27 de out. de 2011

Nova Déli, Índia


Pegamos um avião para Frankfurt no domingo à noite. Na Alemanha, depois de 11 horas de voo, uma pequena espera para a segunda parte da viagem, direto para Nova Déli, mais sete horinhas.

No horário local, chegamos à 1h30 da manhã de terça-feira. O fuso para o Brasil é de 7h30. Mesmo neste horário, logo quando a porta do aeroporto se abre, o primeiro choque já acontece. Um ar turvo, muita poluição e poeira, carros andando aos pedaços.

Pegamos um taxi, partimos direto para hotel e descansamos algumas horas. No final da manhã acordamos, tomamos café e fomos dar a nossa primeira volta na cidade.

Nova Déli é um lugar espalhado. Tudo é longe. A cidade é toda feita de grandes avenidas, que, pelo menos na teoria, deveriam ser na mão inglesa. Mas parece que isso é apenas uma sugestão. O tráfego é caótico, as buzinas tocam a todo o momento. As ruas são bem sujas, o que faz com que a cidade esteja sempre encoberta por uma nuvem de poeira, que faz os olhos arder.

Os problemas sociais são jogados na nossa cara. A maioria dos bairros não passa de um amontoado de casas, com esgoto a céu aberto, com crianças e homens fazendo as suas necessidades em público.

De repente, um bairro um pouco melhor surge. Casas gigantescas, arejadas. Não dá para acreditar que é o mesmo lugar. A parte turística é bem arborizada, com poucas residências. É onde ficam alguns dos bons hotéis e os pontos turísticos, como a Tumba de Humayun, um lugar realmente muito bonito, o India Gate, uma espécie de Arco do Triunfo deles, e um parque onde está o local em que foi cremado Mahatma Gandhi.

É difícil saber se o povo é hospitaleiro ou malandro. Alguns parecem realmente querer ajudar. Outros...

As distâncias são sempre grandes. Dificilmente se demora menos de uma hora para e chegar em algum lugar. Em média, as viagens de taxi custam por volta de 700 rúpias, cerca de 25 reais.

Parece um cenário terrível. É realmente um choque cultural. Especialmente quando pensamos que este é um dos países que mais cresce no mundo. Difícil ver uma solução de médio prazo para os problemas. Mas, ao mesmo tempo, é uma experiência válida, um encontro com uma cultura e um estilo de vida completamente diferentes.

Para aumentar o nosso espírito positivo, estamos no Diwali, o Festival das Luzes, algo parecido com o nosso natal. A cidade está toda enfeitada com luzes, as pessoas ascendem velas para simbolizar o bem em nossas vidas. Na noite desta quarta-feira, fogos de artifício explodiam para todos os lados, durante quase toda a noite, sem parar.

A partir desta quinta-feira, estarei no novo autódromo de Buddh, que fica na cidade de Greater Noida, a 40 quilômetros do centro de Nova Déli.


Quer saber um pouco mais sobre Nova Déli, veja no blog Acelerandocom Bruno Senna, abastecido pela nossa equipe do Tazio

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