30 de mai. de 2011

Para lembrar

O final das 500 Milhas de Indianápolis do último domingo será daqueles que lembraremos sempre que fomos falar de casos inusitados do automobilismo.

JR Hildebrand assumiu a liderança no final da corrida se aproveitando da necessidade de um último reabastecimento dos rivais, rumava para a vitória quando encontrou um retardatário na última curva. Ao tentar a ultrapassagem, fora da linha ideal, passou pela sujeira e foi direto para o muro.

Ele ainda seguiu acelerando para cruzar a linha de chegada, mas não evitou a vitória de Dan Wheldon, a segunda do piloto inglês em Indianápolis.

Não acredita. Então, assista.

Especial "100 ANOS DE INDY 500"

Nas últimas duas semanas, eu e Bruno Ferreira, também repórter do Tazio entrevistamos os principais nomes brasileiros que participaram das 500 Milhas de Indianápolis para um especial sobre o centenário da prova.

Emerson Fittipaldi, Hélio Castroneves, Gil de Ferran, Raul Boesel e Felipe Giaffone.

A cereja no bolo foi a conversa com AJ Foyt, recordista de vitórias da prova, com quatro, ao lado de Rick Mears e Al Unser.

Você pode conferir tudo isso no Tazio. Aproveite.

23 de mai. de 2011

Barrichello, 39

Rubens Barrichello completa nesta segunda-feira, 23 de maio, 39 anos de idade.

Destes, são 19 dedicados à Fórmula 1 e praticamente todos ao automobilismo.

Existe toda uma geração de pessoas que acompanham corridas e que não conhecem a Fórmula 1 sem Barrichello.

Foram momentos bons, ruins, péssimos, espetaculares, emocionantes, brigas, polêmicas...

De qualquer forma, vale a lembrança e a homenagem.

Palmas

Sebastian Vettel - Teve a calma para vencer em Barcelona que lhe faltou em vários momentos de sua carreira. Mostrou que já é um piloto mais maduro.

Lewis Hamilton - Como sempre, agressivo e lutador, não desiste até a linha de chegada.

Fernando Alonso - Largada espetacular, ainda conseguiu manter a liderança no segundo trecho da prova. Terminou com o quinto lugar porque o carro da Ferrari é muito pior que o dos rivais.

Alex Tagliani - Bem durante toda a semana em Indianápolis, conquistou uma bela pole position para as 500 Milhas.

Sam Schmidt - Além de colocar Tagliani na pole, a equipe ainda ficou com a quarta posição do grid das 500 Milhas com Townsend Bell.

17 de mai. de 2011

Tem de acostumar

A Dallara apresentou em Indianápolis, o novo carro da Indy, que será utilizado a partir de 2012.

Esquisito? Bem, tem de se acostumar.


A parte mais importante da novidade é que o regulamento permite que os times façam desenvolvimento aerodinâmico do modelo, podendo até mesmo usar kits de outras empresas.

Os times ainda têm certo receio e conversam sobre a possibilidade de adiar a liberação para 2013, com medo dos custos.


É bom lembrar que no auge da Indy, em meados da década de 90, ainda sob controle da Cart, a categoria chegou a ter quatro fabricantes diferentes de chassis ao mesmo tempo. Reynard, Lola, Penske, Eagle e Swift passaram por ela entre 1994 e 2000.

Reparem que são duas versões do novo carro: uma para circuitos ovais e outra para mistos.

Ano que vem, a Indy também voltará a ter competição entre motores. A Honda, única fornecedora desde 2006, terá agora a companhia de Chevrolet e Lotus.

10 de mai. de 2011

Palmas

Kamui Kobayashi - Largou em último em Istambul e terminou na décima posição. Tem agressividade para as ultrapassagens e sabe quando precisa ter calma para cumprir suas estratégias.

Victor Franzoni - Aos 15 anos, venceu a segunda bateria da F-Futuro, no último domingo, em Interlagos, e se tornou o piloto mais jovem a vencer uma corrida de monopostos no Brasil.

Will Power - Dominou a etapa brasileira da Indy na semana passada. Nos mistos, vai muito bem. Vamos ver agora nos ovais.

5 de mai. de 2011

A cobertura da Indy

No último final de semana estive envolvido na cobertura in loco do site Tazio da Indy no Anhembi.

Apesar de alguns contratempos, foi uma experiência muito interessante.

Impossível não fazer uma comparação com a Fórmula 1.

O trabalho no circuito começou na quinta-feira, com algumas coletivas de imprensa e, graças a interrupção da corrida no domingo por causa da chuva, foi até a segunda-feira. Foram cinco dias de muita correria.

Durante o mês que passei na Espanha cobrindo a pré-temporada da categoria, postei aqui mais de uma vez sobre as dificuldades para fazer matérias fora do eixo convencional e de conseguir entrevistas.

Na Indy, em plena etapa do campeonato, a cobertura é muito mais tranquila. A categoria é mais aberta por essência.

Lógico que muito disso, como disse Rubens Barrichello, tem a ver com o regulamento. Com carros e motores iguais, as equipes têm menos segredos. Os times ficavam todos expostos no Pavilhão do Anhembi. Para falarmos com alguém, era necessário apenas bater na porta do escritório. Lógico que nem sempre a resposta era sim, mas também poderia ser, ao contrário da Fórmula 1.

Os pilotos, ao caminhar pelo pit Lane ou pelas garagens, param para conversar. Não passam reto ignorando qualquer pedido.

É verdade também que o assédio da imprensa é menor. Apesar de alguns poucos jornalistas americanos, existia apenas brasileiros na cobertura, e ninguém estava se matando por uma palavra de Dario Franchitti ou Will Power, como aconteceria com Sebastian Vettel ou Fernando Alonso.

Os brasileiros, todos muito simpáticos, atendiam a todos em coletivas conjuntas, mas também, sempre que necessário, na garagem.

Outro fator a destacar, especialmente para mim, é que os veículos de internet não sofrem discriminação, como na Fórmula 1, que nem aceita credenciamento durante a temporada. Algo que, com certeza, terá que mudar no futuro.