31 de jan. de 2010

Um pouquinho do Papa

Apos devidamente instalado no hostel, conheci uma galera legal aqui no hostel de Roma. è onde encontrei a maior variedade de nacionalidades no mesmo albergue. Canadenses, mexicanas, americanos, brasileiros, australianos, japoneses, ingleses e até mesmo italianos. Ontem juntamos uma galera grande saimos para uma balada meio que underground que tocava reggae indicada por uma das meninas italianas.

Hoje acordei e me defrontei com o corredor do hostel totalmente inundado. Achei estranho. Passei pela cozinha e vi um monte louça suja, o que nao é comum ja que normalmente todo mundo lava a sua apos usar. Peguei minhas coisas para tomar um banho e uma das meninas que trabalham no albergue começou a gritar comigo e disse que o encanamento tinha explodido e que nao podia usar chuveiro, banheiro, pia e cozinha. Achei a situaçao o cumulo.

Me vesti me sentindo o mais sujo dos seres, tomei o café da manha e me mandei. Primeira coisa que fiz foi entrar em um café, dar uma disfarçada para usar o banheiro para escovar o dente. Depois peguei o metro e fui para o Vaticano. Tive um pequeno incidente com um dos atendentes da bilheteria, que sinceramente nao quero nem relembrar.

Cheguei ao Vaticano e depois de uma olhada na Praça Sao Pedro fui aos tumulos dos Papas e quando estava saindo, o Papa Bento estava terminando sua bençao. Consegui ouvir tipo as ultimas tres frases e ver ele dando tchau. Estava chovendo bastante e nao tive tempo de tirar uma foto, o que me deixou um pouco frustrado.

Fui conhecer a Basilica e Sao Pedro, bonita, quando começou uma missa. Apesar de nao ser muito religioso, resolvi assistir. Saindo de la tenter ver o museu, mas ja estava fechado. Voltarei la amanha.

Nao sei se era meu espirito que nao estava tao legal por causa dos varios problemas que tive pela manha, mas nao me senti em um lugar, digamos, abençoado. Tem mais gente tirando fotografias do que rezando. O Vaticano tem uma grandiosidade que mais impressiona do que propriamente nos faz sentir acolhidos pela igreja. Me perguntei o que Jesus pensaria se ele visse tudo aquilo. Nao sei se era extamente isso que ele tinha em mente.

Ainda tinha boa parte da tarde para passear e resolvi fazer o centro historico de Roma e entrei no Coliseu, passei pelo Foro Romano e fui visitar o Panteon. Este ultimo, ao lado da Fontana de Trevi, acho que foi o monumento que mais me impressionou.

Voltei ao hostel eram umas seis e meia e o problema da agua ainda nao tinha sido resolvido. Eu realmente queria tomar um banho. Fiquei conversando com uma galera na sala comum. Anunciaram que tinhamos de volta tres chuveiros e dois banheiros por eram umas oito horas. Imaginem como foi a luta por um lugar. Ate desencanei. Esperei um pouco as coisas acalmarem até poder finalmente tomar meu banho.

Roma é um lugar realmente lindo. A cada esquina vemos algo de novo e sensacional. Porem, a parte de serviços da cidade, mesmo os ligados ao turismo, sao muito ruins. Para dar um exemplo, é quase impossivel encontrar uma loja ou restaurante que aceite qualquer cartao de credito. So em dinheiro vivo. Até as grandes redes como Mcdonalds. Pedir uma informaçao no "I" é praticamente inutil e as pessoas da cidade nao exatamente simpaticas. Hoje no metro, o trem passou um pouco da estaçao e o maquinista deu ré para para todos poderem descer. Nunca tinha pensado que poderia ver uma cena dessas.

Mas no final das contas tem a diversao com a galera do hostel e os lugares sensacionais para visitar. Acaba valendo a pena.

30 de jan. de 2010

Na metropole...

A ultima noite em Florença foi marcada pelo frio. Na internet estavam falando que chegou a fazer tres graus negativos. Ficar na rua era impossivel. Permaneci no hostel com a galera, conversando e tomando um vinho. Foi bom para economizar um pouco tambem.

Hoje acordei mais tarde, tomei meu banho tranquilo, cafe sem pressa, fiz o check out do hostel, me despedi de alguns e segui para a estaçao. Viagem rapida, de um hora e meia, direta, de Florença a Roma.

Quando desci do trem me senti em outro mundo. Do jeito de cidade media e da simpatia das pessoas de Florença para um caos que é Roma. Procurei me informar no Centro de Informaçao Turistica da estaçao sobre a localizaçao do meu albergue e eles nao tinham mapa e nao estavam com muita vontade de ajudar. Segui as orientaçoes que eu tinha pego no site do albergue. No caminho, encontrei outro "I" e consegui um mapa da cidade, mas tambem nao obtibe muita ajuda.

O albergue era perto da estaçao entao nao demorou muito para chegar. O predio nao tinha nenhuma identificaçao, mas achei a campanhia e consegui entrar. Foi o primeiro albergue que vou ficar desde o começo da viagem que a primeira impressao foi aquele famoso "hum...".

O cara que me recepcionou se chama Marco, um italiano que parece que gostaria mesmo de ter nascido na Jamaica.
"Yeah man. How are you?"
"Fine. I have a reservation for Lucas Silva"
"Oh yea, yea, yea, yea. Famous Lucas hein"
"Yes. Thats me..."
"Cool man"
E assim continou o papo meio de louco. Meu quarto nao estava pronto ainda entao so deixei minha mala e fui dar uma volta.

Na verdade, hoje nao era um dia que eu estava muito inspirado para sair conhecendo os lugares. Mas Roma é fogo. Anda um pouco e encontra uma ruina, logo depois o Coliseu, Foro de Trajano, Fontana de Trevi (linda!!), e quando vi ja tinha andando meia cidade. Mas é legal. Depois vou voltar com mais calma, entrar nos lugares. Tenho quatro dias inteiros so para Roma.

Aqui foi o primeiro lugar que me senti em uma cidade grande, tipo Sao Paulo. Ao contrario da maioria das cidades europeias em que ja estive, atravessar a rua nao é das coisas mais faceis. Acho que o sentimento deve ser parecido com o que os soldados romanos tinham antes ir para batalha. Destreza, inteligencia de encontrar o momento certo, coragem e, principalmente, nao pestanejar despois que tirou o pe da calçada.

Voltei para o Albergue, conheci meu quarto, que pode ser chamado tambem de corredor com um beliche, tomei banho e vim para a sala. Aqui encontrei o Scott, aquele ingles que saiu com a gente outro dia em Florença. A gente sabia que vinha para Roma no mesmo dia, até trocamos e-mails, mas nao sabiamos que iamos ficar no mesmo hostel. Pelo menos ja tem um rosto conhecido.

Ja falei com o Pedro tambem, aquele brasileiro que conheci em Lisboa, que mora aqui. Devemos fazer algo depois. E amanha vou ver melhor o que Roma tem a oferecer.

29 de jan. de 2010

Ultimo dia em Florença

Ontem a noite foi bastante agitada aqui. Até dois dias atras o hostel estava tomado por uma legiao de australianos (alias, a Europa esta tomada por eles). Porem nestas ultimas duas noites chegou uma turma nova com canadenses, britanicos e brasileiros para equilibrar um pouco as coisas.

Nestas viagens para o exterior eu sempre acho legal conhecer gente de outras nacionalidades e culturas, mas confesso que ja estava com saudade de uma conversa em portugues. As vezes nem sei mais se digo mercy, gracias, thanks ou gracie. A turma toda se juntou na cozinha do albergue onde ficamos tomando vinho e conversando sobre coisas diversas. Sempre bem legal quando tem gente de varias nacionalidades porque amplia o leque de possibilidades para conversas.

Mais tarde saimos eu, mais um paulista, um casal de cariocas e um ingles (pois é, so a brasileirada sobreviveu ao vinho...). Fomos à alguns bares, ouvimos boa musica (é otimo estar em um continente que nao existe axe e pagode e rock é uma coisa normal). No final, como em toda balada europeia, tudo termina em kebab.

Hoje acordei, tomei meu café, banho e segui para Siena. Acho que valeu muito a pena. A cidade é linda, manteve seu centro medieval praticamente intacto. A praça do Palio impressiona. Imaginava que a pista era mais larga. Me bateu uma curiosidade de assistir a corrida um dia. Deve ser uma loucura.
Legenda: Plaza del Campo, onde é disputado o famoso Palio

Além disso, é daquelas cidades gostosas de se perder, em que vamos descobrindo as coisas. Nao tem muitas atraçoes solos, o conjunto da cidade que è legal mesmo.

Na volta simplesmente apaguei no trem. A viagem até Firenze dura uma hora e meia. Se nao fosse a parada final acho que teria perdido a estaçao. Acordei com o trem ja parado e as pessoas descendo.
Legenda: ruas do centro de Siena

Amanha é dia de mudança. Deixo Firenze, cidade maravilhosa, da qual so levarei boas lembranças, e sigo para Roma. Viagem curta, de uma hora e meia, em trem de alta velocidade.

O saldo final para Florença foi otimo. A cidade é muito gostosa, tem muita historia, tem muita vida jovem e o hostel, Academia, é muito bom. Limpo, organizado, bom café da manha, boas camas, boa frenquencia, bom staff, e vinho com aperitivo no final da tarde. Foi o mais caro até agora tambem, 22 euros por noite, mas acho que cosiderando que estou na Italia, valeu.

Alem disso, viajar pela Toscana é demais. Fui para Pisa e Siena, mas no caminho do trem, mesmo sendo inverno, as imagens sao lindas. Em algumas paradas podemos ver um pouco de cada cidade e todas parecem ser bastante charmosas. Vamos ver como serao as proximas regioes da Italia que visitarei.

Para marcar hostel em Roma foi um problema. Perguntei para umas dez pessoas e a resposta sempre foi a mesma. "Nao fica no mesmo que eu fiquei". No Hotel World, todos os albergues da cidade tem notas baixas e muitos comentarios ruins. Acabei indo em uma indicaçao que achei no site do Globo. Vamos ver...

Mas independente disto, tenho muito expectativa pelo o que encontrarei na cidade. Sua historia é fascinante e tantas muita coisa para visitar. Enato, "vamo que vamo"!

PS: nunca è demais lembrar que os erros de acentuaçao e digitaçao nos textos sao por causa da configuraçao dos teclados europeus. Eu sei que da para configurar, mas, francamente, nao vou ficar perdendo tempo com isso.

28 de jan. de 2010

Raizes

Eu sempre gostei de estudar as raizes historicas das coisas. Paises, cidades, familias, pessoas, times de futebol, sociedades e por ai vai. Acho que é uma bela maneira de entendermos melhor o que se passa no presente e o contexto de certas decisoes.

Bem, hoje tive a oportunidade de ir conhecer um pouco das minhas raizes. Tenho sobrenome e familia italianos e me orgulho muito disso. Porem, a verdade é que nunca tive um contato muito real com esse lado. Nao falo uma palavra e italiano e estou pela primeira vez no pais so agora, aos 26 anos. Talvez minha maior ligaçao com a Italia seja a pizza de domingo.

Mas sempre ha tempo de apertar melhor esses laços. Hoje foi um dessesmomentos para mim. Saì de Firenze por volta das onze e meia em direçao a Pisa, cidade onde a familia Santochi vivia antes de ir para o Brasil. Torre de Pisa, muralha, praças, Museu dell Sinopie, uma pela pizza de funghi da toscana, e depois visitei a rua em que meu vo morava (encontrei o endereço exato) e o estadio da equipe do Pisa, onde meu bisavo jogou.
Legenda: V. Card. Pietro Maffi, 6. Moravam mal os Santochi?

Pisa é uma cidade que foi bastante castigada pela Segunda Guerra. Da para ver que as construçoes nao sao tao antigas, ja que muita coisa foi reconstruida na segunda metade do seculo. Existem algumas ruinas da epoca tambem.

A cidade nao tem muitas atraçoes. Da para fazer o passeio em até quatro horas tranquilamente, sem correr, e parando para comer. A Torre e o Duomo da cidade sao monumentos realmente bonitos e incrivelmente bem conservados. Me chamou a atençao de, apesar de ficarem ao relento, nao terem manchas nem marcas do tempo. Para subir ao topo da Torre custa quinze euros. Achei um pouco caro.
Legenda: Estadio Romeo Anconetani

Bem, independente do resto, é um passeio legal, facil de fazer, o trem de Firenze demora pouco mais de uma hora e custa cinco euros.

27 de jan. de 2010

Sol apareceu em Firenze

Ontem, apos ter atualizado o blog conheci a turma do albergue. Saimos para comer em uma trattoria aqui perto. Estavam dois americanos, uma inglesa, um australiano, que esta viajando sozinho, e duas australianas. Foi uma noite bem legal. Apos comermos, enquanto os americanos, bem malinhas estes, foram para a estaçao para pegar um trem para Paris, mais tres australianas e uma das recepcionistas do hostel, malaia, se juntaram a nos para sairmos a noite. Com tantos australianos, no fim da noite eu ja estava me apresentado como sendo de Brisbane.

Alem de muita historia, Florença é uma cidade bastante jovem, por causa da Universidade que tem aqui. Por onde andamos vemos pessoas na faixa dos vinte e poucos anos, de varias nacionalidades, que vieram estudar principalmente artes. Por isso mesmo, é um lugar com muitos bares. E povo daqui tem bom gosto. Clubes de jazz, blues, rock classico e lounge dominam a cidade.

Fomos a um bar de jazz e blues sensacional, com uma turma bastante jovem tocando coisas muito legais. No final, a recepcionista do albergue foi convidada para cantar umas musicas no palco e deu um puta show. A mulher tinha uma voz que era coisa do outro mundo. O guitarrista da banda era engraçadissimo. Daqueles italianos que ficam fazendo careta.

A cerveja aqui custa entre tres euros, uma lata comum, e cinco euros, um pint. Realmente um pouco cara... So que depois das duas da manha é proibido vender bebida com alcool na Italia, o que faz a maioria dos bares encerrarem a conta e a noite termina um pouco mais cedo do que em outros lugares. Claro que, antes de voltar para o hostel, rolou aquele Kebab basico que sempre faz mal no dia seguinte, mas a gente nunca deixa de comer no final da balada europeia.

Depois desta noite bastante divertida, acordei hoje bastante motivado para ir a Pisa. O dia estava otimo, sem um nuvem no ceu e um belo sol para esquentar. Tomei cafe, banho e fui para estaçao. Porem, por causa de um acidente entre trens na entrada de Florença, todas as linhas regionais (para Pisa, Lucca, Siena...) nao estavam operando. Somente a do trem de alta velocidade que nao para em mais nenhuma cidade da Toscana, e mesmo assim com mais de uma hora de atraso. Imaginem o caos que estava a estaçao.

A esta altura, ja era por volta de onze e meia, e eu tentei pegar um onibus. Porém, apesar da marcaçao em um quadro de saidas para Pisa de trinta em trinta minutos, a mulher da companhia me disse que so tinha vaga no onibus das tres horas. Sinceramente, por maior que fosse a procura, ainda mais por causa do problema na linha ferroviaria, achei a informaçao bastante estranha. Tentei falar com outras pessoas, mas nao consegui nada. Para sair de Florença às tres, achei que nao valia a pena. No meio dessa confusao toda ainda me surge uma manifestaçao dos professores por melhores condiçoes de trabalho nas escolas italianos. Ave...

Revolvi entao fui conhecer os lugares que eu ainda nao tinha ido em Florença mesmo. Basicamente os que ficavam depois do Rio Arno, que cruza a cidade. Fui à Plaza Michelangelo, onde se tem a vista mais bonita da cidade, e no Monastério San Miniato de Monte.
Legenda: Vista da cidade de Florença. Os principais destaques, da direita para a esquerda: o Duomo de Santa Maria del Fiori, de 1359, quarta maior igreja da Europa e até hoje o prédio mais alto da cidade, o Palazzo Vecchio, de 1322, usado para reunioes dos cidadaos da cidade, e Ponte Vecchio, de 1345, unica ponte da cidade que resistiu aos bombardeios da Segunda Guerra.

No almoço, tem umas casas em que voce pode comer algo simples, como um pao toscano com algum caldo dentro, hoje por exemplo comi com picadinho de tripa, que sai por cindo euros. O legal é que mais um euro ou no maximo um e cinquenta centavos, voce pode tomar vinho da casa a vontade. Fica uma refeiçao barata e consistente. Tem um nome especifico qu eme falaram, mas eu perdi minha anotaçao. Depois tento descobrir de novo.

Apos dois dias em Florença, gostei bastante da cidade. Muita cultura, bastante gente jovem e muito movimentada. Algumas coisas me chamaram a atençao tambem como habito de tomar sorvete apesar dos 10 graus. Italiano realmente adora sorvete. Sobre aquela velha discussao, bastante estupida por sinal, sobre se a pizza de Sao Paulo é melhor do que a da Italia, eu nao sei qual é melhor, mas tambem me chamou a atençao a quantidade de pizzarias. E sao boas sim.

Agora é torcer para amanha dar tudo certo e eu conseguir embarcar para Pisa. Tenho mais dois dias aqui. Na sexta tentarei fazer uma apanhado de Siena com San Gimignano. Mas tudo dentro d eum tempo elgal, sem correr. Se nao der tempo para ver tudo, paciencia. Prefiro ver pouco, mas ver bem. Recebi varias sugestoes otimas sobre a regiao tanto aqui quanto por e-mail da galera que esta acompanhando o blog e pelo o que vi no mapa a Toscana realmente merece uma atençao especial em uma proxima viagem. Porem, desta vez vai ficar nisso mesmo, o que convenhamos, ja esta sendo muito legal.

Ps: Minhas amigas australianas chegaram agora e me disseram que conseguiram pegar um trem para Pisa uma e meia da tarde. Paciencia... Fui eu que nao quis espera-las de manha...

26 de jan. de 2010

Gelato

Acordei hoje por volta das oito e meia, tomei cafe e sai para rua umas nove e meia. O tempo em Fireze esta fechado e fazendo bastante frio. De vez em quando bate um vento que parece que vai cortar o rosto.

Fiz o passeio tradicional. Duomo, Galeria Academia, Galeria Ufizzi e Canto Medici. Deu para ver bastante coisa e bater um papo legal com caras como Michelangelo, Da Vinci, Tiziano e por ai vai. Pintaram umas coisas interessantes esses rapazes.

O dia acabou redendo bastante. No final tarde voltei para o albergue, ja que nao aguentava mais o frio, para tomar um vinho. Aqui rola tipo vinho das seis horas. Acho que vai ser uma boa oportunidade para conhecer uma galera tambem, vamos ver...

Amanha, a ideia e ir a Pisa. Vamos torcer para o tempo melhorar.

25 de jan. de 2010

Cannes e chegada à Italia

Bem, vamos resumir os ultimos dois dias neste post com a viagem à Cannes, quando ainda estava em Nice, e a chegada à Italia, tao aguardada.

No domingo acordei por volta das nove e meia. Banho, café e fui à rodoviaria pegar o onibus para Cannes. Aqui vai uma sugestao: se estiver em Nice, ao contrario de Monaco, para ir à Cannes vale mais a pena ir de trem. A viagem de onibus é longa (uma hora e pouco), tem muitas paradas e é um pouco cansativa.

No meio do caminho, naquela de ir atras da boiada, desci no lugar errado, em uma cidadezinha chamada Antigues. Na hora fiquei um um pouco puto, mas depois achei que poderia ser uma oportunidade de conhecer um lugar diferente e fui explorar.

Cheguei ao centro comercial, onde fica um tipo de mercado municipal. Resolvi comer um panini em um barraca. Vendo minha dificuldade em fazer o pedido em frances, o dono do lugar me perguntou se eu era italiano (na França, todo mundo achava que era italiano. Parece que o motivo é meu nariz, digamos, avantajado). Disse que nao e expliquei que era do Brasil. No final das contas, o cara era italiano, de Milao. Ai eu disse que a familia no meu vo é de Pisa. "Pisa?! Fiz treinamento para paquedista do exercito em Pisa! O lugar é lindo!". Ai contei que estava viajando pela Europa e que iria à Italia pela primeira vez. Entao ele resolveu adicionar no meu simples panini de queijo, presunto e tomate, um funghi que, segundo ele, so existe na Toscana, regiao a qual Pisa pertence. Realmente muito bom e sem adicionar nada ao preço, o que sempre deixa o gosto melhor ainda.

Depois desta "voltinha", resolvi voltar ao roteiro original. Peguei o onibus para Cannes. A cidade nao é bonita, mas tem seu charme. Nao tem muita coisa para ver. No centro de informaçoes turisticas tem um mapa que te guia por um caminho, que a pé tem duraçao de duas horas, pelo qual voce conhece as principais atraçoes. Achei que valeu a pena seguir. Voltei para Nice no final da tarde, sai para jantar, e ao retornar ao hotel bati um papo com Jean Charles, da recepçao. Ele é imigrante da Republica Centro-Africana, que como o nome diz, fica no centro da Africa mesmo. Ele veio apra Nice quando jovem, conseguiu fazer faculdade, mas na crise mundial do ano passado perdeu seu emprego em uma empresa grande da regiao e esta trabalhando como temporario no hotel. Ele queria saber mais sobre o Lula e o que ele estava fazendo de tao bom para o Brasil ser o que é hoje. Bem, dei uma pincelada na historia recente brasileira para ele para, digamos, colocar uns pingos nos i's. Na França realmente existe um interesse muito grande pelo nosso presidente, ate pela crise em que eles estao com o deles. O Sarkozy definitavemente esta com sua popularidade em baixa e as capas das revistas deste tempo em que estive no paìs so falam dos seus casos amorosos, sempre com um certo veneno. Depois de um tempo subi para o quarto, tomei os ultimos goles de uma garrafa de vinho que comprei no primeiro dia e apaguei.
Legenda: Final de tarde na praia de Cannes

Acordei nesta segunda-feira por volta das sete e meia. Banho, café da manha, resolvi uns probleminhas que tive com o pagamento do hotel e fui para estaçao com destino a Florença, Italia. Peguei um trem destes locais, de dois andares que tem em varias cidades europeias, as nove e meia, para a cidade italiana de Ventimiglia, minha primeira baldiaçao. Apos um hora, cheguei, e como tinha quarenta minutos entre um trem e outro e resolvi dar uma volta para, pela primeira vez na vida, pisar em solo italiano, algo muito esperado por mim e por muitas vezes adiado. Ventimiglia é uma cidade pequena, mas por ser a primeira apos a fronteira com a França, tem uma estaçao relativamente importante, pois distribui os trens para as varias regioes do pais.
Legenda: Ventimiglia, primeira visao da Italia

O segundo trem era para Milao. Um viagem mais longa, de quatro horas, em um trem daqueles de cabines de seis lugares, mas lento... quase parando... Boa parte desta viagem é feita na costa, até Genova. Por causa das montanhas, o trem passa por longos tuneis, e foi na saida de um destes que tive uma grata supresa: estava nevando em Genova. A cidade estava toda branca e no caminho ate Milao chegamos a passar por momentos em que a neve ainda caia. Realmente é uma visao bem bonita. Faltando meia hora para chegar ao destino, a neve desapareceu da paisagem.
Legenda: Neve em Genova

Cheguei em Milao por volta das tres da tarde e tinha mais uma hora meia para o trem que me levaria à Florença. Apesar do tempo folgado, a estaçao de trem de Milao nao fica muito perto das atraçoes mais importantes da cidade. Alem disso, estava bem frio para ficar andando na rua. Entao atravessei a praça so para ter a sensaçao de ter estado em Milao e fui comer algo.

De Milao para Florença é um tiro. Trem de alta velocidade, confortavel, que mesmo com uma parada em Bologna, fez o meu percurso em menos de duas horas. Olhe no mapa para ver que é um distancia consideravel. Enquanto eu desci ali, ele seguiria ainda para Roma e Napoles.

Na estaçao peguei um mapa no Centro de Informaçoes Turisticas (que por sinal aqui é pago) e fui em direçao ao albergue. Uma caminhada de cinco minutos. O albergue fica do lado do Duomo, na regiao central da cidade, facil de encontrar.

Porem, em um primeiro momento, um susto. Quando cheguei ao endereço do hostel, nao existia nada. Confiri um milhao de vezes. Nao acreditava na situaçao. Via Ricasoli, 9. Eu estava de frente para o numero 9, mas nao existia nada, apenas um porta de madeira lacrada. Comecei a olhar para os lados e percebi que existiam duas numeraçoes na rua. Segui a segunda e encontrei o albergue. A explicaçao que me deram é que com o tempo mudaram a maneira de numerar as residencias desta regiao central, mas nao tiraram os numeros antigos. Entao para eu sempre procurar numeros azuis e nao confiar nos brancos.

Bem, o albergue parece ser bom. Tem potencial para ser o melhor ate agora, vamos ver... Mas tem que ser mesmo, pois é bem mais caro que os outros. Mas acho que vai valer a pena. O pessoal que me atendeu foi super legal e ja me passaram varias dicas sobre lugares para comer e passeios. A recepcionista do horario, Rosa, sabia falar um pouco de portugues. Perguntei se iam muitos brasileiros ao hostel e ela disse que na verdade é por causa dos brasileiros que moram na cidade. Aparentemente Florença é uma das cidades da Italia que tem mais brasileiros e por isso o povo da regiao acostumou.

Bem amanha vou conhecer esta cidade que tem dois mil anos e uma importancia politica e cultural gigantesca. Agora, vinho para dormir bem... Boa noite.

Obs: nunca é demais lembrar que o erros de acentuaçao e digitaçao sao por causa dos teclados que encontro em cada lugar. Nao vou ficar configurando para o portugues toda vez que sentar em um novo computador.

23 de jan. de 2010

Mônaco

Hoje acordei às nove horas, tomei um banho, café, e fui para estação de ônibus para ir à Mônaco.

Para chegar à Monte Carlo de Nice é muito facil. Pode-se ir de trêm ou ônibus. Me indicaram ir pela segunda opção por ser mais barato e mais bonito. Saem ônibus a cada 15 minutos, o dia inteiro, e à noite e de madrugada à cada 25. A passagem custa 1 euro. So para efeito de comparação, o ônibus urbano de São Paulo custa 2,70 reais.

A saida é da estação de Nice e o ponto final em Menton, cidade um pouco depois de Mônaco.

Desci exatamente onde seria a reta dos boxes do circuito de Formula 1. Fiquei impressionado com o pequeno espaço de tudo. Como eles fazem para colocar aquela estrutura toda ali eu não sei. Bom, obviamente que minha primeira reação foi caminhar pelo traçado da corrida. Tirei foto de todas as curvas e me peguei em varios momentos as estudando e lembrando de momentos historicos. Especialmente aquele GP de historico de 84, em que Ayrton Senna surgiu para o mundo.

Durante o trajeto conheci o famoso Cassino, o Hotel Paris e a marina. Depois sai um pouco da regiao da Formula 1 e passei pelo Palacio Real, da Catedral e os famosos jardins do principe Rainier.

Voltei ao porto e tomei um café (absurdos 2 euros por um expresso!!) entre loiras de calça de couro e italianos milionarios (so tem italiano aqui).

No final me bateu aquela impressao que se Mônaco nao fosse Mônaco, seria o lugar mais idiota do mundo para visitar. "Venha ver como somos ricos, andamos de Ferrari em ruas que so cabem um Mini, temos barcos maiores que nossos apartamentos e temos namorada loiras de 1,80 m que não ligam para nossas crises dos 50 anos." Esse deveria ser o slogan da cidade.

So que Mônaco é Mônaco e com certeza foi um dos lugares que mais gostei de conhecer na vida. Assisto corridas de Formula 1 desde que nasci (segundo minha mãe, antes até) e sempre vi esse lugar como algo fora do meu alcance. Bem, alcancei. A vida segue. Amanhã, Cannes.

22 de jan. de 2010

Nice - Que lugar!!

Bom gente, prestem atençao que este é o terceiro post de hoje. Muitas aventuras. O teclado é horrivel e nao tem todos os acentos do portugues, entao compreendam as dificuldades tecnicas, por favor.

Acordei bem mais tarde do que pretendia. Talvez por estar muito cansado da viagem no dia anterior. Nem ouvi o despertador. Levantei umas dez e meia. Tomei um banho, peguei um mapa na recepçao do hotel, perguntei por algumas coisas e fui para rua, ainda sem noçao nenhuma de o que eu teria pela frente ali.

A primeira coisa a fazer era ir à estaçao de trem ver minha passagem para Florença. O hotel é a tres quadras da estaçao. Perguntei na bilheteria e me deram uma opçao bastante diferente do que eu tinha visto na internet, que passava por Milao. Perguntei pelo caminho que tinha visto e a mulher me mostrou que indo por Milao eu faria uma baldiaçao a menos (duas), que pegaria trens melhores e o preço era o mesmo. Que bom, vamos assim entao.

Sai e comecei a andar meio sem rumo. Tomei um café e comi um panini e resolvi andar perto do mar. Foi quando tive uma das mais lindas visoes desta viagem. Nice é lindo. O mar tem uma cor que so tinha visto em quadros de Salvador Dali. A praia é de pedras, mas muito charmosa.

O céu estava lindo, sem uma nuvem e, apesar dos 13 graus, muitas pessoas estavam pegando sol. Por toda orla existem varios bares e restaurantes que te antendem na praia. No verao isso aqui deve ser muito bom.

Passei bastante pela regiao da praia e depois fui conhecer uns calçadoes aue tem muitos bares e padarias. Passei pela praça de Garibaldi e subi um morro no final da praia.

No final das contas, a minha impressao de Nice é: "esqueçam Paris, o bom da França esta aqui"!

Viagem Barcelona-Nice

A viagem de Barcelona para Nice foi bastante conturbada. Para começar, o horario de onibus que eu vi do Brasil nao existia. Como nao valia a pena ir de trem (teria que rodar meia Franca, de madrugada, com tres conexoes), fui de onibus mesmo, em um horario horrivel, em que eu chegaria às duas da manha. Avisei o hotel que anteciparia a chegada e "vamo que vamo".

Peguei o onibus às 15h50 em Barcelona. Horrivel. A cadeira nao reclinava e era tudo muito apertado. A sorte é que estava vazio, so uns dez passageiros. Li um pouco e quando a noite caiu descobri que nao tinha iluminacao interna. Ou seja, guarda o livro. Comecei a reparar na estrada, o céu estava bem aberto e com muitas estrelas. De vez em quando passavamos perto de um castelo. Depois de um tempo peguei no sono.

Acordei com cara iluminando meu rosto com uma lanterna e falando frances. Era policial. Institivamente entreguei meu passaporte. Ele pegou, olhou e perguntou se eu falava frances. Disse que nao. Ele pediu para eu descer do onibus para mostrar minha bagagem. Sai abri minha mala para ele. Ele tirou praticamente tudo de dentro e depois falou que estava tudo bem e que eu poderia guardar minhas coisas. Enquanto eu reorganizava a mochila, os outros passageiros estrangeiros passaram pelo mesmo procedimento. Tudo na boa. No fundo, os policiais estavem tratando todos com respeito.

Depois de toda a revista percebi que havia uma agitaçao entre os tres motoristas. Ja estavamos hà quase uma hora parados. Me aproximei para tentar descobrir o que acontecia. O onibus simplesmente nao tinha autorizaçao para transportar passageiros entre paises da Uniao Europeia. Voltei para o meu lugar dando risada. Esperamos mais uma hora e a companhia enviou por fax o documento. Seguimos viagem.

Quando paramos em Marseille, subiu uma nova turma. Uma menina, de uns vinte anos falou algo comigo e eu respondi que nao falava frances (é a unica coisa que consegui aprender até hoje). Ela perguntou de onde eu era e respondi que era brasileiro. Para minha surpresa a menina começou a falar portugues.

Claire é de Paris e aprendeu portugues durante um intercambio em Dublin em que fez muitos amigos brasileiros, principalmente de Porto Alegre, inclusive seu namorado. Ficamos conversando por um bom tempo.

Cheguei em Nice por volta das quatro da manha. A rodoviaria estava fechada e o onibus me deixou na rua. Nao tinha uma alma viva na rua. Eu tinha o endereço do hotel e um mapinha do google maps que imprimi em Barcelona (sabia que chegar à essa hora poderia ser problema). Estava cansado. Com preguiça de ir à qualauer lugar. Sentei por um segundo na sargeta para pensar. Entao passou um taxi. Me joguei na frente. Fui para o hotel. Enfim, cama...

Despedida de Barcelona

Ja era por volta da meia noite e eu estava na sala comum do hostel. Sozinho. A maioria dos hospedes qua passaram a semana la ja tinham ido embora. Minha ultima noite em Barcelona... Eu estava fazendo algumas contas. As financas da viagem estao meio estouradas e eu ainda estou no comeco. Nao estava aguentando ficar ali. Fiz uma busca rapida na internet e achei um rock bar no Bairro Gotico. Era o que eu estava precisando. Uma cerveja, ouvir um som, mesmo que fosse sozinho. Anotei o endereco, tomei um banho rapido e sai.

Foi um pouco dificil encontrar o lugar. Manchester Bar. O bairro gotico é cheio de becos complicados. Achei e entrei. Era um bar pequeno, bem rock, que faz estilo meio boteco sujo, co, uma penumbra em vermelho. Sentei na unica cadeira livre no balcao e pedi uma cerveja. Logo percebi que apesar de escondido e propositalmente sem o glamour das baladas de Barcelona, muitos turistas estavam ali. Realmente era um lugar agradavel. Conversei um pouco com o barman e uma menina que estava sentada do meu lado, também sozinha, mas que parecia ser amiga dos caras do bar. Ela me disse que seu nome era Su. Ela é de Barcelona, mas cresceu no Chile. Tivemos um papo sobre cultura, politica, falei sobre a minha viagem e tal. Foi legal.

Em dez dias de Europa ja conheci uma imensidade de pessoas e tive conversas muito legais mesmo. Talvez seja porque esteja sozinho e tal, mas esta valendo muito a pena essa experiencia nao so para conhecer lugares, mas também para libertar a mente da rotina da vida, para libertar a cabeca de pré-conceitos e paradigmas que nos sao impostos desde criancas, quando temos que ser os melhores da classe ou do futebol e por ai vamos. O mundo e suas pessoas tem muito a que nos ensinar.

Pois é. Foi uma boa caminhada de volta ao hostel. Essa foi a minha noite de quarta-feira. Como foi a sua?

20 de jan. de 2010

Valeu a pena esperar

Bem, depois de cancelar por duas vezes a ida à Montserrat por causa do tempo, hoje, no meu último dia em Barcelona, finalmente fiz o passeio. E valeu a pena esperar. O clima esteve bem melhor hoje. Acho que foi o melhor dia desde minha chegada aqui.

O lugar realmente é lindo. Tudo gira em torno do Monastério, fundado por volta do ano 1000, que fica encravado em meio as montanhas da regiao. Além da linda vista, a visita à abadia é muito legal, onde podemos ver a imagem de Nossa Senhora de Montserrat, apelidada de Morena da Serra, por ser negra.
Legenda: Monastério de Montserrat

Também existe um museu com obras de vários estilos, desde 1500 aos modernistas do século XX como Dalí e Picasso. O passeio é realmente interessante. Para chegar, uma hora e pouco de trem até uma vila no pé da montanha e depois mais uns 15 minutos subindo de cremallera (nao sei o nome deste veículo em português. Se alguém souber, por favor deixe dos comentários). Recomendo para quem vier à Barcelona.
Legenda: Vista do alto da montanha

Amanha pego meu ônibus rumo à Nice, às 15h30. Foi bom ter vindo à Barcelona mais uma vez e poder conhecer melhor a cidade, já que na minha primeira passagem fiquei só por um dia e meio. É uma cidade bem legal, com muitas atividades. Talvez eu poderia ter ficado um dia a menos, mas nao vejo como desperdício. O Albergue em que fiquei hospedado, o Albareda, também é muito bom. Bem localizado, limpo, organizado e tem um staff legal. Agora é seguir viagem.

19 de jan. de 2010

Um pouco de automobilismo...

Já que o relato do dia de hoje foi curto, vou aproveitar para voltar um pouco ao que sempre foi o assunto principal deste blog: automobilismo.

Hoje a Sauber anunciou a contrataçao do espanhol Pedro de la Rosa para a sua segunda vaga. Ele será companheiro de Kamui Kobayashi, japonês que chamou a atençao de todos nas duas corridas que fez pela Toyota, substituindo Timo Glock, no final da última temporada.

Com isso, a Sauber aposta em uma promessa e em um piloto experiente, uma velha fórmula da categoria. De la Rosa vem de sete anos como piloto de testes da McLaren. Pode trazer informaçoes importantes para o time, que com a saída da BMW tenta se reestruturar para sobreviver. É um bom piloto, nenhum gênio, mas fez boas corridas quando titular. Se consiguir entrar em ritmo de corrida rápido (sua última foi em 2006, quando substituiu Juan Pablo Montoya, que se despedia da categoria para ir para a NASCAR) pode ajudar. Li em algum lugar que ele pde estar trazendo algum dinheiro da empresa petrolífera espanhola Repsol, mas nao é uma informaçao confirmada.

Até o momento nao se tem a confirmaçao de qual motor o time irá utilizar. Lembrando que os primeiros testes de pré-temporada começam dia 1º de fevereiro, no autódromo de Valência.

Agora, faltam uma vaga na Renault, na Campos, na Toro Rosso (que parece que vai ser do Alguersuari mesmo) e as duas da USF1.

Outro boato que corre é sobre a condiçao financeira da Campos, de Bruno Senna. Os rumores sao de que o time pode nem conseguir estrear. Mesmo que consiga largar no Bahrain, primeira etapa no dia 14 de março, as chances de nao completar o mundial sao grandes, a nao ser que consiga um bom patrocinador.

Enquanto isso as grandes equipes, com seus pilotos já confirmados, continuam quietas, apenas aguardando o começo da pré-temporada para colocarem seus carros na pista. O lançamentos dos novos bólidos estao concentrados entre os dias 25 de janeiro e 1º de fevereiro.

Dia calmo e muito frio

O frio bateu forte aqui em Barcelona hoje. Foi difícil sair da cama, ainda mais depois de mais uma noite fora.

Acabei desistindo mais uma vez de ir à Mountserrat. Pela última vez. Amanha é meu último dia aqui e vou de qualquer jeito (sei que já falei isso antes, mas agora é verdade).

O passeio hoje foi nos parques da cidade, o Mount Juic, onde ficam as instalaçoes utilizadas nas Olimpíadas de 92, inclusive o Estádio Olímpico, e o Park Guell. Ambos sao lugares altos e tem uma vista bem geral da cidade. Uma pena que a névoa atrapalhou um pouco. O que mais me chamou a antençao foi como a Sagrada Família se destaca. Impressionante como de perto nao temos a noçao de sua monstruosidade.

Hoje a noite vou ficar quieto no albergue. Primeiro para conseguir acordar cedo na boa amanha para ir à Mountserrat e segundo para economizar um pouco. Essas baladas de Barcelona furaram um pouco o meu orçamento.

18 de jan. de 2010

Tempo feio e plano abortado

Como eu disse para vocês ontem, o plano de hoje era acordar e ir para Mountserrat. Mas levantei por volta das nove horas e estava chovendo consideravelmente. Resolvi esperar mais um pouco e a chuva continuou. Quando era umas dez e pouco, desisti da viagem, já que fico em Barcelona até dia 21 entao posso ir amanha ou depois. Fiquei mais um tempo no albergue e saí somente por volta do meio dia, quando a chuva se tornou um garoa.

Resolvi fazer uma passeio meio básico. Foi um dia de muita caminhada. Fui à casa Bartló, a La Pedreira e na Sagrada Família, todas obras de Gaudí, que eu já conhecia da outra vez que vim à Basrcelona, mas acho que vale bater o ponto. Nao entrei em nenhuma delas porque achei caro e já tinha feito a visita da outra vez.

Depois foi um belo passeio pela Ciudadela, Bairro Gótico, Las Ramblas e regiao, parando em vários monumentos interessantes.

No almoço fui ao Mercado La Boqueria, nas Las Ramblas. É uma delìcia. Vale mesmo que seja só para visitar as barracas de frutas, doces e peixes. Comi um peixe espada, cerveja e um café no final e gastei nove euros. Foi mais caro do que eu tenho gasto normalmente, mas valeu a pena. Na verdade, acho que foi a minha primeira refeiçao de verdade, sem ser sanduíche, desde que cheguei à Europa.

Depois fiquei na rua até umas nove da noite passeando pela regiao central. Parei para tomar mais umas duas cervejas e agora estou no hostel. Como nao saí ontem, talvez eu vá fazer algo hoje. As brasileiras do hostel, que saíram comigo no primeiro dia em Barcelona, já foram embora, mas vou ver se arrumo outra companhia.

Independente da chuva, hoje foi um dos dias mais frios que peguei desde que cheguei. Segundo a previsao, amanha nao deve melhorar, mas pode sair o sol. Para mim ja está ótimo. Devo tentar ir à Mountserrat de qualquer maneira. Vamos ver.

Fotos

Bem galera, aproveitando que hoje o computador do hostel está menos concorrido, vou publicar algumas fotos. Clique na foto para ampliar.

Lisboa

Calçadao da Rua Augusta, no centro da cidade:


Torre de Belém:


Monumento "Padrao dos Descobrimentos", com Infante Dom Henrique à frente:


Valência

Cidade das Artes e da Ciência:


Pôr do sol na praça da prefeitura:


Torre de guarda da cidade:


Viagem de trêm Valência-Barcelona:


Depois eu coloco alguma coisa legal de Barcelona. Daqui a pouco eu volto com o relato do dia.

17 de jan. de 2010

Despedida de Valência e chegada à Barcelona

Olá meus caro(a)s leitores. Chega mais um boletim das loucas aventuras de Lucas na Europa.

Na sexta-feira era a minha última noite em Valência. Quando cheguei ao quarto, após ter ficado um tempo na internet da sala comum do hostel, conheci dois irmaos americanos que iamm ficar lá aquela noite. Os caras estao viajando pela Espanha e viam de Barcelona. Estavam loucos para continuar a bagunça, como todo americano adora. Eu também fiquei contente por ter uma companhia para conhecer a noite valenciana, já que na noite anterior tinha ficado quieto.

Quando estávamos conversando na sala comum, antes de sair, um finladês se juntou a nós e o papo ficou bem engraçado. Aprendemos bastante sobre a cultura de cada um e fomos para o bar. Foi uma noite bastante divertida até que, como em Lisboa, fomos expulsos às duas da manha pelo dono do estabelecimento dizendo que tinha chegado a hora de fechar.

No dia seguinte acordei sem pressa, pois os últimos passeios que ainda nao tinha feito eram bem próximos do albergue. O saldo final de Valência foi mais que bom. É uma cidade que com certeza tentarei voltar um dia. Tem mais de dois mil anos de história e soube preservar isso em suas ruas, edifícios e monumentos, assim como harmoniosamente misturar com uma arquitetura nova, de linhas arrojadas e soluçoes urbanísticas moderníssimas.

Antes de ir embora troquei contatos com os irmaos americanos, que juraram que irao para o Brasil nas férias de verao em julho. Normalmente eu nao levo à sério essas promessas, mas no caso desses caras, nao duvido deles baterem na porta de casa no meio do ano.

Por volta das duas da tarde eu estava embarcando no meu trêm para Barcelona. Por motivos óbvios, tirei uma soneca no caminho, mas a viagem foi muito legal. O trajeto todo é feito à beira do mar, passando por várias ruínas que me pareceram serem dos tempos da invasao romana na península Ibérica. Várias imagens lindas.

Cheguei em Barcelona por voltas das seis da tarde e fui direto para o albergue. Assim como em Lisboa (Rossio) e de Valência (Hôme), a escolha do Albareda me pareceu ter sido uma boa. Mais um indicaçao do meu irmao. Tudo limpo, extremamente organizado e um staff ótimo e muito atencioso.

Depois de fazer o check in fui comer algo (bocadillo de jamon com queijo brie...) e passear nas Ramblas, que sao próximas do hostel. Mas nao podia enrolar muito porque tinha ingresso para a partida do Barcelona contra o Sevilla, às 10 horas, no Camp Nou.

Foi um experiência muito legal. Na verdade o jogo mesmo foi bem fraco, mas assistir a uma partida no Camp Nou, do Barcelona, ter a oportunidade de ver como a torcida se comporta dentro e fora do estádio e como é a organizaçao europeia foi ótimo. Foi uma pena que choveu durante toda a partida. A história do lugar marcada facilita muito para as pessoas entraram no estádio, mas no final todo mundo volta expremido no metrô, assim como na Estaçao das Clínicas após um jogo do Corinthians no Pacaembu. Alguns torcedores até tentam empurrar a equipe drante o jogo com gritos de "Barça", mas a eletricidade nao chega nem perto de uma jogo no Brasil. Barça venceu por quatro a zero, com dois gols do Messi.

Cheguei de volta ao hostel um pouco antes d auma da manha. Conheci o pessoal que está no meu quarto: três australianos e dois turcos. Perguntei se eles nao animavam de sair, mas ninguem se prontificou. Eu realmente nao estava afim de ir para a cama e desci para a sala comum para ver o que estava rolando. Alguns japoneses no computador, uma galera falando inglês que nao sei se eram ingleses ou australianos vendo televisao. Todo mundo meio desanimado. Eu nao estava entendendo nada. Barcelona, pô!

Comecei a conversar com o cara da recepçao, uma verdadeira figura daquelas que vao ficar marcadas até o fim da viagem. Ja pensava em deisistir (também nao tava afim de sair sozinho) quando chegou uma menina perguntando, em espanhol, o caminho para uma balada. Ele explicou e ao final completou. "Ele também é brasileiro". Pronto. Impressionante como tem brasileiro viajando pela Europa. Acho que já disse isso em outro post, mas é verdade. Ela é uma campineira, super simpática, que estava saindo com duas irmas gêmeas cariocas. Elas me perguntaram se eu queria ir e eu topei na hora. Apesar de ter gasto um pouco mais do que eu estava querendo, foi bem divertido.

Na volta, pelas oito horas, foi o tempo de tomar café da manha, banho e sair para a rua. Sabia que se deitasse a cabeça no travesseiro, nao acordava mais. Revolvi minha viagem para o próximo destino, Nice, daqui a quatro dias, de ônibus, e fui passear pelo Bairro Gótico, ver algumas coisas que nao tinha visto na minha rápida primeira passagem pela cidade. Aliás, Barcelona é o único lugar do roteiro que já tinha visitado antes. Mas na outra vez, em 2003, foi tao rápido, coisa de um dia e meio, que ficou muita coisa para trás.

Amanha a ideia é acordar e ir para o Monastério de Montserrat, que fica mais ou menos a uma hora de Barcelona. É daqueles lugares que a gente vê tipo no Discovery um dia desses e pensa: "Quando puder, eu vou lá". Bem, estou indo.

15 de jan. de 2010

Valência - E o sol apareceu…

Depois de dois dias de chuva em Lisboa e uma tarde nublada em Valência, finalmente vi o sol hoje. O dia foi todo sem uma sequer nuvem no cèu. Apenas aquela imensidao de azul com o sol nos limunando, sem vento, e uma temperatura de 15 graus. Na sombra atè ficava friozinho, mas sob o calor da luz estava uma delìcia.

Isso ajudou muito nos passeios de hoje, que eram lugares longe do centro. Acordei um pouco mais tarde, por volta das nove e meia. Tomei banho, café e fui andando em direçao à Cidade das Artes e da Ciência. O bom de ir andando é vou vendo mais da cidade, mesmo em lugares que nao tem pontos turísticos.

O parque que engloba a Cidade das Artes e da Ciência é realmente um lugar lindo. Uma imensa imensa área verde e pública que termina com um conjunto de construçoes modernas projetadas pelo arquiteto local Santiago Calatrava. Fazem parte um espaço para concertos e shows, plantas, um museu da ciencia, um cinema e um ocenário imenso. Sao todos muitos lindos, recomendo quem vier à Valência visita-los, porém, as atraçoes sao questionáveis e bastante caras. Tudo na base dos 7 euros e o oceanário absurdos 24 euros. Entrei no Museu da Ciência e no Oceanário. É tudo realmente muito bem feito, mas acredito que é mais uma pegadinha para turista mesmo. Vale mesmo só para quem estiver viajando com crianzas, que ficam encantadas com as atraçoes.

Depois fui andando até o porto de Valência. Uma caminhada consideravel para chegar onde è disputado o GP da Europa de Fórmula 1. Achei que eu seria o único andando na regiao com esse intuito, mas muitos mochileiros, especialmente ingleses, estavam por ali também discutindo por onde a pista passa, como foi a última corrida e tal. Na regiao do porto também será disputada este ano mais uma ediçao da America’s Cup, uma das competiçoes mais tradicionais de vela do mundo. Normalmente, o país do barco campeao que recebe o torneio, mas como nas últimas duas vezes foi um barco suiço, o Alinghi, que venceu, eles escolheram disputar o tìtulo aquí.

A estrutura da campeonato já está sendo montada e fiquei abismado com o tamanho dos espaços de cada equipe, onde cada uma fará a montagem dos seus barcos e também a parte de marketing, assim como os motorhomes da Fórmula 1.

Ali do lado fica uma das muitas praias de Valencia. Fui dar uma volta para conhecer. É uma praia urbana, que nao dá para comparar com as brasileiras, mas simpática. Especialmente pela avenidinha beira-mar com calçadao, ciclovia e uma imensidade de bares e restaurantes por toda a orla. As contruçoes nao passam de dois andares e a maioria é térrea mesmo. Tudo muito bonitinho, arrumadinho e caro.

Já era final de tarde e resolvi voltar para o centro de metrô, porque já tinha andando uns bons quilômetros hoje e as pernas já estavam reclamando. A linha que passa nesta regiao parece mais um bonde. É de superficie, nao tem catracas e é meio desconectada do resto da malha. Para chegar ao centro eu tinha que descer no seu final e trocar por um trêm subterrâneo.

Por ser meio que secundária, o trêm demorou quase vinte minutos para chegar e neste meio tempo conheci Dan, inglês, e Caterina, eslovaca, um casal, ambos na casa de uns 30 anos, que veio à Valência velejando e estavam indo para o aeroporto. Eles estavam meio perdidos e vieram pedir informaçao achando que eu era espanhol. De qualquer maneira, acho que consegui ajudá-los. Entre esperar o metrô e depois até chegar à minha estaçao, conversamos por quase meia hora. Falamos um pouco de futebol e quando expliquei para o cara que estava viajando pela Europa, sozinho, por 50 dias, ele pirou. “Todo mundo deveria fazer isso uma vez na vida!”, disse ele.

Antes de nos despedirmos, trocamos contatos e ele me disse que caso fosse a Londres para eu ligar que poderia ficar na casa dele e tal ou para pelo menos irmos a um jogo do Arsenal juntos. Fiz o mesmo convite, claro, e desci.

Amanha pego meu trêm para Barcelona no começo da tarde. Devo chegar umas seis da tarde, e a noite sigo para o Camp Nou onde irei asistir Barcelona e Sevilla. Nao sei se a partida vai passar no Brasil, mas ela acontece às 19 horas de Brasilia. Será uma experiencia bem legal.

14 de jan. de 2010

Despedida de Lisboa e chegada à Valência

Começando transmissao de mais um boletim da minha aventura europeia, agora, direto de Valência, na Espanha.

Primeiro, gostaria de avisar os navegantes que alguns erros de digitaçao irao acontecer nos próximos posts e vao se tornar cada vez mais comuns. Quem já veio à Europa sabe que a configuraçao dos teclados é bem diferente da nossa. Aqui em Valência, por exemplo, nao tem til e eu nao to afim de ficar alterando para depois ter que lembrar de voltar. Espero que compreendam.

Bem, antes de falar sobre a chegada à Valência quero contar um pouco da última noite em Lisboa. Depois que atualizei o blog, mandei alguns e-mails e me informei do que está acontecendo no mundo (e esse terromoto no Haiti, hein? Que tragédia...), fiquei na sala comum do albergue lendo um pouco e esperando ver o que acontecia por ali. Logo chegaram o Henrique, brasileiro de Ribeirao Preto que estava ficando no meu quarto, e a Maria, a sueca que também estava conosco. A irma do Henrique estava se sentindo bem mal e o pessoal do Hostel mudou ela para um quarto privativo para os outros hóspedes do quarto (no caso, nós) ficarem desconfortáveis dormindo com uma pessoa doente. Achei um atitude legal. Aliàs, elogiei tanto o hostel e até agora nao dei o nome. É Rossio Hostel, que fica na calçada do Carmo. Dà para encontrar fàcil no Hostelworld.com.

Bem, ficamos conversando na sala do albergue entao. Henrique nos contou parte de sua viagem sensacional, em que passou pelo Marrocos e ficou em um algergue dentro de Medina. Experiência bem legal.

Depois de um tempo chegaram o Pedro e a Fernanda, outra brasileira que estava ficando no albergue (como tem brasileiro viajando! Impressionante!). Trocamos vàrias experiências. Na verdade, eu era o ùnico em inìcio de viagem, entao foi bom para pegar umas dicas, principalmente de hostels.

Quando deu mais ou menos meia noite, eu e o Pedro resolvemos dar uma volta e conhecermos o Bairro Alto, que tanto nos falaram. Estava uma noite até que agradável, sem chuva e um friozinho bem tranquilo.

O bairro me lembrou Ouro Preto, com ruas bem estreitas, de paralelepìpedo, e calçadas de no máximo meio metro. Tem vários bares espalhados, todos pequenos. Encostamos em um que estava rolando um som ao vivo muito bom. O bar tinha uns cinco metros de largura por uns 15 de comprimento, no máximo. O balcao ocupava uma àrea disso ainda. A banda, formada por um baterista, um guitarrista e um vocalista com um violao ficava bem no meio. Para cegar no balcao para pedir algo tinha que pedir licensa para o guitarrista, no meio do solo do cara. A cerveja era Sagres, o que dá no mesmo de tomar um copa de água. Custava um euro e cinquenta cents. O som da banda era sensacional, foi de Beatles e Elvis até mùsica brasileira como Marisa Monte.

Estávamos bem na entrada do bar e comecei a conversar com o porteiro, uma figura ótima chamada Rui. Perguntei da banda e ele me disse algo que me impressionou. “Eu pego os mùsicos da casa na rua. Dou oportunidade para essa turma que fica tocando nas praças. Essa è a segunda vez que esses caras estao tocando juntos na vida”, falou. Na hora nao acreditei, mas depois, reparando melhor no biotipo dos três, achei bem plausìvel. O vocalista era um negro, com uma voz grave e rouca, que parecia que tinha vindo de Chicago ou coisa parecida. O guitarrista, deveria ter entre quarenta e muitos e cinquenta e poucos, parecia aqueles alemaes meio doidos, branco com o cabelo vermelho e todo estiloso para tocar. E o baterista, um baixinho troncudo, que se nao era português, era espanhol. Muito legal mesmo.

A maioria do pessoal no bar me pareceu ser de turistas jovens, que ficam nos albergues da ciade.

Pena que quando deu duas da manha, o Rui mandou a banda parar e disse aos clientes que era hora de fechar e para todos irem embora. Na Europa é assim mesmo.

Acordei hoje, tomei meu café da manha, e fui para o aeroporto, de ônibus, para pegar meu vôo para Valência. O aviao era pequeno, segundo o cartao de informaçoes, tem 20 metros de comprimento. Mas a viagem foi bem tranquila e durou exatamente uma hora. O tempo estava bom tanto em Lisboa quanto em Valência.

A chegada foi uma delìcia. O aviao cruzou duas vezes a cidade antes de aterrizar e deu para ver o autódromo, as praias (lindas, por sinal), o porto onde é realizada a corrida de Fórmula 1, o estádio do Valência e a visao aérea do centro velho, que logo me encantou. Desci bastante motivado, me informei como cegar ao hostel no balcao de informaçoes turísticas e segui rapidamente. Achei o albergue fácil. Ele está em um beco, atrás da “Lonja”, prédio que eu sei que é tombado pela UNESCO, mas que ainda vou me informar melhor o que representa. É bem no meio da “cidade velha”.

Após o check-in saí como um doido querendo conhecer a cidade. Ela é pequena, nao tem muitas atraçoes turísticas, mas é extremamente agradable. Realmente me encantou. A arquitetura vai de um medieval ao moderno, com muita tranquilidade e muitas cores. Para falar a verdade, nesta tarde na cidade praticamente já andei o centro histórico inteiro, de tao legal. O portao da cidade, dos tempos medievais, a praça da prefeitura, e o Mercado de Colombo foram os destaques. Mas legal mesmo é andar pela cidade. As pessoas me pareceram simpáticas também e bem modernas no jeito de se vestir e se portar. É uma cidade com o astral bem para cima.

Amanha, a ideia é ir à famosa Cidade das Artes e ao porto, onde acontece a Fórmula 1. Continuem acompañando e mandando dicas, sugestoes e perguntas.

13 de jan. de 2010

Dia em Lisboa

Direto de Portugal, o segundo boletim da minha saga europeia.

Hoje foi meu segundo e último dia em Lisboa. Amanhã, no final da manhã, pego um avião para Valência. Mas é bom lembrar que na volta, no fim da viagem, eu terei mais um dia inteiro na cidade antes do vôo para o Brasil.

Acordei eram oito e meia. Tomei um banho e desci para a cozinha. O hostel tem uma cozinheira que prepara café da manhã para a galera. As opções de hoje eram crepe ou ovos mechidos com torrada. Fui na segunda. Para beber tem suco de laranja, água, café e chá. Tudo incluso e muito bem arrumadinho como quase tudo no hostel.

Enquanto degustava o café conheci Pedro, um mineiro que está fazendo faculdade de economia em Roma e está aproveitando as últimas férias antes de se formar para viajar um pouco com sua mãe, que mora no Brasil. Um papo legal sobre morar na Europa e tudo mais e ainda recebi o convite para ficar na casa dele quando passar em Roma ou simplesmente a companhia para andar na cidade. Sempre bom.

Pedro ia passear com sua mãe e eu segui o meu caminho. Pedi orientações para a menina do albergue (não guardei o nome...) sobre como chegar a Belém. Tem um bonde que vai para lá que passa simplesmente na praça do hostel. Dois euros e alguma coisa para ir e voltar.

O tempo estava fechado e apesar de não chover naquele momento, era nítido que a coisa poderia mudar a qualquer momento. No caminho à Belém conheci no bonde o Sr. Carlos, que me ensinou um pouco sobre como visitar o bairro e porque Vasco da Gama é um herói nacional e Pedro Álvarez Cabral não é tão reconhecido. "Cabral simplesmente foi onde o rei mandou ele ir", explicou.

Em dois dias de Lisboa já vi a Avenida Vasco da Gama, a Ponte Vasco da Gama, a Praça Vasco da Gama, o Shopping Vasco da Gama, a Torre Vasco da Gama e por ai vai, enquanto, realmente, ainda não vi nenhuma menção a Cabral.

Bem, desci do bonde em frente ao Mosteiro dos Jeronimos, um dos pontos de visitação de Belém. Ele foi contruído por D. Manuel I para ser um mausoleu da dinastia de Avis, a segunda na história portuguesa.

Nele estão sepultados, além de vários reis e suas famílias, Camões, Fernando Pessoa e... Vasco da Gama, claro.

A Sala dos Reis conta com uma árvore genealogica das dinastias portuguesas. Achei lá Dom João VI e D. Pedro IV, que antes de reinar em Portugal foi nosso Dom Pedro I. Os apelidos são bons também, enquanto o pai era o "O Rei Clemente", o segundo era "O Rei Soldado". Interessante é que Dom Pedro é um dos poucos monarcas retratados em quadros nesta sala, com sua filha e a segunda esposa. Aliás, o meu albergue fica na Praça Dom Pedro IV e tem uma estátua enorme dele no meio.

Saindo do Mosteiro, segui para a Torre de Belém. Uma caminhada de uns dez minutinhos já debaixo de uma garoa fina. A contrução é na verdade um forte que protejia a entrada do Rio Tejo, junto com mais dois fortes. É uma vista legal, vale a pena.

Depois segui para o Padrão dos Descobrimentos, uma homenagem ao infante Dom Henrique, um dos principais encorajadores das grandes navegações. Dos vários totens, estátuas e construções em homenagem a alguém ou alguma coisa que existem na cidade, esta é, com certeza, a que achei mais bonita. Fica à beira do Rio Tejo, tem sete andares da altura (sobe-se de elevador até o alto). Tirei fotos que depois tentarei postar aqui. Realmente é muito bonito. Atrás, feita no chão, conta com uma rosa dos ventos doada pelo governo sul-africano nos anos 60 pelo "descobrimento" do Cabo da Boa Esperança.

Aquela garoa já estava apertando mais um pouco e depois de uma boa andada pelo bairro resolvi que era hora de comer o famoso pastelzinho de Belém. O lugar indicado é uma confeitaria na frente do ponto do bonde, que segundo me disseram é o que faz o original. Realmente uma delícia. Eles tiram uma fornada gigante a cada 20 minutos de tão grande que é o movimento. O bom é que está sempre quentinho. Aproveitei e comi também dois bolinhos de bacalhau. Dois euros e alguma coisa esta "refeição".

Na volta, a chuva apertou e resolvi dar um tempinho no hostel para ver se ela diminuía. O casaco, apesar de não ser impermeável, e a bota, ambos da Timberland, estão aguentando bem demais. (Se eles quiserem patrocinar minhas viagens posso falar mais detalhes sobre a coleção).

Fiquei quase uma hora no albergue, conversei um pouco com a menina da recepção que me ensinou uns caminhos para visitar o famoso Bairro Alto. A chuva não diminuiu muito, mas saí mesmo assim desbravando Lisboa. Rodei por umas duas horas e passando por outro bairro, o Chiado, vi o famoso bar "A Brasileira", que todo mundo comenta por aqui, e o Largo do Carmo, uma praça pequena comparada com as demais da cidade, que não tem nada demais, mas que, segundo explica o site da cidade, foi um dos locais mais importantes na Revolução dos Cravos, em 1974, quando um levante militar derrubou o governo ditatorial de Oliveira Salazar. Um dos momentos mais importantes da historia recente do país. Lá pelas seis horas voltei ao hostel, debaixo de muita chuva.

Ontem durmi sozinho no quarto e hoje chegaram uma sueca e um casal de brasileiros. Todos parecem ser legais. Acho bom isso, já que um dos principais obejtivos de se fcar em albergue é, além de economizar, conhecer pessoas.

O saldo final de Lisboa é bom. Uma cidade com gente muito simpática, organizada, barata e que na sua maioria está bem conservada.

Agora é descansar, talvez dar mais um volta para conhecer um pouco da noite portuguesa e depois descansar para pegar o vôo para Valência, de onde escreverei amanhã. Hoje não publiquei fotos por pura preguiça, mas tentarei melhorar isso nos próximos posts, sempre dependento da estrutura do albergue.

12 de jan. de 2010

Chegada à Lisboa

Primeiro boletim da aventura, enviado diretamente de Portugal.

Cheguei hoje de manhã em Lisboa, por volta das 7 horas. Chovia muito e continuou chovendo por todo o dia. Os passageiros do meu vôo esperaram quase uma hora na esteira rolante aguardando pela bagagens. Ninguém soube nos dizer qual foi o problema. Isso porque já estavamos uma hora atrasados por causa de demora para decolagem em São Paulo.

Assim que peguei minha mochila, fui ao Centro de Informações turísticas do aeroporto para saber qual ônibus deveria pegar para chegar ao meu albergue. Peguei o Aerobus (acho que era esse o nome), um ônibus que leva o pessoal do aeroporto para o centro por três euros e alguma coisa. Valeu a pena, já que desci na frente do albergue sem ter que ficar rodando muito atrás de ônibus de linha sem conhecer e muito menos pagar a fortuna que os taxistas pedem.

Deixei minha mochila no hostel e fui andar. Só que chovia muito. Entrei em uma cafeteria para tomar algo quente e estudar o mapa para decidir o que poderia fazer com esse tempo. Minha primeira opção para o dia era ir à Belém, o que eu descartei por causa do mau tempo. Resolvi ir ao Parque das Nações, pela facilidade de chegar de metrô (sempre um transporte mais fácil de se achar) e por ter atraçõs fechadas como o Oceanário, apesar de ser um parque. Acho que a escolha foi boa. É verdade que tomei bastante chuva do mesmo jeito, mas já foi um passeio que rendeu.

Na volta, a ideia era ir para o albergue para dar uma descansada da longa viagem e da chuva, mas como o tempo parecia que tava colaborando um pouco, resolvi dar uma volta na região, bem central, que engloba algumas praças importantes da cidade como D. João I, D. Pedro IV e uns calçadões bem legais de andar como a Rua Augusta. Da janela do meu quarto vejo o castelo de São Jorge, no alto do morro. Quem sabe uma passadinha por lá por uma proteção para o início do centenário?

Voltei ao hostel eram umas quatro e pouco da tarde e ai conheci quarto e afins. Gostei bastante. Tudo limpinho, arrumadinho e o staff parece ser bem legal. Se todos os albergues do caminho forem como esse de Lisboa está bom.

Amanhã, mais descansado, irei a Belém, seja qual for o tempo. É algo que ninguém que vem à Lisboa pode deixar de fazer. A tarde, vou dar uma volta na região do Bairro Alto, que é aqui pertinho.

Bom, no final das contas, a primeira impressão da cidade é boa. O centro velho está um pouco degradado. É nítido que os prédios não tem a mesma conservação como de outras cidades europeias. O povo é bastante simpático e sempre que precisei de informações fui bem atendido.

Então "vamo que vamo". Agora vou me preparar aqui para o campeonato de Wii do hostel. Amanhã tentarei publicar fotos.

11 de jan. de 2010

Férias

Nos próximos dias este blog vai ter uma cobertura um pouco diferente. Continuarei a falar dos principais eventos do automobilismo, mas uma experiência pessoal vai ganhar destaque.

Há algum tempo eu planejo uma aventura. Bem, chegou o momento. Nesta segunda-feira estou embarcando para Lisboa onde começo um mochilão de 50 dias pela Europa. Sei que muita gente já fez coisa parecida, mas vai ser minha primeira viagem do tipo e estou bastante ansioso por começar. Infelizmente estarei sozinho nesta, mas tenho certeza que isso não vai atrapalhar.

Muita gente me disse que não era a melhor época para viajar ao Velho Continente por causa das baixas temperaturas, normais neste período e ainda mais excessivas neste inverno europeu. Porém, é a época que posso ir e este ano posso ficar um tempo maior, por isso, resolvi ir assim mesmo.

O roteiro original começa em Lisboa e passa por Valência, Barcelona, Nice, Florença, Roma, Modena, Veneza, Munique, Praga, Berlim, Amsterdam, Bruges e Bruxelas. Da capital belga, um vôo de volta a Lisboa, de onde volto para o Brasil. Sem contar a volta à Portugal, o trajeto cobre aproximadamente 5.547 Km, que serão feitos principalmente de ônibus e trem e um trecho de avião.


Neste período, usarei o blog como uma ferramenta para publicar relatos, fotos e contar um pouco das minhas aventuras neste período. Os leitores rotineiros podem ficar tranqüilos que não deixarei de estar por dentro do que estará acontecendo no automobilismo e tentarei manter ao máximo posts normais com comentários e notícias do mundo à motor como sempre faço. Aliás, durante a viagem alguns programas ligados ao esporte estão programados, então, fiquem ligados!

Quem tiver dicas e sugestões ou apenas querer trocar uma idéia comigo, fique a vontade para comentar os textos aqui no blog ou mandar um e-mail (o endereço está na coluna ao lado). Gostarei muito de receber informações e manter contato com a galera.

8 de jan. de 2010

Aniversário do Rei

Se estivesse vivo, Elvis completaria hoje 75 anos. Apesar da idade e de não ter visto o rei em vida, sou fã. Seu carisma e sua voz poderosa são incontestáveis. Não era compositor, mas sabia escolher as músicas certas. Cantou rock'n roll, baladas, american music, country, blues, versões de canções italianas...

Vale a lembrança com um de seus muitos clássicos. Suspicious Minds.