficando me deu um vale e ganhei um desconto de cinco euros na entrada. O museu é pegueno, mas bem legal. Tem varios carros importantes de Formula 1, competiçoes de turismo e de rua. Entre os pilotos, Schumacher e Gilles Villeneuve sao os que tem algum destaque. Mas o negocio todo ali é voltado para a maquina, o que achei mais legal mesmo.

Saimos da galeria e fomos andando até a fabrica e depis à pista de Fiorano, onde a Ferrari testa seus carros. Nao se pode entrar, mas encontramos um ponto em que da para ver por cima da cerca. Tinham algumas Ferraris de rua andando, de modelos diferentes.

Depois de tudo isso voltamos de Maranello extasiados. Nao tem internet no hostel e nao encontramos nenhum ponto pela cidade, so de wireless. Entao nos tornamos membros da Biblioteca da cidade para podermos usarmos a internet aqui, tanto era nossa vontade de nos comunicarmos com outras pessoas e contarmos a historia toda.

Acho que foi um dia muito legal mesmo.

Amanha acordo cedo e pego meu trem para Veneza. Espero que la nao esteja tao frio. Depois de 12 dias volto a uma cidade costeira. Sera minha quarta e ultima parada na Italia.

4 de fev. de 2010

Despedida de Roma

Bem gente, em pouco mais de duas horas pego meu trem para Modena. Estava de bobeira aqui e resolvi escrever umas linhas finais sobre Roma.

Ontem fui encontrar o Pedrolvo novamente. Fomos jantar na Faculdade e depois ele me levou para o Trastevere, bairro boemio da cidade. Um delicia. Minha ultima noite em Roma foi bem legal mesmo.

Apesar dos varios problemas, deixo Roma com um gostinho de quero mais. Acho que ja estou até simpatizando com o algergue... A cidade é bem legal e fiz alguns bons amigos aqui. Quando cheguei aqui muita gente me questionou se teria coisa para fazer em cinco dias. Teve e acho que até faltou tempo. Mas a cabeça nao tem condiçao de absorver tudo de uma vez. Muita informaçao a cada esquina, a cada rua, a cada lugar.

Agora vou para Modena, que, se tudo der certo (estou até um pouco nervoso com isso), deve ser um dos pontos altos da viagem. Voces irao saber depois... Entao, até la!

3 de fev. de 2010

Fora de Roma

Roma é uma cidade cheia de atraçoes e vale a pena caminhar por todas as ruas e dobrar todas as esquinas. Mas tambéem existem coisas legais para fazer fora do centro da cidade.

Ontem acordei e sai em direçao ao Parque Appia Antica. O objetivo inicial era de visitar as Catacumbas de San Calisto. Pedi informaçao no Hostel. Me mandarma para um lugar que nao tinha nada a ver. Mesmo sem falar italiano, consegui novas cordenadas e voltei umas seis estaçoes de metro para achar onde eu poderia pegar o onibus para as Catacumbas. Ai até achar o ponto certo foi mais um tempo. Quanto mais eu me perdia, mais eu colocava na minha cabeça que ia dar um jeito de chegar la.

Bem, desci na frente do portao das catacumbas e vi a placa dizendo que o local estaria fechado entre 25 de janeiro e 26 de fevereiro. Maravilha. Aquilo tambem nao me derrotou. Sabia que ali era um parque arqueologico, deveria ter mais alguma coisa para visitar na regiao. Andei por uma estradinha e cheguei às Catacumbas de San Sebastiao, onde o proprio foi sepultado. Porem, iria abrir somente depois das 14 horas, era meio dia e quinze e eu estava no meio do nada...

Na verdade eu nao estava tao no meio do nada assim. Ali fica a Appia Antica, resquicio da primeira estrada construida pelos Romanos, cerca de dois seculos antes de Cristo. Pedi informaçao e me disseram que se andasse um pouco mais encontraria uma parte da estrada original. Esse "andar mais um pouco" do cara me pareceu aquele lance do mineiro que fala "logo ali", sabe? Bem, andei, andei, andei, andei e... andei mais um pouco, depois um pouco mais, até chegar la. Pode parecer um programa meio chato, mas foi bem interessante. No caminho se passa por varios sitios arquiologicos de vilas romanas de até 300 anos antes de Cristo. Tudo meio que sendo descoberto e estudado ainda.

Bem, na volta eu tive que, logicamente, andar, andar, andar e... andar mais um pouco, depois um mais, até voltar. Cheguei na catacumba era 15h30. A visita é sensacional. Vale muito a pena. A de San Calisto é mais famosa, mas essa me satisfez bastante e valeu meu dia. Passamos por onde Sao Sebastiao foi sepultado na primeira vez, depois chegamos à igreja construida em sua homenagem e onde hoje esta sua atual tumba. A visita é obrigatoriamente feita com guias, ja que é facil se perder nos corredores. Mas é legal pelas informaçoes que ele passa. A visita toda durou uns quarenta minutos e fomos até o segundo nivel das catacumbas a 11 metros de profundidade.

Na volta foi facil. Pega o onibus 218, desce do lado da estaçao San Giovanni de metro e volta para casa. Quando cheguei, liguei para o Pedrolvo, aquele brasileiro que conheci no hostel de Lisboa e mora em Roma.
"Onde voce esta?"
"Perto da Termini"
"To ai em 20 minutos!"
Ele me levou para jantar, conheci outro amigo dele brasileiro, e fomos tomar umas cervejas no Trastevere, o bairro boemio de Roma.

Hoje acordei um pouco mais tarde. Nem fiz muita questao de café da manha. Tomei banho e sai para conhecer a Vila Borghese, uma especie de Cetral Park romano. Fui andando para matar tempo e passei pela famosa Via Veneto, que nao tem nada de mais. Na volta passei pelo centro, comi um pizza, passei pelo Capitolio, e como começou a chover resolvi voltar um pouco mais cedo para o Hostel. Até porque preciso começar a programar umas reservas de albergues.

Hoje a noite devo dar mais uma volta com o Pedrolvo e amanha zarpo de Roma. Cidade impressionante por sua riqueza cultural. O apelido de Museu a Ceu Aberto realmente lhe cai bem. Fiz bons amigos, conheci coisas novas e fui bastante testado em quesitos como paciencia e calma para resolver problemas. Acho que no final, me sai bem. Pego um trem por volta do meio dia com direçao à Modena e continuamos nossa viagem.

PS: Gente, sempre lebrando que os erros, principalmente, de acentuaçao sao por conta dos teclados europeus. Eu sei que da para configurar, mas nao to afim de ficar mudando para depois ter que ficar voltando. Por favor, entendam...

1 de fev. de 2010

Dia bom em Roma

Hoje o dia rendeu bastante. Acordei cedo, o tempo estava bom e deu tempo de ver bastante coisa legal.

Sai do hostel as nove horas e tive que parar em lugar para comer algo ja que a turma do hostel esqueceu de fazer as compras para o café da manha de hoje (tentei nem esquetar muito para nao estragar meu dia de novo). Fui direto para o Museu do Vaticano, que nao tinha conseguido fazer no outro dia. Os 15 euros para entrar doem um pouco. O museu é gigante e mesmo sem ver metade, fiquei praticamente duas horas la dentro. é muito tempo...

A Capela Sistina é a grande estrela. O famoso teto me decepcionou um pouco. Nao sei porque esperava algo que saltasse mais aos meus olhos. Achei mais interessante o Juizo Final, pintado na parede do altar da capela. Michelangelo se superou ali.

Depois peguei o metro e fui para o Termas de Caracalla, mais ao sul da cidade. Construiçao bem interessante também. Valeu a pena a visita.

Mais umas tres estaçoes de metro rumo ao sul e cheguei ao EUR, bairro totalmente diferente do resto de Roma, com avenidas largas, predios chapados em concreto e algumas imitaçoes de predios do periodo do imperio. Mussolini encomendou à urbanistas este bairro na decoda de 40 para uma Exposiçao Internacional que nunca aconteceu por causa da Guerra. A partir de 2012, a regiao devera sediar o circuito de rua do GP de Roma de Formula 1.

Dai voltei algumas estaçoes de metro e fui em direçao ao Ginicolo, onde tem um Praça homenagiando Garibaldi que fica no alto de um morro e se tem uma vista geral muito legal de Roma. No caminho, passei pela Via Lugaretta, que fica em um bairro meio boemio da cidade e é cheia de restaurantes e bares legais.
Legenda: Coliseu visto da Praça Garibaldi

De la contiuei caminhando, agora passando pelo centro e indo em direçao a Praça da Republica. Se voces olharam no mapa vao ver que é uma distancia consideravel. De la, aproveitei para passar na estaçao de trem para comprar minha passagem para Modena, na quinta-feira.

A noite ja começava a cair e resolvi passar por alguns monumentos que eu ja tinha visto durante o dia, mas que me falaram que valia a pena repetir a visita a noite. E realmente é muito bonito. Fontana de Trevi, Altar da Paria, Mercado de Trajano e Coliseu.
Legenda: Fontana de Trevi

Cheguei ao hostel por volta das sete horas. A maioria da galera do hostel foi embora hoje e tem bastante gente nova chegando. Vamos ver qual é da nova galera. Mas eu andei tanto hoje que acho que vou direto para cama mesmo...