28 de dez. de 2010

Grandes Disputas

Gilles Villeneuve e Didier Pironi travaram uma grande batalha pela vitória do GP de San Marino de 1982.

Companheiros de Ferrari, os dois trocaram de posição diversas vezes durante a prova, sendo a última, na volta final, em que o piloto francês ultrapassa o parceiro desrespeitando uma ordem vinda do box da equipe para eles manterem a posição.

Uma menção honrosa para Rene Arnoux também é válida, já que ele segurou os dois pilotos do time de Maranello por um bom tempo até a sua Renault sofrer um problema no motor.



A prova teve apenas 14 carros no grid devido um boicote das equipes alinhadas com a Foca [Associação dos Construtores da Fórmula 1], praticamente todas as inglesas, contra a FISA, braço esportivo da FIA que regulamentava a Fórmula 1 na época (sim, essa batalha já existia).

A sequência do campeonato também foi desastrosa para a Ferrari. Apesar de ter dois pilotos muito talentosos, dois desastres tiraram a chance de o time italiano ficar com o título. Logo na prova seguinte a de San Marino, no circuito de Zolder, na Bélgica, Villeneuve sofreu um acidente durante os treinos que tirou sua vida.

A equipe concentrou então sua atenção em Pironi, que tomou a liderança do campeonato e seguia em uma campanha bastante consistente para vencê-lo, até também sofrer um forte acidente, nos treinos do GP da Alemanha, em Hockenheim, em que quase perdeu as pernas e ficou impedido de voltar a pilotar naquela temporada.

Mesmo sem correr as últimas cinco provas, Pironi ainda terminou empatado na vice-liderança da classificação geral com John Watson e apenas cinco pontos atrás do campeão, Keke Rosberg.

Pironi ainda voltaria a testar um carro de Fórmula 1 quatro anos depois, mas sem condições de voltar a competir, passou a se dedicar a provas de lanchas de corrida.

23 de dez. de 2010

Mini Doc da Lotus (a do Fernandes)

A Lotus Racing, de Tony Fernandes, que ano que vem se chamará, até segunda ordem, Team Lotus, produziu este vídeo de dez minutos sobre a primeira temporada da equipe, focando na sua preparação e estruturação.

O time pode não ter mostrado muita coisa na pista, mas o trabalho de marketing e imagem foi muito bem feito, assim como o vídeo. Vale a pena assistir.

22 de dez. de 2010

Grandes Disputas

A seção hoje tem uma ótima disputa entre dois campeões mundiais de F-1, só que correndo na Indy.

Emerson Fittipaldi e Nigel Mansell roubaram a cena na etapa de Cleveland de 1993 trocando diversas vezes de posição durante as últimas voltas da prova. Os dois também disputavam o título daquela temporada, que teve o inglês como campeão logo em seu ano de estreia na categoria.

O melhor ponto deste vídeo acontece aos 3’05’’, mas vale a pena assisti-lo na íntegra, até porque não é tão longo.

16 de dez. de 2010

Retrospectiva 2010 WRC

As imagens são tão ou mais espetaculares do que as da Fórmula 1.

Rali não é para qualquer um, e estes caras são a elite do esporte.

14 de dez. de 2010

Grandes Disputas

Seguindo com a seção de Grandes Disputas da história, hoje vamos relembrar a luta entre Jean Alesi, pela Tyrrel, e Ayrton Senna, pela McLaren, no GP dos Estados Unidos de 1990, nas ruas de Phoenix.

A narração em japonês é um bônus à parte.



Sempre bom lembrar que sugestões de outras disputas são sempre bem vindas.

13 de dez. de 2010

Retrospectiva F-1 2010

Este clipe ofical com a restrospectiva da temporada da Fórmula 1 vale por qualquer especial. Fantástico o trabalho. Diverta-se!

9 de dez. de 2010

Trilha Sonora

A trilha sonora desta semana é em homenagem às Lotus, que brigam por um nome e por uma cor.

AC/DC - Back in Black

7 de dez. de 2010

Grandes disputas

Que tal começarmos a relembrar grandes disputas da história da F-1?

Para começar, nada muito criativo, dois clichês, mas que sempre são muito legais de assistir: Gilles Villeneuve contra René Arnoux, no GP da França de 1979, em Dijon, e Felipe Massa contra Robert Kubica, no GP do Japão de 2007, em Fuji. Duas das maiores batalhas da história da categoria.

Sugestões são mais que bem vindas. Vamos lembrar outras boas brigas dentro da pista.



18 de nov. de 2010

Considerações finais

Alonso tinha tudo para ter ficado com o título. Mas a estratégia errada da Ferrari de marcar Mark Webber, que, de forma consciente ou não, acabou servindo de isca, acabou com as chances do título do espanhol, que começou a renascer na competição justamente em outra decisão tomada no pit wall, no polêmico GP da Alemanha, em que a equipe pediu para Felipe Massa ceder a primeira posição para o companheiro.

Webber não foi competente na reta final do campeonato para se sagrar campeão. Sua última vitória na temporada foi no GP da Hungria, 12ª etapa, em uma corrida que caiu no seu colo graças à punição de Sebastian Vettel. Depois disso, ele marcou 81 pontos das últimas sete corridas da temporada, uma média de 11,5 por prova, com um sistema que dá 25 para o vencedor.

Para se ter ideia, nas mesmas sete corridas, o campeão Sebastian Vettel marcou 105, e venceu três etapas. O vice, Alonso, foi melhor ainda, com 111, média de 15,8, o que mostra que se a Ferrari tivesse ressurgido um pouco antes na competição, mesmo não tendo o melhor carro, o espanhol poderia ter chegado em posição ainda melhor em Abu Dhabi.

O título no final sempre fica em boas mãos, já que a disputa é de pontos corridos, não tem discussão. Vettel é um piloto talentosíssimo e é bastante agressivo. Não se esqueçam de que há pouco mais de dois anos, ele foi responsável por uma das maiores exibições da história da Fórmula 1, ao vencer o GP da Itália, largando da pole position, com uma Toro Rosso.

Mas, polêmicas sobre ordens de equipe a parte, Alonso mostrou em 2010 que o piloto ainda faz a diferença na categoria. O carro da Ferrari era muito inferior ao da Red Bull, e talvez até mesmo ao da McLaren. É verdade que ele teve sorte em alguns momentos, como no GP da Coreia, mas também é preciso aplaudi-lo pelo desempenho em corridas com a de Monza e Cingapura, em que não deu chances para os concorrentes.

O saldo de 2010 é ótimo. Uma das melhores temporadas da história, em que cinco pilotos realmente tiveram chance de ficar com o título durante três quartos da competição. É bom lembrar que faltando apenas cinco provas para o final do campeonato, Vettel era o quinto colocado na classificação geral. No final, ainda tivemos, pela primeira vez, uma decisão na última prova com quatro candidatos com chances matemáticas.
Com certeza, 2010 vai deixar saudades.

8 de nov. de 2010

Fittipaldi no GP do Brasil

Um dos melhores momentos da programação do GP do Brasil deste ano [se não foi o melhor] foi com certeza ter a oportunidade de ver Emerson Fittipaldi pilotando o Lotus 72C, o mesmo com que ele conquistou a sua primeira vitória na F-1, o GP dos Estados Unidos de 1970.

Consegui fazer este vídeo na passagem dele pela Junção.

13 de set. de 2010

Reta Final

A Fórmula 1 se despediu da Europa com o GP da Itália vencido por Alonso em uma semana inteira vermelha, que contou ainda com a vitória da Ferrari no julgamento sobre a ordem de equipe do GP da Alemanha.

Mark Webber, 187 pontos, Lewis Hamilton, 182, Fernando Alonso, 166, Jenson Button, 165, e Sebastian Vettel, com 163, seguem na disputa pelo título da temporada.

A diferença do líder para o quinto colocado é de 24 pontos, o que é menos de uma vitória, que hoje vale 25. Esta diferença seria equivalente a 9,6 até 2009, ou seja, uma disputa bastante apertada.

As últimas cinco corridas de 2010 são Cingapura, circuito de rua, Japão, pista técnica de média velocidade, Coreia do Sul, desconhecido de todos, traçado típico do arquiteto Hermann Tilke com curvas de baixa, retas longas e freadas fortes, Brasil, onde os motores sempre são um diferencial, e, finalmente, Abu Dhabi, que tem as mesmas características da etapa coreana.

Apesar do desempenho apagado das últimas duas corridas, a Red Bull segue favorita, especialmente com Mark Webber. Mas o time austríaco já demonstrou durante este ano que tem dificuldades em lidar com isso e já perdeu diversas oportunidades de disparar.

Em provas tão distantes da Europa, as atualizações ficam mais limitadas, o que significa que será difícil impedir a conquista de alguém que consiga uma arrancada nas próximas duas provas. Além disso, erros, especialmente para os três últimos da briga, poderão acabar com as chances.

5 de set. de 2010

Tragédia

Uma morte no esporte sempre choca. Neste domingo, o motociclismo viu a segunda em um período de uma semana.

Depois de Peter Lenz em Indianápolis há sete dias, hoje, em Misano, foi a fez de Shoya Tomizawa na etapa da Moto2, preliminar da MotoGP.

O japonês de 19 anos caiu e foi atropelado por Alex De Angelis e Scott Redding, que vinham logo atrás e nada poderiam fazer.

O resgate depois do acidente não foi dos melhores e mais rápidos. Não sei se isso evitaria a morte de Tomizawa por múltiplas fraturas no abdômen, no tórax e na cabeça.

De qualquer maneira, fatos como este sempre lembram que o esporte a motor, em todos os níveis, do kart à Fórmula 1, no motociclismo ou rali, é um esporte de risco, por isso todas as precauções possíveis para essas coisas não acontecerem devem ser tomadas. Hoje, talvez, nada poderia ser feito, mas por diversas vezes, como na etapa da Indy em São Paulo, por exemplo, nem tudo é calculado e colocado na balança.

30 de ago. de 2010

Opa!

O blog andou um pouco de lado aqui por pura falta de tempo, mas nos próximos dias vamos colocando a casa em ordem.

O último final de semana foi bastante movimentado em termos de automobilismo. No sábado teve Indy, com uma vitória surpreendente de Dario Franchitti com uma estratégia brilhante de não trocar os pneus no último pit stop para pular de nono para primeiro, a trinta voltas do final. Vale o elogio também para a pilotagem do escocês que se segurou bem na ponta, mesmo com os pneus mais desgastados.

Já o líder do campeonato, Will Power, teve uma noite que não foi tão boa. No primeiro dos quatro ovais que fecham a temporada ficou apenas em 16º apesar de ter andado entre os líderes a corrida inteira. A cinco voltas do final precisou fazer um splash and go. Mancada da Penske.

A diferença entre Power e Franchitti no campeonato despencou de 59 para 23 pontos e, faltando três corridas para o final, o título já não é mais tão impossível assim para o piloto da Ganassi.

No domingo tivemos uma corridinha bem chatinha da MotoGP em Indianápolis. Dani Pedrosa venceu com a surpresa Ben Spies em segundo e o líder do campeonato, Jorge Lorenzo, em terceiro. Valentino Rossi [sempre é bom falar dele] foi o quarto colocado.

Lorenzo deve seguir tranquilo rumo ao título, sem muita encheção.

Já na F-1, o GP da Bélgica juntou dois fatores que normalmente resultam em corrida boa: pista legal e tempo instável. Lewis Hamilton venceu de ponta a ponta, com Mark Webber em segundo e um ótimo Robert Kubica em terceiro, que só não chegou na frente do australiano em uma bobeira ao errar a freada na entrada para o último pit stop.

Sebastian Vettel fez lambança e bateu em Jenson Button tirando o inglês da prova. Mesmo continuando, o alemão chegou apenas em 15º. Fernando Alonso sofreu com um erro de Rubens Barrichello, que abalroou o carro do espanhol, e no final ainda rodou e bateu.

Com tudo isso, Hamilton e Webber abriram uma boa distância para os rivais no campeonato e, separados por apenas três pontos, passam, pelo menos no momento, a serem os dois grandes favoritos ao título.

Como curiosidade, um vídeo no Youtube surgiu hoje mostrando que Felipe Massa passou do seu lugar no grid de largada. Nada aconteceu com o brasileiro, o que mostra que o controle de queimada da F-1 não é infalível.

5 de ago. de 2010

1 de ago. de 2010

Polêmicas

A Fórmula 1 gosta mesmo é de uma polêmica. A história mostra que a categoria nunca viveu somente de boas corridas.

E esta semana foi cheia de assunto para discussão. No final de semana passado, na Alemanha, foi a ordem da Ferrari para Massa deixar Alonso passar, e neste, na Hungria, foi a manobra de Schumacher para cima de Barrichello.

A corrida em Hungaroring acabou surpreendendo. Teve ainda o acidente de Kubica e Sutil dentro do box, a roda solta de Rosberg e a punição de Vettel e mudança da liderança do campeonato

Se olharmos para o final da primeira volta, em um circuito tão sinuoso como o de Budapeste, era difícil apostar em um triunfo de Webber. Estava em terceiro, preso atrás de Alonso, com o companheiro de equipe correndo solto na frente e com um carro que tinha uma vantagem de rendimento imensa para os rivais.

Precisou apenas de um elemento extra, que neste caso foi a entrada do safety car, e tudo mudou. O australiano levou bem seus pneus macios por 40 voltas, contou com a sorte, ao ver seu principal rival, Vettel, ser punido, e venceu.

Porém, pelo menos no Brasil, o lance que todos irão guardar do GP da Hungria de 2010 será o da disputa entre Barrichello e Schumacher na reta dos boxes.

Além de todo o histórico destes dois, a atitude de Schumacher de espremer o brasileiro no muro foi, no mínimo, irresponsável. Eles ficaram muito próximos de um acidente que poderia ter consequências bastante sérias. A punição que o alemão levou de dez posições no próximo grid foi merecida.

Além disso, ainda terá que voltar para casa com o gostinho de ter perdido a batalha, que, provavelmente, deve ser mais amargo do que da penalização.

25 de jul. de 2010

Mais polêmica

Se a corrida de Fórmula 1 na Alemanha foi polêmica , o que dizer então da prova da Indy em Edmonton neste domingo.

Helio Castro Neves literalmente ganhou, mas não levou. Uma punição absurda tirou a vitória do brasileiro. Só vendo mesmo. Seguem as imagens.

Jogo de equipe

Ordens vindas dos boxes que influem nos resultados das corridas não são algo recente, muito menos exclusividade da Ferrari [apesar do time italiano ser um dos mais adeptos da prática].

Tem-se notícia de jogo de equipe antes mesmo da criação da F-1, na época dos Grand Prixs, na primeira fase do automobilismo. E ao contrário do que as pessoas pensam, nem sempre são os brasileiros o alvo de planos malignos. Quem não se lembra do fiel escudeiro de Senna, Gerhard Berger, que para poder passar o companheiro de McLaren precisava de autorização com firma reconhecida em algum cartório do interior do Sudão?

O problema da manobra de Massa e Alonso neste domingo na Alemanha é que hoje em dia o regulamento proíbe ordens deste tipo. Faltou, lógico, um pouco de malícia para a Ferrari. Coloco essa, de novo, na conta do Domenicali. Os italianos conseguiram, de novo, colocar a imagem da F-1 e os seus pilotos em uma situação bastante delicada frente o público.

Mas é preciso lembrar o outro lado. Não é o ideal para o esporte, não deveria acontecer, mas existe um campeonato para ser disputado, e Alonso tem mais chance do que Massa, que além de estar bem atrás na classificação, faz uma temporada apagada.

O próprio Felipe já se beneficiou de uma situação parecida, quando Raikkonen foi obrigado a deixá-lo passar no GP da China de 2008. Lógico que deve ser doído abrir mão de uma vitória, ainda mais em um ano tão difícil como esse pelo qual o brasileiro está passando. Mas a própria postura de Massa de não sair reclamando como um doido mostra que não é hora para hipocrisias.

Agora, está nas mãos da FIA uma possível punição ao time italiano. E quem é o presidente da entidade atualmente? Jean Todt. Lembram do GP da Áustria de 2002? Barrichello e Schumacher? Pois é...

23 de jul. de 2010

Maratona

Para quem gosta, o final de semana tem bastante motor roncando:

Fórmula 1 - Hockenheim - 9h (Globo)
MotoGP - Laguna Seca (espetacular!) - 18h (Sportv2)
Indy - Edmonton - 19h (Bandsports)
Racing Festival - Londrina - 14h (Fórmula Future) e 15h (Copa Linea) (Sportv)
Truck - Interlagos - 14h - (Bandeirantes)

Tudo no domingo.

Lógico que é sempre bom dar uma passadinha aqui para ficar sabendo das coisas, mas indico, lógico, a cobertura do Tazio, site em que trabalho.

19 de jul. de 2010

De volta

Valentino voltou. Foi bem mais rápido do que se esperava. E já andou bem. Terminou a etapa da Alemanha em quarto e brigou pelo terceiro posto.

Assim como escrevi quando ele se machucou que era sempre ruim quando um ídolo fica de fora, agora é exatamente o contrário. É muito bom ver o italiano de volta. Para ele, para os fãs, para o esporte, e até mesmo para os concorrentes.

13 de jul. de 2010

Trilha Sonora

A Trilha Sonora de hoje é uma homenagem ao dia Mundial do Rock. E só poderia ser com o rei. Elvis Presley / Jailhouse Rock.

12 de jul. de 2010

Valeu!

De longe, aqui do Brasil, vendo pela televisão, a Copa da África do Sul foi muito legal. Bons jogos, emoções, imagens e uma cultura diferente sendo mostrada para o resto do mundo.

A impressão que ficou foi boa. O resultado também não pode ser contestado. Espanha, Holanda, Alemanha e Uruguai, na ordem, acabaram sendo os times, cada um com suas virtudes, que mais se destacaram.

Os espanhois realmente têm uma equipe fantástica. Na reta final, souberam anular as principais jogadas dos seus principais adversários, alemães e holandeses. Não deixaram jogar e saíram com o resultado.

Além de grandes jogadores, muito, mas muito mesmo, mérito para o técnico Vicente Del Bosque, último treinador verdadeiramente vencedor no Real Madrid, entre 1999 e 2003, que levou duas taças da Liga dos Campeões, mas que foi demitido porque não se encaixava no perfil midiático que o clube procurava. Nos últimos dois anos, deu sequência ao bom trabalho realizado na Seleção por Luis Aragonés, campeão da Eurocopa de 2008, e levou o Mundial com muita competência, sabendo armar a equipe de olho nos adversários.

O título da Copa do Mundo também coroa um grande momento do esporte espanhol, que vive ótima fase também no basquete, vôlei, ciclismo, automobilismo, motociclismo, tênis, entre outros. É resultado de uma boa política de esporte, iniciada no começo da década de 90 com as Olimpíadas de Barcelona, e que também vai na carona do crescimento do país.

Mas e a anfitriã? Agora fica a preocupação de o que será da África do Sul. Todo o dinheiro investido teve algum retorno? O país irá seguir uma política de esportes? O evento vai incrementar a economia? O que acontecerá com os lindos estádios construídos? É lógico que se criou uma expectativa na população sul-africana sobre a Copa do Mundo e seus benefícios, mas será que elas realmente se tornarão realidade? Mais tempo é preciso para saber, mas lógico que o pressentimento geral não é dos melhores.

É a próxima Copa? Sim, ela é no Brasil, mas será que estamos prontos? Organizar as partidas de futebol é a parte fácil, porém, será que temos condições de realizar um evento deste porte sem que seja em vão, apenas para alimentar egos e enriquecer alguns poucos interessados? Pior, será que saberemos vistoriar o que está sendo feito? As perguntas ficam.

Mas para não encerrar com essas dúvidas todas, ficam aqui os parabéns para a Espanha, a mais nova campeã do mundo, com muitos méritos.

7 de jul. de 2010

Eles chegaram

Holanda e Espanha fazem a primeira final entre dois times que nunca ganharam uma Copa do Mundo desde 1978, quando os próprios holandeses enfrentaram a Argentina. Esta é a terceira decisão da Laranja Mecânica contra a primeira dos espanhois, desconsiderando, claro, o quadrangular final que a Fúria participou em 50.

Os dois times chegaram à África do Sul na lista dos favoritos. A Holanda invicta há quase dois anos, a Espanha, além dos ótimos nomes que formam a equipe, com o status de campeã europeia. Porém, como sempre, tiveram que superar a desconfiança internacional principalmente pelos seus vários fracassos em Copas do Mundo.

Bem, eles superaram tudo isso e chegaram à final. E merecido. As duas equipes são boas, cerebrais, comandadas por dois ótimos técnicos, e tem alguns jogares acima da média como Robben, Sneijder, Villa, Xabi e Iniesta.

Se olharmos de uma maneira mais ampla, os dois países merecem estar entre os grandes do futebol por suas contribuições ao esporte. A Holanda, por três gerações mágicas: a de Cruyff nos anos 70, a de Van Basten, nos 80, e a de Bergkamp, nos 90. Já a Espanha tem os dois clubes que talvez sejam os mais importantes e espetaculares do mundo: Real Madrid e Barcelona.

Além disso, são os times mais regulares dos últimos tempos. A Espanha perdeu apenas dois jogos nos últimos quatro anos. A Holanda tem 100% de aproveitamento tanto na Copa do Mundo quanto nas Eliminatórias e também defende uma grande invencibilidade. Ou seja, merecem estar onde chegaram.

Bela final.

5 de jul. de 2010

Ele está preparado?

Nos próximos dias deve ser anunciado o novo técnico da Seleção Brasileira. Muitos nomes serão especulados e, depois da escolha, muita gente vai elogiar ou torcer o nariz.

Mas o problema talvez não seja o técnico, mas quem o escolhe. Será que Ricardo Teixeira tem condições de escolher o novo treinador?

Teixeira está no cargo de presidente da CBF desde 1989. Está assegurado até depois de 2014 e é o principal dirigente da organização do Mundial que será organizado no Brasil. Claramente tem estado muito mais preocupado com isso (por vários motivos) do que com a Seleção.

Mas a pergunta que não cala: ele tem competência de dirigir a CBF e escolher o futuro da Seleção Brasileira, que é muito mais que um simples time de futebol, mas uma instituição para o país? E quem teria?

2 de jul. de 2010

Eliminações

Tudo o que aconteceu na eliminação do Brasil contra a Holanda hoje foi alertado no período pré-Copa.

A convocação foi ruim. Não tinha como mudar o time em uma partida, mudar o estilo de jogo. A prova disso foi que o técnico Dunga fez apenas duas das três alterações que tem direito e pior, uma das substituições foi de um lateral esquerdo por outro.

O time claramente um espelho do treinador: desequilibrado, que só sabe vencer (se é que sabe). Ao tomar a virada foi um desespero incrível, todo mundo querendo resolver sozinho.

O técnico é ruim. A substituição de Luis Fabiano por Nilmar... ai ai ai. Precisando do resultado, ele tirou o atacante de área para colocar um que joga aberto, com velocidade. Não acho que a entrada de Nilmar foi errada, bem pelo contrário, mas tirou o cara errado. A justificativa foi que estava com um homem a menos e precisava que o Daniel Alves continuasse em campo para fechar o meio. Bem, agora ele vai ficar fechando até 2014, porque não entendo a diferença, em um mata mata, de se perder por 2 a 1 ou por 3 a 1. Aliás, o resultado só não foi pior por pura displicência do ataque holandês que perdeu duas chances claríssimas de gol em contra ataques.

Bem, e aplausos para a Holanda. Lógico. Não é o futebol fantástico que eles sempre jogaram, ofensivo, mas o time tem vários valores individuais como Sneijder, que agora é um dos candidatos a melhor da Copa, e que tiveram frieza para virar um jogo contra o time mais vitorioso na história dos Mundiais.

Mas eliminação incrível mesmo hoje foi a de Gana. O time teve um pênalti desperdiçado aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação e depois caiu na disputa das cobranças de tiro livre direto.

Suarez foi o herói uruguaio. O atacante não marcou gol, porém, salvou com as mãos a bola que entraria no último lance da prorrogação Foi expulso, mas teve a sorte que Asamoah Gian chutou no travessão. No final, vitória do Uruguai, que vai revivendo os seus grandes em longínquos momentos.

Uma bela semifinal: Uruguai, duas vezes campeão mundial, contra a Holanda, duas vezes vice. Agora, é esperar pelo belíssimo jogo que deve ser entre Argentina e Alemanha amanhã e a partida entre Espanha e Paraguai, em que os europeus são favoritos.

27 de jun. de 2010

Flashbacks

Hoje foi um dia de flashbacks na Copa do Mundo da África do Sul.

Primeiro, no jogo entre Alemanha e Inglaterra. O gol não concedido aos ingleses concede a oportunidade de uma óbvia ligação com o lance bastante parecido da final da Copa de 1966, entre as duas equipes. A diferença é que daquela vez, o chute dos ingleses não entrou e o árbitro deu o gol. Uma "vigança" 44 anos depois.

Na partida da tarde, foi a vez da Argentina reviver um momento passado. Tevez, assim como Maradona em 1986, marcou um tento irregular e depois, para calar os críticos, fez um dos gols mais bonitos da Copa em um lindo chute de fora área.

A vida, como a arte, parece que segue em ciclos e pequenos flashbacks.

25 de jun. de 2010

Agora sim...

Agora a coisa esquenta. Oitavas de final. Alguns grandes já estão fora. Outros já vão se cruzar, como Alemanha e Inglaterra.

Agora acabam-se as hitorinhas e romances.

Agora é para quem pode. A camisa vai pesar mais do que nunca.

Agora é a hora. Não dá para deixar para depois. Um simples gol pode resultar na desclassificação.

Agora quem quer ser campeão aparece. É momento dos grandes craques.

Agora é a Copa.

23 de jun. de 2010

Os incansáveis

John Isner e Nicolas Mahut estão protagonizando um dos maiores (literalmente) confrontos da história do tênis e do lendário torneio de Wimbledon. Desconhecidos, 75º e 79º do ranking, respectivamente, o americano e o francês estão realizando a partida mais longa de todos os tempos. E não dá para apontar ainda qual é o recorde, pois o jogo não acabou após dois dias de disputa. Por enquanto é de 10 horas após quatro sets e um empate impressionante no quinto em 59 games para cada lado.

Na terça-feira Isner e Mahut empatavam em dois sets quando a partida foi interrompida por falta de luz natural após 2h54min. Os atletas voltaram à quadra nesta quarta-feira para o quinto set, mas provavelmente nem eles esperavam que fossem travar a mais longa disputa que o tênis já viu.

Os tenistas jogaram hoje por 7h06 e não conseguiram fechar set decisivo da partida. Só para se ter ideia, o jogo mais longo da história até hoje tinha sido entre os franceses Fabrice Santoro e Arnaud Clement, no Grand Slam de Roland Garros, em 2004, que durou 6h33. Ou seja, só o quinto set, disputado hoje, já supera o antigo recorde. Foram 877 pontos e incríveis 193 aces.

Nesta quinta-feira, Isner e Mahut retornam à quadra para o terceiro dia do confronto válido pela primeira rodada do torneio. Será que a partida acaba?

Atualização:O jogo terminou nesta quinta-feira com vitória de John Isner com um 70 a 68 no último set. No final, foram 11h05 de disputa nos três dias e incríveis 980 pontos e 215 aces.

22 de jun. de 2010

É melhor dar risada mesmo...

Muita polêmica, cada um defendendo um lado, mas no final, o bom mesmo é dar umas risadas com a situação.

Futebol = Paixao



Ah, o futebol... Aqui da Argentina (e ainda sem acentos), tenho acompanhado as noticias sobre o piti do Dunga, as piadas com o Galvao Bueno, a mao do Luis Fabiano e outras coisas mais ou menos (in)uteis.


Mas isso nao interessa. O importante e relatar as experiencias do ultimo sabado, ainda em Montevideu. Um dos programas mais aguardados por nos era a visita ao historico Estadio Centenario, casa da Celeste Olimpica - com poucas informacoes, foi facil chegar de onibus ate la. Andar pela cidade e bem simples, com qualquer mapinha que dao aos turistas e lingua - para sair perguntando - chega-se a qualquer lugar.


O estadio fica no meio de um enorme parque, que tem ate alguns campos de varzea (todos tomados por campeonatos amadores no dia de nossa visita). Mas o que era para ser uma tarde gloriosa de passeio pelo Museo del Futbol, que culminaria com uma caminhada pelas arquibancadas do templo, comecou mal. O museu estava fechado em pleno sabado (decisao inteligente, nao?) e tivemos que nos contentar em tirar algumas fotos do lado de fora. Alias, bem que poderiam dar uma mao de tinta nos muros externos, todos pichados e abandonados.


Voltamos chateados para o bairro de Punta Carretas, onde estavamos hospedados, e na chegada nos deparamos com outro jogo de varzea: este, em um campo vizinho ao estadio do Defensor (citado no post anterior), de propriedade do simpatico Maeso FC. Como nao tinhamos muito o que fazer, ficamos ali assistindo a partida entre garotos, e em poucos minutos o espirito do futebol ja tinha dominado o ambiente. Ver um monte de moleque correr atras da bola, com pais gritando do lado de fora (munidos de cuias de chimarrao para espantar o frio), me levou a constatacao que arenas ultramodernas, propagandas da Nike/Adidas/Puma, programas esportivos e tudo isso que envolve o futebol profissional nao passa de babaquice. Pode parecer uma postura cliche contra o futebol moderno, mas se e a verdade, fazer o que?


Ah, e o que isso tem a ver com a Copa do Mundo? Tudo. Naquele dia, o empate em 2 a 2 do Maeso contra o time visitante cujo nome desconheco foi a coisa mais emocionante para mim e mais algumas dezenas de pessoas.

21 de jun. de 2010

E a Seleção é dele...

Imperdoável, inadmissível, inaceitável, ridículo. É melhor deixar o próprio Tadeu Schmidt explicar. Só acho difícil torcer por uma Seleção comandada por esta pessoa. É uma vergonha para o Brasil. Seja qual for o resultado ao final da Copa do Mundo. É bom lembrar que algum tempo atrás, em entrevista, Dunga disse que a Seleção é dele. Boa sorte na vida.

20 de jun. de 2010

Festa brasileira em...

Não, não foi só na Copa do Mundo da África do Sul que brasileiros triunfaram neste domingo. Tony Kanaan venceu a etapa de Iowa da Indy com Helio Castro Neves em segundo, formando a dobradinha brasileira na corrida.

Foi uma prova bastante movimentada, como sempre são nos ovais americanos, e com muito tráfego, como sempre são nas pistas curtas dos Estados Unidos.

Os dois brasileiros dispararam nas cinqüenta voltas finais após Dario Franchitti, que liderava, ter um problema. Naquele momento, Helio era o primeiro, mas Tony conseguiu a ultrapassagem faltando dez voltas e não deu mais chances para o compatriota.

Destaque também para Vitor Meira, que largou em 13º e terminou em sétimo.

É a primeira vitória de Kanaan na temporada e o brasileiro pulou para sexto no campeonato. O resultado também não foi ruim para Castro Neves, que está em quarto. O líder volta a ser Will Power, que chegou em quinto hoje, seguido por Scott Dixon.

19 de jun. de 2010

Vamo la Celeste

Em primeiro lugar, devo dizer que este post (e provavelmente os proximos) nao tera acentos. Em segundo lugar, nao, eu nao desisti do blog. Acontece que andei ocupado nos ultimos dias e alem disso o Lucas, editor e dono do Fanaticos, vem escrevendo sobre os principais acontecimentos da Copa. Tudo isso para explicar que resolvi deixar de lado, definitavemente, a analise dos jogos para dar lugar as ja comentadas impressoes gerais.

A surpresa e que estou em meio a uma viagem de uma semana por Uruguai e Argentina, mais precisamente Montevideu e Buenos Aires, e farei um estudo altamente cientifico e embasado sobre as reacoes dos nossos povos vizinhos perante o maior evento do mundo (e o maior e ponto final).

Aqui em Montevideu, alem de cerveja, carne, belas ruas e tudo mais, o futebol e muito presente. E em epoca de Copa, a paixao aparece de forma semelhante ao que vemos no Brasil. Entao rola bandeirinha no carro, na sacada, jornais inteiros sobre isso e etc e tal. Nas conversas com o pessoal em bares e restaurantes, o inimigo numero 1 e a Argentina, e o Brasil e visto como uma especie de rival amigavel. ¿Interesante, no?

Com o bom inicio da Celeste, imprensa e torcedores estao euforicos, ate demais da conta - parece que o time ja esta na semifinal. Os idolos maximos por aqui sao Forlan e o velho conhecido Lugano, que estrelam a maioria dos comerciais. E facinho encontra-los em paginas de revistas, pontos de onibus e outdoors.

Quanto ao futebol local, nosso encontro mais proximo por enquanto foi com o portao do estadio do Defensor, que fica a uma quadra de nosso agradavel hostel. E uma especie de Javari com arquibancadas tubulares e iluminacao. Agora a tarde, o destino sera o mitico Centenario... Pena que nao vai ter um joguinho sequer para conferir esta semana (nesse ponto a Copa nos ferrou).

Por enquanto e isso. Entre chivitos, cervezas e parrillas, vou tentar descrever o sentimento ludopedico por estas bandas. Se a azia e a ressaca deixarem, e claro.

18 de jun. de 2010

Tem motor roncando sim senhor

Para quem quiser dar um tempo na Copa do Mundo, mas tava triste porque não tem Fórmula 1, pode começar a ficar um pouco mais contente.

Neste final de semana acontece a etapa da Indy em Iowa, domingo, às 14h30. Apesar da Band não passar a prova, pois é no mesmo horário do jogo do Brasil contra a Costa do Marfim, o site Terra promete transmitir a corrida ao vivo. E claro, tem a cobertura do Tazio.

Também neste final de semana tem a sempre espetacular MotoGP. A categoria corre pela primeira vez no novo traçado de Silverstone, que será utilizado também pela Fórmula 1. Então vale a pena dar uma olhada. A Moto2 vai para a pista às 7h15, a MotoGP às 9h e a 125cc às 10h30.

Tá melhorando...

Depois de uma primeira rodada de muita retranca e times bastante tímidos, a Copa começa a melhorar no segundo jogo da equipes.

Isso seria normal que acontecesse. Ninguém quer perder no primeiro jogo em um campeonato curto como a Copa. Todo mundo prefere empatar e manter as chances do que sair loucamente ao ataque e já ficar em situação complicada logo de cara. A Espanha que o diga.

Por sinal, já que não falamos disso aqui nos últimos dias, vou dar uma de advogado do diabo e defender a Fúria. Ela realmente não jogou bem, mas também enfrentou um adversário que sabe se defender e que se especializou neste tipo de jogo. A Suiça não tem nada a ver com a Coreia do Norte. E não é por causa desta rodada que a Espanha já está eliminada. Os espanhóis enfrentam Honduras na segunda rodada e são mais que favoritos. Depois, dependendo do resultado no jogo entre suiços e chilenos, podem até enfrentarem a equipe de Valdívia sem depender de outros resultados.

Quem está se ajeitando cada vez mais é a Argentina. Aliás, não só o time, mas também o técnico. Maradona está começando a pegar a mão de sua função. Mexeu bem no time na vitória por quatro a um contra a Coreia do Sul e no momento certo. É muito cedo ainda para dizer se vai chegar ao título, mas começa no caminho certo. Time tem sobra.

Já a França segue firme rumo o seu segundo fracasso pós título. Não é o terceiro graças um gol salvador contra Togo no último jogo da primeira fase da Copa na Alemanha. Vamos recapitular? Os franceses se classificaram em 2006 em segundo, atrás da Suiça, em um grupo que tinha ainda Coreia do Sul. Mas, graças ao futebol mágico de Zidane em partidas decisivas, venceu a Espanha e o Brasil nas oitavas e quartas de final, respectivamente, e deslanchou até a final, quando foi derrotada pela Itália.

Agora, sem Zidane, a França está perto de repetir o vexame de 2002, quando foi desclassificada na primeira fase, em um grupo que tinha Dinamarca, Senegal e Uruguai, sem marcar um gol.

A curiosidade desta sexta-feira será a Alemanha. A equipe chamou a atenção de todos na goleada por quatro a zero sobre a Austrália na primeira rodada. Agora, pega a Sérvia, um adversário mais duro, que apesar de não ser da primeira linha do futebol mundial, representa uma escola importante e tradicional. Caso vença bem de novo, segue no mesmo caminho da Argentina.

O legal dos próximos jogos é que já começam a se desenhar as oitavas de final, que é quando a Copa do Mundo pega fogo mesmo. E lógico, as conversas de bar ficam mais interessantes. Cada um faz uma conta, acredita em um resultado diferente que irá direcionar cada equipe para um lado distindo da chave da fase eliminatória. Agora sim, a Copa está pegando.

16 de jun. de 2010

Momentos

O choro de Jong Tae-Se durante a execução do hino da Coreia do Norte antes da partida contra o Brasil é daquelas imagens que sempre ficam marcadas e que com certeza serão lembradas no fim do torneio.

Tae-Se não nasceu na Coreia do Norte e nem vive no país. É originário do Japão, onde morou por toda a sua vida, mas se naturalizou após influência da mãe. Não sei como é sua relação com o país comunista. Também não sei se a emoção é pelo fato de estar representando a nação ou pelo fato de estar disputando uma Copa do Mundo, o que, convenhamos, também é motivo para se emocionar.

Mas, de qualquer maneira, é uma imagem interessante. Daquelas que merecem destaque. Tenho certeza que muitos dos jogadores que estão na África do Sul, de várias seleções, não ligam nem para o fato de representar o seu país, nem para a disputa da Copa.

15 de jun. de 2010

É isso ai

Não fiquem surpresos com a atuação da Seleção Brasileira frente a Coreia do Norte nesta terça-feira. A magra e fraca vitória por dois a um sobre a pobre equipe asiática foi dentro dos padrões do time.

A equipe de Dunga nunca jogou e nunca tentou jogar melhor que isso. O esquema de jogo do técnico é esse mesmo, sempre vivendo dificuldades com equipes fechadas. Vamos passar aperto contra Costa do Marfim e Portugal, equipes muito mais qualificadas que a dos norte-coreanos.

Não estou dizendo que o Brasil não pode ganhar a Copa do Mundo. Somente que se conseguir, vai ser neste ritmo que jogou hoje. Mostrando um futebol horrível, com sofrimento, mesmo contra times muito piores.

Foto: Divulgação

13 de jun. de 2010

Aquela mãozinha...

A Seleção da Sérvia é bastante técnica e poderia fazer um bom papel na Copa do Mundo. Não acredito que brigaria pelo título, nem nada, mas oitavas de final, quem sabe até chegar às quartas.

Nas eliminatórias eles fizeram uma boa campanha com sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas, se classificando em primeiro no seu grupo e mandando a França para a repescagem. Mostraram bom futebol e foram bastante temidos no sorteio dos grupos.

Então, no primeiro jogo da Copa, o volante Kuzmanovic coloca a mão na bola em um lance bobo, totalmente desnecessário, dando um pênalti de presente para a Seleção de Gana. Resultado, derrota por um a zero e o perigo iminente de uma desclassificação antes do esperado.

A única chance da Sérvia agora é conseguir arrancar uma vitória contra a Alemanha, o que não é impossível, mas sempre fica mais complicado quando se torna obrigação, ou torcer por um tropeço de Gana contra a Austrália (hum...).

Com certeza, Kuzmanovic vai lamentar muito não ter ficado com a mão no bolso...

GP do Canadá – Corridão

Ótima corrida o GP do Canadá neste domingo e Lewis Hamilton venceu a segunda na temporada e assumiu a liderança do campeonato.

A corrida foi marcada pelo desempenho dos pneus, que se desgastaram muito mais do que tem acontecido em outras provas, e pela quantidade de bicos voando, os pilotos resolveram dar prejuízo para suas equipes neste final de semana.

Hamilton fez uma bela corrida. Ele é um piloto super combativo, audacioso e agressivo. Comete muitos erros, principalmente porque tenta coisas diferentes e porque nunca desiste.

Button, mais uma vez na dele, quietinho, chegou em segundo. O inglês faz um campeonato á mineira. Está agora atrás do companheiro na classificação, mas segue ali perto, na espreita. Faz uma temporada muito melhor do que a maioria das pessoas, inclusive eu, imaginavam.

Alonso foi um dos nomes da corrida. A Ferrari pareceu um pouco melhor em Montreal. Esse pouquinho já foi o bastante para o espanhol incomodar e brigar pela vitória. Mas é verdade que se enrolou no tráfego em momentos importantes.

Em quarto e quinto, as duas Red Bulls. Um campeonato que tinha tudo para ser um passeio fica cada dia mais difícil. Os pilotos se enrolam, a equipe erra na estratégia, e de repente o time austríaco já vê os dois McLarens na liderança da classificação.

Aliás, a disputa pelo título tem tudo para ser bem emocionante este ano, com quatro ou, quem sabe, até cinco pilotos brigando até o final. Duas McLarens, duas Red Bull e o quinto pode ser Alonso, se a Ferrari melhorar. A diferença entre eles é de 19 pontos, o que não é muito se pensarmos que este ano o vencedor de cada prova recebe 25.

Nico Rosberg chegou mais uma vez nos pontos, mas meio apagadinho, sem aparecer muito. Bem do jeito dele mesmo. Enquanto isso, Schumacher teve mais uma corrida toda acidentada e cheia de disputas, em que não se saiu bem em nenhuma. Cheia de altos e baixos esta volta.

Kubica e as duas Force Índias, que tiveram corridas bem malucas também, marcaram pontos de novo. Estão de parabéns, pois conseguem cumprir o que seus carros lhes permitem.

Sebastien Buemi foi um dos grandes destaques da prova. Liderou por uma volta, travou uma briga em que conseguiu não ser ultrapassado por Alonso, passou Schumacher em uma manobra muito bem feita e no final chegou em oitavo com sua Toro Rosso.

Massa, mais uma vez, foi mal. Aliás, as chances que tinha acabaram no choque que teve com Vitantonio Liuzzi e Button na largada. Não foi culpa de ninguém, eram três carros para uma curva fechada e estreita. Depois, não foi bem na disputa com Schumacher. Por mais que o alemão tenha mudado a linha no final da reta, não foi nada de muito radical para uma reclamação. A fase de Felipe não é boa.

Dos outros brasileiros, nem vale a pena falar muito. Barrichello não foi bem (largou mal de novo), Di Grassi levou seu carro até o fim e andou na frente do companheiro e Senna praticamente não andou até quebrar.

Pegando no tranco


Começo de Copa é sempre parecido: bons jogos aparecem em meio a muitas partidas mornas. Sei lá, parece que todo mundo ainda tem vergonha de se soltar. Aí surgem atuações como a de hoje da Alemanha, que dão uma chacoalhada e geram as primeiras histórias. Primeira expulsão, primeiro frango, primeiro gol de fora da área, primeira zebra, primeiro tudo.

Entre as supostas surpresas, tenho simpatia gratuita pela seleção dos Estados Unidos, sempre encardida. É até curioso ver os americanos na posição de desacreditados, ou underdogs - o futebol é um dos poucos esportes em que rola isso. E por esse motivo os times são curiosos, uma parada meio Brancaleone.

A galera também vai se soltando e prevendo embates vindouros de Holanda, Itália, Portugal, Brasil, Espanha. Overdose de futebol, direto na veia, com efeitos positivos (ou não): golaços, ídolos, vergonhas, surpresas. Cool.

Enquanto a história começa a ser feita, o primeiro valentão que chegou impondo respeito foi mesmo a Alemanha. Ninguém pode duvidar de três estrelas no peito.

Deu Audi

Depois de tomar um baile em 2009 e de todas as demonstrações que deveria sair novamente derrotada este ano, a Audi não só venceu como fez uma trifeta nas 24 horas de Le Mans.

Os Peugeots foram tendo problemas e os carros das argolas mantiveram o ritmo consistente para triunfar na tradicional prova francesa. No final, o trio formado por Bernhard, Rockenfeller e Dumas ficou com a vitória.

Com certeza o resultado será motivo de muita festa, após a crise que a Audi vivia desde o lançamento do R15, que não conseguia repetir os bons resultados do modelo antecessor, o R10.

Esta foi a nona vitória da Audi em Le Mans, se igualando à Ferrari. Agora, a montadara das quatro argolas está somente atrás da Porsche. Outra marca importante é o fato da equipe ter batido o recorde da corrida ao ter completado 5.410 quilômetros dentro das 24 horas, superando o recorde que perdurava desde 1971 de um Porsche 917 e que todos acreditavam que seria quase insuperável, já que na época, a grande reta do circuito não tinha as três chicanes que obrigam os carros hoje a diminuir radicalmente suas velocidades.

Agora, será a vez da Peugeot trabalhar para tentar retomar a coroa no ano que vem. O que não deve ser motivo de grandes preocupações, já que o 908 já deu várias demonstrações de sua velocidade e capacidade de vencer.

Entre os brasileiros, Augusto Farfus Jr ficou na sexta posição na GT2 em sua estreia na prova. Jaime Melo Jr., que defendia seu título nesta mesma categoria, abandonou com problemas em sua Ferrari 430 GT.

12 de jun. de 2010

Personagens

A Copa do Mundo sempre é muito rica em personagens. Nomes desconhecidos que se revelam, famosos que fracassam ou que conseguem grandes voltas por cima.

Na atual edição do torneio, Diego Maradona é um candidato fortíssimo a se tornar uma destas figuras que têm seus nomes intimamente ligados à história do torneio.

A sua atuação com jogador é inquestionável. Não vale a pena entrar na discussão de melhor jogador da história. Sabemos que isso é puro revanchismo regional.

Porém, fora dos gramados, sua vida foi um desastre. Além do doping e envolvimento com drogas, os problemas de saúde literalmente quase mataram Diego há alguns anos. Seu comportamento também nunca foi dos mais aconselháveis para uma figura tão importante como ele. Vários escândalos e posicionamentos questionáveis.

Agora, ele está à frente da Seleção Argentina de novo, 16 anos depois de sua última partida pela equipe, justamente em uma Copa do Mundo, e 24 após levar, literalmente, o time de seu país ao título mundial.

Ele só tem a ganhar. Se for um fracasso nesta Copa, será só mais um para sua coleção desde que se aposentou. Se chegar às semifinais ou for campeão, se consagrará para sempre e será ainda mais adorado (se isso for possível) pelo seu povo. Time nas mãos ele tem. A qualidade individual dos jogadores que Maradona levou para a África do Sul é impressionante. Messi, Higuaín, Tevez, Verón, Di Maria, Mascherano, Milito e por ai vai. Não tem como não ficar com inveja.

Então, goste de Maradona ou não, aprove ou não suas atitudes, é preciso admitir que Maradona será um dos grandes personagens desta Copa do Mundo.

O frango

Se no primeiro dia de Copa já tivemos um gol que promete ficar na lista dos mais bonitos do torneio, no segundo aconteceu um lance que deve ficar marcado como um dos mais bizarros.

O frango do goleiro Robert Green, da Inglaterra, contra os Estados Unidos também deve ser lembrado no final do torneio como uma das piores falhas da Copa do Mundo de 2010.

GP do Canadá – classificação

A classificação para o GP do Canadá deste sábado foi bastante interessante. Hamilton acabou com a sequência de poles da Red Bull, porém, a estratégia de pneus deixou a corrida bem aberta.

As Red Bulls largam com compostos duros, mais resistentes, enquanto os principais rivais saem de macios. Isso significa que após algumas voltas, os carros da equipe austríaca devem começar a andar muito mais rápido que os outros, já que seus pneus devem durar mais. Porém, por obrigatoriedade de regulamento, terão que trocar em algum momento, e neste momento que as coisas poderão ser decididas, já que serão os outros que estarão mais bem calçados.

Alguns destaques negativos de hoje. Novamente Felipe Massa andou bem atrás de Fernando Alonso. O brasileiro sai somente em sétimo enquanto o espanhol em quarto.

Michael Schumacher, que parecia estar evoluindo, voltou a tomar meio segundo do companheiro de equipe, Nico Rosberg, e nem mesmo chegou ao Q3. Larga em 13º contra a 10ª posição do parceiro.

Do outro lado, vale novamente os elogios para Kubica, em oitavo e com pneus duros. O polonês aposta na estratégia.

Os dois carros da Force India entre os dez primeiros. Aplausos para o time indiano. Boa recuperação também de Vitantonio Liuzzi, que sai em sexto. O italiano tem sido constantemente dominado pelo companheiro de equipe, Adrian Sutil, e mostrou um bom desempenho hoje. De qualquer maneira, o alemão do time também se saiu bem e sai em nono.

É sempre difícil saber o potencial da Williams de Barrichello, já que seu companheiro de equipe é um estreante. Parece que ele fez o possível ao ficar em 11º, apenas a 0s1 do Q3. Se este realmente é o máximo do carro, então palmas também para Hulkenberg, 12º, logo atrás.

Bruno Senna e Lucas di Grassi continuam naquela velha história. Não se pode cobrar nada dos dois.

O resumo deste sábado é que o GP do Canadá promete, como sempre, uma ótima corrida, com muitas variáveis.

Confira o grid de largada:

1°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min15s105 ( 20 voltas )
2°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min15s373 ( 21 )
3°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min15s420 ( 24 )
4°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min15s435 ( 24 )
5°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min15s520 ( 24 )
6°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1min15s648 ( 22 )
7°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min15s688 ( 23 )
8°. Robert Kubica (POL/Renault), 1min15s715 ( 21 )
9°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min15s881 ( 21 )
10°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min16d071 ( 20 )
11°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min16s434 ( 22 )
12°. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), 1min16s438 ( 20 )
13°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min16s492 ( 16 )
14°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), 1min16s844 ( 21 )
15°. Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min16s928 ( 16 )
16°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min17s029 ( 17 )
17°. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari), 1min17s384 ( 19 )
18°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min18s019 ( 10 )
19°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth), 1min18s237 ( 12 )
20°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth), 1min18s698 ( 11 )
21°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 1min18s941 ( 12 )
22°. Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth), 1min19s484 ( 10 )
23°. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth), 1min19s675 ( 12 )
24°. Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth), 1min27s757 ( 3 )

11 de jun. de 2010

GP do Canadá – Treinos livres

Os treinos desta sexta-feira no Canadá acabaram passando um pouco apagados na ordem do dia devido o primeiro dia da Copa do Mundo.

A diferença de tempo enorme entre a primeira e a segunda sessões mostra que a tendência da pista de Montreal é melhorar muito até domingo, o que pode causar muitas mudanças ainda.

Analisar desempenho nas sextas-feiras sempre é perigoso. A ordem não deve fugir muito do que tem sido nas últimas etapas com Red Bull e McLaren à frente seguidas mais de perto por Mercedes (eh motorzão bom esse, viu) e Ferrari. Tudo muito equilibrado, sem dar muitas pistas do que será a classificação. Mas parece que caminha para o lado do time dos energéticos.

Porém, hoje valeu de qualquer maneira para matar saudade na pista de Montreal, que ficou fora do calendário no ano passado. É um traçado desafiador, rápido, difícil e que não permite erros. O muro é logo ali, do lado da pista, apesar das altas velocidades.

Acho que deveria existir uma lista de pistas proibidas de sair do calendário. Algo do tipo Monza, Silverstone, Mônaco, entre outros.

Confira os tempos da segunda sessão desta sexta-feira no Canadá:

1°. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), 1min16s877 ( 32 voltas )
2°. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), 1min16s963 ( 35 )
3°. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), 1min17s151 ( 34 )
4°. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), 1min17s273 ( 33 )
5°. Felipe Massa (BRA/Ferrari), 1min17s401 ( 33 )
6°. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), 1min17s415 ( 28 )
7°. Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes), 1min17s522 ( 29 )
8°. Robert Kubica (POL/Renault), 1min17s529 ( 36 )
9°. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), 1min17s688 ( 34 )
10°. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes), 1min17s903 ( 35 )
11°. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), 1min17s961 ( 33 )
12°. Rubens Barrichello (BRA/Williams-Cosworth), 1min18s385 ( 27 )
13°. Nico Hulkenberg (ALE/Williams-Cosworth), 1min18s447 ( 41 )
14°. Vitaly Petrov (RUS/Renault), 1min18s582 ( 40 )
15°. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber-Ferrari), 1min18s658 ( 34 )
16°. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), 1min19s142 ( 38 )
17°. Sebastian Buemi (SUI/Toro Rosso-Ferrari), 1min19s168 ( 32 )
18°. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso-Ferrari), 1min19s274 ( 41 )
19°. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Cosworth), 1min19s969 ( 35 )
20°. Karun Chandhok (IND/Hispania-Cosworth), 1min20s879 ( 29 )
21°. Bruno Senna (BRA/Hispania-Cosworth), 1min21s097 ( 31 )
22°. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Cosworth), 1min21s346 ( 11 )
23°. Timo Glock (ALE/Virgin-Cosworth), 1min21s488 ( 25 )
24°. Lucas Di Grassi (BRA/Virgin-Cosworth), 1min21s577 ( 30 )

O primeiro gol

Tem muita coisa para acontecer nesta Copa ainda. Muitos gols para serem marcados. Pode que em 11 de julho, dia da final, ser que nem lembremos da partida entre África do Sul e México de hoje. Mas o gol de Tshabalala hoje já deve ficar separado para talvez se candidatar a um dos mais bonitos do torneio.

Abertura com empate entre bafanas e mariachis

A abertura da Copa de 2010 foi como já se esperava. Não tivemos um grande jogo de futebol entre África do Sul e México no Soccer City, mas vimos uma grande festa nas arquibancadas.

Sul-africanos mostraram toda a empolgação que estão sentindo por sediar o torneio e tiveram a companhia de um povo que também conhece de festa. Quem já teve a oportunidade de ir ao México sabe disso.

O time da casa teve a torcida de muita gente hoje, mas o México jogou melhor no primeiro tempo. Se perdeu um pouco depois de tomar o gol, e poderia ter perdido a partida se árbitro desse o pênalti de Francisco Rodriguez em Modise ou se aquela bola na trave de Mphela no final tivesse entrado. Mas me pareceu que o empate acabou sendo justo.

Às 15h30 (de Brasília) temos a segunda partida do grupo: Uruguai e França. Estou curioso para ver o que esses dois irão apresentar. Para falar a verdade, não espero muito. Esse grupo tem tudo para ser bem disputado e definido apenas na última rodada.

Agora, a nota triste do dia foi a ausência de Nelson Mandela na partida. Não foi falta de vontade ou problema de saúde. Algo muito pior. A sua bisneta, de 13 anos, faleceu ontem em um acidente de carro. Apesar de tudo o que a Copa do Mundo representa para o povo sul-africano, tenho certeza que isso é o que menos importa no momento para o grande líder histórico do país. E com todo o direito.

Em Le Mans: Peugeot, Peugeot, Peugeot e Peugeot

A Peugeot simplesmente dominou a classificação para as 24 horas de Le Mans, que aconteceu nesta quinta-feira à noite. A marca francesa ficou com as quatro primeiras posições do grid.

O francês Sebastien Bourdais, ex-Fórmula 1, fez a pole positon pilotando o Peugeot nº3 com o tempo de 3min19s711. O português Pedro Lamy, que também já correu na categoria de monopostos, e o seu compatriota Simon Pagenaud correrão ao seu lado na prova.

A segunda posição ficou com outro ex-F1, o austríaco Alexander Wurs, seguido por Stephane Sarrazin, ambos também em carros oficiais da Peugeot. A quarta posição ficou com o time ORECA, equipe cliente da montadora francesa que também corre com um 908, pilotado na classificação por Nicolas Lapierre.

O primeiro Audi apareceu somente na quinta posição, conduzido por Romain Dumas, seguido por mais dois carros da empresa alemã que foram pilotados na tomada de tempo por Allan McNish e Marcel Fassler.

A diferença de tempo do pior Peugeot para o melhor Audi é de 2s386. Tudo bem que é uma corrida de longa duração, mas é uma grande vantagem. Não sei se o problema aí é só o carro, já que acho o time de pilotos dos franceses é melhor do que o da marca alemã.

O time do brasileiro Jaime Melo Jr ficou com a melhor posição da categoria GT2. A Ferrari F430 GT foi pilotada na classificação por Gianmaria Bruni.

A largada da 78ª edição das 24 horas de Le Mans acontece no próximo sábado, às 10 horas (de Brasília).

Confira dos 10 primeiros colocados no grid de largada das 24 horas de Le Mans:

1. Lamy/Bourdais/Pagenaud (Peugeot 908), 3min19s711
2. Wurz/Davidson/Gene (Peugeot 908), a 0s606
3. Montagny/Sarrazin/Minassian (Peugeot 908), a 0s614
4. Panis/Lapierre/Duval (ORECA Peugeot 908), a 1s481
5. Bernhard/Dumas/Rockenfeller (Audi R15), a 3s867
6. Kristensen/McNish/Capello (Audi R15), a 2s465
7. Fassler/Lotterer/Treluyer (Audi R15), a 3s894
8. Mucke/Fernandez/Primat (Lola-Aston Martin), a 6s969
9. Turner/Hancock/Barazi (Lola-Aston Martin), a 7s036
10. Ayari/Andre/Meyrick (ORECA 01-AIM), a 9s795

Foto: Bourdais com o Peugeot nº3 na classificação em Le Mans

Atualização: A equipe de Jaime Melo perdeu a pole da GT2 por uma punição decorrente de uma irregularidade constatada no aerofólio traseiro do carro. Confira no Tazio.

10 de jun. de 2010

1, 2, 3... Testando

Hmmm, cheguei... O Lucas me chamou pra escrever algumas impressões sobre a Copa, então no próximo mês vou depositar ideias soltas por aqui. Já que ele teve tamanha falta de prudência em me deixar livre pra escrever baboseiras, tentarei me ater aos primeiros pensamentos que vierem à cabeça.

Hoje, na véspera do primeiro jogo da Copa, sinto primeiro uma tristeza de saber que, a partir de agora, estaremos sempre mais perto do final da Copa. Porque simplesmente ficaremos um mês soterrados pelo assunto futebol. Então dá-lhe bandeirinha no carro, rojão, comentarista chato, sair mais cedo do trabalho e tudo de bom que vem com a Copa do Mundo.

Inclusive nego nada a ver escrevendo sobre isso... ops. F*@%-se. O importante é pensar rápido no que a Copa representa para você. Pra mim, é o Preud'homme fechando o gol da Bélgica em 94.

Vai começar...

Finalmente irá começar a Copa do Mundo. Os últimos dias, em que o noticário esportivo já se concetrou mais no Mundial e as principais emissoras de televisão, principalmente as especializadas em esporte como Sportv, ESPN Brasil e BandSports, já começaram a exigir sua programação especial, só aumentaram a expectativa.

Nesta sexta-feira veremos os primeiros jogos da primeira fase. Este estágio é marcado pela quantidade incrível de jogos, três por dia, e a diversidade de países e estilos. Afinal, não é muito comum vermos jogos como este que abre o Mundial, África do Sul e México.

A primeira fase da Copa é o momento dos sonhos. Times pequenos e médios chegam desejando tentar surpreender nem que seja em apenas uma partida contra um grande, ou, quem sabe, chegar à segunda fase. É um momento muito legal do torneio, em que assistimos jogos muitas vezes toscos aos nossos olhos, acostumados a verem partidas de Liga dos Campeões ou de grandes craques do mundo, e que irão presenciar Argélia e Eslovênia, por exemplo.

É neste estágio, também, que podem acontecer algumas zebras. Quem não se lembra de Argentina e França se despedindo em 2002 logo na primeira fase? Isso tudo faz parte do charme da Copa do Mundo. É o grande barato da primeira fase.

Já á partir de 26 de junho começam os jogos eliminatórios. Ai sim, a fase competitiva da Copa. Quando começaremos a ver alguns grandes jogos. Craques de prestígio sendo exigidos ao máximo. Decepção de favoritos. Surpresas.

Tudo isso faz parte da Copa do Mundo, que nesta edição de 2010 ainda tem o tempero de ser disputada em um país totalmente diferente do habitual. Para a África do Sul, este é um dos principais momentos de sua história. Eles tentam mostrar ao mundo que quase 20 anos depois do fim do apartheid, o país evoluiu. Vamos ver.

Nestes próximos dias, o Blog Fanáticos também fará uma cobertura especial. Sempre analisando seja o que está acontecendo dentro dos campos, imprensa, comportamento e torcida.

Para isso ainda terei aqui a ajuda do meu amigo Gustavo Garcia, produtor editorial, dono de um ótimo texto, conhecedor profundo de futebol e um ávido observador do mundo. Espero que vocês gostem e participem acessando o blog e comentando seja para opinar, criticar ou elogiar.

O blog não se afastará das pistas. Neste final de semana eu estarei participando normalmente da cobertura do Tazio do GP do Canadá e dando meus pitacos aqui. Além disso, também teremos 24 horas de Le Mans, então fiquem de olho.

Agora, é ver a bola rolar. Boa Copa para todos nós!

7 de jun. de 2010

Alonso disse...

Alonso reclamou do desenvolvimento da Ferrari durante a temporada. E tocou no ponto fundamental para o fato do time italiano estar tão atrás das correntes.

"O F10 não mudou desde o GP da China [quarta etapa]. Com exceção do F-duto, que não nos deu os resultados que esperávamos e que tem monopolizado os esforços dos engenheiros de aerodinâmica, não tivemos nada novo", disse o espanhol à revista francesa "Auto Hebdo".

É bom lembrar que o time de Maranello fez a dobradinha na primeira prova do ano, no Bahrein. É verdade que contou com um problema no carro de Vettel, mas tanto Alonso quanto Massa sempre acompanharam de perto o alemão da Red Bull e em nenhum momento sofreram pressão das McLarens ou Mercedes.

Sete etapas após o começo da temporada, a Ferrari não consegue nem sonhar em brigar com Red Bull e McLaren, mal consegue andar na frentre das Mercedes e já se vê incomodada por uma Renault, cada vez mais próxima, especialmente com Kubica.

Claramente existe uma falta de planejamento no desenvolvimento do carro da Ferrari. E aí fica até fácil levantar o nome de Stefano Domenicali, chefe do time desde 2008, como um dos principais responsáveis.

Assim como é fácil recordar das muitas barberagens do time fora das pistas (Massa que o diga) nos últimos anos desde que Domenicali assumiu a equipe. É uma diferença enorme de organização em relação à época de Jean Todt, com todos os seus defeitos e atitudes eticamente questionáveis.

Agora é ver a capacidade de reação do time, principalmente a partir de Valência, quando a equipe deve levar um carro totalmente revisado. Se não der certo, a Ferrari já começa a se planejar para 2011. E talvez deveria começar também a se preocupar em quem irá fazer este planejamento.

5 de jun. de 2010

Desfalques

É sempre muito triste quando vemos grandes atletas se lesionarem e terem que ficar longos períodos fora de ação ou perderem competições importantes. Nas últimas semanas temos acompanhado alguns dramas por causa da Copa do Mundo com jogadores já cortados e outros que são dúvida.

Porém, neste sábado, foi o esporte a motor que perdeu um grande atleta por causa de um acidente. Valentino Rossi caiu durante uma sessão de treino livre em Mugello, na Itália, e sofreu uma fratura na perna direita. O piloto deve passar ainda hoje por uma cirurgia e ainda não existe uma previsão dos médicos de quando ele deve retornar às pistas.

A primeira especulação é de que ele pode ficar até dois meses longe, o que o tiraria de seis etapas, contando a que acontece neste domingo.

Veja as fotos do acidente no Tazio, aqui.

2 de jun. de 2010

Bruce McLaren

Há exatamente 40 anos morria Bruce McLaren. Neozelandês que correu na Fórmula 1 entre os anos de 1958 a 1970.

McLaren venceu quatro corridas na carreira na Fórmula 1 e foi vice-campeão mundial em 1960 competindo pela Cooper, quando perdeu o título para Jack Brabham.

Porém, foi em 1963 que ele talvez tenha dado início ao que seria o seu maior legado no automobilismo. Ele fundou a McLaren Motor Racing. Ganhou apenas uma corrida pelo seu time, o GP da Bélgica de 1968, em Spa-Francorchamps.

Enquanto esteve vivo dirigindo a sua equipe, McLaren não conseguiu grandes sucessos na Fórmula 1. Porém dominou o campeonato Cam-Am, na América do Norte, no final da década de 60.

Bruce morreu em 2 de junho de 1970 em um acidente quando testava um carro para Cam-Am, em Goodwood, na Inglaterra.

Sua última corrida de F-1 foi algumas semanas antes, no dia 10 de maio, em Mônaco, que abandonou devido um problema na suspensão de seu carro.

Mesmo não sendo sob sua direção, o time McLaren se tornou uma das grande potências da história da Fórmula 1, principalmente depois que foi adquirida por Ron Dennis e Mansour Ojjeh no início da décade de 80.

Desde sua fundação, a McLaren já venceu 167 corridas na Fórmula 1, oito campeonatos de construtores e 12 títulos de pilotos, entre eles os dos brasileiros Emerson Fittipaldi, em 1974, o primeiro da história da equipe, sob direção do americano Teddy Mayer, e os três de Ayrton Senna, em 1988, 90 e 91, já na era Ron Dennis.

Foto: Bruce McLaren no GP da Bélgica de 1968.

31 de mai. de 2010

Briga na cozinha e o suposto domínio da Red Bull

O GP da Turquia deste ano vai ficar marcado pelas disputas internas entre Mark Webber e Sebastian Vettel na Red Bull e Lewis Hamilton e Jenson Button na McLaren.

No primeiro caso, a disputa teve consequências maiores: a perda de uma vitória certa de um dos dois pilotos da equipe. Está bem claro que o alemão errou na avaliação durante a ultrapassagem ao trazer o carro para direita quando Webber ainda ocupava aquele espaço. Ele é o culpado.

Algumas voltas depois, a disputa entre os pilotos da McLaren foi bonita, bastante técnica e dentro de certo respeito de espaço. Ficou mais estranho a reação de Hamilton após a prova, claramente descontente com o ataque de seu parceiro. "Tive uma disputa inesperada", cutucou da coletiva de imprensa.

Brigas internas não são novidade, mas com o passar dos anos foram mais controladas pelas equipes. Talvez, as mais famosas foram protagonizadas entre Senna e Prost, também no time de Woking, em 1988 e principalmente em 1989, na decisão do título no Japão que teve como ponto alto uma batida na chicane antes da reta.

Podemos lembrar outras, como a de Piquet e Mansell, na Williams, em 1986 e 87, Lauda e Prost, na McLaren, em 1984, Pironi e Villeneuve, na Ferrari, em 1982, e por ai vai. (Quem quiser lembrar outras, fique à vontade para comentar).

O fato é que, mesmo tendo o melhor carro na atual temporada, a Red Bull não consegue traduzir isso em vantagem na tabela de classificação. O time fez todas as pole positions da temporada, o que prova que tem o bólido mais rápido. Porém, venceu apenas três da sete etapas. Tem o líder do campeonato de pilotos, Webber, mas somente três pontos à frente do segundo colocado, Button. E não lidera o Mundial de construtores, um ponto atrás da McLaren.

E para piorar a situação da equipe austríaca, o time inglês mostrou na prova turca que em ritmo de corrida já acompanha de perto. Hamilton e Button se mantiveram colados nos carros da Red Bull o tempo inteiro. Se melhorarem também na classificação nas próximas corridas, a coisa pode ficar feia.

Já passamos do primeiro terço do campeonato e o restante promete uma briga bem interessante. Agora é ver quem consegue acalmar os ânimos nas horas de decisão.

Foto 1: Webber e Vettel em Istambul 2010
Foto 2: Senna e Prost em Suzuka 1989

Indy 500 – Franchitti domina

Dario Franchitti dominou as 500 milhas de Indianápolis na tarde deste domingo. O escocês da Ganassi venceu liderando três quartos da prova, sempre mostrando um desempenho muito melhor do que o de seus concorrentes.

É verdade que chegou ao final praticamente sem gasolina, no embalo, e caso não tivesse acontecido uma bandeira amarela na última volta poderia ter perdido a corrida para Dan Wheldon, que vinha tirando a diferença.

O que salvou Franchitti foi um acidente espetacular entre Ryan Hunter-Reay e Mike Conway que causou a bandeira amarela da prova faltando meio circuito para o piloto da Ganassi cruzar a linha de chegada.

Os dois brasileiros que passaram mais perto da vitória foram Helio Castro Neves e Tony Kanaan. O primeiro andou sempre entre os três primeiros, mas um erro em um dos seus pit stops, em que deixou o carro morrer, o tirou da disputa. Ele ainda tentou voltar à briga alterando sua estratégia de pit stops, liderou a poucas voltas do fim, mas ficou dependente de uma bandeira amarela mais longa, que não aconteceu. Parou nos boxes para reabastecer e chegou em nono, melhor brasileiro.

Kanaan era o segundo colocado, muito próximo de Franchitti, mas precisou de um splash & go a quatro voltas do fim e terminou em 11º. Talvez tenha faltado um cálculo melhor por parte da equipe Andretti, já que ele estava na mesma estratégia do vencedor.

Destaque para Mário Romancini, 13º, melhor estreante das 500 Milhas de 2010.

Confira a classificação final:

1°. Dario Franchitti (ESC/Chip Ganassi), 200 voltas
2°. Dan Wheldon (ING/Panther), 200
3°. Marco Andretti (EUA/Andretti), 200
4°. Alex Lloyd (ING/Dreyer & Reinbold) 200
5°. Scott Dixon (NZL/Chip Ganassi), 200
6°. Danica Patrick (EUA/Andretti), 200
7°. Justin Wilson (ING/Dreyer & Reinbold), 200
8°. Will Power (AUS/Penske), 200
9°. Helio Castro Neves (BRA/Penske), 200
10°. Alex Tagliani (CAN/Fazzt), 200
11°. Tony Kanaan (BRA/Andretti), 200
12°. Graham Rahal (EUA/Rahal Letterman), 200
13°. Mário Romancini (BRA/Conquest), 200
14°. Simona de Silvestro (SUI/HVM), 200
15°. Tomas Scheckter (AFS/Dreyer & Reinbold), a 1 volta
16°. Townsend Bell (EUA/Sam Schmidt), a 1 volta
17°. Ed Carpenter (EUA/Vision), a 1 volta
18°. Ryan Hunter-Reay (EUA/Andretti), a 2 voltas
19°. Mike Conway (ING/Dreyer & Reinbold), a 2 voltas
20°. Takuma Sato (JAP/KV), a 2 voltas
21°. Bia Figueiredo (BRA/Dreyer & Reinbold), a 4 voltas
22°. Bertrand Baguette (BEL/Conquest), a 17 voltas

Foto: IndyCar

30 de mai. de 2010

GP da Turquia – Muitas brigas e lambança

O GP da Turquia mostrou que a Fórmula 1 não precisa de chuva para ser emocionante. Apenas um bom circuito.

A disputa entre os quatro pilotos de Red Bull e McLaren foi ótima. Não só pelas brigas, mas também pela exibição técnica. Mesmo durante uma boa parte da prova em que parecia que os quatro apenas seguiam em procissão, era visível o quanto todos estavam se esforçando e andando no máximo possível.

Depois, é claro, a batalha atrapalhada entre Mark Webber e Sebastian Vettel e a linda disputa entre Lewis Hamilton e Jenson Button foram os destaques da prova.

A principal polêmica ficou no toque entre os dois pilotos da Red Bull. Acho que não é preciso repetir aqui o que todos os narradores e comentaristas já disseram: se tem um culpado pelo acidente, este foi Vettel. A câmera on bord de Webber mostra que ele não saiu de sua linha enquanto o alemão trouxe seu carro para direita, muito provavelmente esperando que o australiano fizesse o mesmo, causando o contato. É verdade também que Webber não aliviou nem um pouco, mesmo já estando meio carro atrás em uma briga entre companheiros de equipe. Mas aí já é outra história. Ele não precisa fazer isso. E não fez para não dar a moral para seu parceiro de assumir a liderança do campeonato com uma ultrapassagem sobre o principal concorrente.

No caso da briga da McLaren, tudo muito limpo e técnico. Mas tenho certeza que o chefe do time, Martin Whitmarsh, sentiu um friozinho na espinha ao ver seus pilotos entrando na curva lado a lado.

No final das contas, a dobradinha da McLaren foi interessantíssima para o campeonato. Hamilton, vencedor, entra pela primeira vez na disputa do título, a nove pontos do líder Webber. Button, segundo, continua mais vivo do que nunca, apenas cinco pontos atrás.

Na Red Bull, Webber, terceiro, conseguiu salvar o que poderia ter sido um desastre maior, e se mantém na liderança. Vettel continua sem conseguir embalar no campeonato, e cai para quinto, 15 pontos atrás.

Do restante do pelotão, alguns destaques:

Schumacher, aos poucos, vai voltando a ter boas apresentações. A quarta colocação de hoje foi consequência de uma bela largada e um ritmo de corrida consistente. Chega pela segunda vez na frente de Rosberg.

Este, por sinal, depois de um início de temporada consistente, vai ficando para trás e já não consegue ter desempenhos tão bons. Não me admiraria se Nico chegar ao final do campeonato atrás do companheiro.

Kubica, mais uma vez, fez o que deu. Se tivesse um bom carro estaria tranquilamente na disputa do título. O carro da Renault mostra melhoras, com Petrov andando entre os dez primeiros também.

Massa andou dentro das limitações da Ferrari. Mas também não faz uma boa temporada. Apesar de já ter liderado, não deve brigar pelo título.

Alonso pagou pelo erro na classificação. Mas mostra que está tentando. Apesar de ter sido destaque na imprensa internacional na última semana, que resolveu lembrar todos os seus erros na temporada, está na disputa pelo título. Está em quarto no campeonato a 14 pontos de Webber. Porém, precisa torcer para a Ferrari melhorar seu desempenho. E rápido.

Sutil, mais uma vez dentro da zona de pontos com a Force India. Faz uma ótima temporada.

Kobayashi marcou o primeiro ponto da Sauber no campeonato. A equipe tem bom desempenho nas pistas de alta, mas sofre com curvas de baixa velocidade.

Barrichello sofreu com o péssimo desempenho da Williams, que anda cada vez mais para trás. O motor Cosworth é fraco. Vai ser uma longa temporada para o brasileiro depois do conto de Cinderela que ele viveu em 2009.

Di Grassi, mais uma vez sofreu com os problemas de sua Virgin. Impossível fazer uma avaliação de seu desempenho, mesmo contra o seu companheiro de equipe, quando o carro não funciona.

Senna fazia a sua melhor corrida na temporada até abandonar. Chegou a andar na frente das Virgins e já mostra uma evolução em sua pilotagem. Porém, assim como Di Grassi, o carro é fraco. Impossível de fazer uma avaliação decente.

A próxima corrida da temporada é o GP do Canadá, no ótimo circuito de Montreal, que sempre promove boas corridas, no dia 13 de julho, já durante a Copa do Mundo.

E não se esqueçam de acompanhar a ótima cobertura do Tazio.

Foto: FOM TV