16 de fev. de 2010

Uma pergunta

Ontem voltei às quatro da manhã para o meu hostel. Cruzei praticamente o centro de Praga inteiro a pé e em nenhum momento me senti ameacado por nada. Por que não conseguimos ter essa tranquilidade no Brasil? A República Tcheca não é exatamente um país de primeiro mundo e seus índices sociais são bastante modestos. Lógico que, como em qualquer lugar do mundo, não pode ficar dando bobeira, mas nos sentimos muito mais seguros. Por que, mesmo com todo o desenvolvimento economico que temos no Brasil, não estamos conseguindo diminuir a violencia?

Bem, hoje foi meu último dia em Praga. Fui ao castelo da cidade e dei mais uma volta no bairro judeu. Ontem eu fui no museu sobre comunismo que tem aqui. Eles realmente ficaram traumatizados com a experiencia. Só acho um pouco errado a ligacão tão simples que eles fazem entre o comunismo e o totalitarismo imposto pela União Soviética. Acho que são coisas diferentes, mas quem sou para julgar o que eles passaram aqui?

Essa região da Europa sofreu bastante primeiro com as invasões de Hitler e depois com o a tomada de controle por parte dos russos. Dá para entender esse trauma. Pelo menos em Praga, percebe-se que pela primeira vez o povo está experimentando alguma prosperidade. A entrada na União Europeia foi importante, mas a adocão do Euro seria um pouco traumática para a economia neste momento. A conversão com certeza traria um reajuste de precos que eles ainda nao estão prontos para enfrentar. Por isso ainda não aconteceu.

Mas Praga (sempre falo da cidade porque não fui conhecer outros lugares na República Tcheca par apoder opinar) está se preparando. Os servicos ligados ao turismo são bons, as pessoas tem boas nocões de ingles (sempre ajuda) e o transporte público é de um nível bastante aceitável. É uma cidade que vale a visita.

Outras do leste europeu, vendo o sucesso turístico de Praga, já estão de olho neste nicho. Nos hostels já se fala bastante em Budapeste e Blatislava.

Amanhã pego um trem para Berlim. Quatro horinhas de viagem e estarei de volta à Alemanha. Porém, em uma cidade que não deve ser muito parecida com Munique, por onde passei na semana passada e gostei bastante. Com todas essas viagens, já nem consigo direito ficar imaginando como vai ser a proxima estadia. Vou curtindo onde estou e viajo meio que no piloto automático. Admito que não aguento mais sentir frio. É bonito no comeco, diferente, mas depois de um tempo enche a paciencia. Mas está tudo bem. Não tenho direito de reclamar de nada nesta viagem incrível que estou fazendo.

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