27 de dez. de 2009

USF1

De todas as equipes novas, a que está mais quieta é a USF1. E até por isso já enfrenta desconfianças sobre sua capacidade de construir seus carros a tempo de estar no grid no início da temporada.

Para tentar dar um pouco mais de credibilidade ao projeto, a equipe colocou em seu site oficial um vídeo mostrando toda a montagem da estrutura do time, nos Estados Unidos, e depois o trabalho no bólido.

Independente de ser da USF1 ou de qualquer outra equipe, o vídeo até que é interessante. Não mostra nada de muito revolucionário, mas é imagem que normalmente não vemos.

O vídeo é este abaixo. Você pode entrar no site da equipe clicando aqui.

23 de dez. de 2009

Ele está de volta

A Mercedes anunciou nesta quarta-feira que o maior piloto de todos os tempos vai dirigir um dos carros da equipe na temporada 2010 da Fórmula 1. Michael Schumacher está de volta. Guiará para a marca que o levou para a principal categoria do automobilismo mundial e que tanto combateu nos tempos de Ferrari, quando disputava os títulos contra a McLaren.

Não sabemos das condições físicas de Schumacher. Ele tentou voltar em 2009, para substituir Felipe Massa, e após alguns treinos desistiu. Se os problemas no pescoço, provenientes de um tombo de moto no início do ano, não vejo problemas para o seu retorno. Ele é o piloto mais vitorioso da história e, em forma, sempre será competitivo.

Lógico que a Mercedes apostou em um retorno de marketing com a contratação. A marca volta com equipe oficial após 55 anos, e agora está tirando da aposentadoria o maior ganhador de títulos da Fórmula 1. Todos os passos do alemão serão seguidos de perto. Ele será a grande sensação durante a pré-temporada.

A volta de Schumacher com certeza é ótima para a categoria. Não se sabe se será tão bom para ele. Teremos que esperar o quão competitivo ele estará em março, após os testes de inverno. Apostar contra um heptacampeão mundial não pode ser muito sábio.

17 de dez. de 2009

Kobayashi na Sauber

A Sauber confirmou nesta quinta-feira a contratação do japonês Kamui Kobayashi, sensação das duas últimas corridas de 2009, quando substituiu Timo Glock na Toyota.

A Sauber é uma equipe bem estruturada e que agora, após cinco anos como um time oficial da BMW, volta às mãos de seu fundador, Peter Sauber, homem competente e de boa história no automobilismo. Correrá com motores Ferrari em 2010.

Kobayashi é o primeiro piloto confirmado da equipe. Uma boa aposta. O piloto tem uma boa carreira nas categorias de “base”, com exceção da GP2, onde passou com certa discrição. Quando lhe foi dada a oportunidade na Fórmula 1, andou bem e surpreendeu a todos, especialmente em dois pegas com o campeão da temporada, Jenson Button.

Lógico que uma coisa é correr sem responsabilidade, apenas fazendo duas corridas para impressionar, e outra é defender um contrato e sofrer a pressão por marcar pontos, ter bons resultados ou, pelo menos, andar na frente do companheiro de equipe.

De qualquer maneira, foi uma boa contratação. Além disso, do ponto de vista comercial, também foi inteligente. Com Honda e Toyota fora da Fórmula 1, o Japão, país que gosta da categoria, não teria representação. Dificilmente Nakajima conseguirá uma vaga, visto seu fraco desempenho pela Williams em 2009. Sauber arrumou uma maneira de chamar a atenção de uma boa parcela de fãs de um país que tem empresas que se interessarão em investir.

Agora, menos uma vaga no grid a ser preenchida. Aos poucos, a Fórmula 1 2010 vai tomando forma.

16 de dez. de 2009

Renault continua na Fórmula 1. Pelo menos, parte dela

A Renault anunciou na manhã desta quarta-feira que continua na Fórmula 1 e que vendeu “uma grande parte” das ações de seu time na categoria para um fundo de investimentos. O Genii Capital, liderado pelo empresário Gerard Lopez, se tornou sócio da equipe. Não foi dito o tamanho da fatia vendida, mas durante os últimos dias especulações apontavam que estavam sendo negociadas 75% das ações.

Segundo o comunicado, o time continuará a se chamar Renault e a montadora francesa administrará a equipe junto com seu novo sócio. A fábrica de motores não foi envolvida no negócio e continua em sua totalidade nas mãos da empresa. O acordo de fornecimento de motores com a Red Bull continua.

Gerard Lopez superou David Richards em uma espécie de concorrência pela compra das ações. Enquanto o vencedor é um investidor, conhecido pelos seus ganhos em companhias de tecnologia e fundos de investimento, o segundo é uma pessoa ligada ao automobilismo, com sucesso em várias categorias, uma boa passagem pela Fórmula 1, quando comandou a BAR, e dono da tradicional marca Aston Martin, além de uma empresa, a Prodrive, que tem estrutura montada para competir. Lógico que Richards seria uma opção mais interessante para o esporte, a não ser que Lopez realmente só entre no negócio como um investidor e a Renault se mantenha pelos anos na categoria, algo que não acredito. O caminho normal da montadora francesa deve ser se tornar uma fornecedora de motores.

Lopez ganhou muito dinheiro com investimento em empresas de tecnologia. Foi um dos primeiros a colocar dinheiro no Skype, por exemplo. Seu objetivo no negócio é entrar na Fórmula 1 e utilizar “sua” equipe como plataforma para novos negócios. Com certeza veremos seu nome envolvido em várias negociatas que cercam a categoria nos próximos anos, assim como o de Bernie Ecclestone.

Esperemos que o espírito da equipe francesa continue focado na competição. Muitas pessoas vem demonizando a participação das grandes montadoras na Fórmula 1. O automobilismo foi criado por elas e sempre viveu graças a participação direta ou indireta delas na competição. No entanto, acho extremamente perigoso a entrada de pessoas como Lopez, Richard Branson, Tony Fernandez, Flavio Briatore entre outros “investidores”, que não tem motivos para estar na categoria, a não ser usá-la para negócios não necessariamente ligados a ela.

15 de dez. de 2009

Barrichello veste o macacão novo

Barrichello já vestiu o macacão branco e azul da Williams. Foi em um evento de exibição em Doha, onde a Williams está inaugurando um centro de tecnoclogia. A matéria é da TV Al Jazeera.

14 de dez. de 2009

Menos duas

A Lotus anunciou nesta segunda-feira seus pilotos para a temporada de estreia (?). Trulli e Kovalainen foram os escolhidos.

Se pensarmos que se trata de um novo time, não é uma dupla tão ruim quanto possa parecer. Os dois já venceram corridas e tem passagens por equipes vitoriosas como Renault e McLaren. Porém, ao mesmo tempo, são dois pilotos que não encantam faz tempo. Trulli não tem uma boa atuação há anos e Kovalainen provavelmente nunca teve uma. Levam apenas a experiência e a vontade de continuar existindo na categoria.

O evento da Lotus contou com a participação do ministro dos esportes da Malásia e todo um tom nacionalista sobre a importância deste projeto na Fórmula 1 para o país. É com certeza um time oficial, o que indica que não faltarão dinheiro e cobranças de políticos.

Agora, só restam mais sete vagas no mercado: duas na Sauber, duas na USF1, uma na Campos, uma na Mercedes e uma na Renault (ou do que vir a se tornar ela). Das novatas, a única que ainda está em silêncio total é a USF1. Cada dia que passa fica mais fácil acreditar que este time "red, white and blue" não conseguirá se erguer a tempo.

11 de dez. de 2009

Di Grassi na Fórmula 1

Nesta sexta-feira, Lucas di Grassi foi confirmado como o segundo piloto da equipe Virgin Racing, novo nome da Manor na Fórmula 1. Ele correrá ao lado do alemão Timo Glock.

Quem acompanha o blog sabe que sempre fui fã do trabalho de Di Grassi. Demorou demais para ele conseguir sua vaga. Tive a oportunidade de estar com ele em um curso sobre Fórmula 1 do jornalista Fábio Seixas, em que ele compareceu em uma das aulas como convidado. Seu conhecimento técnico chamou a atenção de todos, o que aliado a sua juventude deve ser uma arma poderosa para uma boa primeira temporada.

Ele começou a rondar a Fórmula 1 em uma mesma época que dois pilotos com sobrenomes fortes, Piquet e Senna, chegaram. Lógico que isso prejudicou um pouco sua carreia. Talvez, se não fosse o emprego que conseguiu como piloto de testes da Renault, através do Programa de Desenvolvimento de Novos Pilotos da montadora, já teria sido descartado. Apesar da falta de oportunidades verdadeiras na equipe francesa, insistiu e finalmente conseguiu sua vaga.

Hoje, em entrevista coletiva em São Paulo, o piloto reclamou, com razão, da falta de apoio da Renault. "A Renault nunca me deu a oportunidade de fazer uma corrida. Estive muito próximo de mostrar meu talento e isso nunca aconteceu. Gostaria muito de ter guiado pela equipe, mas não tive essa possibilidade", disse. "Sub-aproveitado é uma palavra difícil de falar que sim ou não. Eu gostaria de ter tido a oportunidade de ter pilotado, mas não houve isso, não aconteceu. Não saio com nenhum sentimento ruim", completou. (Veja aqui matéria do Tazio sobre a entrevista)

De qualquer maneira, agora na Fórmula 1, acredito em um bom trabalho de Di Grassi. Ele chega em uma equipe que já conhece, pois defendeu a Manor na Fórmula 3 europeia. Terá um companheiro de equipe com dois anos de experiência na categoria, porém, que não assusta.

Agora, das 26 vagas no grid de 2010, nove ainda estão sem dono. Uma na Mercedes, uma na Renault, uma na Campos, duas na Sauber, duas na Lotus e duas na USF1.

Sobre a nova pontuação

(antes tarde do que nunca) Bem, colocando o Blog para funcionar de novo depois de uns dias de ausência. A FIA oficializou nesta sexta-feira a nova pontuação da Fórmula 1 que já começa a valer em 2010.

Agora, os 10 primeiros colocados ganham pontos na sequência 25, 20, 15, 10, 8, 6, 5, 3, 2 e 1. É com certeza a mudança mais radical no sistema de pontuação na história da categoria.

Apesar de exagerada, a nova pontuação é interessante por valorizar as três primeiras colocações. A diferença de pontos passa a ser bem maior e estimula a disputa pelo pódio e vitória.

O aumento de carros que marcam pontos é por causa do crescimento do grid para 26 carros. Assim, times pequenos, que disputam somente a zona intermediária e final da classificação, terão mais chance de marcar pontos durante a temporada.

Não creio que a mudança na pontuação cause uma revolução na Fórmula 1. Se a ideia é estimular ultrapassagens, não é por ai. Pilotos não ultrapassam porque é tecnicamente difícil, não porque eles não querem.

De qualquer maneira, vejo com bons olhos as primeiras colocações valorizadas. Talvez, o maior problema de todos, será em relação às estatísticas históricas. Comparação de pontos na carreira passa a ser um item nulo. Pilotos que competirem com a nova pontuação não poderão ser comparados com pilotos mais antigos.

4 de dez. de 2009

Kimi confirmado no WRC

Em um dia que o assunto é o sorteio dos grupos para a Copa do Mundo, uma notícia bastante relevante no automobilismo foi confirmada. Kimi Raikkonen, um dos três principais pilotos da atual Fórmula 1, confirmou o acerto com a Citroën para correr o Campeonato Mundial de Rally.

O Finlandês correrá por um segundo time da marca francesa, com o apoio promocional da Red Bull. O boato nos principais veículos de imprensa é que a empresa de energéticos o quer em um dos seus carros da Fórmula 1 em 2011.

Apesar de duas temporadas bastante inconsistentes, Kimi é com certeza um dos melhores pilotos da Fórmula 1. É uma perda para a categoria e um grande ganho para o Mundial de Rally. Mesmo o finlandês não tendo um desempenho de ponto, o que é difícil de esperar em sua primeira temporada, será uma grande atração.

3 de dez. de 2009

FIA oficializa Sauber como 13ª equipe para 2010

A FIA confirmou nesta quinta-feira uma boa notícia para a Fórmula 1. A equipe Sauber está de volta à categoria após quatro temporadas como BMW. O time, que volta às mãos de seu fundador, Peter Sauber, entrou no lugar da Toyota, que desistiu de competir.

É uma ótima notícia. A Sauber é um time consistente, que tem uma das melhores estruturas da categoria, em Hinwill, na Suíça, voltará a utilizar os motores da Ferrari, assim como antes da venda para a BMW, e estará sob comando de Peter Sauber, que por anos dirigiu de forma exemplar seu time e conquistou bons resultados.

Assim, voltamos a ter 13 times confirmados para 2010. Porém, aguarda-se para as próximas horas, ou no máximo amanhã, algum pronunciamento sob os planos da Renault, que pode anunciar sua saída como equipe. As principais agências informam que os franceses devem continuam com o fornecimento de motores e podem repassar seu espólio para a Prodrive, de David Richards, que há alguns anos tenta entrar na Fórmula 1.

1 de dez. de 2009

Soucek, de Williams, é o mais rápido em Jerez

Campeão da temporada da Fórmula-2 em 2009, o espanhol Andy Soucek foi o mais rápido no primeiro dia de testes em Jerez de la Frontera, de Williams.

Importante ressaltar que os resultados destas sessões não significam nada, especialmente com relação a 2010. É apenas uma oportunidade dos times darem uma chance para novos talentos, que ficaram prejudicados com a proibição dos testes durante a temporada. Uma ou outra equipe pode estar utilizando alguma novidade menor para desenvolver no carro da próxima temporada, mas nada que vá demonstrar como será o rendimento dos novos bólidos. Sequer são carros híbridos.

Confira a classificação dos treinos de hoje, retirada do site da Autosport inglesa:

Carros na pista

A partir de hoje até quinta-feira a Fórmula 1 estará com seus carros na pista de Jerez de la Frontera, na Espanha. Porém, somente pilotos novatos podem participar das sessões e pouquíssima coisa visando 2010 deve ser testada. Uma ou outra novidade mecânica, mas nada muito importante.

O único piloto confirmado para a próxima temporada será o alemão Nico Hulkenberg, pela Williams, a partir de quarta-feira. Dos outros, Lucas Di Grassi é o único que tem chances reais de estar no grid no Bahrain, em 14 de março. Em Jerez testará pela Renault, uma das possibilidades, mas as notícias dão conta de que ele está mais próximo da Virgin Racing (Manor).

Confira os pilotos que entrarão a pista:

Terça – 01/12
BMW - Alexander Rossi
Mercedes - Mike Conway e Marcus Ericsson
Ferrari - Jules Bianchi
Force India - J.R. Hildebrand
McLaren - Gary Paffett
Red Bull - Daniel Ricciardo
Renault - Bertrand Baguette
Toro Rosso - Brandon Hartley
Williams - Andy Soucek

Quarta – 02/12
BMW - Esteban Gutierrez
Mercedes - Marcus Ericsson e Mike Conway
Ferrari - Jules Bianchi, Marco Zipoli e Pablo Sánchez López
Force India - Paul Di Resta
McLaren - Oliver Turvey
Red Bull - Daniel Ricciardo
Renault - Lucas Di Grassi
Toro Rosso - Mirko Bortolotti
Williams - Nico Hulkenberg

Quinta – 03/12
BMW - A confirmar
Mercedes - Mike Conway e Marcus Ericsson
Ferrari - Daniel Zampieri
Force India - Paul Di Resta e J.R. Hildebrand
McLaren - Oliver Turvey
Red Bull Racing - Daniel Ricciardo
Renault - Lucas Di Grassi
Toro Rosso - Mirko Bortolotti
Williams - Nico Hulkenberg

30 de nov. de 2009

FIA divulga lista de inscritos para 2010

A FIA divulgou nesta sexta-feira a lista oficial de inscritos para o Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2010.

O importante da lista é a ausência de Toyota, que teoricamente ainda está ligada à categoria pelo Pacto de Concórdia e teria que vender a sua vaga ou pagar uma multa a FIA para sair, e a Sauber, que aguarda a resolução do problema da montadora japonesa para entrar como 13ª equipe ou terá que pedir uma autorização especial para ser a 14ª inscrita.

Outra informação relevante é o fato da Manor, uma das equipes novatas, ter se inscrito com o nome de Virgin Racing, confirmando o acordo com a empresa de Richard Branson, que patrocinou a Brawn em 2009.

Dos brasileiros, a principal curiosidade fica em torno dos números de cada. Felipe Massa vai de 7, Rubens Barrichello de 9 e Bruno Senna de 21, coincidentemente (?!), o número de um de seus patrocinadores, a Embratel. Lucas Di Grassi, se for confirmado na Renault, corre com o 12, e se for para a Virgin, que a possibilidade mais comentada no momento, vai de 25.

Clique aqui para ver a lista oficial.

Destaques do Fim de Semana - Desafio das Estrelas

Florianópolis sediou neste final de semana a quarta edição do Desafio das Estrelas, evento de kart promovido por Felipe Massa. Foi a terceira vez consecutiva que a capital catarinense recebeu a corrida, a primeira prova aconteceu no Kartódromo Toca da Coruja, em Bauru, sempre com as principais estelas do automobilismo brasileiro e alguns nomes internacionais de peso, como Michael Schumacher.

Acompanhei as duas baterias pela televisão. Pelos relatos de quem foi a Florianópolis mais uma vez foi um evento muito bem organizado. Em 2009, para se ter ideia, contou com transmissão ao vivo para a Europa, pelo canal Eurosport. O Kartódromo é novinho, super bem estruturado e pelo o que eu conheço da turma do Sul, não vai virar elefante branco de maneira nenhuma.

Além das ótimas corridas, o que sempre me anima no Desafio das Estelas e nas já tradicionais 500 Milhas da Granja Viana é a divulgação na mídia que o kartismo tem nesta época do ano em mídia de massa. É super importante para o esporte e estimula patrocinadores e novos pilotos, sejam eles jovens com o objetivo de fazer uma carreira profissional ou até mesmo pessoas que compram um kart e participam de campeonatos por hobby. O importante é acelerar e encher os kartódromos.

Sobre a corrida, pouco é necessário dizer. Schumacher e Massa foram as estelas do final de semana. A má classificação do brasileiro acabou lhe custando a disputa, já que teve que fazer uma corrida de recuperação na primeira bateria e não brigou pela vitória. Na segunda corrida, mesmo vencendo, a segunda posição do alemão lhe deu o título.

Schumi se sagrou bicampeão do mini torneio, sua outra vitória foi em 2007. Os outros vencedores foram Massa, em 2006, e Rubens Barrichello, em 2008.

Agora, para quem gosta de kart, no próximo sábado tem as 500 Milhas da Granja Viana, em São Paulo. Durante a semana, vale a pena dar uma passada no kartódromo para ver os treinos e os pilotos de perto.

28 de nov. de 2009

FIA GT no Brasil em 2010


Após a Indy, outra categoria internacional anunciar que corre no Brasil em 2010. O FIA GT1 World Championship anunciou neste sábado que encerrará sua temporada em Interlagos, em São Paulo.

É um campeonato legal, que contas com máquinas de primeiríssima linha. Em 2010, Porsche, Ferrari, Aston Martin, Lamborghini, Maserati e Nissan já confirmaram a participação.

Além do Brasil, outros onze países fazem parte do calendário: Emirados Árabes, África do Sul, República Tcheca, França, Canadá, Espanha, Alemanha, Portugal, Hungria, China.

Para quem quiser conhecer mais o campeonato, o site oficial da categoria é www.fiagt.com.

Foto: Site oficial FIA GT

25 de nov. de 2009

São Paulo fica com Indy

Ribeirão Preto, Campinas, Brasília, Salvador, Rio de Janeiro... Muitas cidades se candidataram e tentaram levar a etapa brasileira da Fórmula Indy. Na reta final, tudo apontava para uma corrida no capital fluminense, que chegou, inclusive, ser confirmada pelo site oficial da categoria, erroneamente. Porém, nos últimos dias, diante das dificuldades encontradas na negociação entre a Indy e a prefeitura do Rio, uma nova candidatura surgiu: São Paulo. E foi ela que levou.

O jornalista Victor Martins deu o furo no site Grande Prêmio, e a informação já foi confirmada pela prefeitura paulista. A corrida será no dia 14 de março e, como Interlagos tem um contrato com a Fórmula 1 que não permite provas da concorrente americana, será em um circuito de rua.

O traçado ainda não foi definido, mas já circula a informação de que pode ser na Zona Norte, próximo do Sambódromo.

Ainda não se falou nos custos, que não serão baixos. É com certeza uma ação ousada da prefeitura de São Paulo. Locais interessantes para fazer a corrida não faltam, porém, estudos são necessários para não causar transtornos a uma cidade que por natureza já é bastante transtornada. O principal problema é a falta de tempo. Menos de quatro meses pra se encontrar um local adequado, montar a estrutura necessária e um esquema para sacrificar o menos possível na vida da cidade. Só que não existe este tempo e não existe planejamento. Espera-se agora um pronunciamento da prefeitura, breve, com mais detalhes do “projeto”.

23 de nov. de 2009

Confirmação de Rosberg na Mercedes

Já era algo que toda imprensa afirmava, mesmo antes da venda Brawn, mas a Mercedes confirmou hoje oficialmente que Nico Rosberg será um dos seus pilotos em 2010.

O alemão se colocou como um líder da equipe para 2010 e mostrou apetite por vitórias. Ainda difícil de dizer se ele conseguirá, mas mostrou consistência durante a temporada 2009.

Agora, fica a dúvida sobre a segunda vaga do time. Heidfeld tem sido apontado côo favorito. O nome de Raikkonen e de Schumacher foram ventilados, mas no momento, o primeiro parece decidido a ter seu ano sabático e o segundo convencido que carreira terminou. Sutil, alemão, segue correndo por fora e nos últimos dias Kubica passou a ser uma possibilidade com a ameaça de desistência da Renault.

Destaques do Final de Semana – Farfus vence bateria, mas Tarquini é campeão do WTCC

Gabrielli Tarquini ganhou seu primeiro título do Mundial de Turismo, no último domingo, em Macau. O italiano, de 47 anos, terminou com quatro pontos a mais, 127 a 123, do que Yvan Muller, ambos da SEAT, e passa a ser o campeão mais velho de uma competição FIA da história.

O brasileiro Augusto Farfus Jr, que chegou à última etapa do campeonato com remotas chances de título, venceu a segunda bateria da rodada dupla, após o oitavo lugar na primeira prova, e ficou com a terceira posição do certame com 113 pontos.

O saldo de 2009 para Farfus foi bom. Em uma temporada em que a BMW não se mostrou tão competitiva quanto a SEAT, o brasileiro esteve na disputa pelo título até a última etapa e foi o melhor piloto da montara alemã. Ao mesmo tempo, ele mostrou grande decepção com o anúncio da desistência da BMW na Fórmula 1, já que sempre apostou em seu bom relacionamento com a empresa para um dia conseguir uma vaga na categoria de monopostos. Inclusive, chegou a realizar três testes com o carro da equipe. Ele ainda não decidiu seu futuro no automobilismo, mas já pode se orgulhar de uma carreira bastante consistente em carros de Turismo, onde sempre foi piloto oficial da Alfa Romeo e depois da BMW.

Destaques do Final de Semana – Cacá Bueno tricampeão da Stock Car

Com uma corrida de antecipação, Cacá Bueno sagrou-se tricampeão da Stock Car ao terminar na terceira posição na etapa de Tarumã, no último domingo. A prova foi vencida por Luciano Burti.

Apesar de ter vencido apenas uma corrida no ano, o campeonato foi dominado por Cacá que sempre foi muito regular e manteve boa distancia para seus adversários na temporada regular e depois nos playoffs. Seus três títulos aconteceram nos últimos quatro anos, por duas equipes diferentes, o que mostra certo domínio na categoria.

Importante apontar que embora o equilíbrio alardeado pela categoria, nas últimas temporadas apenas dois preparados conseguiram levar seus pilotos aos títulos: Meinha, chefe da RC, e Andreas Mattheis, que comanda a Red Bull Racing e a Medley A. Mattheis.

20 de nov. de 2009

Decisão do Mundial de Turismo


Neste final de semana acontece a última etapa do WTCC, Campeonato Mundial de Turismo, nas ruas Macau. Infelizmente, a cobertura da imprensa nacional é bem abaixo do que o torneio merece, principalmente pelo fato de termos um brasileiro na disputa do título.

Três pilotos podem vencer o campeonato neste domingo: Gabriele Tarquini, da SEAT, 115 pontos, Yvan Muller, também SEAT, 113, e Augusto Farfus Jr., BMW, 102. Serão disputadas duas baterias, ambas com pontuação igual a da Formula 1 (10, 8, 6, 5...). Ou seja, Farfus não está na melhor condição para se tornar campeão, mas se destacou em um ano difícil para a BMW e dominado pela SEAT.

A classificação aconteceu nesta sexta-feira, e o brasileiro larga em na terceira posição na primeira prova, enquanto seus principais adversários, Muller e Tarquini bateram durante o Q2 e saem da sétima e oitava posições respectivamente. Na segunda prova, o grid é invertido entre os oito primeiros da corrida 1.

A pista é estreita, difícil de conseguir ultrapassagens e muitos acidentes acontecem. A verdade é que se nada acontecer com seus concorrentes, dificilmente Farfus tem chance de título, mas vale a pena ficar de olho.

18 de nov. de 2009

Button confirmado na McLaren

Na manhã desta quarta-feira, a McLaren confirmou a contratação de Jenson Button para correr ao lado de Lewis Hamilton. Assim, Button leve o número um para a equipe de Woking em 2010, que terá os dois últimos campeões mundiais em seus carros.

Segundo o release da McLaren, esta é a primeira vez que um time de Fórmula 1 terá os dois últimos vencedores do título e é a primeira dupla britânica desde Hill e Clark pela Lotus em 1968.

A última vez que uma equipe teve dois campeões mundiais também aconteceu na McLaren, em 1989, quando Senna e Prost correm juntos.


O apelo de ter um time britânico é interessante para a McLaren. Os dois pilotos tem carisma com os fãs e não são considerados bad boys, o que sempre é bom para atrair novos patrocinadores.

Sobre a escolha de Button, já dei minha opinião em outro post, quando o assunto entrou na pauta, na segunda-feira. Além de uma boa base técnica formada em 2009, que simplesmente conquistou o título mundial de pilotos e construtores, a compra da Brawn pela Mercedes irá trazer novos investimentos e manter o time como um dos melhores. Jenson seria o número um da equipe, o atual campeão mundial, o que não acontecerá na McLaren, onde ele terá a concorrência de Hamilton, que além de um bom piloto está na equipe há anos.

A McLaren está perdendo seu principal parceiro técnico, a Mercedes, que apesar de continuar fornecendo os motores deve diminuir consideravelmente sua contribuição no desenvolvimento da equipe. Quando a Honda anunciou que estava deixando o time, ao final de 1992, após uma vitoriosa sociedade que rendeu quatro títulos consecutivos, a McLaren viveu anos bastante difíceis e só reencontrou o caminho das vitórias justamente quando passou a utilizar os motores Mercedes, em 1995.

Não estou tirando a McLaren da briga, longe disto, a equipe é uma das mais tradicionais e vitoriosas da Fórmula 1, continuará contando com um excelente staff técnico, uma das melhores estruturas da categoria, com os melhores motores e um dupla de pilotos fortíssima. Mas seu futuro é uma incógnita.

Do outro lado, com a perda de Button, a equipe Mercedes também não fica em uma posição das melhores. O novo time, que aparece com uma base campeã, terá dificuldade para formar uma dupla de pilotos forte. Rosberg, que dizem já estar contratado, é consistente, mas nunca sequer venceu uma corrida e ainda não mostrou se tem condições de liderar uma equipe ao título. O mais citado pela imprensa internacional para o segundo carro é Nick Heidfeld, que nunca conseguiu brilhar na categoria. Adrian Sutil, outro alemão, talentoso, mas pouco testado em carros competitivos, corre por fora. Assim, a Mercedes parece seguir o caminho de formar um time totalmente germânico. Porém, Ross Brawn ainda segue no comando da equipe e de bobo ele não tem nada. Pode surpreender na escolha dos pilotos. Dos desempregados, o melhor, disparado, é Kimi Raikkonen, que anunciou ontem, via seu empresário, que terá um ano sabático em 2010.

17 de nov. de 2009

Raikkonen terá ano sabático em 2010


O empresário de Kimi Raikkonen, Steve Robertson, anunciou na noite desta terça-feira que o piloto finlandês não correrá na Fórmula 1 em 2010.

“Um ano de fora não significa nada para Kimi. Ele está mais interessado em brigar por vitórias e pelo campeonato mundial. A Fórmula 1 sentirá falta de Kimi. Ele trabalhou durto no verão, fazendo coisas pela Ferrari que apenas os melhores pilotos são capazes”, afirmou Robertson.

Segundo o empresário, a decisão foi tomada após a negociação com McLaren falhar. Era a única opção para o finlandês, descartando um acordo com a Mercedes. Isso indica que os rumores de Button no time de Woking e de Nick Heidfled no time da montadora alemã podem se confirmar.

Segundo a imprensa inglesa, o objetivo no momento seria uma volta em 2011, na Red Bull, na vaga de Mark Webber. Em 2010, o foco deve ser participar de provas do Campeonato Mundial de Rally e das 24 horas de Le Mans.

A Fórmula 1 realmente sentirá falta de Raikkonen. Ele é um dos melhores pilotos da categoria que passou por uma má fase nas últimas duas temporadas, o que poderia acontecer com qualquer outro. Tem um estilo bonito de pilotagem, agressivo.

Venceu um Campeonato Mundial em seu primeiro ano na Ferrari, o que não é tão fácil, vindo de uma equipe com conceitos técnicos tão diferentes como McLaren, em uma decisão espetacular na última prova contra Fernando Alonso e Lewis Hamilton.

Kimi estreou na Fórmula 1 em 2001, na Sauber, com 21 anos. Ficou sob observação nas primeiras quatro corridas do campeonato antes de conseguir sua superlicença definitiva, já que tinha apenas 23 corridas de monopostos em seu currículo. Logo na primeira temporada ficou na nona posição, com 9 pontos, o que lhe garantiu a transferência para a McLaren.

Em 2003, já foi vice-campeão, perdendo o título para Michael Schumacher na última prova, no GP do Japão, em Suzuka. Em 2005, novo vice-campeonato, desta vez perdendo o campeonato para Fernando Alonso.

Raikkonen ficou marcado pelo seu jeito indiferente com relação imprensa e ao “circo” e suas bebedeiras. É um piloto que lembra o estilo boêmio da categoria dos anos 70.

16 de nov. de 2009

Button na McLaren?

Os principais veículos digitais ingleses já estão afirmando nesta segunda-feira e o Guardian vai publicar amanhã que Jenson Button teria assinado um contrato de três anos com a McLaren. O valor do acordo seria de £ 6 milhões por temporada.

Acho bastante estranho Button trocar a equipe campeã mundial, no momento em que ela recebe uma considerável injeção financeira e estrutural com a venda para a Mercedes, pelo time que está perdendo um importante parceiro técnico. Não que a McLaren vá deixar de ser um time de ponta, bem pelo contrário, apostar na equipe de Woking nunca é mau negócio, mas parecia que no momento, ficar na Brawn, que agora é Mercedes, um ano após vencer o campeonato mundial pela equipe, parecia um bom negócio.

É bom lembrar o histórico de Button, quando ele tentou chegou assinar contrato com a Williams em 2004 e depois se arrependeu e quis ficar na BAR. O caso parou nos tribunais e a Williams acabou liberando o inglês.

Na McLaren, Button seria companheiro de Lewis Hamilton, que além do imenso talento, está na equipe desde 2007 e teve o seu apoio por toda sua carreira pré-Fórmula 1. Porém, não acredito em dupla explosiva. Não é do estilo de Button. Mas é um clima bem mais competitivo do que ele tinha na Brawn.

Na Mercedes, fala-se que Nico Rosberg já estaria assinado. Com Button fora do caminho, Kimi Raikkonen seria o nome para completar a dupla de pilotos. Um trio formado pelo finlandês, Ross Brawn e Mercedes me parece bastante interessante.

Nada disso está confirmado. Mas os bastidores da Fórmula 1 estarão bastante agitados nos próximos dias.

Mercedes compra Brawn e volta à Fórmula 1 como equipe

Já se falava há algum tempo sobre o namoro. Nesta segunda-feira, a Mercedes anunciou a compra de 75% da Brawn e que o time correrá a partir de 2010 como uma equipe de fábrica e sob o nome de Mercedes Grand Prix.

É um momento histórico, já que não é a entrada de um simples time ou de uma montadora qualquer na Fórmula 1, é o retorno de fábrica que tem o esporte no seu DNA, desde a invenção do automobilismo, com uma linda história no período dos “Grand Prix’s” e uma rápida e vitoriosa passagem pela Fórmula 1 na década de 50.

Este investimento, em um momento em que outras montadoras estão saindo ou cogitam sair da categoria, mostra a diferença entre montadoras que tem um verdadeiro projeto de marketing ligado ao esporte, que sabem aliar e ver oportunidades no mercado, das que entram em saem sem um planejamento consistente a longo prazo como time e como empresa.

A Mercedes, através de seus donos, a Daimler e o Aabar Investments comprou 75% da Brawn, se tornando acionista majoritária da equipe. Ross Brawn seguirá como diretor geral, porém, como não poderia deixar de ser, terá ao seu lado agora Norbert Haug, assim como em todas as empreitadas esportivas da marca.

A empresa alemã anunciou que seguirá fornecendo motores para a McLaren até 2015, porém irá vender seus 40% de ações do time nos próximos dois anos. Fala-se que a equipe de Woking começa um projeto de motor próprio visando o fim da parceria, algo que com certeza levará algum tempo para se colocar em prática.

Segundo as principais agencias internacionais, Nico Rosberg será um dos pilotos novo time Mercedes. É lógico que o campeão mundial Jenson Button é outro nome cotado e não acredito que dinheiro seja problema agora. Mas como o inglês anda fazendo jogo duro, Nick Heidfeld é uma alternativa. Com certeza, Kimi Raikkonen pode ser outro nome que volta a pauta.

Do outro lado deste acontecimento está a Brawn, que termina como começou, em um anúncio envolvendo uma grande montadora. O time ficará registrado nas páginas dos livros de história do automobilismo como tendo existido por apenas um ano, em uma temporada mágica em que venceu 8 de 17 corridas e conquistou o título mundial de pilotos e construtores. Ross Brawn, que já tinha imortalizado seu nome como um dos componentes de um dos times mais vitoriosos da Fórmula 1, a Ferrari de 2000-2004, fica agora também como proprietário de time.

12 de nov. de 2009

Entrevista - Fábio Seixas

O Blog Fanáticos entrevistou Fábio Seixas, jornalista do Jornal Folha de São Paulo e que cobre automobilismo desde 1997. Trabalhou na cobertura in loco da Fórmula 1 de 1999 a 2006 pela própria Folha e pelas Rádios Bandeirantes e BandNews FM e esteve presente em mais de 120 GPs. Hoje ainda participa das transmissões pelas Rádios do Grupo Bandeirantes, além de assinar uma coluna especializada na Folha.

Blog Fanáticos - Por que você decidiu se tornar jornalista?
Fábio Seixas – Sempre gostei muito de escrever e ler. Ganhava concursos no colégio, sempre fui metido a criar jornalzinho... Mas só foi dar o clique de fazer jornalismo na hora de me inscrever para o vestibular. Só fui decidir em cima da hora. Nunca tinha conhecido um jornalista. Eu tinha dúvida, pois não sabia se era viável para minha realidade na época. Tinha dúvida entre jornalismo e arquitetura. E foi um primo meu que me abriu os olhos e me deu o toque para eu fazer jornalismo.

BF – E a partir de quando você decidiu trabalhar com jornalismo esportivo?
FS – Na hora que escolhi fazer jornalismo eu já decidi fazer esporte. Foi automático. Eu queria na verdade fazer futebol. Eu jogava, colecionava Placar e gostava de acompanhar.

BF – E como começou a sua relação com automobilismo?

FS – Eu gostava de futebol, mas também já gostava de automobilismo. Era torcedor. Eu gravava as corridas, torcia pelo Senna e provocava um tio meu que torcia pelo Piquet. Comecei a trabalhar com automobilismo porque eu estava na Folha e queria entrar em Esportes. Apareceu a vaga para fazer a Indy e eu entrei nessa. Se fosse para cobrir vôlei ou tênis, teria entrado também de qualquer jeito.

BF – Quais jornalistas, em geral, você admira?

FS – Tem alguns que eu admiro pelo texto, como o Cony e o Gaspari. Gosto de ler os textos deles. Gosto também do Fernando Rodrigues, repórter da Folha. Gosto de um texto bem escrito. Curto essas grandes reportagens, que vão a fundo em uma história, mas as vezes me chama a atenção um texto que não tem nada demais, nenhum furo, mas é muito bem escrito. Admiro isso. Eu tinha o costume de colecionar leads. Eu lia um que eu gostava e guardava.

BF – Você tem uma admiração especial por algum atleta?
FS – Três caras que eu entrevistei que senti vontade de pedir autógrafo: Schumacher, Pelé e Jordan. Não pedi porque estava na posição de jornalista e eu tinha que respeitar isso. Acredito que é muito importante manter a relação profissional com o entrevistado e não mostrar um lado fã.

BF – Você guarda algum momento marcante em coberturas?
FS – A primeira vitória do Rubinho, na Alemanha, foi super marcante. Seja qual for sua opinião sobre ele, foi uma corrida sensacional e ele é um cara que tinha uma história de peso. A aposentadoria do Schumacher também foi um momento marcante. Por ser o esportista que ele é e por eu ter visto, ali de perto, cinco dos sete títulos dele. E as Olimpíadas. Cobri três Olimpíadas. Marcante também. São os melhores esportistas do mundo, é um evento muito legal que tem todo um clima.

BF – O que você acha da atual cobertura da Fórmula 1?
FS – Acho uma cobertura ruim. Muito ruim. É ruim tanto no Brasil quanto lá fora. Muito repórter amigo de piloto, revista que quer dar apoio a piloto ou equipe do país... Grande parte do que lemos hoje tem que ser lido com desconfiança. Quando teve o racha do Alonso com a McLaren, por exemplo, a imprensa da Espanha ficou tomando as dores do Alonso, enquanto os ingleses fecharam com a McLaren.

BF – O que você acha do uso das novas mídias, como internet, blogs e Twitter? Alguns pilotos reclamam deste tipo de cobertura, dizendo que pessoas que nunca pisaram em um autódromo podem escrever o que quiserem e reclamam da publicação de frases do Twitter.
FS – Com o tempo, o joio vai se separar do trigo. O número de sites de automobilismo no Brasil há cinco anos era muito maior que hoje. É verdade que hoje qualquer pessoa pode abrir um blog e colocar sua opinião, mas se não for sério, ele cai no ridículo e as pessoas param de ler. Não vejo como ameaça às mídias tradicionais. É um processo que não tem como parar. Tem que separar os sites que não servem dos corretos. E os sites tem que aprender a ver se a notícia é interessante. Pensar se vale a pena replicar qualquer notícia de um site inglês, por exemplo. Quanto ao Twitter, acho válido. Se um piloto escreve no Twitter, é a voz dele e está público. Só tem que saber separar, mas se for notícia é válido. Só não acho que tem que ficar publicando qualquer coisa que o cara escreve.

BF – O que você acha da gerência e do momento do automobilismo brasileiro?
FS – O automobilismo brasileiro viveu um auge quando tinha apoio das montadoras. É muito difícil fazer sem apoio. Veja a Fórmula Renault, do Pedro Paulo Diniz. Ele tem muito dinheiro, importou carros, a categoria sobreviveu um tempo, e depois acabou morrendo. E quem deveria correr atrás deveria ser a CBA, que não faz. A CBA hoje não organiza, só homologa a competição. A única que existe é a Fórmula 3, que está nas mãos de empresários, que viram a oportunidade de negócio. Acho ótimo, mas sem eles, não sobra nada. Os pilotos que foram para fora são os que os pais suportam.

BF – O que você achou da temporada 2009?
FS – Foi uma temporada atípica, com uma Ferrari e uma McLaren despreparadas e uma Honda, que virou Brawn, com um grande carro. Mas não acredito que Ferrari e McLaren fiquem duas temporadas consecutivas sem disputar o título.

BF – Você acha que quatro pilotos que disputaram o título em 2009 (Button, Barrichello, Vettel e Webber), incluindo o campeão Button, seriam campeões “estranhos”?
FS – Acho que no futuro vamos ver o Vettel como o melhor da turma. Ele vai ganhar títulos. Daqui uns 10 anos, vamos ver o Button como um campeão estranho.

BF – Qual sua expectativa para os pilotos brasileiros em 2010?

FS – Expectativas bem diferentes. O Barrichello vai tentar reconstruir uma equipe. Ele já fez isso com Jordan, Stewart e Honda. Ele pode brigar por uma boa posição no grid e esporadicamente brigar por uma vitória, porque é um bom piloto e sabe tirar um algo a mais de carros médios. O Massa tem que lutar pelo título. Se não conseguir, será um passo para trás na carreira. Ainda mais com o Alonso de companheiro, será um ano difícil. E o Bruno Senna tem que se concentrar em terminar corrida. E se conseguir pontuar, ótimo.

9 de nov. de 2009

Destaques do final de semana – Final da MotoGP

Neste domingo aconteceu em Valência a última prova do campeonato da MotoGP, vencida pelo espanhol Dani Pedrosa, da Honda Repsol. Os dois pilotos da Yamaha, Valentino Rossi e Jorge Lorenzo, completaram o pódio.

A corrida teve um lance inesperado, quando Casey Stoner, pole position, caiu na volta de apresentação e abandonou. Pedrosa, que largava em segundo, acabou herdando o primeiro lugar e levando a vitória de ponta a ponta.

O campeonato de 2009 parecia muito promissor nas primeiras etapas, com Rossi, Lorenzo e Stoner disputando a liderança. Porém, em determinado ponto, Stoner começou a ter dificuldades com sua Ducati e ainda teve que se retirar por algumas provas para cuidar de uma lesão no pulso, Lorenzo, sempre muito rápido, começou a pagar pelos seus muitos tombos em treinos e corridas, e Rossi disparou na frente e levou mais um título com uma corrida de antecipação.

Acredito que a temporada 2010 pode ser mais interessante. Com uma Ducati forte, Stoner tem talento de sobra para tentar bater Rossi. Lorenzo, caso controle um pouco seu ímpeto, pode incomodar. E Valentino... Bem, ele sempre é o principal candidato ao título.

Destaques do final de semana – Stock Car

A Stock Car realizou neste domingo a segunda prova de seu playoff, em Brasília. A prova foi vencida por Allam Khodair, que se tornou o primeiro piloto a vencer duas corridas no ano. Com o triunfo, o piloto da equipe Full Time assumiu a quarta posição no campeonato, a 27 pontos do líder Caca Bueno.

Por sinal, Bueno foi o protagonista da polêmica do final de semana na categoria. O piloto da Red Bull Racing chegou na terceira posição, ampliando sua vantagem na liderança do certame para 24 pontos para os vice-líderes Ricardo Maurício e Thiago Camilo. Porém, após a corrida, a direção de prova puniu Caca em 20 segundos no seu tempo total por ter feito seu pit-stop antes da abertura da janela. A equipe Red Bull recorreu e conseguiu reverter a punição, o que não é incomum na Stock Car.

No final das contas, tudo ficou como estava na bandeira final. É lógico que o excesso de punições e a fragilidade das decisões dos comissários, que muitas vezes voltam atrás de suas decisões, prejudicam a categoria. Será que as pessoas que estão trabalhando na direção das provas estão preparadas para esse trabalho? Talvez a CBA e a organizadora do campeonato deveriam começar em pensar em melhor na estrutura utilizada pela categoria.

4 de nov. de 2009

Noticia do Dia (agora de verdade) – Toyota anuncia desistência

A Toyota antecipou o anúncio que faria no domingo e divulgou nesta quarta-feira que esta se retirando da Fórmula 1. A montadora alegou que a crise econômica no último ano, que inclusive resultou no primeiro período de prejuízo da história da empresa, foi o principal motivo para desistência.

A Toyota competiu na Fórmula 1 por oito temporada e nunca conseguiu transformar o maciço investimento, um dos maiores da categoria, em bons resultados. Em 139 GPs foram três pole-positions, três voltas mais rápidas, apenas 13 pódios e nenhuma vitória. Uma estrutura exagerada e aposta em duplas de pilotos duvidosas como Mika Salo e Allan McNish e Ralf Schumacher e Jarno Trulli.

Em 2009 parecia que tinha evoluído de forma e chegou a ter chance de vitória em algumas provas, como no GP do Bahrain em que Trulli e Glock largaram nas duas primeiras posições do grid. Mas claramente faltou consistência aos pilotos para brigarem por melhores resultados.

A verdade é que a Toyota deu um show de como não administrar uma equipe de Fórmula 1. A hitória de seu time ficará marcada pelo fracasso.

Muita gente pode falar que a equipe não fará falta, mas eu discordo. A categoria nasceu envolvida pelas grandes montadoras e suas passagens pelo campeonato foram essenciais para o seu desenvolvimento. Hoje, a Toyota é a maior fabricante de carros do mundo, e o seu envolvimento com o esporte é importante sim. Não acredito nesta história de que as montadoras são um mau a ser combatido, como queria Max Mosley. Se elas entram em saem da Fórmula 1, não é muito diferente dos times "garagistas", muito sensíveis a dificuldades financeiras.

Agora aguardemos o que vai acontecer com a estrutura do time em Colônia, na Alemanha, e com Kamui Kobayashi, piloto japonês que mostrou muito talento nas duas últimas corridas do ano, quando substituiu Timo Glock, e era dado certo na Toyota para 2010.

A espera também fica de acordo com o que irá acontecer com a Renault, também cotada para deixar a Fórmula 1. Novembro pode ser turbulento para a categoria.

3 de nov. de 2009

Notícia do Dia - Toyota pode sair

A notícia desta terça-feira foi de que a Toyota pode anunciar sua saída da Formula 1 no próximo final de semana. A montadora irá fazer um anúncio no domingo.

A equipe não tem pilotos contratados para 2010 e não tem clientes para fornecedores de motores, já que a Williams não irá mais comprar os propulsores japoneses. A venda mundial de carros caiu e a possibilidade da desculpa de ajustes na empresa pode ser utilizada.

Por enquanto, só um rumor. Bem plausível, mas rumor.

Destaques do Fim de Semana - Farfus se mantém na briga

Meio atrasado, mas como vale a pena, vou falar de um dos destaques do último fim de semana. O brasileiro Agusto Farfus Jr, que venceu a segunda bateria da etapa japonesa do Mundial de Turismo, em Okayama.

Com o resultado, o piloto da BMW manteve as suas chances no campeonato. É verdade que ele parte agora para a última prova, no circuito de rua de Macau, precisando quase de um milagre para ganhar o título. Com 102 pontos, ele está a 13 do líder Gabriele Tarquini e a 11 do segundo colocado Yvan Muller, ambos da SEAT, que dominou a temporada. Serão diputadas duas baterias com pontuação igual a da Fórmula 1 (10, 8, 6, 5, 4, 3, 2 e 1)

Farfus é um dos pilotos brasileiros de mais sucesso no exterior. Compete no Mundial de Turismo desde 2004, sempre como piloto oficial, primeiro da Alfa Romeo e depois da BMW. Através da sua ligação com a marcar alemã e graças a seus bons resultados, fez testes pela equipe de Fórmula 1 da montadora em 2007 e 2008 e sempre fomentou o sonho de um dia ter a chance de competir na categoria de monopostos. A esperança terminou quando a BMW anunciou sua retirada da competição.

A prova de Macau, que decide o título mundial acontece no dia 22 de novembro.

A confirmação

A Williams confirmou nesta segunda-feira sua dupla de pilotos para 2010, Rubens Barrichello e Nico Hulkenberg, e que motor Cosworth equipará seus carros.

O brasileiro vai para sua 18ª temporada na Fórmula 1 e alemão na sua primeira. É clara a ideia de uma dupla equilibrando experiência e velocidade de um iniciante sem muita responsabilidade e querendo mostrar serviço.

O último título mundial da Williams foi em 1997, com Jacques Villeneuve, e a última vitória foi o GP Brasil de 2004, com Juan Pablo Montoya. Desde então o time de Grove nunca mais chegou a disputar as primeiras posições. Com certeza é uma equipe que defende uma tradição vencedora na Fórmula 1. É o segundo com mais títulos de construtores, 9, atrás somente da Ferrari, 16, por exemplo. Mas é difícil apostar hoje que pode voltar a ter um carro em condições de vencer corridas já em 2010.

O que pesa a favor da nova casa de Barrichello é que na próxima temporada um nova mudança radical acontece no regulamento, o que pode embaralhar de novo as forças na Fórmula 1. A proibição do reabastecimento mexe não só na estratégia, mas também em todo projeto do carro como suspensão, distribuição de peso e aerodinâmica. E a Brawn está ai para mostrar a todos o que um time pode fazer em uma virada de regras como esta.

O carro de 2009 da Williams não era ruim, mas sofreu pela falta de potência do motor Toyota. Era absurda a diferença de rendimento dos carros da equipe em pistas de baixa e alta. O motor Cosworth, que volta a categoria depois de três temporadas, é a aposta e parece que o time está bastante confiante depois de alguns testes de bancada.

De qualquer maneira, a verdade é que só saberemos o quanto o trabalho foi bem feito em fevereiro, nos testes de pré-temporada. O resto é só especulação.

1 de nov. de 2009

GP de Abu Dhabi – Um final chatinho

Vettel venceu o primeiro GP de Abu Dhabi, depois de uma corrida sem emoções. A chance de uma disputa pela vitória terminou quando Hamilton teve problemas de freio deixando o caminho livre para o alemão.

Os principais lances da corrida acabaram sendo uma disputa entre Button e Kobayashi, outra entre Buemi e Kubica e no final com Button indo para cima de Webber na luta pelo segundo lugar nas últimas voltas.

Webber completou a dobradinha da Red Bull, que tem tudo para continuar forte nos próximos anos. Tem uma empresa forte investindo, um staff técnico competente e uma boa dupla de pilotos. Só falta se decidir sobre os motores.

Button terminou bem a temporada com a terceira posição. A Brawn não teve para disputar vitórias nas últimas etapas, mas o inglês, campeão do mundo, conseguiu voltar ao pódio (foram somente dois nas últimas 10 corridas) e ser protagonista de uma bela disputa com Webber no final.

Barrichello deu uma vacilada na largada e tocou o seu bico em Webber perdendo uma parte do aerofólio. Ficou prejudicado na corrida e terminou em quarto. Um final de temporada ruim para o brasileiro, atrás do companheiro de equipe, depois de um ano de renascimento. O saldo da temporada para Rubens acabou sendo bom. Estava aposentado em fevereiro e conseguiu disputar o título mundial e garantir mais um ano de permanência na categoria por mais um ano.

Assim como em Interlagos, Kobayashi voltou a ter destaque. Chegou em sexto com sua Toyota, a frente do companheiro de equipe, o experiente Trulli. O japonês praticamente garantiu a vaga na equipe para 2010 e com certeza chamará a atenção na próxima temporada. Será bom para a Fórmula 1 um piloto do Japão que ganhe destaque. É um país que sempre teve ligação forte com a categoria, mas nunca teve um piloto realmente talentoso para torcer.

O evento nos Emirados Árabes é impressionante, o autódromo é lindo, as imagens são maravilhosas, mas, realmente, a pista é muito chatinha.

O Campeonato Mundial de 2009 foi um dos mais diferentes da história. Um equipe “estreante” (entre aspas porque a Brawn na verdade é resultado de muito investimento da Honda em 2008) venceu depois de uma primeira metade de disputa arrasadora e polêmica. É lógico que a história do difusor duplo no início do ano foi decisiva para o título da Brawn e de Jenson Button.

Agora, viveremos uma fase de acomodação. Algumas mudanças de equipes serão confirmadas, outras podem até surpreender. Depois começam os testes de inverno ainda com carros híbridos e, no final de janeiro, a apresentação dos novos carros. Muitos chutes e rumores sobre desempenhos irão surgir. E, em março, depois de um longo período sem corridas (difícil para nós, fãs) o campeonato reinicia e saberemos quem trabalhou melhor. Simbora.

31 de out. de 2009

GP de Abu Dhabi – pesos

A FIA divulgou os pesos com que os carros largarão amanhã em Abu Dhabi. Esta é a última vez que teremos esta bobagem, já que a partir do ano que vem não tem mãos estratégia de gasolina. Ainda bem.

Apesar da diferença gigantesca entre Hamilton e as Red Bulls no cronômetro, os carros da equipe dos energéticos estão bem mais pesados. Ainda acho que se o inglês imprimir na corrida a diferença que colocou na classificação, ele leva. Mas pelo menos surgiu alguma chance da corrida ganhar algum tempero. Um safety car pode acabar com a estratégia da McLaren.

As duas Brawns estão bem mais leves que os três concorrentes a frente. Dificilmente brigarão por algo. Depois de uma primeira metade de campeonato espetacular, a equipe não tem mais carro para brigar por vitórias há algum tempo. Inclusive, tanto Button quanto Barrichello podem sofrer um ataque de Trulli na estratégia. O italiano está mais pesado e precisando fechar o campeonato com uma boa atuação.

Confira os pesos:



Fonte: Autosport

GP de Abu Dhabi – Classificação

Hamilton fez a pole position com sobras em Abu Dhabi. O inglês da McLaren ficou mais de sete décimos a frente do segundo colocado, Sebastian Vettel, e só não fica com a vitória do primeiro GP nos Emirados Árabes caso aconteça algo de excepcional durante a corrida.

A classificação acabou confirmando a ordem dos treinos livres McLaren, Red Bull e Brawn, com Vettel e Webber ficando em segundo e terceiro e Barrichello e Button em quarto e quinto.

A seguir, Trulli, Kubica e Heidfeld ratificam a evolução de Toyota e BMW nas últimas provas do campeonato. Os alemães fazem a última prova na Fórmula 1 nesta sua passagem de quatro anos pela categoria e querem pelo menos marcar mais alguns pontos.

Rosberg, em nono, não é mais novidade. O alemão da Williams freqüentou o Q3 em praticamente toda a temporada. Em sua última corrida pela equipe de Grove, tentará lutar por mais alguns pontos para terminar em alta o seu melhor ano desde que chegou à Fórmula 1.

Sebastien Buemi fechou o Top 10. O suíço fez uma boa prova com sua Toro Rosso em Interlagos, em que terminou em sétimo, e volta a ter boa atuação neste final de semana em Abu Dhabi, andando bem em todos os treinos. Em sua primeira temporada na Fórmula 1, com um carro muito fraco, que não chega nem perto da Toro Rosso de 2008, Buemi teve uma boa atuação.

A Ferrari, com Raikkonen em 11º e Fisichella em 20º (último), e Renault, Alonso em 16º e Grosjean 19º, voltaram a ser os micos. As duas equipes já não trabalham em seus carros há algum tempo e se arrastam neste final de temporada. A primeira se concentra em fazer em um bólido descente para 2010 enquanto a segunda é cercada de rumores que sequer corre no próximo ano.

Confira o grid de largada para o GP de Abu Dhabi. Em instantes, ficaremos sabendo os pesos dos carros.

30 de out. de 2009

Abu Dhabi – Treinos Livres

Hoje foi dia de inauguração na Fórmula 1. Os carros entraram pela primeira vez no novíssimo circuito de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Traçado com 21 curvas, nenhuma de alta, e duas retas intermináveis com freadas bruscas no final. Típico do projetista Hermann Tilke, que desenhou quase todos os últimos novos autódromos que entraram na categoria.

Como já era de se esperar, os tempos do primeiro treino livre para o segundo despencaram graças a adaptação, avanço dos acertos e da própria pista.

A classificação final acabou um pouco embaralhada por causa de algumas voltas voadoras de alguns pilotos, com menos gasolina, no final. Mas basicamente a sessão foi liderada por McLaren, Red Bull e Brawn, nesta ordem.

Vale um destaque especial para Buemi que andou sempre entre os primeiros com sua Toro Rosso. Kobayashi, que mais uma vez substitui Timo Glock na Toyota, voltou a chamar a atenção ao terminar em quinto.

Confira a classificação da segunda sessão desta sexta-feira em Abu Dhabi:

29 de out. de 2009

Notícia do dia – Senna está na Fórmula 1

A revista alemã "Motorsport Magazin" publicou nesta quinta-feira que Bruno Senna já teria assinado com a equipe Campos para correr na Fórmula 1. O dia foi de muita apuração para os veículos especializados brasileiros e basicamente todos confirmaram a informação. Bruno é o terceiro piloto brasileiro confirmado para a temporada 2010 ao lado de Rubens Barrichello e Felipe Massa.

É importante ressaltar a notícia que Bruno não está levando nenhum patrocínio pessoal para a equipe, está sendo apenas contratado como piloto mesmo.

Apesar de ninguém ter se pronunciado oficialmente, acredito que ainda neste final de semana ou no máximo segunda-feira pode acontecer um confirmação por algum dos lados.

Segundo as ultimas informações, das equipes novatas, a Campos é a que está pior financeiramente e é a que mais corre risco de não alinhar em 2010. Por isso, é uma boa esperarmos como será o desenrolar desta história para sabermos, com certeza, se Bruno estará no grid.

De qualquer forma, estando lá, Bruno terá a grande missão de não cair em uma imensa pressão. A cobertura da pré-temporada será uma enxurrada de Senna com comparações de todo o tipo entre ele e seu tio. É impossível evitar isso, mas será muito importante que Bruno saiba lidar com isso e tenha na cabeça que neste primeiro ano, em um time estreante, o importante será não fazer grandes besteiras na pista e comemorar alguns resultados que possam parecer modestos, como entrar em um Q2 ou chegar entre os 10 primeiros.

25 de out. de 2009

Panca

Foto marcante neste final de semana em Curitiba durante a prova da Pick Up Racing. Rafael Iserhard saiu da pista e bateu em uma caminhonte de Douglas Soares, que estava parada sem o piloto, junto ao guard rail. Iserhard passa bem.



Foto: Fernanda Freixosa

Loeb é hexa no WRC


Com mais de um 1m06s de vantagem na liderança, Sebastien Loeb venceu o Rally de Gales e ficou, por um ponto, com o título do Mundial de Rally de 2009, sua sexta conquista consecutiva da competição.

A última etapa do ano acabou sendo um verdadeiro passei e, apesar de seu concorrente a título, Mikko Hirvonen, ter chego em segundo, em nenhum momento Loeb foi ameaçado.

No começo da temporada, o título deste ano parecia que seria um dos fáceis da carreira de Loeb. O francês venceu de cara as cinco primeiras etapas do ano e disparou na liderança. Porém, um sequência de maus resultados, incluindo uma desclassificação da equipe Citroën. Hirvonen se aproveitou, venceu quatro etapas e virou a classificação.

No final, Loeb se recuperou e venceu as últimas duas etapas e conquista o título com um ponto de vantagem.

Assim como falei de Valentino Rossi mais cedo, Sebastien Loeb também é um gênio do esporte a motor. Feliz da geração que pôde ver Rossi, Loeb e Schumacher competirem, cada um na sua especialidade.

Em 125 ralis na carreira, iniciada em 1999, o francês tem 54 vitórias e 82 pódios. Apesar da conquista apertada em 2009, ainda está acima da média e é favorito para mais títulos.

Este ano teve um forte namoro com a Formula 1. Testou algumas vezes na última inter temporada e em setembro participou de algumas sessões de treinos da GP2 com intuito de ganhar mais experiência com monopostos. Chegou a assinar contrato com a Toro Rosso para correr a última etapa do ano, em Abu Dhabi, mas a FIA recusou-lhe a Super Licença.

Não sei se a FIA fez certo ou errado, mas acho que seria interessante ver o que Loeb poderia fazer. Assim como Rossi, ele é um cara diferente, que atrai as atenções e que é notícia.

Foto: AP Photo/Alastair Grant

“The Doctor” é hepta na MotoGP


Em uma corrida em condições complicadíssimas por causa da chuva na Malásia, Valentino Rossi terminou na terceira posição em Sepang e conquistou seu sétimo título mundial na MotoGP, nono se contarmos as conquistas da 125cc e 250cc.

Rossi largou na pole position, mas ficou mal posicionado nas duas primeiras curvas e caiu para nono. Veio recuperando e chegou na posição que lhe dava o título independente da colocação de seu concorrente direto e companheiro de equipe, Jorge Lorenzo. De qualquer maneira, o espanhol também não chegou ameaçar, já que chegou apenas em quarto.

Casey Stoner roubou a liderança no começo e conduziu sua Ducati de forma brilhante até o final. Caso tenha uma boa moto e não sofra mais com sua contusão no pulso em 2010, o australiano volt a ser o adversário de Rossi em 2010.

Pedrosa, da Honda, chegou na segunda posição, defendendo a posição de Rossi no final.

Dizer que Valentino é um gênio do esporte a motor já se tornou clichê. Mas o italiano é isso mesmo. Gênio. Tem 103 vitórias na carreira, superou todos os tipos de adversários. Campeão por duas grandes marcas diferentes, Honda e Yamaha. É, com certeza, ao lado de Giacomo Agostini, o maior piloto da história. Além disso tudo, é um grande show man, que faz bem ao esporte, que atrai as atenções com suas brincadeiras e jeito irreverente. É bom quando para uma modalidade quando ela tem grandes ídolos, que traz novos fãs. Rossi faz tudo isso.

Foto: REUTERS/Zainal Abd Halim

24 de out. de 2009

Perto do hexa

Ao final do segundo dia em Gales, Loeb segue na liderança com 30 segundos de vantagem para o segundo colocado e seu concorrente ao título de 2009, Mikko Hirvonen.

Neste domingo acontecem somente mais quatro estágios, o que significa que caso não se envolva em um acidente ou tenha um problema mecânico, dificilmente Loeb deixa escapar seu sexto título consecutivo no Mundial de Rally.

Confira a classificação ao final deste sábado, depois de 12 estágios:

23 de out. de 2009

Mais um final de semana de decisão de títulos

Após as decisões da Fórmula Indy e da Fórmula 1, o mundo do automobilismo pode ver mais duas decisões de título neste final de semana. O WRC e a MotoGP, duas das mais importantes competições automobilísticas do mundo, podem conhecer seus campeões neste final de semana. O interessante é que temos dois pilotos espetaculares que já gravaram para sempre seus nomes na história do esporte a motor: Sebastien Loeb e Valentino Rossi.

No Mundial de Rally, o atual pentacampeão Sebastien Loeb chega a última etapa do ano, em Gales, em desvantagem. Apenas um ponto separa o francês do líder do campeonato, o finlandês Mikko Hirvonen. É praticamente uma decisão direta onde quem chegar na frente vence.

No primeiro dia de competição, nesta sexta-feira, após seis estágios, Loeb lidera o Rally com cinco segundos de vantagem para Hirvonen, em segundo. Confira a classificação até o momento:



Vale a pena ficar de olho no Live Timing oficial neste link.

Enquanto isso, na Malásia, outro importante título pode ser decidido, este de forma antecipada. O hexacampeão da MotoGP (octa se forem considerados os títulos da 125cc e 250cc) Valentino Rossi precisa de apenas um quarto lugar na Malásia, penúltima etapa do Mundial, para colocar mais um título em sua já recheada prateleira de troféus.

Rossi tem 38 pontos de vantagem para o seu companheiro de equipe na Yamaha, Jorge Lorenzo, que provou em 2009 ser um piloto rápido, mas ainda inconstante demais para disputar o título. O grande adversário deveria ser Casey Stoner, australiano campeão de 2007 pela Ducati e que foi prejudicado por uma contusão no pulso que o persegue desde a última temporada.

A corrida acontece no domingo, às 5h de Brasília, com transmissão ao vivo da Sportv.

19 de out. de 2009

GP Brasil – Mais uma vez festa do título em Interlagos



Mais uma vez a Fórmula 1 conheceu o seu campeão no GP Brasil. É o quinto ano seguido que a decisão do título mundial acontece em Interlagos, algo muito legal para nós que gostamos e acompanhamos o esporte.

Antes de falar do campeonato, quero falar um pouco da prova, uma das melhores da temporada, com muitas ultrapassagens, pegas e corridas individuais sensacionais, como as de Hamilton, Vettel e Button.

A pole position de Barrichello, no sábado, apesar de muito emocionante foi resultado de uma estratégia de pouco combustível para o primeiro stint. O brasileiro fez certo em arriscar. Com Button saindo apenas da 14ª posição, quanto mais carros entre ele e o companheiro no começo da corrida melhor. Porém, assim como em toda reta final do campeonato, a Brawn GP não tem mais um carro vencedor, e seria muito difícil para o brasileiro manter a ponta se nada acontecesse com Webber.

Para piorar, a primeira volta com muitos acidentes e incidentes foi terrível para o brasileiro. Além de perder quatro giros atrás do safety car, quando poderia estar abrindo vantagem, Rubens viu alguns adversários importantes na prova, como Hamilton, Vettel, Button e Kubica, ganharem posições importantes apenas se livrando dos infortúnios.

Na volta de seu primeiro pit stop, Barrichello ainda perdeu tempo brigando com Vettel e Hamilton e acabou perdendo não só a liderança, mas também a segunda posição para Kubica. No final, um pneu furado ainda o derrubou para a oitava posição. A vitória era muito difícil, a segunda posição plausível e a terceira posição fato certo para Rubens. Mas não existe “se” na vida.

Importante destacar a vitória consistente de Webber, que largou em segundo, manteve a distância para Barrichello sobre controle no primeiro stint e depois da primeira parada não deu chance para os adversários. Kubica também fez uma belíssima corrida. Deu sorte no começo com os acidentes de Trulli, Sutil e Raikkonen, mas depois manteve um bom ritmo para levar a problemática BMW a segunda posição.

Sobre Button é possível dizer que fez uma ótima corrida, com sorte no começo, mas bastante ousada com ultrapassagens importantes e uma briga sensacional com Kobayashi. Superou adversários e adversidades e, após largar em 14º terminou a corrida na quinta posição.

Button não é um piloto unanimidade. Para muitos um grande piloto, outros acreditam ser apenas comum. O certo é que o inglês soube aproveitar o momento da Brawn GP na primeira metade do campeonato, quando tinha o melhor carro da competição, e venceu seis corridas em sete. Um desempenho indiscutivelmente brilhante. Porém, seu segundo semestre foi muito fraco. Foi totalmente dominado pelo seu companheiro e subiu ao pódio apenas uma vez nas últimas nove corridas. Valeu a enorme vantagem que conseguiu nas primeiras sete etapas e a inconstância de seus principais adversários.

Após 17 temporadas na Fórmula 1, Barrichello perdeu a grande chance de sua carreira para se tornar campeão mundial. É muito provável que tenha sido a última também. Realizou um campeonato de muitos altos e baixos e faltou ser mais competitivo na primeira fase do campeonato, assim como fez Button. É verdade que após a mudança dos freios, no GP da Inglaterra, foi sempre melhor que o companheiro, mas já era tarde. De qualquer maneira, foi protagonista de uma história bonita ao sair de desempregado a postulante ao título, vencendo, aos 37 anos, duas corridas na temporada e já está garantido para 2010.

16 de out. de 2009

Cobertura do GP Brasil

A partir da manhã deste sábado até o fim de tarde de domingo estarei em Interlagos. Por isso, neste final de semana, a cobertura do GP Brasil com fotos, comentários e algumas curiosidades sobre todo o evento (incluindo sobre o acapamento de sábado para domingo em frente o autódromo) será feito neste link no twitter. Não deixe de acompanhar lá. Este post fica aberto para os comentários.

Fotos e vídeo desta sexta-feira

Confira fotos e o vídeo que o Blog Fanáticos produziu nesta sexta-feira em Interlagos. Para ver o álbum é só clicar na foto abaixo.

Treino Livre GP Brasil 2009


GP Brasil – Treinos Livres

Depois do dia no autódromo agora vamos a algumas considerações sobre os treinos livres desta sexta-feira em Interlagos.

Apesar do tempo frio, as Red Bulls e Brawns andaram bem próximas nas duas sessões. Era esperado que com a temperatura mais baixa, a equipe dos energéticos tivesse alguma vantagem sobre a concorrente. Isso indica que se o tempo continuar desta maneira, a corrida pode ser equilibrada. Se esquentar, pode significar uma boa vantagem para a dupla Barrichello e Button.

Fiquei um pouco decepcionado com a McLaren, que ficou apenas da 10ª posição na segunda sessão, com Hamilton. Esperava um desempenho melhor do time de Woking especialmente pelo motor Mercedes e o KERS.

A segunda sessão, quando os carros já andam mais próximos do acerto ideal, foi marcada pela proximidade dos tempos. Os 20 carros do grid ficaram separados por menos de um segundo, algo não muito comum. Isso quer dizer que a estratégia de peso na classificação vai contar muito. Além disso, qualquer erro pode significar várias posições no grid, o que pode influir bastante na disputa pelo título.

Confira os tempos das duas sessões desta sexta-feira:



15 de out. de 2009

A primeira volta

Esse vídeo está circulando no Youtube mostra a primeira volta de um carro de Fórmula 1 no novo circuito de Abi Dhabi, palco da prova de encerramento do Mundial 2009. Na verdade trata-se de um carro de dois lugares pilotado por Bruno Senna.

Assim como todos os últimos circuitos que estrearam na Fórmula 1, o traçado foi desenha do pelo alemão Hermann Tilke e segue suas características de freadas fortes e curvas de baixa. Neste, acredito que houve até mesmo um exagero, já que praticamente todas as curvas são de baixa velocidade. A pista ainda conta com uma reta bastante longa que termina em um cotovelo.

Vale reparar também que os muros são sempre muito próximos, que lembra Melbourne e Montreal, por exemplo.

Destaque para a saída do box, que passa por um túnel por debaixo da pista e uma pequena reta que cruza um hotel.

13 de out. de 2009

Fotos desta terça-feira em Interlagos

Na manhã desta terça-feira estive em Interlagos para conferir o trabalho das equipes nos boxes. Clique na foto para ver o álbum completo.

Pré-GP Brasil 2009

Dica

Hoje acontece na Livraria da Vila, no Shopping Cidade Jardim, lançamento do livro “Ayrton Senna – Uma lenda a toda velocidade”, de Christopher Hilton. Eu comprei o livro na última semana e indico para quem goste de automobilismo.

Vários livros sobre Senna já foram lançados nos últimos 20 anos, especialmente após a sua morte. Além de muito bem editado e de uma narrativa diferenciada, o livro de Hilton conta com um material exclusivo incrível cedido pela família do piloto brasileiro. Além de fotos e depoimentos, réplicas incrivelmente fiéis de documentos pessoais, cartas escritas a mão, agendas de corridas, adesivos das equipes e outros que estão anexados em envolopes nas páginas do livro.

O evento acontece das 18h30 às 21h30 e deve contar com a presença de alguns pilotos, jornalistas e familiares. A obra custa R$ 165,00.

12 de out. de 2009

Barrichello na Williams

O rumor já era forte. No último domingo o site Grande Prêmio cravou que o Barrichello jpa teria assinado com a Williams para 2010 e, a noite, o piloto confirmou a notícia na TV Globo.

O acordo é de um ano, com a opção da equipe de renovação por mais um. Com isso, o brasileiro garante a sua 18ª temporada na Fórmula 1 e a extensão do recorde de Grande Prêmio disputados na categoria. Em 2010, deve ser o primeiro piloto da história a correr 300 corridas.

Rubens e Williams namoraram por algumas vezes durante a trajetória do brasileiro na Fórmula 1. Após a morte de Senna, em 1994, Barrichello chegou a estar entre os cotados para assumir a vaga na equipe. No período na Ferrari, também existiram rumores ligando os dois nomes, mas nada de acordo.

A Williams tem uma ligação histórica considerável com o Brasil. Rubinho será o quinto piloto do país a guiar pela equipe. Antes dele, José Carlos Pace(este em um carro alugado da equipe), Nelson Piquet, Ayrton Senna e Antonio Pizzonia correram pelo time.

Há um ano atrás, na reta final da temporada 2008, Barrichello já era considerado carta fora do baralho na categoria. A indefinição se arrastou até cerca de um mês antes do campeonato 2009 e ele não só foi escolhido por Ross Brawn para fazer parte da nova equipe que estava sendo formada sob os espólios da Honda, como também sentou em um carro vencedor. Teve a chance de lutar pelo título e mostrou ainda ter motivação para inclusive vencer corridas, apesar da iminente perda do campeonato companheiro de equipe, Jenson Button. Junto com Helio Castroneves, talvez seja a grande história de ressurreição dos últimos anos no automobilismo.

No próximo ano, ela Williams, é pouco provável que Barrichello volte a disputar pelo título. É difícil acreditar que a equipe consiga construir um carro vencedor. O time mal anunciou a decisão sobre o motor que irá utilizar em 2010. As duas opções são Cosworth, que volta à categoria, e Renault, que se mostrou este ano bastante vulnerável a quebras. O seu companheiro deverá ser o alemão Nico Hülkenberg, campeão da GP2 em 2009.

Assim que Barrichello oficializado pela Williams, é bem provável que Nico Rosberg seja anunciado na Brawn. O alemão deve ser levado à equipe pela Mercedes, que está virando uma parceira mais próxima do time, pois um fundo de investimento de Abu Dabi, que também é sócio da montadora alemã, está adquirindo a maioria de suas ações.

A despedida vitoriosa de Gil


No último sábado, um dos melhores pilotos brasileiros dos últimos tempos encerrou sua vitoriosa carreira com mais um triunfo. Gil de Ferran fez sua última corrida como ao volante de um carro de corrida e venceu a etapa final da American Le Mans Series, em Laguna Seca.

Gil correu pela sua equipe, a De Ferran Motorsports, com um protótipo Acura ARX-02a, ao lado do francês Simon Pagenaud. Os últimos trinta minutos da corrida foram bastante interessantes com um duelo entre o brasileiro e o mexicano, também ex-Indy, Adrian Fernandez. A diferença entre eles no final ficou em apenas 0s662 após as 168 voltas.

É verdade que ficou faltando na carreira de Gil de Ferran uma passagem pela Fórmula 1. Ele passou pela categoria como dirigente da BAR, depois comprada pela Honda, entre os anos de 2005 e 2006, sem muito sucesso, e voltou para os Estado Unidos para montar sua equipe na Amercian Le Mans Series, com apoio total da marca japonesa. Porém, como dizer que De Ferran não é um piloto vitorioso com dois títulos da Cart (ou Fórmula Indy) e uma 500 milhas de Indianápolis, prova mais tradicional do mundo?

Antes de ir competir nos EUA, ele fez toda sua carreira de base na Europa e chegou a testar por equipes da Fórmula 1, como Williams, em 1993. Sempre achei que seu estilo de pilotagem iria se encaixaria bem na categoria, mas nunca tivemos a chance de conferir.

Agora, Gil corre atrás de seu novo objetivo na profissão, que é levar sua equipe para a Fórmula Indy. Não é uma tarefa muito fácil. Inclusive, na primeira temporada, é bem possível que tenha um piloto japonês em seu carro, para compensar um novo apoio da Honda. Aguardemos.

De qualquer maneira, fica aqui os comprimentos do Blog pela linda carreira de Gil de Ferran.

Franchitti conquista o bi

A decisão da Fórmula Indy prometia. Três pilotos chegaram à corrida final em Miami com uma diferença ínfima os separando. Scott Dixon, Dario Franchitti e Ryan Briscoe eram separados por apenas oitos pontos, que levarmos em conta a pontuação da categoria, que concede 10 pontos para o 33º, por exemplo, era praticamente um empate técnico.

A corrida acabou sendo definida na estratégia de Franchitti, que imprimiu um ritmo bem mais lento que os rivais por praticamente toda a corrida com o simples objetivo de salvar gasolina. No final, fez uma parada a menos e garantiu a vitória e o seu segundo título na categoria.

Foi uma temporada bastante interessante da Indy. O começo do ano foi marcado por uma verdadeira ressurreição. Em um período de pouco mais de um mês, Helio Castroneves conseguiu ser inocentado de acusações do FISCO americano que poderiam o levar à cadeia e venceu simplesmente pela terceira vez as 500 milhas de Indianápolis. O brasileiro ainda terminou na quarta posição do campeonato.

A segunda metade do ano acabou sendo monopolizado pelo duelo entre Briscoe, Dixon e Franchitti. Para se ter ideia do campeonato a parte que eles fizeram, o terceiro colocado, Briscoe, ficou 171 pontos na frente do quarto, Castroneves. O americano, por sinal, poderá ter chego na corrida final com muito mais chances de ser campeão se não fosse a barberagem do ano na penúltima corrida, em Motegi, quando bateu no muro interno dos boxes na saída de seu pit stop. Ele liderava a corrida e, apesar de ter se recuperado e chego em oitavo, o resultado final poderia ter sido diferente.

Franchitti acabou sendo um piloto regular. Conseguiu bater Scott Dixon, seu companheiro de equipe na Chip Ganassi, tri-campeão da categoria e chegou ao seu segundo título.

Em 2010, está previsto que a abertura do campeonato seja em uma corrida de rua no Brasil. Salvador e Rio de Janeiro brigam pela prova, com um imenso favoritismo para a cidade fluminense.

9 de out. de 2009

Atenções voltadas para Miami

Antes da decisão do título da Fórmula 1, no próximo final de semana, em Interlagos, as atenções se voltam neste sábado para Miami, onde a Fórmula Indy chega a sua última corrida com três pilotos brigando pelo campeonato.

Depois de uma temporada bastante equilibrada, Scott Dixon, 570 pontos, Dario Franchitti, 565, e Ryan Briscoe, 562, chegam à corrida final disputando o título. Levando-se em conta que na Fórmula Indy o primeiro colocado ganha 50 pontos e até mesmo o 33º leva 10, a diferença de apenas oito pontos do líder, Dixon, para o terceiro colocado, Briscoe, é ínfima.

É interessante observar também que, pela terceira vez consecutiva, o título não ficará com um piloto americano. Apesar da categoria ser sediada nos Estados Unidos e realizar 14 de suas 17 etapas no país, nos últimos sete anos apenas um piloto estadunidense foi campeão, Sam Hornish, em 2006. Este ano, a disputa está entre um neozelandês, um escocês e um australiano.

Scott Dixon é o atual campeão da categoria e luta pelo seu tricampeonato, já que também venceu em 2003, sempre pela Chip Ganassi. O neozelandês ganhou cinco corridas em 2009 e tem no currículo 21 vitórias em 112 corridas em sua carreira.

Também pilotando pela Ganassi, Dario Franchitti chega a Miami na vice-liderança do campeonato, somente cinco pontos atrás de Dixon. O escocês foi campeão da Indy em 2007 correndo pela Andretti Green. Em 2009, venceu quatro provas. Já largou para 89 corridas na categoria em ganhou 12 vezes.

Dos três pretendentes ao título, Ryan Briscoe é o único que nunca foi campeão da categoria. O australiano tenta levar a taça para a Penske, que não vence o campeonato há três anos. Em 2009, ganhou três vezes e poderia estar em uma posição mais confortável na disputa se não fosse um erro na saída dos boxes no GP de Motegi, há quatro semanas, quando bateu no muro sozinho enquanto liderava a corrida. Sua carreira é mais “humilde” dos correntes com apenas cinco vitórias em 52 corridas.

8 de out. de 2009

Dica – Salão Duas Rodas

O Salão Duas Rodas acontece em São Paulo, no Pavilhão Anhembi, até segunda-feira. É a 10ª edição do evento, que cresceu muito nos últimos anos.

A versão deste ano parece estar bastante interessante com 10 marcas expondo seus produtos e 30 modelos de motocicletas inéditas no Brasil. Destaque para a Yamaha R1 2010, que custará R$ 60 mil.

O salão fica aberto das 14h às 22h e os ingressos custam R$ 25 para maiores de 12 anos, R$ 12 de 5 a 12 anos e de graça para crianças até 4 anos. O estacionamento no local é gratuito para motos, mas custa R$ 25 para carros.

7 de out. de 2009

Mais uma peça se encaixa

Hoje a Renault confirmou oficialmente a contratação de Robert Kubica para a temporada de 2010. (Clique aqui para ler o comunicado). Após o anúncio de Alonso na Ferrari, era esperado que as peças para o próximo campeonato finalmente começassem a se encaixar. E a Renault não demorou a garantir o polonês em sua equipe.

Além de um piloto importante e uma equipe que há três anos ganhou um bi-campeonato mundial, a notícia também ganha destaca porque afasta de vez qualquer rumor sobre uma possível saída da Renault da Fórmula 1. Além disso, não deixa de ser uma união interessante e que pode dar bons frutos.

Os franceses ainda não confirmaram quem será o segundo piloto do time. Tudo vem indicando para uma disputa entre Romain Grosjean e Lucas di Grassi pela vaga. Quem sabe finalmente chegou a hora de darem uma oportunidade para o brasileiro quem vem batendo há tempos na porta da categoria.

Agora temos que aguardar qual será a próxima peça a se encaixar. No momento, a que esta emperrando o restante dos anúncios é Kimi Raikkonen. As negociações com a McLaren continuam em curso. Se for realmente oficializado como companheiro de Hamilton no time de Woking, libera o anúncio de Nico Rosberg, que libera o de Barrichello e por ai vai.

4 de out. de 2009

Stock Car – Thiago Camilo vence e entra na Super Final

Thiago Camilo conseguiu a vitória no apertado circuito de Campo Grande e garantiu seu lugar na Super Final, que decidirá campeão da categoria em quatro provas.

Duda Pamplona, que largou em sétimo, fez boa corrida para chegar na segunda posição, seguido do pole position Átila Abreu, em terceiro.

Com um traçado com poucos pontos de ultrapassagem, a corrida acabou sendo decidida nos boxes. Átila liderava e entrou para o reabastecimento junto com o Camilo e perdeu a posição na velocidade da parada das equipes. Duda Pamplona, que vinha com grande desempenho e estava em terceiro, permaneceu mais algumas voltas na pista e conseguiu ultrapassar Átila após a parada.

O paraibano Valdeno Brito terminou em quarto seguido por Ricardo Sperafico, Allam Khodair, Ricardo Maurício, Luciano Burti, Cacá Bueno e Xandinho Negrão.

Com o resultado, a Super Final, que começa no dia 25 de outubro, em Curitiba, começará com os seguintes pilotos brigando pelo título: Cacá Bueno, Valdeno Brito, Thiago Camilo, Átila Abreu, Ricardo Maurício, Marcos Gomes, Daniel Serra, Allam Khodair, Max Wilson e Luciano Burti.

GP do Japão – Button quase lá

Vettel venceu o GP do Japão até mesmo com certa facilidade. A única chance que tinha de perder a corrida era na largada. O alemão controlou bem a primeira volta e depois abriu uma distância confortável na liderança.

A disputa pela segunda posição foi interessante. Hamilton utilizou o KERS para ultrapassar Trulli na largada. Pelo histórico de ritmo de corrida ruim tanto da Toyota quanto do italiano, parecia que a briga tinha sido decidida ali. Mas Trulli foi muito rápido no seu segundo stint e conseguiu recuperar a posição. A Toyota garante duas segundas colocações seguidas em Cingapura e Suzuka, duas pistas bastantes diferentes uma da outra, e mostra uma evolução no final do campeonato.

O demitido Kimi Raikkonen fez boa corrida e largou em quinto para chegar na quarta posição com um carro da Ferrari que já era ruim e está com seu desenvolvimento abandonado há algum tempo. O finlandês faz uma bela segunda metade de campeonato.

Com uma boa estratégia de pit stops e um bom ritmo de corrida, Nico Rosberg chegou em quinto. É bom lembrar que Nico foi bstante favorecido pelas punições, que o deram a oportunidade de largar em entre os dez primeiros com o tanque bastante cheio de combustível, pois ele não tinha se classificado para o Q3. Este é definitivamente um ano de redenção para o alemão, que mostra que com um bom carro tem condições de brigar por vitórias.

Heidfeld foi o sexto com um carro da BMW que é fraco, mas que apresentou melhoras nas duas últimas corridas. Parece que a montadora alemã quer sair com um mínimo de dignidade da categoria. Acho difícil, não só pelo péssimo ano que teve dentro da pista, mas também pela forma patética que está deixando a Fórmula 1. Inclusive, a última informação que roda nas agências de notícias é que a inscrição do espólio da equipe comprada por um fundo de investimentos será rejeitada por não existirem novas vagas no grid. Ou seja, é realmente o fim da equipe.

E agora a disputa pelo título. Com um grid em que Barrichello largava em sexto e Button em décimo, tudo indicava que seria um bom domingo para o brasileiro. Mas não foi nem perto disto. Como em muitas vezes já aconteceu, faltou ritmo de corrida para Barrichello. Ele não conseguiu brigar com os pilotos da frente, perdeu uma posição para Rosberg e viu uma ótima evolução de Button. É verdade que o inglês contou com a sorte no acidente entre Kovalainen e Sutil, que o redeu das posições. Mas mesmo que Jenson não entrasse na zona de pontuação, Rubens, em sétimo, descontaria apenas dois pontos. Ou seja, não faria muita diferença.

Agora, com 14 pontos de vantagem, Button tem tudo para garantir o título já no GP Brasil. Apenas algum acontecimento extraordinário tira o título do inglês na prova brasileira. E para piorar a situação de Barrichello, além de perder o campeonato para Button, pelo que Brawn e Red Bull vem demonstrando na pista nas últimas etapas, a chance dele sequer ser vice-campeão também grande, já que com a vitória de hoje, Vettel ficou apenas dois pontos atrás.