4 de jul. de 2008

O adeus de Coulthard

Eu realmente não tenho idéia de como deve ser difícil a decisão de se aposentar. O momento em que se olha para trás e se chega à conclusão de que é o fim da carreira profissional.

Acredito que no mundo do esporte esta decisão deve ser mais difícil, já que, além da rotina profissional, muitas vezes o atleta tem que abrir mão de certo glamour ao qual está acostumado desde o começo da carreira. Mas o pior mesmo é que no esporte, em 90% dos casos (não sei se existe esta estatística) a aposentadoria é uma decisão que tem que ser tomada antes dos 40 anos.

Imagine o que não passa na cabeça do sujeito... Com trinta e tantos anos se aposenta de um mundo de competição que o mundo todo acompanha e onde está mergulhado desde a infância. Por mais dinheiro que o cara tenha ganho, tenho certeza que não é uma decisão fácil.

É lógico que estou querendo chegar ao anúncio da aposentadoria de David Coulthard. Esse escocês que na maior parte de sua carreira andou em equipes top, mas em pouquíssimos momentos conseguiu se impor como real postulante a um título. Mas Coulthard tem uma carreira que deve ser respeitada, pois além de ter participado de dois títulos da Mclaren (quando Mika Hakkinen foi bicampeão), venceu 13 corridas. Para se ter uma idéia, Emerson Fittipaldi, um dos maiores ídolos da história do automobilismo brasileiro e mundial, bi-campeão da Fórmula 1, venceu 14 vezes na categoria. Lógico que a comparação é complicada, pois os tempos mudaram muito, além de que Emerson guiava MUITO mais que Coulthard, mas acho que é válida.

Coulthard não está nem perto de Emerson (é bom deixar isso muito claro), nem de Hakkinen e muito menos de um Schumacher. Provavelmente vai cair rapidamente no esquecimento, mas vai fazer falta na Fórmula 1.

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