O Grande Prêmio da Austrália foi uma corrida um pouco maluca e com muitas disputas e ultrapassagens. O tempero essencial foi a chuva no começo da corrida, que deixou o asfalto molhado o bastante para embaralhar as cartas. Depois, a estratégia de pneus foi o que determinou o resultado final. Button foi o primeiro a trocar os intermediários para os slicks e depois permaneceu na pista com o mesmo jogo até o fim, garantindo a vitória. Kubica, Massa e Alonso seguiram a estratégia do piloto inglês e completaram o top 4 da corrida.
A largada com pista escorregadia foi um ponto crucial. Vettel saiu bem e manteve a ponta. Mas foi Massa que se destacou ao pular de quinto para segundo. Alonso, que saía em terceiro patinou e perdeu posições e na primeira curva ainda se envolveu em toques com Button e Schumacher e rodou. Porém, sua recuperação foi impressionante e antes mesmo da metade da corrida já incomodava de novo os ponteiros. Acabou parando sua recuperação quando chegou em Massa e ficou ali atrás do companheiro até o final.
Vettel dominava a corrida e tinha tudo para sair vitorioso se não fosse um problema nos freios que o tirou da prova. A Red Bull tem o grande carro da categoria e o alemão está vivendo um ótimo momento, mas se os problemas técnicos persistirem a briga pelo título fica difícil.
Além do vitorioso Jenson Button, que depois de uma má estreia na McLaren no Bahrein deu a volta por cima dentro do time com esta vitória, o nome da corrida acabou sendo de Robert Kubica. Grande largada pulando para quarto e ficou sempre ali entre os ponteiros, fazendo a corrida dele, lucrando em cima do erro e quebras dos outros. Abocanhou uma ótima segunda posição com sua Renault. É com certeza um dos pilotos mais habilidosos da Fórmula 1 atual.
O saldo final da corrida também foi bom para Felipe Massa. Ele nunca demonstrou ter um bom carro durante todo o final de semana, mas após a largada espetacular, também ficou sempre entre os primeiros e se aproveitou dos erros dos outros. Chegou à frente do companheiro de equipe e assume a vice-liderança do campeonato.
No caso de Alonso, poderia ter brigado pela vitória se não fosse o entrevero da largada. Mas se recuperou muito bem e viu um dos seus principais rivais ao título, se não o principal, Vettel, abandonar. Continua na liderança do campeonato, que é o mais importante.
Rosberg chegou mais uma vez à frente de Schumacher em uma boa quinta posição. No momento, parece ser o máximo que a Mercedes pode fazer no momento. Por enquanto, vai se mantendo entre os líderes do campeonato, em quinto, 17 pontos atrás do líder.
Hamilton e Webber foram os pilotos que fizeram as maiores lambanças da corrida. Se pegaram durante toda a prova e poderiam ter terminado melhor do que a sexta e a nona colocações se não fosse o lance final, a duas voltas do fim, quando o australiano abalroou o piloto da McLaren por trás.
Na disputa do resto, sem contar Kubica que brigou o tempo todo entre os ponteiros, Liuzzi, mais uma vez foi o melhor e terminou em sétimo. Barrichello ficou em oitavo após apostar em um segundo pit stop. Poderia ter sido melhor. A briga entre Force India e Williams continua.
Tudo o que o GP do Bahrein não teve de emoção sobrou na Austrália. Lógico que o tempo contribuiu para isso, mas o circuito também ajudou. Mesmo com tempo seco, as brigas foram constantes e a diferença das estratégias de pneus (alguns apostaram em dois pit stops enquanto outros fizeram apenas um) deixou a prova interessante no fim.
Na briga pelo campeonato, Alonso tem 37, Massa 33 e Button 31. Vettel, um dos favoritos, apenas 12. Ainda é difícil dizer como serão as corridas nesta temporada, mas tudo indica que mesmo que as disputas dentro da pista não sejam das mais intensas, na tabela de classificação a luta será interessante.
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