24 de set. de 2009

O primeiro mata-mata

O GP de Cingapura, neste final de semana, marca o real começo da decisão do Campeonato 2009 da Fórmula 1. Sobraram Jenson Button e Rubens Barrichello. O primeiro dominou a fase inicial do campeonato com seis vitórias em sete provas enquanto o segundo não conseguia acompanhar o ritmo, chegando a ficar na quarta posição na classificação. Mas, nas últimas etapas, a situação se inverteu. A diferença do inglês caiu de 27 para 14 pontos. A Red Bull, que se apresentou como possível concorrente aos dois, não conseguiu a consistência que precisava e ficou pelo caminho, por isso, a disputa entre os dois pilotos da Brawn deve ser liberada até o fim e Cingapura é o primeiro confronto mata-mata entre eles.

Faltando apenas quatro provas para o final, a vantagem de 14 pontos de Jenson ainda é bastante confortável. O inglês pode dar-se ao luxo de simplesmente marcar o adversário. Se ele chegar imediatamente atrás de Rubens em todas as corridas restantes será campeão. Porém, uma corrida que termine na frente do brasileiro Button praticamente liquida a fatura. Ele terá que decidir qual será a estratégia, arriscar e tentar garantir logo o título ou jogar com a vantagem e deixar a decisão para as últimas duas provas.

Barrichello é exatamente o que todos estão falando: um franco atirador. Não depende só dele para ser campeão, por isso, seu objetivo deve ser ganhar todas as provas restantes e ver depois o que acontece com o companheiro. Ele tem o agravante do problema em seu câmbio, que tem de durar as próximas duas corridas, mesmo depois do esforço a que foi extra exigido no GP da Bélgica. A equipe chegou a considerar a troca na Itália, mas o brasileiro resolveu arriscar. Caso seja obrigado a mudar o conjunto, perde quatro posições no grid, em caso de uma quebra durante uma corrida, perde definitivamente suas chances no campeonato. De qualquer maneira, Rubens passa não só pelo seu melhor momento na competição, mas também na carreira. As duas vitórias, em Valência e Monza, foram cirúrgicas e o brasileiro mostrou bom ritmo de corrida, o que lhe faltou na primeira metade do ano e em vários momentos em sua história na Fórmula 1. Apesar de ter dois vice-campeonatos no currículo, esta é a primeira vez que ele realmente tem a chance de disputar o título e mostra motivação de sobra para isso.

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