29 de mar. de 2010

Stock em Ribeirão

A Stock Car confirmou nesta segunda-feira que realizará uma etapa em circuito de rua em Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo.

A cidade é uma das mais prósperas do país e fica localizada em uma zona canavieira, o que tem tudo a ver com a escolha da Stock de utilizar etanol como combustível em 2010.

Só espero que os erros e a experiência da etapa da categoria em Salvador e da Indy em São Paulo sejam considerados para a realização de um evento de melhor qualidade em Ribeirão Preto.

28 de mar. de 2010

GP da Austrália – Chuva traz emoção à corrida

O Grande Prêmio da Austrália foi uma corrida um pouco maluca e com muitas disputas e ultrapassagens. O tempero essencial foi a chuva no começo da corrida, que deixou o asfalto molhado o bastante para embaralhar as cartas. Depois, a estratégia de pneus foi o que determinou o resultado final. Button foi o primeiro a trocar os intermediários para os slicks e depois permaneceu na pista com o mesmo jogo até o fim, garantindo a vitória. Kubica, Massa e Alonso seguiram a estratégia do piloto inglês e completaram o top 4 da corrida.

A largada com pista escorregadia foi um ponto crucial. Vettel saiu bem e manteve a ponta. Mas foi Massa que se destacou ao pular de quinto para segundo. Alonso, que saía em terceiro patinou e perdeu posições e na primeira curva ainda se envolveu em toques com Button e Schumacher e rodou. Porém, sua recuperação foi impressionante e antes mesmo da metade da corrida já incomodava de novo os ponteiros. Acabou parando sua recuperação quando chegou em Massa e ficou ali atrás do companheiro até o final.

Vettel dominava a corrida e tinha tudo para sair vitorioso se não fosse um problema nos freios que o tirou da prova. A Red Bull tem o grande carro da categoria e o alemão está vivendo um ótimo momento, mas se os problemas técnicos persistirem a briga pelo título fica difícil.

Além do vitorioso Jenson Button, que depois de uma má estreia na McLaren no Bahrein deu a volta por cima dentro do time com esta vitória, o nome da corrida acabou sendo de Robert Kubica. Grande largada pulando para quarto e ficou sempre ali entre os ponteiros, fazendo a corrida dele, lucrando em cima do erro e quebras dos outros. Abocanhou uma ótima segunda posição com sua Renault. É com certeza um dos pilotos mais habilidosos da Fórmula 1 atual.

O saldo final da corrida também foi bom para Felipe Massa. Ele nunca demonstrou ter um bom carro durante todo o final de semana, mas após a largada espetacular, também ficou sempre entre os primeiros e se aproveitou dos erros dos outros. Chegou à frente do companheiro de equipe e assume a vice-liderança do campeonato.

No caso de Alonso, poderia ter brigado pela vitória se não fosse o entrevero da largada. Mas se recuperou muito bem e viu um dos seus principais rivais ao título, se não o principal, Vettel, abandonar. Continua na liderança do campeonato, que é o mais importante.

Rosberg chegou mais uma vez à frente de Schumacher em uma boa quinta posição. No momento, parece ser o máximo que a Mercedes pode fazer no momento. Por enquanto, vai se mantendo entre os líderes do campeonato, em quinto, 17 pontos atrás do líder.

Hamilton e Webber foram os pilotos que fizeram as maiores lambanças da corrida. Se pegaram durante toda a prova e poderiam ter terminado melhor do que a sexta e a nona colocações se não fosse o lance final, a duas voltas do fim, quando o australiano abalroou o piloto da McLaren por trás.

Na disputa do resto, sem contar Kubica que brigou o tempo todo entre os ponteiros, Liuzzi, mais uma vez foi o melhor e terminou em sétimo. Barrichello ficou em oitavo após apostar em um segundo pit stop. Poderia ter sido melhor. A briga entre Force India e Williams continua.

Tudo o que o GP do Bahrein não teve de emoção sobrou na Austrália. Lógico que o tempo contribuiu para isso, mas o circuito também ajudou. Mesmo com tempo seco, as brigas foram constantes e a diferença das estratégias de pneus (alguns apostaram em dois pit stops enquanto outros fizeram apenas um) deixou a prova interessante no fim.

Na briga pelo campeonato, Alonso tem 37, Massa 33 e Button 31. Vettel, um dos favoritos, apenas 12. Ainda é difícil dizer como serão as corridas nesta temporada, mas tudo indica que mesmo que as disputas dentro da pista não sejam das mais intensas, na tabela de classificação a luta será interessante.

27 de mar. de 2010

GP da Austrália – Classificação

Com muito atraso, vamos aos comentários sobre a classificação do GP da Austrália.

A Red Bull definitivamente mostra ser o time mais forte e favoritíssimo à vitória na prova de Melbourne. Sebastian Vettel sempre muito rápido, mas, diferente do que aconteceu no Bahrein, tem agora o seu companheiro de equipe, Mark Webber, mais próximo. O fato de correr em casa com certeza é um fator motivador para o australiano. A largada pode definir a briga entre os dois.

Alonso foi o melhor da Ferrari, em terceiro. Ele briga pelo campeonato e sabe que se não puder vencer os carros dos touros vermelhos, chegar à frente do resto é importantíssimo. Se algo acontecer com um dos dois que estão à sua frente, assim como aconteceu com Vettel no Bahrein, ele tenta aproveitar.

A quarta posição foi muito importante para o Jenson Button. Com Hamilton largando somente em 11º, é a chance do campeão mundial marcar mais pontos que o companheiro e acabar logo com os comentários que não poderia superá-lo na McLaren. O time de Woking apareceu forte nos treinos livres e o fato de Hamilton ficar fora do Q3 foi estranho. Ele tentará uma corrida de recuperação. É um piloto agressivo e besteiras podem acontecer.

Outro que decepcionou ao ficar muito atrás do companheiro foi Felipe Massa. Em termos de posicionamento, o saldo negativo não é tão ruim, apenas duas colocações. Mas, no cronômetro a diferença em relação a Alonso foi de sete décimos. Muita coisa para pilotos de uma mesma equipe. Felipe tem que evitar ficar tão atrás do parceiro logo no começo do campeonato, se essa diferença persistir até o começo da fase europeia, na quinta etapa, com a Red Bull forte do jeito que está, a Ferrari pode começar a pender para o espanhol.

Na sexta e sétima posições vêm os dois carros da Mercedes. Rosberg ainda na frente, mas a diferença já diminuiu bastante e na classificação deste sábado ficou somente em um décimo. Com a evolução e readaptação de Schumacher, a tendência é que as coisas se invertam no time alemão. Porém, a equipe que nasceu da Brawn, campeã da última temporada, ainda mostra que não tem condições de brigar por vitórias.

Após as Mercedes, começa o bloco dos intermediários. Nesta prova, liderado por Rubens Barrichello com sua Williams. O brasileiro colocou uma grande vantagem em relação ao seu companheiro de equipe, o novato e veloz Nico Hulkenberg, que somente em 15º, e larga em uma boa oitava posição. Se não acontecer nada de estraordinário na prova, brigará daí para trás par atentar mais alguns pontos. Terá uma luta dura contra Kubica e Sutil para ficar à frente do bloco e marcar pontos. Não podemos esquecer de Hamilton, que saindo em 11º, tentará recuperar pelo menos essas três posições. Será uma corrida interessante nesta parte intermediária.

A turma do Q2, com exceção de Hamilton, não teve grandes surpresas. Talvez apenas a ausência de Petrov. As duas Saubers, Toro Rossos, uma Williams e Force Índia. Será a rotina desta fase da classificação.

Na briga das novatas, a Lotus continua demonstrando mais força, seguida pela Virgin e depois HRT. O time espanhol de Bruno Senna, pelo menos, já ficou mais próximo dos seus correntes. Agora é tentar chegar ao final e ver o que acontece durante a corrida.

Melbourne é uma pista que normalmente promove boas corridas. Os muros próximos à pista são sempre motivo de safety cars, o que muitas vezes embaralha a classificação e estratégia de pit stops. Além disso, segundo o site da BBC, existe previsão de chuva para o horário da corrida.

Confira a classificação e tempos do treino oficial deste sábado:

Fonte dos tempos e classificação: Site Oficial da Fórmula 1

26 de mar. de 2010

GP da Austrália – Treino Livre

Os treinos livres do GP da Austrália acabaram sendo pouco conclusivos. A primeira sessão nunca mostra exatamente como estão distribuídas as forças, já que a maioria dos carros ainda está apenas buscando o melhor acerto do carro e fazendo teste de pneus. Já na segunda, quando poderíamos ver algo mais próximo da realidade que pode ser a classificação deste sábado, choveu em vários momentos. Ficou a dúvida se todo mundo fez o seu melhor.

Como os dois melhores tempos do dia foram da McLaren, lógico que fica a impressão que o time de Woking está forte para a corrida. A Ferrari ficou em posições intermediárias, mas Massa já avisou que o time priorizou o trabalhou visando a corrida. Mesmo assim, ficou bem para trás. Mercedes continuou apagada e Red Bull fez bons tempos, mas não brilhou. Renault e Force India continuam rápidas e entre os dez primeiros.

As novatas continuam nas últimas posições.

Confira os tempos da segunda sessão de treinos desta sexta-feira:

Fonte da Classificação: Site Oficial da Fórmula 1

25 de mar. de 2010

GP da Austrália - Números e Curiosidades

O Grande Prêmio da Austrália faz parte do calendário oficial do Campeonato da Fórmula 1 desde 1985 de forma ininterrupta. Em 25 edições, foram utilizados duas pistas diferentes, no circuito de rua de Adelaide, entre 1985 e 1995, e em Melbourne, em uma pista dentro de um parque, o Albert Park, desde 1996 até hoje em dia.

O primeiro vencedor do evento foi o finlandês Keke Rosberg, de Williams-Honda, e o último foi o inglês Jenson Button, de Brawn-Mercedes.

Para os brasileiros, vale a lembrança do GP da Austrália de 1993, última vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1 antes do seu acidente fatal em 1994.

Nesta 26ª edição da corrida australiana, é a segunda vez na história que o país não sedia o GP de encerramento ou de abertura da temporada. Entre os anos de 1985 e 1995, todos disputados em Adelaide, a prova sempre a foi a última do calendário. A partir de 1996, quando a disputa começou a ser realizada em Melbourne, a corrida passou a abrir o ano da Fórmula 1, com exceção dos anos de 2006 e agora de 2010. O GP do Bahrein abriu a temporada em ambos.

Apesar de ter sediado o encerramento do campeonato em 11 oportunidades, a Austrália só viu o título ser decidido em seu GP duas vezes. Em 1986, em uma disputa entre Alain Prost, de McLaren, e Nelson Piquet e Nigel Mansell, ambos pela Williams. O francês venceu o seu segundo título mundial da carreira após uma prova marcada por vários problemas de pneus com todos os aspirantes ao título.

Em 1994, Adelaide viu uma das mais polêmicas decisões de título da história recente da categoria. Michael Schumacher, de Benetton, e Damon Hill, Williams, chegaram à última etapa do ano separados por um ponto, com o alemão à frente. Schumacher liderava a corrida seguido do adversário quando e errou e saiu da pista, na volta, para não perder a posição, jogou o carro em cima de Hill. Com a batida, os dois carros não puderam continuar na prova e o alemão ganhou o primeiro dos seus sete títulos mundiais.

O Grande Prêmio da Austrália de 1991 ficou marcado nas estatísticas da Fórmula 1 como a corrida mais curta da história da categoria. Ayrton Senna venceu a prova após 24 minutos e apenas 14 voltas completadas. Isso aconteceu porque o GP foi interrompido por cauda de uma forte chuva que caía em Adelaide.

Números

Pole positions que venceram a prova: 12

Vencedores da prova que se tornaram campeões no mesmo ano: 12

Pilotos que mais venceram o GP da Austrália:
1º M. Schumacher – 4
2º A. Prost
-- G. Berger
-- A. Senna
-- D. Hill
-- D. Coulthard – 2

Equipes que mais venceram o GP da Austrália:
1º McLaren – 9
2º Ferrari – 7
3º Williams – 5
4º Renault – 2
5º Benetton
-- Brawn – 1

Motores que mais venceram o GP da Austrália:
1º Ferrari – 7
2º Renault – 6
3º Mercedes – 5
4º Honda – 4
5º Ford – 2
6º Porshe – 1

Momentos marcantes


GP da Austrália 1985
Keke Rosberg venceu e Ayrton Senna se destacou por ter exagerado em alguns momentos.


GP da Austrália 1986
Disputa entre Alain Prost, Nelson Piquet e Nigel Mansell pelo título na última etapa do Mundial. O francês levou a melhor.


GP da Austrália 1993
Última vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1 e cumprimento no pódio que selou a paz entre o brasileiro e Alain Prost.


GP da Austrália 1994
Umas das decisões de título mais polêmicas dos últimos anos em que Schumacher, após erro, joga o carro em cima de Damon Hill. Os dois ficam fora e o alemão vence o seu primeiro título mundial.

22 de mar. de 2010

Trilha Sonora

Stray Cats/ Come on everybody

Destaques do Final de Semana: GT Brasil

Neste final de semana aconteceu em Interlagos a primeira etapa do renovado campeonato de GT Brasil, agora patrocinado pela cervejaria Itaipava, que juntou em um grid os maravilhosos carros da antiga GT3 com os do Trofeo Maserati. O resultado foi de quase 30 carros na largada da primeira corrida, algo raro no automobilismo brasileiro.

Foi o primeiro passo. Pessoas ligadas à categoria acreditam que o número de carros deve aumentar nas próximas etapas. É bom lembrar que na última temporada menos de 10 carros largaram em algumas corridas na GT3.

Eu gosto da GT pelos carros. Lamborghinis, Ferraris, Porshes, Ford GTs e Vipers, além dos outros já homologados pela FIA que podem aparecer a qualquer momento por aqui como Audi R8, Jaguar e por ai vai. Lógico que todos gostamos e admiramos pilotos habilidosos se digladiando na pista, mas, a cima de tudo, gostamos de carros. Então, torcemos para que a categoria dê certo e novos carros venham correr no Brasil.

As corridas tiveram muita disputa nas posições intermediárias entre Ferraris, Vipers e Maseratis. O Ford GT da dupla Mattheis/Negrão mais a frente, e as quatro Lamborghinis dominando e disputando diretamente a vitória. A dupla Rafael Daniel e Claudio Dahruj venceu as duas corridas e já saem na frente no campeonato.

A próxima etapa acontece em Curitiba, no final de semana de 24 e 25 de abril.

Foto: Site Oficial Itaipava GT Brasil

21 de mar. de 2010

Senna 50

Não é novidade para ninguém que se estivesse vivo Ayrton Senna estaria completando hoje 50 anos. Os veículos de comunicação e blogs têm explorado bastante o assunto nos últimos dias, como não poderia deixar de ser.

O assunto Senna é muito complicado de se tratar, pois gera muita discussão, principalmente quando se leva para o lado do drama e idolatria quase que religiosa.

Claro que acho que Senna merece todas as homenagens possíveis. Ele é um dos grandes ídolos do esporte mundial, e no Brasil, talvez seja o único esportista que chegou ao patamar de Pelé, mesmo não sendo do futebol. Mas com muito cuidado, sem exageros.

Mesmo antes de morrer, Senna já gerava uma admiração gigantesca do público. Além de um piloto espetacular, entre os melhores da história, tinha um carisma que cativava muita gente, apesar de seu jeito reservado. Sua morte aconteceu ao vivo, na televisão, causando uma comoção nacional até mesmo em pessoas que não acompanhavam a Fórmula 1.

Como hoje é seu aniversário de nascimento, ou seja, de vida, prefiro lembrar de seus grandes momentos, grandes vitórias, que com certeza tiveram papel importante para que muitas crianças da época, inclusive eu, gostarem ainda mais de automobilismo.

Senna foi um piloto espetacular. Com certeza não foi o mais completo que passou pela Fórmula 1, mas tinha um talento nato incrível para condução de um carro. Tornou-se um dos principais nomes da história do automobilismo não por seus números em estatísticas, mas pela maneira que conquistou algumas de suas vitórias e muitos momentos em pista em que foi obrigado a demonstrar uma habilidade fantástica no controle de um carro de corridas, mesmo, muitas vezes, contra adversidades como chuva, problemas mecânicos ou oponentes com equipamentos melhores.

Difícil separar somente alguns momentos de sua carreira, mas tentei. Aqui segue o que para mim foram três dos que transformaram Senna de um grande piloto de Fórmula 1 em uma de suas lendas.

Primeiro, o Grande Prêmio de Japão de 1988. Senna precisava vencer para garantir seu primeiro título mundial. Seu principal concorrente era o companheiro de equipe na McLaren, e talvez o grande rival dentro das pistas, Alain Prost. Ayrton largava na pole position, mas o carro morreu na saída e ele caiu para a 16ª posição. Ele se recuperou de forma inacreditável e venceu. O carro da McLaren daquele ano realmente era fantástico, mas Prost tinha o mesmo equipamento e também foi superado na pista, apesar do começar com uma enorme vantagem. O vídeo abaixo é do Youtube, mostra a última volta da corrida.



Segundo momento escolhido é o GP Brasil de 1991. Senna nunca tinha vencido em seu país. No ano anterior, liderava a corrida quando tentou ultrapassar de forma precipitada um retardatário, Satoro Nakajima, e perdeu o bico do carro na colisão. Terminou em terceiro e viu seu desafeto Alain Prost vencer. Em 91, liderou a corrida inteira, mas viveu um drama nas últimas voltas. A caixa de câmbio quebrou e o piloto brasileiro ficou somente com a sexta marcha nas últimas oito voltas. Ricardo Patrese, de Williams, começou a tirar quatro segundos por volta e tudo parecia perdido. Para piorar, faltando três voltas, começou a chover em Interlagos. Mesmo assim, Senna tirou da cartola algo mais do carro e conseguiu sua primeira vitória em casa. Reparem no vídeo, na câmera on board, além do barulho do motor, como Senna não tira a mão do volante para trocar as marchas. Na época, a McLaren ainda não estava equipada com o sistema de câmbio borboleta. Com certeza, uma das vitórias mais espetaculares de qualquer piloto na história da Fórmula 1.



E para terminar, uma das obras primas de Senna. O GP da Europa de 1993 no circuito de Donington Park, na Inglaterra. Senna, com um carro bem inferior às Williams de Prost e Hill, e até mesmo que a Benetton de Schumacher, que levava apoio oficial de fábrica da Ford, enquanto a McLaren recebia sempre propulsor de uma geração anterior, venceu a corrida que contou com muitas trocas de pneus por causa do mau tempo. A vitória foi sensacional, mas o que entrou para história foi a primeira volta. Senna largava em quarto atrás de Prost, Hill e Schumacher. Na largada, Karl Wendlinger supreendeu e saiu da quinta para a terceira posição, ultrapassando o brasileiro e o alemão. Mas depois, Senna fez isso que está no vídeo. Se não existisse transmissão ou vídeo, acho que muitas pessoas não acreditariam.



Quem quiser, fique a vontade de relembrar outros grandes momentos de Senna nos comentários. Momentos, por favor, sem drama. Hoje é dia para lembrarmos porque Senna era um ídolo e não de fazermos luto.

20 de mar. de 2010

Peugeots passeiam em Sebring

As 12 horas de Sebring deste ano não tiveram muita disputas e acabou se tornou um prova um pouco monótona. Sem a concorrência da Audi, vencedora da prova no ano passado, os Peugeots 908 HDI, atuais campeões das 24 horas de Le Mans, passearam pela pista americana durante todas as 367 voltas da competição e conquistaram a dobradinha com sobras.

A vitória ficou com o Peugeot nº 7, pilotado pelos ex-Fórmula 1 Marc Gene,Anthony Davidson e Alexander Wurz, seguido pelo nº8, também contando com pilotos experimentados na categoria de monopostos com Sébastien Bourdais,Pedro Lamy e Nicolas Minassian. A terceira posição ficou com Lola/Aston Martin, quatro voltas, pilotado por Stefan Mücke,Adrián Fernandez e Harold Primat.

O brasileiro Jaime Melo, atual bicampeão das 24 horas de Le Mans na categoria GT2, venceu mais essa importante competição pela Ferrari, levando, ao lado de Gianmaria Bruni e Pierre Kaffer, sua 430 GT à vitória nesta categoria, com uma volta de vantagem para as duas BMW M3.

Além de uma importante prova do calendário de provas endurance, Sebring já foi o primeiro preparativo para as 24 horas de Le Mans deste ano. A Audi, que trabalha na evolução do R15 resolveu não participar e a Peugeot já deixou o recado que deve ser favorita ao bicampeonato na tradicional prova francesa.

Confira a classificação final do geral e de todas as categorias (clique para ampliar):

Fonte: Cronometragem Site Oficial da ALMS

Foto: Site Oficial da ALMS

Dica - GT Brasil em Interlagos

Neste final de semana acontece em Interlagos a primeira etapa do Itaipava GT Brasil, que nada mais é que a união do antigo Trofeo Maserati com a GT3 Brasil. E parece que o casamento deu certo.

Nesta primeira corrida são 30 carros no grid, juntando as duas categorias: GTBR3 e GTBR4. Ano passado teve largada com menos de 10.

Sempre torci muito para que esta categoria desse certo no Brasil. É um campeonato com carros sensacionais, que realmente valem o ingresso. Ferrari F430, Ford GT, Porshe GT3, Viper, Aston Martin, Audi, BMW, Jaguar, Lamborghini, Corvette, Mustang e por ai vai.

Para mais informações, o site oficial da categoria está aqui.

12 horas de Sebring

Hoje acontece nos Estados Unidos as 12 horas de Sebring, prova de Abertura da American Le Mans Series.

Infelizmente, este ano ano a Audi, campeã do ano passado, não está na disputa, então a competição da categoria protótipo está na mão da Peugeot. A Aston Martin é quem tenta impedir a vitória da marca francesa, vencedora da última 24 horas de Le Mans.

O brasileiro Jaime Melo corre mais uma vez pela Ferrari na categoria GT2. É bom lembrar que ele é bi-campeão da Le Mans pela marca de italiana.

O Speed Channel já está transmitindo a corrida. Para quem não tem, é possível acompanhar no live streaming do site oficial da ALMS, aqui.

18 de mar. de 2010

Trilha Sonora

Beatles - Get Back

McLaren

Hoje as notícias da McLaren foram no mundo dos negócios. A empresa lançou seu carro de rua esportivo, projeto ao qual Ron Dennis se dedicou bastante nos último ano.

O novo superesportivo MP4-12C deve custar US$ 270 mil. O motor é McLaren (hum...). Ron Dennis disse que não pretende formar uma equipe oficial para colocar o novo carro da pista em competições de turismo, mas acredita que alguns clientes podem ter esse objetivo, então já está nos planos a criação de um departamento para preparar o carro para corridas.

A outra notícia é que a McLaren Group comprou de volta os 40% das ações que a Mercedes-Benz tinha da empresa. Desta forma, agora companhia fica nas mãos de três sócios: Ron Dennis, Mansour Ojjeh e da empresa barenita Mumtalakat.

15 de mar. de 2010

Discussão do dia: Fórmula 1 show

Depois da corrida de ontem surgiu uma discussão que envolve pilotos, dirigentes de equipes e imprensa internacional sobre como aumentar a emoção nas corridas de Fórmula 1. Surgiu a até uma sugestão, ridícula por sinal, da obrigação de se fazer dois pit stops durante as provas.

A ideia de acabar com o abastecimento para esta temporada foi acertada. Colocou os carros para tentar algo na pista, e não mais ficar esperando pelo resultado das táticas de box. Só que os carros ainda estão bastante dependentes da parte aerodinâmica, o que dificulta as ultrapassagens em pista. Se a FIA tivesse proibido o uso do difusor duplo já seria um bom avanço nesta área.

Tirar conclusões das novas regras após apenas uma corrida também é um pouco precipitado. Primeiro porque estão todos se adaptando ainda. Segundo, porque a pista do Bahrain também não ajuda muito. Em Melbourne, normalmente, temos corridas mais emocionantes. E o desenvolvimento dos carros durante o ano deve aproximar as equipes também.

O ouro de Murer

O ouro de Fabiana Murer no Mundial Indoor em Doha talvez não tenha recebido tanto destaque na imprensa que a Indy, Fórmula 1 e a dança do Armero. Muito pelo fato de poucos jornalistas brasileiros cobrindo o evento. Não dá para ficar culpando a imprensa brasileira por não poder estar em todos os lugares. Mas foi um feito importante para o esporte brasileiro. É bom lembrar que Yelena Isinbayeva, que será sempre venerada por esse blog tanto por sua inquestionável capacidade esportiva quanto por sua beleza, participou da competição.

Fica aqui então a nota para não deixar passar em branco a conquista.

14 de mar. de 2010

Alonso debuta na Ferrari com vitória


Assisti a corrida da Fórmula 1 em uma televisão portátil na arquibancada do Anhembi hoje. Corrida com poucas ultrapassagens, mas com carros andando em blocos e próximos. Não foi a prova mais emocionante de todos os tempos, mas também não foi ruim. A pista do Bahrain não ajuda muito.

Vettel venceria o GP se não tivesse o problema no motor. Liderou boa parte da corrida até ter queda de rendimento e ser ultrapassado pelas duas Ferraris em duas retas seguidas. Parecia até um retardatário. Alonso foi muito bem na largada e fez uma bonita ultrapassagem em Massa na primeira curva. Vettel ainda perdeu a terceira posição para Hamilton, mas conseguiu sustentar a quarta. Em uma corrida que teve problemas, marcou pontos que podem ser importantes para o campeonato.

A equipe de Maranello fez a dobradinha, mas ficou nítido que a Red Bull está no mesmo nível. Na briga interna, importantíssimo para Alonso chegar já com uma vitória e mostrar do que é capaz. Afinal, os comentários sempre eram de que Massa já era mais habituado com o time. O brasileiro não pode deixar o companheiro de equipe abrir muita vantagem no começo do campeonato.

McLaren e Mercedes estão em um nível parecido e atrás de Ferrari e Red Bull. Tem que melhorar para conseguir brigar. Hoje a distância foi considerável. Porém, o destaque de hoje nestas equipes talvez tenha sido a diferença de rendimento entre os companheiros de equipe. Hamilton andou muito a frente de Button, tanto no sábado quanto no domingo, assim como Rosberg em relação a Schumacher. No segundo caso, existe a desculpa do fato do heptacampeão ainda estar voltando e talvez precisar de duas ou três corridas para voltar à velha forma. Impossível duvidar de um piloto que já fez e ganhou de tudo na Fórmula 1. Então, aguardemos... Já no caso da equipe inglesa, o caso é outro. No confronto dos últimos dois campeões mundiais, Hamilton sai bem na frente e pode ser difícil para Button reverter a situação. Jenson não terá muito tempo para reação, então tem que agir rápido.

De qualquer maneira, foi interessante a disputa no primeiro stint entre Hamilton e Rosberg e, mais atrás, o trenzinho Schumacher-Button-Webber, que todos ficaram esperando por alguma movimentação, mas que seguiu assim até o final.

No bloco intermediário, a briga parece ser entre Force Índia, Williams e Renault. Liuzzi, do time indiano, foi o melhor e ficou em nono, seguido por Barrichello, da equipe de Grove, que fechou a zona de pontuação. Kubica poderia estar entre o dez, mas um acidente na largada o tirou da briga.

Em seguida, veio o bloco de BMW-Sauber e Toro Rosso. Os quatro carros andaram juntos por boa parte da corrida. Mas os dois bólidos do time de Hinwill não conseguiram completar a prova com problemas hidráulicos. Só um comentário: muito estranho ver o nome do equipe com BMW e motor Ferrari.

Das novatas, a Lótus acabou sendo a melhor. Kovalainen terminou em 15º, a duas voltas do vencedor, e Trulli não recebeu a bandeirada por ter parado com problema hidráulico, mas entrou na classificação final em 17º , três voltas atrás. Na Virgin, Lucas Di Grassi quebrou na segunda volta, também com problemas hidráulicos, e Timo Glock foi até a 16ª, quando parou por quebra da caixa de câmbio. A HRT viu Karun Chandock sair da corrida logo na primeira volta ao se envolver em um acidente e Bruno Senna parar na 18ª, com problemas no motor.

A próxima corrida é em Melbourne. O traçado tem características bem particulares e as equipes, agora com mais informações, com certeza irão evoluir, mesmo que em pequenas coisas, e as diferenças já podem diminuir.

Classificação final:

Fonte: Site Oficial da Fórmula 1

Foto: Sutton Images

A primeira Indy em Sampa


Acabei de chegar do Anhembi e vou colocar a casa em ordem aqui. Primeiro vou analisar a corrida de Indy, que vale destaque por ter sido a primeira em São Paulo.

Da minha parte, como torcedor, achei o evento bem organizado. Fui para a região da pista de metrô e cheguei sem problemas nos dois dias, tudo bem sinalizado, uma praça de alimentação bastante sortida, segurança reforçada e os telões na frente da arquibancada ajudaram bastante para o acompanhamento da corrida. Fiquei sabendo que o pessoal da imprensa teve algumas dificuldades para trabalhar. O jornalista Fábio Seixas escreveu e seu twitter que a sala de imprensa sofreu com apagões, algo que não pode acontecer de jeito nenhum.

Sobre a pista, o layout é legal, mas as ondulações no asfalto são gritantes. A parte do sambódromo, onde os carros não conseguiam andar em linha reta de tanto escorregar no primeiro dia de treinos, parece que ficou boa depois do trabalho feito durante a noite de sábado, porém, a sujeira era muito grande e pó que subiu na largada foi um dos culpados pelo grave acidente da largada. Além disso, a pista ficou impraticável durante a chuva, que nem foi tão forte assim. São coisas a serem melhoradas e repensadas para o próximo ano.

A corrida foi bem legal, muito movimentada, com muitas ultrapassagens e pegas. Tony Kanaan estava na briga até ser acertado por trás e cair para últimas posições. Dario Franchitti também estava muito bem, mas perdeu a chance de vitória quando demorou muito para trocar o pneu de chuva pelos slicks.

Ryan Hunter-Reay, por algum tempo, parecia que tinha o carro mais acertado, mas, no final, após um briga árdua, Will Power o ultrapassou e venceu a primeira edição da São Paulo Indy 300.

Vitor Meira, que largou em 16º, terminou em uma ótima terceira posição e Raphael Matos fez corrida constante e chegou em quarto. Helio Catroneves, que se envolveu no acidente da largada, conseguiu se recuperar bem e ficou em nono, logo a frente de Kanaan, que tembém conseguiu boa recuperação após ter sido tocado para fora da pista. Bia Figueiredo conseguiu uma 13ª posição e foi a melhor das quatro mulheres que correram hoje.

Espero que os organizadores tenham consciência dos problemas desta primeira edição da corrida para consertá-los para o próximo ano. A base do evento é boa e a corrida pode trazer bons frutos para a cidade no futuro.

Classificação final:
1°. Will Power
2°. Ryan Hunter-Reay
3°. Vitor Meira
4°. Raphael Matos
5°. Dan Wheldon
6°. Scott Dixon
7°. Dario Franchitti
8°. Mike Conway
9°. Helio Castroneves
10°. Tony Kanaan
11°. Justin Wilson
12°. Ernesto Viso
13°. Bia Figueiredo
14°. Ryan Briscoe
15°. Danica Patrick
16°. Simona de Silvestro

Foto: Site Oficial da IndyCar

13 de mar. de 2010

Vettel fica com a primeira pole do ano

Um Q1 bastante previsível, com as três equipes novas sendo apostas certas para caírem fora, um Q2 com poucos carros realmente na briga pelas vagas no top 10 e um Q3 com Vettel e Ferraris brigando pela pole position. Assim foi o primeiro treino classificatório de 2010.

Depois de muitas “previsões” sobre a nova divisão de forças da Fórmula 1, finalmente sabemos como as equipes estão distribuídas no grid de largada. Red Bull, principalmente com Vettel, apareceu muito rápida, pelo menos com tanque vazio, e fez a pole position com uma volta bem limpa. Depois vem as duas Ferraris, com Massa a frente do seu novo companheiro, Alonso. O espanhol já ficou meio segundo atrás do primeiro colocado, lembrando que não existe mais diferença de peso por causa da gasolina.

Um segundo depois, vem um outro pelotão, com Hamilton, McLaren, em quarto, Rosberg, Mercedes, em quinto, ambos já colocando boa vantagem sobre seus novos parceiros de parceiros de equipe, Schumacher, Mercedes, sétimo, e Button, McLaren, oitavo. Inclusive, os dois últimos passaram para o Q3 de forma bastante apertada.

Webber, da Red Bull, ficou em sexto, mais de um segundo atrás do pole e companheiro de equipe, Vettel. Daqui a pouco saberemos se o australiano optou por uma classificação com pneu duro, visando o início da corrida.

Fechando o top 10, Kubica, a surpresa, ficou em nono, e Sutil, com uma consistente Force India, em décimo.

Barrichello, em seu primeiro treino com a Williams, chegou a brigar para entrar no Q3, mas ficou fora na segunda fase e larga em 11º. Serve como consolo o fato de ter ficado à frente de seu companheiro, Hulkenberg, que sai amanhã em 13º.

Pelo menos em classificação, a Fórmula 1 deu a clara impressão hoje de estar divida em Red Bull e Ferrari na briga pela pole, McLaren e Mercedes em seguida, Renault, Force India e Williams brigando por uma vaga no Q3, Sauber e Toro Rosso brigando para não ficarem logo na primeira fase, e as três equipes novas, Lótus, Virgin e HRT, sendo hour concurs para seis da sete vagas do Q1.

Na briga entre as novatas, no primeiro embate real, a Virgin ficou à frente com Timo Glock, seguido pelos dois carros da Lótus. Como já era esperado, a HRT, de Bruno Senna e Karun Chandhok, ficou um pouco mais atrás. Esses seis carros irão formar um tráfego que pode complicar os primeiros colocados, o que sinceramente até acho interessante.

Amanhã, como não existe mais reabastecimento, será interessante notar se existirá diferença de rendimento e das forças com os carros mais pesados. Além disso, alguém do top 10 pode tentar surpreender largando com pneu duro. Vettel, Massa e Alonso são os favoritos.

Confira o grid de largada e os tempos da classificação de hoje:

Fonte: Site Oficial da Fórmula 1

12 de mar. de 2010

Muito trabalho no primeiro dia

O primeiro dia de treino livres do GP do Bahrain foi de muito trabalho para as equipes e poucas voltas rápidas. O destaque acabou ficando para os times que utilizam motores Mercedes: McLaren, Force India e a própria Mercedes. O time indiano liderou a primeira sessão e Mercedes e McLaren ficaram com as quatro primeiras colocações da segundo treino, que teve Nico Rosberg com o melhor tempo.

A Ferrari apareceu pouco. Alonso fez o segundo tempo na primeira sessão, mas os carros de Maranello passaram apagados no segundo treino. Massa ficou em sétimo, com uma volta no final, e o espanhol em nono. Difícil afirmar se o carro da scuderia italiana está tendo problemas de adaptação ao traçado do Bahrain ou se apenas correram um programa diferente.

A Red Bull também não conseguiu grande destaque ficando com uma quinta posição de Vettel. Webber ficou apenas em 17º.

A Williams confirmou que pode ser a primeira do bloco intermediária ao fazer o sexto tempo com o alemão Nico Hulkenberg. Barrichello ficou atrás do companheiro nas duas sessões, fechando o dia em 13º.

Na briga entre as novatas, que realmente andam em um ritmo bem mais lento, a Lótus conseguiu ser a melhor do dia com seus dois carros, com dois segundos de diferença para os da Virgin.

A HRT conseguiu colocar apenas o bólido de Bruno Senna na pista, já que o de Karun Chandhok teve proplemas e nem foi para pista. Na primeira sessão, o brasileiro deu três voltas, mas sem marcar tempo. No segundo treino conseguiu completar 17 voltas e, na melhor, ficou a pouco menos de cinco segundos no penúltimo colocado, Lucas Di Grassi, da Virgin, e a 11s5 do melhor tempo de Nico Rosberg. Era mais do que esperado para um carro que não tinha sequer realizado um shakedown. Hoje foi dia de ver se tudo funciona. No final, já com o cronômetro zerado, um susto no final da reta quando a porca de uma das rodas se soltou, mas Senna conseguiu segurar o carro sem causar um acidente.

Agora é esperar as declarações dos pilotos nas próximas horas para sabermos qual foi o programa realizado por cada um. Somente amanhã, após o treino oficial saberemos como as forças estarão distribuídas neste começo de temporada. Mas tudo indica que McLaren e Mercedes aparecem bem para esta primeira etapa.

Confira os tempos da segunda sessão de treinos livres do GP do Bahrain:

Fonte: Site Oficial da Fórmula 1

11 de mar. de 2010

Temporada 2010 da Fórmula 1 promete ser uma das melhores dos últimos anos

Chegou a hora! Para todos os que gostam de corridas de carros, e mais especificamente da Fórmula 1, os meses entre novembro e março são sempre de muita ansiedade e procura de notícias sobre os novos carros, os pilotos, as mudanças de regulamento. Neste final de semana, a espera termina. Amanhã, os carros da principal categoria do automobilismo mundial entram na pista do Bahrein para os treinos livres da primeira etapa da promissora temporada de 2010.

A ansiedade para este campeonato se justifica. Um novo regulamento, a volta ao topo de equipes tradicionais como Ferrari e McLaren, volta da tradicional e vitoriosa marca Mercedes como construtora, novas duplas entre os principais times como Hamilton/Button e Alonso/Massa, a participação de quatro campeões mundiais e, claro, a volta às pistas do melhor piloto de todos os tempos, Michael Schumacher.

Sobre o regulamento, a mudança que mais chama a atenção é a proibição do reabastecimento. Os projetos dos carros tiveram que ser revistos, sendo que a maioria ganhou mais espaço entre eixos para abrigar um maior tanque de gasolina, além de novos estudos de suspensão buscando um desgaste menor de pneus, que a partir de agora se tornam peça chave na estratégia das equipes. As corridas deverão se tornar mais interessantes também, já que os pesos dos carros irão baixar durante as provas causando uma mudança de desempenho nos bólidos. Alguns renderão melhor no começo, com tanque cheio, outros ficarão melhores após gastar um pouco de combustível, enquanto outros irão se destacar pelo simples bom aproveitamento dos pneus. A habilidade dos pilotos para saber lidar com essas mudanças durante a prova será essencial.

Com o fim do reabastecimento, voltaremos a ver as voltas voadoras na classificação, acabando com a regra que obrigava os pilotos levarem a quantidade de combustível que iriam largar para o treino de formação do grid de largada, uma das ideias mais ridículas da história da Fórmula 1. O sistema do treino continua o mesmo, dividido em três fases.

O novo regulamento também mudou os pneus. Os compostos dianteiros passam a ser mais estreitos, deixando o carro um pouco mais difícil de guiar.

A pontuação do campeonato sofreu a mudança mais radical da história da categoria. Agora, os dez primeiros colocados recebem pontos na ordem 25, 18, 15, 12, 10, 8, 6, 4, 2 e 1. A ideia é aumentar as chances de mais times pontuarem, além de valorizar as primeiras posições.

Mas o que mais chama atenção para a temporada é a formação das duplas nos principais times e a proximidade dos tempos das equipes nos testes da pré-temporada. Além disso, a chegada de três novatas.

Ao final dos 15 dias de treinos de pré-temporada feitos na Espanha, tudo indica que Ferrari, Red Bull, McLaren são os três times que devem brigar por vitória já na primeira etapa. Mercedes estaria forte, porém um pouquinho atrás. Williams, Sauber e Force India mostraram boa velocidade também e devem brigar por pontos constantemente. Toro Rosso e Renault, apesar de estarem pouco atrás, também mostraram que podem incomodar e brigar pela zona de pontuação. Daí temos as novatas Lotus e Virgin, que se mostraram muito atrás do restante, andando em média quatro segundos mais lentas, e a Hispania ou HRT, ex-Campos, que nem mesmo testou.

A expectativa também é grande para saber como funcionarão as duplas da McLaren, com os ingleses campeões mundiais Jenson Button e Lewis Hamilton, e da Ferrari, com o brasileiro Felipe Massa e o espanhol bi-campeão do mundo Fernando Alonso. Apesar de muito se falar do encontro latino da equipe italiana, é a dupla inglesa que pode ser mais explosiva, já que estarão no foco dos mesmos veículos de imprensa e sofrerão comparações explícitas.

E claro, a volta de Michael Schumacher, detentor de sete títulos mundiais, será um dos grandes destaques da temporada. O piloto alemão defenderá a Mercedes, que também volta à categoria como equipe, depois de 55 anos de ausência, e sucesso nos últimos anos como fornecedora de motores da McLaren. Seu companheiro será Nico Rosberg, jovem piloto que finalmente tem a chance em um time de ponta. A estrutura do time é a Brawn GP, campeã de pilotos e construtores em 2009 e que foi comprada pela montadora alemã no fim do último ano. Nos testes de inverno não se destacou entre os mais rápidos, mas mostrou que não está longe dos primeiros.

A última novidade é a entrada de três novas equipes. A Virgin, a Hispania, e a Lótus, que apesar de utilizar o nome da tradicional equipe é um time totalmente novo baseado na Malásia.

Entre os brasileiros, Felipe Massa é a principal esperança de vitórias e de briga pelo título. Massa cresceu bastante desde 2008 e se tornou um piloto mais constante, que comete menos erros, sem perder a velocidade. Ele terá como companheiro um dos melhores pilotos da categoria dos últimos anos, Fernando Alonso, dono de dois títulos mundiais, um deles vencendo Michael Schumacher. Nunca foi segredo para ninguém que o espanhol sempre sonhou em dirigir pela Ferrari, e está sendo bastante inteligente e político neste início de contrato, tentando manter o clima com equipe e companheiro o mais amigável possível.

Após Massa, o Brasil terá Rubens Barrichello estreando pela tradicional equipe Williams. O brasileiro viveu um verdadeiro conto de fadas em 2009, quando saiu de piloto desempregado para candidato ao título em poucas semanas. Apesar de não ter vencido o campeonato, mostrou que ainda tem condições de brigar por vitórias. Seu objetivo será liderar o desenvolvimento desta nova Williams, que quer voltar a ser grande, e do motor Cosworth, que volta à Fórmula 1 após três anos de ausência. Terá como companheiro de equipe o estreante e habilidoso alemão (sim, outro na vida de Barrichello) Nico Hulkenberg. Ele foi campeão da GP2 em 2009 com muita propriedade e pode ser uma pedra no sapato do brasileiro.

Os outros dois pilotos do país fazem sua estreia na categoria por equipes novatas. Lucas Di Grassi é um caso de insistência. Extremamente habilidoso, constante e inteligente, participou do programa de desenvolvimento de pilotos da Renault, porém nunca teve chance na Fórmula 1. Em vez de desistir, insistiu em permanecer como piloto de testes da equipe e correu por quatro temporadas na GP2. Finalmente sua chance chegou. E merecida. Sua equipe será a Virgin, que também estreia. A multinacional do milionário Richard Branson comprou o direito de dar o seu nome à Manor, equipe inglesa que ganhou a vaga na Fórmula 1. O time construiu o próprio carro com método de desenvolvimento sem utilização de túnel de vento, apenas através do CFD, Computation Fluid Dynamics, que usa simulações de computador, buscando economizar orçamento. O responsável pelo projeto é Nick Wirth, que foi dono da equipe Simtek, na primeira metade dos anos 90, sem muito sucesso. O outro piloto da equipe é o alemão Timo Glock. Nos testes de inverno o time não teve um desempenho muito animador, e o objetivo dos dois pilotos deve ser tentar terminar as corridas e ficar a frente das outras novatas do grid.

E finalmente chegamos à história que deve causar muitos suspiros nos próximos dias: Bruno Senna. O sobrinho de Ayrton Senna, um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, mostrou velocidade e mesmo não vencendo nenhum título, ganhou corridas em categorias importantes como F3 inglesa e GP2. Quase entrou na Fórmula 1 em 2009, pela Honda, antes dos japoneses decidirem vender o time, e assinou com a Campos para 2010. Viveu momentos difíceis nos últimos meses quando viu seu novo time quase perder a vaga no campeonato por falta de dinheiro, mas, no final, um novo investidor, Jose Ramon Carabante, salvou a equipe, e agora chega ao Bahrein para fazer sua estreia. O time foi rebatizado de Hispania (aparece oficialmente na lista da FIA como HRT). O carro foi concebido pela tradicional construtora italiana de chassis Dallara. Porém, por todos os problemas dos últimos meses, chega à primeira etapa sem nem mesmo ter realizado um shakedown. Será quase um milagre se conseguir completar as primeiras corridas. Para Senna, o objetivo nesta temporada será aprender muito e tentar ser o melhor entre os estreantes. Terá como companheiro de equipe o indiano Karun Chandhok.

Indy, de volta ao Brasil, começa o seu campeonato 2010

A Fórmula Indy volta ao Brasil depois de uma década de ausência para dar largada à sua temporada 2010. A categoria correu no Rio de Janeiro, em um circuito oval montado em Jacarepaguá, entre 1996 e 2000. Os últimos 10 anos do campeonato também foram bem difíceis com uma crise de identidade e de interesse de público e que, aos poucos, estão sendo superados.

É bom lembrar que na primeira metade da década de 90, a Fórmula Indy chegou a rivalizar de verdade com a Fórmula 1. O auge foi quando Nigel Mansel, então campeão mundial pela Williams, se transferiu para a categoria norte-americana, chamando a atenção do público europeu.

Os brasileiros já acompanhavam a Indy desde os anos 80, quando Emerson Fittipaldi começou a sua carreira na categoria, que até então tinha visibilidade somente nos Estados Unidos. O brasileiro, bi-campeão mundial de Fórmula 1, ganhou um título e venceu duas vezes as 500 milhas de Indianápolis. Depois dele, toda uma geração de pilotos brasileiros, como Raul Boesel, Roberto Pupo Moreno, Maurício Gulgemin, André Ribeiro, Gil de Ferran, Cristiano da Matta, Helio Castroneves, Tony Kanaan, entre outros, seguiram seus passos.

Porém, um racha que dividiu campeonato em dois, a IRL e a Cart, em 96, e tudo o que tinha sido alcançado em termos de visibilidade internacional foi perdido. No começo dos anos 2000, as duas categorias perderam boa parte de suas provas fora dos EUA e passavam por problemas financeiros e de público até mesmo em seu país base.

Há dois anos, os dois campeonatos voltaram a se unir e desde então os organizadores correm para tentar reconquistar o espaço internacional que já tinha sido ocupado. Na prova paulista deste domingo, o Brasil será o país com mais pilotos na pista, seis já confirmados (podem virar sete ainda nas próximas horas com uma possível confirmação de Mário Moraes). São eles, Helio Castroneves, Tony Kanaan, Vitor Meira, Raphael Mattos, Mário Romancini e Bia Figueiredo. Porém, a categoria também conta com piltos vindos da Inglaterra, Austrália, Venezuela, Escócia, Nova Zelândia, Japão e Canadá. Para se ter ideia, dos 24 carros, somente três são ocupados por americanos.

Os três principais times são Chip Ganassi, dos bicampeões Dario Franchitti, escocês e atual vencedor em 2009, e Scott Dixon, neozelandês, a Penske, de Helio Castroneves e do australiano Ryan Briscoe, e a Andretti, de Tony Kannan, campeão em 2004, e dos norte-americanos Marco Andretti e Danica Patrick.

Vale um destaque para a estreia de Gil de Ferran como dirigente na categoria, como sócio na equipe Luczo Drago/De Ferran, que terá no cockpit o brasileiro Raphael Mattos.

Um dos principais destaques desta primeira etapa da Indy é o circuito de rua na Megalópole e caótica São Paulo. A corrida estava praticamente fechada para ser no Rio de Janeiro, mas a prefeitura local desistiu na última hora. Ribeirão Preto e Salvador também lutaram para sediar a prova, porém, no final das contas, a corrida caiu no colo da capital paulista, que de forma corajosa e até mesmo um pouco irresponsável, aceitou o desafio de organizar o evento com prazo de preparação de três meses. Somente após o final de semana poderemos avaliar o impacto positivo ou negativo na cidade.

O autódromo de Interlagos não poderia ser utilizado por acordo com a Fórmula 1, então a região do Sambódromo paulistano foi escolhida para a realização da corrida por possuir uma estrutura já pronta, como arquibancadas, camarotes, pavilhão de eventos, ruas amplas para montagem da pista e boa rede hoteleira nos arredores. O circuito passará por dentro do Sambódromo, pela Avenida Olavo Fontora, pelo estacionamento do Anhembi e Marginal Tietê, que, com 1,5 km, será a maior reta rde toda a temporada da Indy, onde os carros devem bater os 310 km/h.

Segundo alguns números divulgados na imprensa especializada nos últimos dias, a prefeitura de São Paulo arcou com 12 milhões de reais e a Rede Bandeirantes, que detém os direitos de transmissão, com outros 8 para organização do evento.

Por parte do município, existe o interesse da divulgação internacional, já que ao contrário da Fórmula 1, a cidade que dá o nome a corrida, então temos a São Paulo 300, e não, por exemplo, GP Brasil, além de ser mais um evento que movimente a economia da cidade com a chegada de turistas.

Porém, a insistência na realização da corrida brasileira, fosse onde for, parte de um interesse comercial diferente: o etanol. A categoria utiliza o combustível feito com álcool de cana-de-açúcar brasileiro e tem muita gente interessada em divulgar isso para o mundo, principalmente nos EUA. Nada melhor do que uma corrida por aqui para isso. Foi um dos motivos para Ribeirão Preto ter participado do “processo seletivo” para ser sede da prova.

Foram colocados à venda 36 mil ingressos para corrida. Até a última quarta-feira, 22 mil já tinham sido vendidos. Uma das preocupações, a chuva, que sempre causa muitos problemas à região da Marginal Tietê, segundo a previsão do tempo, não deverá aparecer no final de semana.

O site oficial da corrida é o www.saopauloindy300.com.br, onde é possível ter informações sobre ingressos, traçado e até dar uma volta virtual na pista. Os carros entram na pista pela primeira vez no sábado, às 9 horas, para o primeiro treino livre. O treino que define o grid de largada acontece às 15h30. A largada, no domingo, será às 13 horas.

Atualização (21h00): Mário Moraes foi confirmado no terceiro carro da equipe KV e é o sétimo piloto brasileiro na prova

8 de mar. de 2010

Voltando das Férias

Bem turma, agora o Blog Fanáticos está voltando das férias de vez. Ainda hoje vem textos sobre a primeira etapa do Mundial de Turismo em Curitiba e da segunda etapa do Mundial de Rali, que aconteceram neste final de semana.

E já estão sendo preparados os especiais da Indy, falando da volta da categoria americana ao Brasil, e, claro, da abertura da Fórmula 1, que acontece também no próximo domingo, no Bahrein, com muitas novidades.

Então, fique ligado no blog!!

4 de mar. de 2010

Finalmente, as fotos

Demorou, mas finalmente seguem algumas fotos da perna final da viagem, entre Munique e a volta à Lisboa.

Munique

Campo de Concentração Dachau


Castelo em Füssen


Praga

Ponte Carlos IV


Praça do Centro Velho


Berlim

Portão de Brandenburger


East Side Gallery


Amsterdam


Bruges


Bruxelas


Lisboa

Sintra


Cabo da Roca

1 de mar. de 2010

Despedida

Bem gente, estou saindo para o aeroporto em alguns minutos. Hoje, aproveitei o dia em Lisboa para conhecer Sintra. Fui com dois caras de Taiwan que conheci no hostel. De lá ainda passamos em Cabo da Roca, lugar mais a oeste da Europa. Foi um dia bem legal.

Queria agradecer todos que me acompanharam nestes 50 dias de viagem. Espero que tenham gostado das minhas narrativas da viagem. Os convido a voltarem nos próximos dias, quando, em casa, publicarei algumas fotos legais de toda a viagem e farei alguns relatos a avaliações. Afinal, tem que ter um pouco de polêmica, não?