Após os escapamentos da Ferrari, a polêmica dos últimos dias tem sido sobre os difusores de Williams e Toyota, que não estariam respeitando a altura máxima. Com a mudança radical no regulamento, especialmente na área de aerodinâmica, já era de se esperar interpretações diferentes das regras e novos desenhos testando o limite do que pode e do que não pode.
As principais agências brasileiras como Grande Prêmio e Tazio informam que o difusor deve ser liberado pela FIA. Inclusive, citam matéria no site oficial da Fórmula 1 que elogia a criatividade dos times no desenho de seus difusores.
O site da Autosport faz uma análise técnica bem interessante do caso e deixa claro que existe sim uma brecha no regulamento que valida a intenção de Willams e Toyota. Isso porque regra é ambígua sobre qual parte da traseira do carro faz parte ou não do difusor. Ou seja, o segundo deck dos difusores, que está sendo questionado, seria parte da carroceria do carro, e por isso, apesar de o artigo 3.12.7 do regulamento dizer que o difusor não pode passar de uma altura de 175 mm, estaria coberto pelo artigo 3.5.2, que diz que a carroceria entre as rodas traseiras do carro pode chegar a 200 mm do plano de referência.
Na verdade, estão todas as equipes procurando de onde tirar alguma vantagem em brechas do novo regulamento e experimentando algumas interpretações diferentes. Durante os testes, tudo é permitido, então, na verdade, o questionamento todo que equipes fazem à FIA sobre desenhos e componentes das concorrentes seria mais um “posso usar também?”. Por isso mesmo, muitas novidades serão guardadas a sete chaves até o GP da Austrália, em Melbourne, já que ninguém quer ver a arma que inventou na mão do inimigo.
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