22 de dez. de 2008
KERS vira problema
Em um primeiro momento, pareceu que o problema era exclusivo da Ferrari, mas uma matéria do jornal espanhol Marca, na última sexta-feira, mostra que é o KERS é uma preocupação geral. Segundo o periódico, todas as equipes estão com problemas com o novo dispositivo do carro que após certo tempo deixa de funcionar ou até mesmo em alguns casos chega a temperaturas excessivas causando risco de incêndio.
Estranho por exemplo é o posicionamento dentro da BMW que através de seu chefe, Mario Theissen, vem defendendo o KERS publicamente e, pelo que consta nos bastidores, foi a única a equipe a votar o adiamento do uso da novidade. Porém, na última semana, o piloto da equipe germânica, Robert Kubica, fez muitas críticas ao dispositivo. Inclusive, o polonês afirmou que o carro sem o KERS poderia andar mais rápido, já que apesar dos cavalos a mais que o aparelho disponibiliza, seu peso e seu tamanho prejudicam o desempenho e o acerto do balanço do fórmula.
A conclusão final é que realmente devemos ter um princípio de temporada com a ordem de forças da Fórmula 1 bastante modificada ou, no mínimo, um pouco bagunçada até os grandes times se encontrarem com os novos acertos. E com a nova regra que exclui os testes durante a temporada, se alguém sair na frente no começo do campeonato terá condições de brigar até o fim. Em janeiro, quando começarem a pipocar os novos carros vamos começar a ter uma idéia um pouco melhor dessas forças e os tempos poderão ser melhor utilizados para comparativos, já que as equipes estarão em um estágio de desenvolvimento mais próximo.
18 de dez. de 2008
Barrichello na luta
Na entrevista, Barrichello fala de seu enorme desejo de continuar na Fórmula 1, que está animado e não pensa em aposentadoria, que está perdendo peso (algo que todos os pilotos terão que fazer por causa do KERS) e já recebeu convites do WTCC e das 24 horas de Daytona. Disse que, por amor ao esporte, poderia aceitar um convite da IRL, mas que seu foco continua na Fórmula 1.
Barrichello ainda luta para continuar na categoria. Com a proibição dos treinos durante a temporada e a necessidade de desenvolvimento dos novos componentes, com sua experiência e seu ótimo tato para acerto é um piloto que poderia se dar bem em qualquer equipe. Mas infelizmente não existem vagas. Sua esperança é uma venda da Honda e que o novo proprietário escute Ross Brawn.
Ross Brawn não é bobo. Já defendia a permanência do brasileiro, pois sabe do que Barrichello é capaz e que vai precisar dele para conseguir realizar uma boa temporada em 2009.
Testes em Jerez, Algarve e Bahrein
Pelos comentários que chegam da Europa, a BMW parece que está mais avançada e já treina com aerofólios dentro do regulamento 2009, pneus slicks e KERS. Mclaren também já testa estas inovações e somente não mostrou sua nova asa traseira. Red Bull, Ferrari, Willams e Toyota ainda estariam coletando dados dos novos pneus slicks e andando com chassi 2008.
Agora todo mundo volta às suas fabricas para estudarem os dados e desenvolver resoluções para os novos carros que devem começar a pipocar em meados de janeiro.
16 de dez. de 2008
Subaru anuncia retirada do WRC
O mundo do automobilismo foi surpreendido nesta manhã de terça-feira com mais um anúncio de uma importante montadora que se retira do esporte. Desta vez foi a Subaru, empresa que está há vinte anos no WRC.
Diferente da Suzuki, que divulgou ontem sua saída da categoria após apenas um ano, a Subaru é uma montadora tradicional e que fará falta. Seu anúncio é tão chocante e preocupante quanto de Honda e Audi.
O Mundial de Rally, um dos campeonatos mais importantes e vistos do mundo está sofrendo um duro golpe. Diferente da Fórmula 1, é um certame que precisa do envolvimento das grande fabricantes para ter visibilidade. Com a saída da Subaru e Suzuki, só restaram duas montadoras envolvidas diretamente na competição com equipes oficiais: Citroen e Ford.
Outro fator relevante sobre a saída da Subaru é fato que a equipe japonesa corria no WRC utilizando a estrutura da Prodrive, de David Richards, que era uma das favoritas a adquirir a equipe Honda de Fórmula 1 e agora sofre um duro golpe. A empresa deve passar por uma reestruturação, já que também é responsável pela estrutura de equipes satélites e de outras categorias.
Minha dúvida é se David Richards pretende agora esperar a poeira baixar ou arriscar tudo com uma entrada na Fórmula 1.
15 de dez. de 2008
Testes da F1 prosseguem nesta semana
Em Jerez, Buemi continua sentando a bota nos treinos e ganhando quilometragem. Porém, a equipe que “te dá asas” continua andando sem as novidades aerodinâmicas para 2009. Já em Algarve a nota do dia foi que Massa passou mal durante o treino, estava gripado desde semana passada, e não conseguiu completar a programação. Amanhã Marc Gene e Luca Badoer aceleram as “vermelhinhas”. Pela Mclaren, Gary Paffet, piloto de testes da equipe e titular da Mercedes no DTM, comandou os testes.
Suzuki é a nova vítima da crise
A alegação de crise mundial não cabe neste caso. Para mim o que a Suzuki está fazendo ou é total falta de comprometimento com um projeto no esporte (para não dizer palhaçada mesmo) ou uma incrível incompetência administrativa para conseguir se planejar em curto prazo.
Diferente de Honda na F1 (que também sofreu de problemas administrativos, mas é uma empresa muito mais envolvida com o esporte em outras categorias e em sua história na própria Fórmula 1) e Audi na LMS e ALMS posso afirmar que a Suzuki não fará nenhuma falta nem para o WRC nem para o automobilismo.
Loeb vence ROC e “Dream Team” alemão é campeão da Copa das Nações
Este ano, nenhum brasileiro participou, porém, tivemos o privilégio de pela primeira vez, pelo que eu me lembre, de termos a oportunidade de assistir a competição ao vivo, pela SPORTV, em vez de esperar semanas por uma reprise.
Na versão “Copa das Nações”, onde cada país é representado por uma dupla, a Alemanha foi campeã com um verdadeiro “Dream Team” formado por Schumacher e o jovem Vettel. Ai realmente é covardia...
Já na competição individual, o campeão foi, como não poderia ser diferente, o espetacular Sebastien Loeb, pentacampeão mundial de rally de velocidade. Na final ele enfrentou o carismático David Coulthard, que encerrou sua carreira na Fórmula 1 este ano.
12 de dez. de 2008
Custos devem cair 30% já em 2009
Para começar, está proibido qualquer tipo de teste de pista durante a temporada, com exceção dos realizados durante os finais de semana de GP nos treinos livres. Além disso, os times não poderão utilizar túneis de vento de escala maior que 60% e de 50 metros por segundo já a partir de 1º de janeiro de 2009. Essas duas medidas, além de economizar, também devem aproximar tecnicamente as equipes com mais recursos das que não tinham condições de realizarem tantos testes e por isso tinham uma capacidade de desenvolvimento menor durante a temporada.
A vida útil dos motores será ampliada para quatro corridas (três em 2009) e os giros reduzidos para 18 mil rpm. Cada piloto terá um máximo de oito unidades para todo campeonato e mais quatro para os testes.
As equipes serão obrigadas a compartilhar informações sobre pneus e combustível, o que deve causar uma diminuição nos números de pessoas que os times devem levar para cada GP.
A idéia é que em 2010 sejam utilizadas especificações padronizadas para os motores. Porém, cada time ficará livre para fabricar o seu próprio propulsor. A Cosworth, que venceu a concorrência promovida pela FIA, estará a disposição das equipes independentes para vender motores a um custo de 5 milhões de Euros por temporada. A FIA também deseja que sejam utilizados sistemas padronizados de KERS, transmissão e telemetria. Também se propõe banir os cobertores que aquecem pneus e reabastecimento.
Ou seja, por enquanto estão sendo tomadas as medidas de consenso. As idéias mais polêmicas (padronização de motores, transmissão e etc) foram deixadas para 2010, porém novas discussões devem acontecer antes de serem adotadas.
11 de dez. de 2008
Fim dos testes em Jerez
O que se pode dizer é que na briga pela vaga da Toro Rosso, o suíço Sebastien Buemi, que quando andava atrás dos concorrentes já era apontado como favorito, praticamente garantiu seu lugar na equipe com três primeiros lugares em três dias de treinos. Sato tem ficado na frente de Bourdais, mas o outro cockpit da equipe depende não só do cronômetro, mas também no dinheiro que os patrocinadores de cada piloto trarão. Além disso, com a desistência da Honda, Button pode entrar nessa briga.
Na próxima semana os testes voltam a acontecer em Jerez e no novo autódromo português de Algarve. Seguem os tempos desta quinta-feira:
Pos Piloto País Equipe Tempo Voltas
1º. Sébastien Buemi SUI Toro Rosso 1m17s258 139
2º. Takuma Sato JAP Toro Rosso 1m17s520 119
3º. Heikki Kovalainen FIN McLaren 1m18s049 96
4º. Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1m18s782 82
5º. Felipe Massa BRA Ferrari 1m19s050 72
6º. Fernando Alonso ESP Renault 1m19s319 124
7º. Nico Rosberg ALE Williams 1m19s388 130
8º. Pedro de la Rosa ESP McLaren 1m19s499 47
9º. Robert Kubica POL BMW 1m19s559 134
10º. Christian Klien AUT BMW 1m19s738 101
Resultados reunião FIA – FOTA
Porém, ainda não informaram quais são as medidas. Pelo menos, ao que parece, houve um acordo. O mundo deve ficar sabendo das tais medidas até o final desta sexta-feira.
Treinos Jerez - quinta-feira
É muito difícil tirar conclusões dos tempos destes testes. Não sabemos em que condições as equipes estão andando, o que estão testando, e qual o grau de evolução de cada time. A novidade desta quinta-feira foi que a Mclaren, do campeão Hamilton, que andou pela primeira vez com um aerofólio dianteiro adaptado às regras de 2009.
A Ferrari ainda não usa nenhum novo componente aerodinâmico e pelo o que a assessoria de imprensa divulgou, também não começou os testes com o KERS. Mas isso não quer dizer que o time italiano esteja só gastando gasolina. Muitos outros componentes que não são visíveis podem estar sendo testados. Além disso, com a volta dos pneus slicks (lisos), o balanço do carro vai ficar bastante diferente, o que deve ser exaustivamente testado antes do desenvolvimento das novas “asas”. Para nós, mortais, resta só esperar e especular.
Só para constar, Alonso bateu de manhã e Massa andou pela primeira vez desde o GP Brasil. Seguem os tempos desta quinta-feira:
Pos Piloto País Equipe Tempo Voltas
1º. Sébastien Buemi SUI Toro Rosso 1m18s073 128
2º. Takuma Sato JAP Toro Rosso 1m18s601 38
3º. Sébastien Bourdais FRA Toro Rosso 1m18s673 81
4º. Pedro de la Rosa ESP McLaren 1m19s032 78
5º. Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1m19s334 89
6º. Heikki Kovalainen FIN McLaren 1m19s631 64
7º. Fernando Alonso ESP Renault 1m19s907 106
8º. Nico Rosberg ALE Williams 1m20s309 122
9º. Nick Heidfeld ALE BMW 1m20s365 87
10º. Felipe Massa BRA Ferrari 1m20s490 27
11º. Robert Kubica POL BMW 1m20S954 38
10 de dez. de 2008
FOTA e FIA se reúnem
O assunto mais polêmico que deve ser abordado é a adoção de um motor padrão para a categoria. Inclusive, no começa da manhã desta quarta-feira, a Renault publicou nota oficial onde nega a informação que circulou ontem na imprensa internacional de um alinhamento da montadora francesa com os times independentes a favor da proposta do propulsor padronizado e afirmando que a equipe apóia as decisões da FOTA.
Agora é esperar o que sai daí.
9 de dez. de 2008
Treinos coletivos em Jerez
A chuva no período da tarde atrapalhou os trabalhos. Buemi, com a Toro Rosso, foi o mais rápido do dia. Raikkonen, que voltou das férias, foi apenas o quinto. Mas difícil saber o que cada time está testando e qual o estágio de evolução.
Seguem os tempos:
Pos Piloto País Equipe Tempo Voltas
1º. Sébastien Buemi SUI Toro Rosso 1m08s742 91
2º. Sébastien Bourdais FRA Toro Rosso 1m19s288 77
3º. Gary Paffett ING McLaren 1m20s134 26
4º. Pedro de la Rosa ESP McLaren 1m20s164 21
5º. Kimi Raikkonen FIN Ferrari 1m20s261 48
6º. Nick Heidfeld ALE BMW 1m20s678 49
7º. Kazuki Nakajima JAP Williams 1m21s336 57
8º. Nelsinho Piquet BRA Renault 1m21s547 124
9º. Christian Klien AUT BMW 1m22s098 15
Idéia de motor padrão avança
As equipes seriam as independentes Willams, Force Índia, Red Bull e Toro Rosso além da Renault, que de forma surpreendente estaria disposta a discutir a proposta com objetivo de cortar custos e não seguir o caminho da Honda. Aliás, é bom lembrar que em caso da venda da estrutura da equipe japonesa para um time independente, esse seria sério candidato a também aderir à idéia.
A fornecedora dos motores seria a lendária Cosworth, que na década de 70 já chegou a equipar quase todos os carros do grid da categoria, e que teria feito uma proposta de um contrato de fornecimento de três anos para no mínimo quatro equipes. Os times teriam que pagar 5,49 milhões de libras por ano, além de uma entrada de 1,68 milhão de libras.
O presidente da FIA enviou na última semana a proposta para todas as equipes. Segundo a Autosport, Max Mosley teria informado que nenhuma montadora que fabrica o próprio motor seria obrigada a utilizar o propulsor padrão, mas que teria que desenvolvê-lo dentro de regras de equalização de performance.
O fato dos times poderem fabricar seus motores, mesmo que seguindo uma receita padrão, já é um alento e deixa brecha para alguma diferença de desempenho. É um caminho que a FIA acredita que pode chegar a uma considerável contenção de despesas na Fórmula 1 e estimular a entrada de novos times independentes. Mas o fato é que as equipes mais estruturadas vão direcionar investimentos para o desenvolvimento de alguma outra área do carro para ganhar algum tempo sobre as concorrentes.
Sou a favor e acho necessária a tentativa de redução dos custos da Fórmula 1. Mas acho que é um movimento que tem que vir das equipes e não da FIA com propostas mirabolantes. As equipes devem ter a consciência de cortar orçamento. A Honda tomou uma decisão política em um momento de crise econômica mundial. Mostrou que não tinha comprometimento com o esporte. Ninguém pode querer dizer aos dirigentes da empresa o que é melhor para a companhia deles, mas é obvio que uma equipe que estava entre as de maior orçamento, que voluntariamente não tinha patrocinadores, e que freqüentava somente as últimas colocações era mal administrada. As montadoras que tiverem alguma ligação mais forte com o esporte irão simplesmente cortar custos e procurarem maneiras criativas de continuarem a vencer a corridas. As outras simplesmente a seguirão.
Idéia de motor padrão avança
As equipes seriam as independentes Willams, Force Índia, Red Bull e Toro Rosso além da Renault, que de forma surpreendente estaria disposta a discutir a proposta com objetivo de cortar custos e não seguir o caminho da Honda. Aliás, é bom lembrar que em caso da venda da estrutura da equipe japonesa para um time independente, esse seria sério candidato a também aderir à idéia.
A fornecedora dos motores seria a lendária Cosworth, que na década de 70 já chegou a equipar quase todos os carros do grid da categoria, e que teria feito uma proposta de um contrato de fornecimento de três anos para no mínimo quatro equipes. Os times teriam que pagar 5,49 milhões de libras por ano, além de uma entrada de 1,68 milhão de libras.
O presidente da FIA enviou na última semana a proposta para todas as equipes. Segundo a Autosport, Max Mosley teria informado que nenhuma montadora que fabrica o próprio motor seria obrigada a utilizar o propulsor padrão, mas que teria que desenvolver-lo dentro de regras de equalização de performance.
O fato dos times poderem fabricar seus motores, mesmo que seguindo uma receita padrão, já é um alento e deixa brecha para alguma diferença de desempenho. É um caminho que a FIA acredita que pode chegar a uma considerável contenção de despesas na Fórmula 1 e estimular a entrada de novos times independentes. Mas o fato é que as equipes mais estruturadas vão direcionar investimentos para o desenvolvimento de alguma outra área do carro para ganhar algum tempo sobre as concorrentes.
Sou a favor e acho necessária a tentativa de redução dos custos da Fórmula 1. Mas acho que é um movimento que tem que vir das equipes e não da FIA com propostas mirabolantes. As equipes devem ter a consciência de cortar orçamento. A Honda tomou uma decisão política em um momento de crise econômica mundial. Mostrou que não tinha comprometimento com o esporte. Ninguém pode querer dizer aos dirigentes da empresa o que é melhor para a companhia deles, mas é obvio que uma equipe que estava entre as de maior orçamento, que voluntariamente não tinha patrocinadores, e que freqüentava somente as últimas colocações era mal administrada. As montadoras que tiverem alguma ligação mais forte com o esporte irão simplesmente cortar custos e procurarem maneiras criativas de continuarem a vencer a corridas. As outras simplesmente a seguirão.
8 de dez. de 2008
Final da Stock Car
No último domingo aconteceu a “grande” final da Stock Car 2008. Ricardo Maurício se sagrou campeão brasileiro da categoria pela primeira vez, superando Marcos Gomes por dois pontos. Nenhum dos dois postulantes ao título fez grande corrida. O campeão chegou em 15º e o vice abandonou com problemas mecânicos.
Ricardo Maurício fez um bom campeonato, vencendo cinco corridas. Merecia o título como Marcos Gomes também. Nesta segunda-feira, Maurício anunciou que troca a equipe WA Mattheis pela RC, ex-equipe de Caca Bueno. Boa troca.
A corrida foi marcada mesmo pelo sério acidente de Felipe Maluhy com Noberto Gresse, em plena reta dos boxes. O carro de Gresse incendiou-se, causando inclusive uma queimadura no rosto do piloto, e por pouco não aconteceu algo mais grave. Gresse ainda conseguiu sair do carro pouco antes das chamas tomarem conta totalmente do veículo. Foi sua sorte, já que a equipe de resgate teve uma dificuldade incrível de apagar o fogo. Algo inaceitável para uma categoria do tamanho que a Stock Car diz que tem.
A corrida foi vencida por Thiago Camilo, que ganhou posições nas paradas de pit stop e depois foi beneficiado pela punição a Caca Bueno, por excesso de velocidade nos boxes, para assumir a liderança. Mas foi ótimo ver Ingo Hoffmann no pódio em sua última corrida na Stock. O “Alemão” fez uma largada sensacional e ganhou quatro posições. Depois ficou entre os três primeiros a corrida inteira. Foi, com certeza, o ponto alto do domingo.
Em 2009, a Stock Car estréia um novo carro, do qual já falei aqui em outro post. Com certeza é um avanço que já deveria ter acontecido a algum tempo na categoria. Mas ainda falta muito para Stock se colocar entre as melhorias categorias de turismo do mundo, onde muita gente pensa que ela já está. Dos mais de 30 pilotos que largam no grid, muitos são tecnicamente questionáveis. É impressionante a quantidade de acidentes graves que acontecem por bobeira nas últimas posições do grid. Um maior envolvimento da indústria automobilística também seria interessante, já que hoje praticamente não existe. Mas a principal melhoria que a categoria deve buscar nos próximos anos é a exigência de melhores autódromos para as competições. Não adianta termos carros que chegam a 250 km/h se no final da reta não existem áreas de escape e proteções descentes. As paradas de pit stop com reabastecimento e troca de pneus são impraticáveis em muitas pistas brasileiras, já que simplesmente não existe espaço para que as manobras sejam feitas de forma segura. O asfalto de muitos traçados é da década de 70 ou 80 e nunca passaram por obras de manutenção. Falar em drenagem então, chega a ser piada. CBA, Federações, Viçar ou seja lá quem for têm que começar a abrir os olhos para este problema.
5 de dez. de 2008
Enquanto isso, no Brasil, uma lenda se aposenta
Neste final de semana acontece a última prova da temporada da Stock Car, que em 2008 foi totalmente dominada pelos carros azuis das equipes de Andréas Mattheis. Ricardo Maurício (WA Mattheis), 286 pontos, e Marcos Gomes (Medley/A. Mattheis), 285, estão separados por apenas um ponto e decidem o título.
Apesar de correrem em equipes irmãs, usam bolhas diferentes, a da Pegeout, para Ricardo, e da Chevrolet, para Marcos. Segundo alguns pilotos e engenheiros, nesta temporada a bolha da Pegeout tem levado alguma vantagem aerodinâmica. Mas a verdade é que Marcos Gomes venceu as últimas três corridas em Interlagos. Praticamente impossível apontar um favorito. E sinceramente, isso não é o importante neste final de semana.
Domingo será a última prova de Ingo Hoffmann na categoria. Isso sim é assunto. O “Alemão” é um dos principais pilotos da história do Brasil. Iniciou no automobilismo em 1972. Chegou à Fórmula 1 em 1976, quando estreou pela equipe Fittipaldi Copersucar. Voltou ao Brasil em 1979 e passou a correr na Stock Car, onde ganhou simplesmente 12 títulos, 76 corridas, fez 60 pole positions e só não disputou uma corrida na história de toda a categoria: a primeira, em Tarumã.
Em 2003 começou a se dedicar a provas offroad. No ano seguinte, sagrou-se vice-campeão do Rally dos Sertões. Em 2006, conquistou o bicampeonato Brasileiro de Rally Cross Country – Categoria Protótipo e Vice-campeão Geral.
Ingo é um monstro do automobilismo brasileiro. Merece todo tipo de homenagens. Ele com certeza não vai se afastar totalmente das pistas. Segundo consta, deve continuar na GT3 e competindo em competições offroad. Quem for a Interlagos no domingo deve aplaudir muito o “Alemão”. Ele é o verdadeiro campeão.
Serviço (Ingressos Stock Car. Fonte: site oficial da categoria)
INGRESSOS DE ARQUIBANCADA: R$25,00
(a venda em todos os canais: telefone, internet e pontos de venda)
PASSE DE VISITAÇÃO: R$55,00
(a venda somente no telefone e Internet)
CAMAROTE PLUS: R$290,00
(a venda somente no telefone e Internet)
Localização: 2º andar acima dos Boxes
O Camarote Plus é um espaço vip todo decorado com motivos automobilísticos, climatizado, telas plasmas, Buffet de 1ª linha, e tem como objetivo atender aos patrocinadores dos pilotos que não puderam ser atendidos nos HC´S normais.
Essa credencial dará direito a visitação aos Boxes no sábado e domingo e é válido como ingresso ao Autódromo.
TORCIDA STOCK CAR R$120,00
(a venda somente pelo telefone e Internet)
A torcida Stock Car tem área demarcada em arquibancada; essa credencial dará direito a visitação aos Boxes no sábado e domingo e é válido como ingresso. Inclui 1 camiseta, 1 boné e 1 kit lanche contendo 1 sanduiche frio, 2 bebidas (refrigerante ou cerveja), 1 água e 1 bombom.
Horários de Visitação aos boxes:
Sábado: 15h30 às 16h30 | Domingo: 08h40 às 09h40
Audi também fora das principais competições
Poucas horas depois de a Honda anunciar que está fora da Fórmula 1, a Audi, que apesar de não competir na principal categoria de monopostos é uma das fabricantes que mais se envolve no automobilismo esportivo, anunciou que não vai competir nem na ALMS (nos EUA) nem na LMS (já tinha anunciado no começo da semana), principais campeonatos de corridas de longa duração inspirados nas 24 horas de Le Mans onde a montadora faz muito sucesso.
Sendo assim, o novo modelo da Audi, o R15 TDi, evolução do super campeão R10 TDi, irá se apresentar apenas nas 12 Horas de Sebring e nas 24 Horas de Le Mans. Segundo Wolfgang Ullrich, chefe de equipe da Audi, agora a empresa alemã só estará presente, além das duas corridas de longa duração, no DTM e no GT3, com a versão especial do R8, mas apenas para equipes não-oficiais. O que deixam claro que após colocar o R15 na pista, a montadora não pretende investir em nenhuma categoria.
Lembrando que a Audi venceu as últimas nove 24 horas de Le Mans e em 2008 ganhou tanto o título da ALMS quanto a LMS. É uma pena...
Honda e Audi já fizeram seus anúncios, quem será a próxima? Não sei, mas aposto que vai ter mais.
Confirmado: Honda está fora da Fórmula 1
Confirmando os rumores dos últimos dois dias, a Honda anunciou na madrugada de hoje (tarde no Japão) sua retirada da Fórmula 1. A empresa deve vender a estrutura da equipe e alguns nomes já são sondados pela imprensa internacional. Um deles é o do fundo de investimentos Magma Group, liderado pelo empresário do ramo automotivo Martin Leach que, no começo do ano, chegou a negociar a compra da Super Aguri. Na época, as negociações falharam e a equipe japonesa, considerada um time B da Honda, faliu.
Leach teria, novamente, apoio do Dubai Internacional Capital, que apesar da crise mundial, tem dinheiro para investir.
Mas, até o momento, o único fato é que depois de investir muito dinheiro e não ter nenhum resultado, uma das montadoras mais tradicionais da Fórmula 1 abandona a categoria. Não é a primeira vez, pois a Honda já teve outras passagens tanto como construtora quanto como fornecedora de motores, e não será a última. No mundo dos negócios é assim mesmo, se daqui dois ou três anos a economia mundial melhorar e os Civics voltarem a vender bem, a empresa volta.
Outro fator que deve se prestar a atenção é que a Honda provavelmente não será a última a sair da categoria na atual leva. Como já disse no último post, com sua principal concorrente fora, a Toyota também deve começar a repensar seus gastos na Fórmula 1. A Renault, que igualmente passa por um momento dificílimo e negocia com o governo francês alguma ajuda para não começar a fechar fábricas, já deve estar reavaliando sua participação.
A Fórmula 1 pode passar por duas ou três temporadas difíceis, mas com a saída de algumas montadoras os custos tendem a baixar naturalmente, já que equipes independentes podem voltar a surgir. A vida continua e as grandes fabricantes vão e vêm conforme vendem mais ou menos carros no mercado comum.
Mas só para não deixar passar em branco: nesses três anos de participação, a administração da equipe de Fórmula 1 da Honda foi terrível.
Números Honda (2006-2008)
2006
Honda (4º) – 86 pontos
Button (6º) – 56 pontos – 3 pódios – 1 pole position (GP da Austrália) - 1 vitória (GP da Hungria)
Barrichello (7º) – 30 pontos
2007
Honda (8º) – 6 pontos
Button (14º) – 6 pontos
Barrichello – 0 pontos
2008
Honda (9º) – 14 pontos
Button (18º) – 3 pontos
Barrichello (14º) – 11 pontos – 1 pódio (GP da Inglaterra – 3º lugar)
Números finais da equipe
Honda – 106 pontos – 4 pódios – 1 pole position – 1 vitória
Obs: Essa foi a segunda investida da Honda como equipe própria na Fórmula 1. Na primeira passagem, entre 1964 e 1968, o time japonês participou de 35 corridas, conquistou duas vitórias e cinco pódios no total.
4 de dez. de 2008
Honda fora da F1?
Nos últimos dias a notícia começou a se espalhar em vários blogs de jornalistas especializados, devido ao boato de que empregados do time estariam disparando e-mails para as outras equipes pedindo emprego e hoje o Grand Prix resolveu noticiar. O que chamou a atenção é o fato, como a própria matéria diz, de a Honda não negar de prontidão, mesmo o site tendo questionado a empresa.
A Honda foi uma das montadoras que mais despejou dinheiro na Fórmula 1 nos últimos anos. Mesmo assim, só andou nas últimas posições. Vale lembrar que nas duas últimas temporadas correu sem patrocinadores já que resolveu promover uma campanha pelo meio ambiente.
É uma péssima notícia para Bruno Senna e Rubens Barrichello, que devem ficar sem a vaga para 2009. Senna ainda tem a chance na Toro Rosso, mas Barrichello, que chegou a ter esperança renovada quando foi convocado para os testes de Jerez na próxima semana, deve se aposentar. Segundo algumas notícias, os testes inclusive já teriam sido cancelados.
Péssimo também para a Fórmula 1, já que se a notícia se confirmar, apenas 18 carros alinharão o grid no GP da Austrália de 2009, um número ridículo para o porte e importância mundial da categoria.
Esse é o problema da Fórmula 1 atual, ela está nas mãos das montadoras. Não dá para ter 60% das equipes nas mãos delas com hoje. Não que as fabricantes sejam um mau para a categoria, muito pelo contrário, mas elas vivem de vender automóveis, e não do esporte. Do mesmo jeito que empresas dos mais variados setores estão reduzindo custos com eventos, publicidade, cafézinho e outros por causa da crise, as montadoras irão cortar qualquer investimento que não seja essencial para as vendas. Vejam a situação da GM e Ford dos Estados Unidos pedindo desesperadamente ajuda ao governo para sobreviverem ao momento da economia.
A Honda não é a primeira na história da Fórmula 1 a sair durante uma crise, e não será a última. Aposto que a primeira a seguir o caminho será a Toyota, que não vai ter mais a necessidade de continuar gastando rios de dinheiro em um negócio do qual sua principal concorrente já pulou fora.
Agora temos que aguardar a oficialização da notícia. É lógico que já devem estar acontecendo movimentações de bastidores, inclusive com participação de Bernie Ecclestone. Mas com certeza, até semana que vem devemos ter mais notícias sobre o caso. Há quem diga que um anúncio pode ser feito já nesta sexta-feira.
2 de dez. de 2008
Santa Catarina anuncia novo autódromo
O terreno para a construção tem três milhões de metros quadrados e a pista teria dois traçados: um com 2,7 km outro com 1 km a mais, que passaria em uma área de mata virgem com o objetivo de imitar o visual do antigo circuito de Hockenheim e de Spa. A idéia é que no local funcione um complexo de automobilismo com kartódromo, pista off-road e um hotel cinco estrelas. O padrão da pista seria para sediar qualquer categoria nacional e internacional, com exceção da Fórmula 1.
O presidente da FAUESC, Jairo Albuquerque, disse que o objetivo é que o novo autódromo seja inaugurado até o final de 2010, mas já apontou alguns atrasos por causa das fortes chuvas que caíram na região e que foram notícia em todo Brasil nas últimas semanas.
Eu sempre sou cético com relação à notícias de novos autódromos no Brasil. Já vi e ouvi várias histórias de projetos que nunca se concretizaram. De novo mesmo só me lembro de Campo Grande e Santa Cruz do Sul. O Velopark, no Rio Grande do Sul, parece que vai finalmente ganhar uma pista para os próximos dois anos.
Infelizmente muitos dos nossos autódromos mais tradicionais, como o do Rio de Janeiro (sede do GP Brasil de Fórmula 1 entre 1978 e 1989 e que foi destruído pela organização dos Jogos Pan Americanos de 2007), Goiânia (que já sediou o mundial de moto velocidade), Brasília (que já recebeu uma corrida extra campeonato da Fórmula 1 em 1974), entre outros, estão totalmente degradados. Apesar de não receberem a Fórmula 1, eles poderiam sediar várias outras categorias internacionais bem interessantes, além de termos praças mais modernas para nossas categorias nacionais.
Vamos torcer para que dê certo o projeto do autódromo de Santa Catarina e que alguém resolva salvar as outras praças.
1 de dez. de 2008
Domingo Legal
No Parque do Ibirapuera o Renault Show chamou a atenção com desfile de carros antigos e várias atrações que culminaram com a apresentação de Nelsinho Piquet dirigindo um Fórmula 1 da equipe francesa. E ele acelerou para valer. Foi muito legal mesmo.
Mas o evento que acabou chamando mais atenção no domingo foi o Desafio das Estrelas de Kart, disputado em Florianópolis. É muito legal ver pilotos como Massa, Barrichello, Schumacher, Liuzzi e outros correndo de kart. Eu acredito que provas como essa e as 500 milhas da Granja Viana estimulam as pessoas a entrarem no automobilismo, sejam crianças ou adultos, que queiram ser profissionais ou correr apenas por hobby.
A corrida foi muito legal, com vários pegas e com a vitória de Barrichello, que é o primeiro a vencer o Desafio e as 500 milhas no mesmo ano, se tornando um “Rei do Kart 2008”. Ele realmente deu um show e mostrou o quanto está motivado para seguir sua carreira na Fórmula 1. Continuo apostando que ele segue na Honda. A corrida, inclusive, ganhou até mesmo uma nota no site da autosport.
A única coisa a lamentar é a habilidade de Rubens de até mesmo quando vence conseguir se colocar em situações constrangedoras. Na primeira declaração após a vitória, ao vivo para o SPORTV, ele reclamou dos empurrões que levou de Schumacher e di Grassi. O troco veio logo depois, quando o alemão disse para os repórteres que “Rubens é assim mesmo, ele reclama quando ganha ou quando perde.” Barrichello podia ter ficado sem mais essa e não precisava ter dado a declaração.
Eu realmente acho Barrichello um dos melhores pilotos do mundo, mas quando tira o capacete... Suas declarações sempre são ridículas e depões contra sua imagem. Pior do que não saber perder, é não saber ganhar.
22 de nov. de 2008
Novo carro da Stock Car
O carro foi projetado pelos engenheiros Gustavo Letho, da JL Competições (ex-ZF Racing, que já era responsável pelo último chassi da categoria) e pelo italiano Nicola Scimeca (ex-Dallara) que projetou o atual Indy Lights e o Audi TT da DTM. Por sinal, só de bater o olho no carro é bem fácil ver a inspiração nos carros do campeonato alemão de turismo.
Em entrevista para o site oficial da Stock Car, Gustavo Letho falou sobre os principais focos do novo projeto: segurança e desempenho.
Segundo Letho, no quesito segurança as principais novidades foram no sentido de se buscar uma maior resistência a impactos através de um reforço na estrutura e facilitar a intervenção de paramedicos nos resgates através de uma abertura por cima do carro que evitaria a necessidade de interferência na estrutura do carro.
Para a melhora do desempenho, buscou-se uma evolução em conceitos estruturais, melhora na distribuição de peso através do reposicionamento do tanque, câmbio (que passa a ser traseiro) e do piloto e equalização aerodinâmica para melhorar a aderência do carro. Aliás, por causa de certa vantagem que a bolha da Pegeout estaria conseguindo na atual temporada, os carros serão mais parecidos, diferenciados apenas pelo logo das marcas na frente dos veículos.
Outra mudança importante a ser ressaltada é da roda, que agora passam a ser fabricadas pela OZ Racing com porca única e cubo rápido que possibilitam a troca de pneus mais rápida durante as provas. Claramente um objetivo da organização de aumentar o número de trocas.
Parece que houve uma evolução, mas ainda não é uma categoria multi marca como gostaríamos de ver aqui no Brasil, com envolvimento das montadoras. E parece que não existe a intenção mesmo. Não entendo por que é feito no mundo todo com sucesso e aqui não. Queremos ver grandes carros nas pistas brasileiras! Por isso que torço pelo desenvolvimento da GT3, onde podemos ver corridas de verdade com máquinas maravilhosas. Agora temos que esperar os pilotos darem as primeiras voltas com o novo modelo para sabermos das primeiras impressões. O piloto de testes responsável pelo desenvolvimento do carro foi Felipe Giaffone, um dos diretores da JL.
Segue a ficha técnica:
Modelo: JL G-09
Chassi: Tubular, tubos de molibdênio sem costura
Carroceria: Fibra
Acabamento interno: Fibra de carbono
Rodas: OZ Racing (importada da Itália), porca única e cubo rápido
Câmbio: XTrac seqüencial 6 marchas (importado da Inglaterra)
Diferencial: XTrac (importado da Inglaterra)
Pinças de Freio: AP Racing (importado da Inglaterra)
Disco de Freio: Fremcx
Pastilha: Ecopads
Motor: 480 Hp
Torque: 63 Kgf/m
Pneus: Goodyear radias R18
19 de nov. de 2008
Testes de Barcelona
Por motivos óbvios, os olhares aqui no Brasil ficaram concentrados na Honda, onde três pilotos brasileiros brigam pelo lugar: Rubens Barrichello (atual titular e que não participou dos testes em Barcelona), Bruno Senna e Lucas di Grassi.
Eu deixei para analisar os “resultados” somente neste último dia de movimentações para não cometer erros como os que aconteceram por aqui de comparação entre Bruno e Lucas, dizendo que um andou mais rápido que outro hoje, mas ontem foi ao contrário e tal. Para a decisão da equipe japonesa serão analisados vários itens desses dias, como relacionamento com a equipe, informações sobre o comportamento do carro, evolução durante os treinos e o tempo de volta em comparação a Jeson Button. O comparativo com inglês acontece pelo motivo de que os dois brasileiros, como participam em sessões diferentes, não encontrariam a pista e o carro com o mesmo comportamento.
Ontem di Grassi ficou a 0s5 de Button e hoje Senna perdeu por 0s3. segunda-feira foi um dia de ambientação para todos, impossível de se fazer qualquer tipo de comparação. Se considerarmos que o inglês andou o ano inteiro com esse carro, participou do seu desenvolvimento e está na equipe há 5 anos e que os brasileiros estão sentando no “liquidificador” da Honda pela primeira vez (no caso de Senna, pela primeira vez em um Fórmula 1) os garotos se saíram muitíssimo bem. O que é ruim para Barrichello.
Agora temos que esperar as outras conclusões da equipe. O fato de Bruno Senna ter sido o mais rápido ao final dos treinos não significa que já é dono da vaga.
Meu chute: por todas as notícias que chegaram nos últimos dias e pela informação trazida pelo ótimo jornalista Bruno Vicaria em seu blog, Barrichello continua como titular ao lado de Button, Senna efetivado como piloto de testes e vai preparado para assumir em 2010 e di Grassi volta a ser piloto de testes da Renault. Mas isso é só um chute.
Confira os tempos dos treinos de terça e quarta-feira:
Treinos 18/11 - terça-feira
Pos Piloto Equipe Equipe Voltas
1. Vettel Red Bull-Renault 1:19.751 70
2. Sato Toro Rosso-Ferrari 1:20.017 79
3. Bourdais Toro Rosso-Ferrari 1:20.034 48
4. Buemi Toro Rosso-Ferrari 1:20.223 99
5. Paffett McLaren-Mercedes 1:21.340 31
6. Kubica BMW-Sauber 1:21.521 76
7. Rosberg Williams-Toyota 1:21.525 113
8. Button Honda 1:21.770 110
9. Sutil Force India-Ferrari 1:22.073 58
10. di Grassi Honda 1:22.283 110
11. Piquet Renault 1:22.348 85
12. Badoer Ferrari 1:22.425 127
13. Gene Ferrari 1:22.772 31
14. Heidfeld BMW-Sauber 1:22.945 81
15. van der Garde Renault (B) 1:23.250 37
16. de la Rosa Force India-Ferrari (B) 1:23.499 86
Treinos 19/11 - quarta-feira
Pos Piloto Equipe Tempo Voltas
1. Vettel Red Bull-Renault 1:19.295 75
2. Bourdais Toro Rosso-Ferrari 1:19.839 122
3. Buemi Toro Rosso-Ferrari 1:20.154 115
4. Paffett McLaren-Mercedes 1:21.140 81
5. Button Honda 1:21.387 94
6. Klien BMW Sauber 1:21.534 88
7. Heidfeld BMW Sauber 1:21.592 106
8. Senna Honda 1:21.676 107
9. Piquet Renault 1:22.148 94
10. Hulkenberg Williams-Toyota 1:22.410 52
11. Badoer Ferrari 1:22.866 120
12. Fisichella Force India-Ferrari 1:23.086 93
13. de la Rosa Force India-Ferrari 1:23.103 88
*Tempos não oficiais
**Fonte: Autosport.com
18 de nov. de 2008
Kovalainen é quem mais ultrapassou em 2008. Barrichello é o campeão dos últimos 10 anos
Mais inusitada ainda é a informação que nos últimos 10 anos, o piloto que mais ultrapassou foi Rubens Barrichello. O brasileiro praticou 207 manobras contra 154 de Michael e Ralf Schumacher e David Coulthard, que empatam na segunda colocação.
Isso tudo não quer dizer muita coisa. O Hamilton continua sendo campeão de 2008 e o Schumacher (o Michael!!) campeão sete vezes enquanto Rubinho, Coulthard e Ralf nenhuma. Pura curiosidade que mostra o quão agressivos são estes pilotos em uma categoria onde ultrapassagens são difíceis. Vale lembrar também que pilotos que fazem mais provas no meio do pelotão normalmente praticam mais ultrapassagens em relação a quem larga na frente e vence de ponta a ponta, característica de Massa por exemplo.
Confira abaixo alguns números levantados por Lawrence:
Pilotos com mais ultrapassagens em 2008
1º Heikki Kovalainen - 31
2º Kimi Raikkonen - 25
Lewis Hamilton - 25
4º Felipe Massa - 23
5º Mark Webber - 22
6º Nick Heidfeld - 20
7º Nico Rosberg - 19
8º Kazuki Nakajima - 15
9º Robert Kubica - 14
Timo Glock - 14
11º Nelsinho Piquet - 12
Adrian Sutil - 12
Fernando Alonso - 12
Sebastian Vettel - 12
15º Rubens Barrichello - 10
16º David Coulthard - 9
17º Sebastien Bourdais - 8
Jenson Button - 8
19º Giancarlo Fisichella - 5
20º Jarno Trulli - 4
21º Anthony Davidson - 3
22º Takuma Sato - 2
Top 10 em ultrapassagens (1998-2008)
1º Rubens Barrichello - 207
2º Michael Schumacher - 154
David Coulthard - 154
Ralf Schumacher - 154
5º Jenson Button - 132
6º Giancarlo Fisichella - 127
7º Felipe Massa - 118
8º Kimi Raikkonen - 112
9º Jacques Villeneuve - 108
10º Olivier Panis - 103
Mais 500 milhas...
Neste a câmera acompanha Rubens Barrichello durante uma volta no traçado da Granja Viana.
Já neste, a câmera mostra o trecho entre a saída da curva “zero” e a curva de entrada da reta dos boxes, já com a noite envolvendo totalmente o kartódromo.
Amanhã tem mais!!
17 de nov. de 2008
“Liga para Honda!!”
A corrida deste ano foi totalmente dominada pelo kart 72, pilotado por Barrichello, Tony Kanaan, Luciano Burti, Antonio Pizonia, Renato Russo e Felipe Giafone.
A cmpetição foi marcada por algumas exclusões como a do kart 2, da Piquet Sports, por estar fora do peso, do 40, que tinha no comando Thiago Camilo, Pedro e Marcos Gomes e Cia, por quebra do lacre do motor, e após a corrida uma do kart 3, também da Piquet Sports, bem ridícula por sinal, por uso de trabalho de equipe através de ajuda de vácuo.
Como eu já disse em outro post, essa corrida é muito legal pela união dos principais pilotos brasileiros espalhados pelo mundo em um evento e pela proximidade que o público comum consegue ter com eles.
Clique na foto para ver um álbum bem legal de fotos que tirei durante o evento.
500 milhas Granja Viana 2008 |
Também segue o vídeo da largada da corrida. Durante a semana irei descarregar mais alguns vídeos do evento.
13 de nov. de 2008
500 milhas da Granja Viana
Na noite desta quinta-feira eu dei uma passadinha na Granja Viana para dar uma olhada nos treinos livres para as 500 milhas. Essa prova é bem legal pelo contato que os fãs podem ter com os maiores pilotos brasileiros da atualidade, que competem nas principais categorias do mundo.
Durante os treinos livres o pit lane fica liberado para circulação e é muito fácil esbarrarmos com Felipe Massa, Rubens Barrichello, Nelsinho Piquet, Tony Kanaan e por ai vai.
Aqui vão duas fotos, uma do Massa e outra do Barrichello, por Verônica Santos. É bom lembrar que o Rubinho corre neste final de semana com a pitura do capacete do Renato Russo.
11 de nov. de 2008
Salão do Automóvel de São Paulo 2008
Salão do Automóvel SP 2008 |
7 de nov. de 2008
15 anos da última
A Mclaren daquele ano era simplesmente ridícula perto da Willams e também tinha dificuldades até mesmo em relação à Beneton, de Shumacher, que tinha apoio oficial da Ford. Mesmo assim Senna venceu cinco corridas naquele ano e conquistou o vice campeonato. Existia um otimismo muito grande com a ida de Senna para a nova equipe que dominava a Fórmula 1 nos anos anteriores.
Essa é para matar a saudade:
FIA também preocupada com custos do WRC
Realmente está se gastando muito nas principais categorias. Boa parte da culpa é da competição entre montadoras que não aceitam perder uma para a outra. Se dermos uma olhada nos orçamentos das principais equipes de Fórmula 1, WRC, Le Mans, entre outras, vamos ver que a coisa chegou a níveis absurdos, mesmo para um esporte que já é caro de origem. Aliás, até mesmo os custos do kart estão ridiculamente altos.
Porém, a FIA tem que encontrar os pontos certos para atacar. Propostas malucas como a de um motor padrão na Fórmula 1, além de serem ridículas, se implementadas não trariam nada de bom para a categoria.
Eu entendo que é muito difícil diminuir esses custos. Pode-se mexer em motor, freio, suspensão, chassi, capacete, sapatilha e até na cueca do piloto que vai aparecer alguém com um projeto de milhões de dólares de uma porca que usa energia nuclear para não sei o que.
É só dar uma olhada em categorias como GP2 que têm motor, chassi, pneu, quase tudo padronizado e mesmo assim são sempre as mesmas equipes que andam na frente. Existe um investimento em desenvolvimento e técnicos de alto nível para se conseguir isso.
Esse assunto tem que ser bastante debatido. Todos sabem que os custos do automobilismo em geral têm que baixar. Mas como? Por enquanto a única reposta é o bom senso dos dirigentes. O que definitivamente não é uma boa resposta.
6 de nov. de 2008
Valeu Felipe!!
Parabéns Massa!! O automobilismo brasileiro está precisando urgentemente de iniciativas como essas, porque se depender da CBA...
5 de nov. de 2008
Morram de inveja
O primeiro a passar, obviamente é Felipe Massa. Se conseguirem, reparem como Alonso ultrapassa Kovalainen por fora na curva do Lago. Esse espanhol guia muito.
Renault oficializa dupla Alonso/Piquet para 2009
“Nós estamos felizes em confirmar Fernando e Nelson para a próxima temporada”, disse Briatori. “Isso traz para o time ING Renault F1 uma das mais excitantes duplas de pilotos e perfeita combinação de juventude e experiência. O compromisso de dois anos de Fernando confirma a fé que ele tem no time”, completou.
Já Alonso explicou sua escolha pela continuidade com a Renault. “Eu decidi ficar no time ING Renault F1 porque, como eu disse frequentemente durante a temporada, eles eram minha primeira escolha e eu me sinto muito confortável e feliz de continuar com eles”. O espanhol também falou sobre o progresso que a equipe apresentou em 2008. “Depois de um começo de temporada difícil, nós superamos as dificuldades e melhoramos nosso desempenho. Minhas vitórias em Cingapura e Japão e meu recente 2º lugar no Brasil são amostras de como podemos ser competitivos”.
Piquet agradeceu a oportunidade de continuar na equipe e falou sobre seu amadurecimento durante o ano. “Obviamente eu estou contente de ter a oportunidade de correr pelo time ING Renault F1 pelo segundo ano. Embora tenha tido um ano difícil, eu aprendi muito”, disse o piloto brasileiro.
Observações
A nota do site oficial da Renault deixa bem claro que a contrato de Alonso é para os próximos DOIS anos. Com certeza o espanhol só aceitou isso após verificar a situação da Ferrari. Ou seja, apesar do que vem sendo dito, especialmente na imprensa brasileira e espanhola, parece que não está nos planos da equipe italiana uma mudança na sua dupla de pilotos (Massa/Kimi) até o fim de 2010.
A Renault fez certo em manter a dupla. Apesar de querer ver Lucas di Grassi na Fórmula 1, acredito que Piquet pode crescer bastante nessa segunda temporada. É só lembrarmos como foi o começo de carreira de Felipe Massa, demitido da Sauber em seu primeiro ano na Fórmula 1.
Assunto Relevante
Vou dar uma escapadinha do assunto normalmente debatido neste blog. Na madrugada de hoje, Barack Obama se tornou o novo presidente dos Estados Unidos. Em termos simbólicos, a sua vitória é interessantíssima do ponto de vista dele ser o primeiro negro da história a chegar à Casa Branca, sendo que há pouco mais de 40 anos os negros não podiam nem votar em alguns estados do país. É realmente uma evolução histórica bastante acelerada. Mas e agora?
Em um primeiro momento de seu mandato, o principal inimigo de Obama será a crise mundial. Quem é do automobilismo ficará igualmente atento a este fato, já que o problema também afeta o setor. Segundo editorial do jornal Estado de São Paulo de hoje, as montadoras brasileiras fecharam as vendas do mês de outubro com uma queda de 2,1% em relação ao mesmo mês do ano passado e 10,9% em relação a setembro de 2008. O mesmo texto diz que é a primeira vez em dois anos que a quantidade de carros vendida é menor do que a do mesmo mês do ano anterior.
Com o problema chegando às montadoras isso quer dizer menos investimentos, não só no desenvolvimento do automóvel de rua como também no automobilismo como esporte. E não são só as grandes categorias como Fórmula 1, Mundial de Rally e WTCC que devem sofrer, mas também os pequenos consumidores, como kartistas ou pilotos de categorias nacionais, com aumentos de preço e menor variedade de produtos.
Isso tudo é uma pequeníssima visão de um dos segmentos da economia mundial que será afetada mais drasticamente nos próximos anos. E como Obama vai lidar com isso? Essa é a pergunta principal de hoje.
O importante é ninguém imaginar que o mundo vai mudar radicalmente do dia para a noite com essa eleição. Em seu discurso nessa madrugada, o novo presidente dos Estados Unidos disse que “a mudança chegou”. Sim, mas mesmo que um republicano (no caso McCain) vencesse a disputa, seria praticamente impossível se manter as políticas econômica e a diplomática de déficits, guerras desenfreadas e total desarmonia com o resto do mundo.
Porém, é preciso entender que no final das contas, republicanos e democratas, apesar de defenderem modelos de administração e do funcionamento da máquina pública diferentes, têm princípios e objetivos iguais. Não podemos esperar uma nova era no mundo e na política norte americana. Isso é um devaneio alimentado pelo fim de um dos mais desastrosos e mundialmente odiados governos da história dos Estados Unidos.
Aqui do meu insignificante cantinho no Brasil, Barack Obama me parece um homem carismático, que conquista suas platéias com discursos muito bem escritos, apesar de não assumir grandes e reais compromissos para o seu governo. Terá uma maioria importante no Congresso que lhe dará a chance de concertar muita coisa da atual administração. Mas sem essa de um novo governante que veio para salvar o mundo do mal e da injustiça. Isso só no cinema. No americano. Aquele bem comercialzinho, sabe?
4 de nov. de 2008
Lá vem Fernandito de novo...
É bom lembrarmos que no início do ano, a Renault suava para chegar ao Q3 das classificações. Isso com o espanhol, já que com Piquet nem se esperava o feito.
O carro evoluiu muito, especialmente nas últimas 6 etapas. Com isso, Alonso deu um show e conquistou duas vitórias além de passar a incomodar as Ferraris e Hamilton (Kovalainen já tinha ficado para trás).
Se a Renault continuar a evolução em 2009, Alonso será concorrente certo ao título.
3 de nov. de 2008
Mais frieza
Deu calor em todo mundo. A maneira como lutou pela posição com Hamilton também foi impressionante. Muito seguro. Tomou a posição na oportunidade que teve e não deu brechas para o inglês tentar uma investida. Foi sensacional.
A hora que derem um carro bom para esse menino...
Que decisão!!
Hamilton errou, provavelmente atrapalhado por Kubica, que mesmo uma volta atrás passou como um foguete. Na manobra, o inglês escorregou na Junção e foi ultrapassado por Vettel, caindo para sexta posição, o que dava o título para Massa.
A partir daí foram duas voltas extremamente emocionantes. A energia que rolava na arquibancada foi uma coisa impressionante. Todos com os olhos grudados na briga de Hamilton e Vettel. Poucos se deram conta de Glock se arrastando na pista com os pneus lisos em plena chuva.
Hamilton conseguiu a ultrapassagem em Glock na última curva do circuito, a 700 metros na chegada. Foi uma das decisões de título mais emocionantes da história, senão a mais.
É lógico que o clima na arquibancada foi do êxtase pela aparente conquista do título por Massa a um sentimento de perda e desilusão, em poucos segundos. O rosto das pessoas de “não é possível” dizia tudo. Todos rapidamente começaram a sair do autódromo. Parecia que ninguém queria saber mais daquilo.
Eu fiquei sentado na arquibancada, quando já chovia um pouco mais forte, tentando digerir aquilo tudo. Demorou um pouco, mas as próprias declarações de Felipe (extremamente maduro) na coletiva de imprensa que eu escutava no rádio me fizeram entender. Isso é um esporte, as coisas acontecem assim mesmo.
Depois, já quando nos despedíamos do pessoal que passou todo o final de semana conosco, quando chegamos no sábado de manhã e depois ficamos toda a noite acampados na porta do autódromo, um dos meus amigos, que foi no GP pela primeira vez, virou e me disse: “valeu pelo fim de semana com a galera. Foi muito divertido. Quero estar aqui com vocês ano que vem”.
É isso mesmo. Ano que vem tem mais. Felipe entrou de vez no hall dos grandes. Está de parabéns. Cometeu muitos erros, é verdade. A Ferrari também. Mas no final lutou até o fim. Perdeu e não se fez de coitado. Impressionante como um derrota dura dessas me fez olhar Massa de uma maneira diferente. Ele com certeza vem forte ano que vem de novo.
E é preciso dizer que a decisão foi justa. Hamilton levou nas costas um carro que na maioria da temporada era inferior à Ferrari. Qualquer um dos dois poderia ser campeão. Os dois mereciam. Desta vez foi o inglês. Parabéns!!
Agora é esperar começar tudo de novo.
31 de out. de 2008
Finalmente chegou a hora...
Muitos poderiam estar tranquilamente no paddock ou em alguma arquibancada com cobertura, protegidos e confortáveis. Mas nenhum de nós abre mão do setor G, onde tem a bagunça, onde tem que acampar de sábado para domingo para pegar um lugar bom, onde a chuva molha mais e o sol arde.
Nada melhor que tudo isso. Para mim, o GP Brasil de Fórmula 1 é muito mais que simplesmente ir ao autódromo ver a corrida. É passar a quinta e sexta preparando as coisas do acampamento (barraca, churrasqueira, carne, cerveja, camisetas personalizadas da galera, fantasias, megafone...), acordar cedo no sábado para chegar ao autódromo antes de abrir o portão, montar o acampamento depois do treino, passar a noite toda zoando os amigos na fila, dormir na arquibancada quando abrem os portões no domingo, passar o dia inteiro esperando a corrida com muita brincadeira e por ai vai... É com certeza um dos melhores finais de semana do ano.
Massa? Hamilton? Nakajima? Título? Tem muito mais coisa que envolve o final de semana.
Aos que vão à Interlagos: boa diversão!! Aos que não vão: boa TV!! Aos que odeiam Fórmula 1: bom Raul Gil!!
28 de out. de 2008
E a FIA insiste...
Como já foi bastante noticiado ontem e hoje, a FIA publicou em seu site um convite para que interessados em ser fornecedor oficial de motores da Fórmula 1 apresentem suas propostas. O comunicado vem com algumas especificações como datas de entrega e quantidades de motores por temporada.
A primeira a fazer um pronunciamento oficial foi a Ferrari, dizendo que pode se retirar da categoria no caso desta história continuar. Outras montadoras devem fazer o mesmo. Todas com razão, ou alguém imagina uma Ferrari ou BMW correndo com um motor desenvolvido pela Ford, Volkswagen, KIA ou sei lá o que? Já imaginou a Mclaren correndo com motor da Besta?!! É lógico que isso é um exagero, mas marcas tão tradicionais no automobilismo e no ramo automotivo em geral não irão aceitar uma outra empresa fabricar ou conceber o motor de seus carros.
Não sei se a idéia final da FIA é justamente encontrar uma maneira de expulsar as montadoras da categoria. Se for, estão indo pelo caminho certo. Mas eles estariam indo no sentido contrário da história do automobilismo e destruindo os princípios fundamentais do desenvolvimento tecnológico e melhora de desempenho.
É lógico que os custos da Fórmula 1 precisam ser cortados, que é preciso existir um incentivo para equipes independentes e que o meio ambiente precisa ser considerado nas decisões de regulamento da FIA. Mas por favor!! Decisões ridículas como esta vão apenas causar o fim da categoria.
Vamos aguardar apreensivos os próximos acontecimentos.
22 de out. de 2008
O primeiro passo...
Segundo o site da Autosport, no encontro foram tomadas quatro decisões relevantes:
- os motores terão que resistir a três corridas, e não mais duas como hoje;
- As montadoras terão que estar à disposição de fornecer às equipes independentes pacotes de 25 motores por temporada a um custo de 10 milhões de euros;
- FOTA e FIA se reunirão no Brasil para chegar a um acordo sobre maior limitação de testes e a adoção do KERS (Sistema de Recuperação de Energia Cinética, em inglês) para 2009, que, segundo o site, deverá ser opcional;
- Também no Brasil, FOTA e FIA devem discutir meios de diminuição de custos relacionados ao desenvolvimento e a compra de chassi.
Aparentemente fica descartada a utilização de um motor padrão da categoria (ufa!!)
A FIA somente se pronunciou através de uma nota oficial nada conclusiva, enviada à imprensa ainda ontem, em conjunto com a FOTA. Segue:
"Comunicado conjunto da FIA e da FOTA - 21/10/2008
O encontro de hoje em Genebra produziu economias de custos significantes para 2009 e 2010.
A Fota está trabalhando de forma urgente nas propostas para as temporadas a partir de 2010".
A FOTA ainda se manifestou através de um dos seus principais dirigentes, Luca Di Montezemolo, presidente da Ferrari e do Grupo FIAT (proprietário da Ferrari), em uma entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport, reconhecidamente principal publicação esportiva da Itália. Di Montezemolo falou sobre as medidas adotadas e disse que “finalmente teremos uma Fórmula 1 econômica”.
Parece que algo vai acontecer para uma contenção de gastos na Fórmula 1. O grid está pequeno e nas mãos das montadoras que, em toda a história da categoria, entraram e saíram sem grande comprometimento. Acredito que seja extremamente necessário o incentivo a equipes independentes.
Porém, espero que os dirigentes não se esqueçam de que a Fórmula 1, além de uma disputa de pilotos, sempre foi um campeonato de construtores e de desenvolvimento de novas tecnologias para a indústria automobilística. Nesse primeiro acordo parece que essas características serão preservadas.
20 de out. de 2008
Futuro da Fórmula 1 começa a ser traçado
Na carta que a FIA enviou neste final de semana à FOTA, publicada hoje no site da Autosport, a entidade fala em motores padronizados para o período de 2010 a 2012, com a opção de se contratar uma fornecedora para fazer o design que as outras fábricas teriam que copiar ou de um consórcio das montadoras envolvidas na categoria para se chegar a um consenso de um motor dentro das regras atuais mas com custo mais baixo.
Para a temporada 2009, a carta fala em uma equalização dos motores, já que algumas montadoras teriam encontrado uma brecha na regra de congelamento de desenvolvimento durante um período de ajuste dos propulsores às novas regras deste ano. Sendo assim, para o próximo campeonato, algumas montadoras poderiam desenvolver seus motores para se aproximarem dos atualmente mais potentes Ferrari e Mercedes.
Sobre o chassi e regulamento desportivo, a FIA faz várias ressalvas, mas no final convida as equipes a darem sugestões de novas regras que poderiam melhorar o “espetáculo” para o público.
Acho pouco provável que decisões sobre a maioria desses itens já sejam feitas nesta reunião. Especialmente no quesito motores, assunto delicado, já que interfere diretamente no coração das equipes que são geridas pelas grandes montadoras, não deve se chegar a um consenso tão cedo.
Acho que é possível celebrarmos a preocupação de se aumentar a competitividade, abaixar os custos para que novas equipes possam participar da categoria e valorizar questões ambientais. Porém, espero que as pessoas que incumbidas de tomarem tais decisões não se esqueçam que a Fórmula 1 sempre se baseou na disputa não só de pilotos, mas como também de construtores. A Fórmula não pode se tornar uma categoria mono marca onde não existe desenvolvimento tecnológico e técnico.
Hamilton perto do título, mas ainda falta um pouquinho
A Ferrari sempre foi forte em Interlagos e, salvo nova surpresa, tem tudo para fazer uma dobradinha. Assegurando o resultado, o piloto brasileiro terá que torcer para que Hamilton tenha problemas durante a corrida, como:
- Um problemas técnico no carro da Mclaren;
- Um erro de Hamilton;
- A chuva, comum nesta época do ano em São Paulo, que teoricamente é melhor para Hamilton, mas que sempre é um componente novo que mexe com a classificação final, o que pode resultados em acidentes e surpresas
- Uma super corrida das Renault e BMW.
Muita coisa pode acontecer, como também pode não acontecer nada e Hamilton conseguir um conservador terceiro lugar, atrás das Ferrari, para conquistar o título (lembrando que mesmo em caso de vitória de Massa, o inglês se sagra campeão com um quinto lugar).
Massa não pode desistir do título, mas também não pode se iludir com o fato de que no ano passado Raikkonen chegou ao Brasil com os mesmos sete pontos de desvantagem para Hamilton e foi campeão. São situações bem diferentes, já que o finlandês vinha de uma boa seqüência de vitórias e contava com a briga interna da Mclaren, já que Alonso também tinha boas chances de título na última etapa. Hamilton cometeu erros pensando no espanhol, e não em Raikkonen.
De qualquer maneira, será a primeira vez na história que um brasileiro pode conquistar o título mundial correndo no país. A quarta vez seguida que a decisão acontece o Brasil. Com certeza será uma semana de GP inesquecível para os aficionados por automobilismo no país.
16 de out. de 2008
Deixa os homens trabalharem!!!
Jarno Trulli e Mark Webber, diretores da associação, disseram que além de colocarem na pauta do briefing de pilotos antes do GP da China, as manobras do piloto da Mclaren, consideradas ousadas demais, também serão discutidas com Charlie Whiting, diretor de provas da Fórmula 1.
Primeiro, Hamilton, aos poucos, parece que começa a ser visto com maus olhos por boa parte dos pilotos da Fórmula 1. Alonso, Trulli, Glock, Webber e outros, apesar de admitirem que o inglês tem talento, já mostraram descontentamento com algumas de suas atitudes dentro e fora da pista.
Segundo, a Fórmula 1 está começando a ficar um pouco puritana demais. Pune quando tem q punir, se o cara cometer um erro, deixa o cara errar, mas não se pode querer impor uma “censura” a manobras ousadas. Já está difícil vermos ultrapassagens. Daqui a pouco vamos ter punição porque o cara passou alguém sem avisar antes ou pedir “licença” pelo rádio.
Hamilton, Massa e Raikkonen, principais postulantes ao título durante a temporada (vai dizer que no começo do campeonato você acreditava no Kubica?!) cometeram muitos erros esse ano. Talvez, se não fossem essas pequenas lambanças, o campeonato já estaria definido. O nível realmente não foi dos melhores. Mas os caras estão arriscando. Já imaginou se o Hamilton tivesse ficado atrás do Raikkonen na largada em Fuji. Com certeza a corrida não teria sido tão interessante. Se o cara se complicou e perdeu a corrida é problema dele, não precisam ficar dando drive-through para ele saber que fez besteira.
O que não pode é quando o cara joga o carro deliberadamente para cima do outro como o próprio Hamilton fez este ano em Monza com Glock e Alonso e Massa fez em Hamilton em Fuji. Que me parece é o que Trulli e Webber mais reclamaram do inglês. Ai talvez até vale uma punição e um puxão de orelha. Mas por favor, sem exageros. Não vamos proibir as tentativas de ultrapassagens, senão vamos simplesmente ter um Campeonato Mundial de parada nos boxes.
13 de out. de 2008
Hamilton x Massa? Da-lhe Kubica!!
Matematicamente existe a possibilidade. Porém, todos, incluindo o próprio Kubica, sabem que tecnicamente a chance de um título do polonês é quase nula. (Só por precaução, reparem que utilizei a palavra “quase”).
Sinceramente, depois de tantas besteiras que Hamilton, Massa, Mclaren e Ferrari fizeram durante a temporada, seria sensacional o título ficar com Kubica. Mas é preciso de um pouco mais de velocidade por parte da BMW, que apesar de um bom carro, ainda está muito atrás de Mclaren e Ferrari e já tem dificuldade de ficar na frente da Renault neste final de temporada. Mas quem sabe Hamilton e Massa não ajudam mais um pouquinho?
Fórmula 1 ou escolinha de pilotagem?
A penalização deve acontecer quando um piloto ou equipe prejudica um oponente e se beneficia disso e não em qualquer erro durante a disputa. Fórmula 1 não é escola de pilotagem para ficar se tirando ponto do cara que freou dentro demais ou errou a entrada na curva. Tirando que o excesso de punições pode começar a deixar os pilotos comedidos antes de uma manobra de ultrapassagem.
No GP do Japão aconteceram três punições polêmicas. Eu concordo só com uma. A primeira do dia foi em Hamilton, que fez uma manobra desastrosa na largada após perder a ponta para Raikkonen. Hamilton tentou ultrapassar o finlandês no final da reta, deixou para frear tarde demais e acabou passando reto. Sinceramente, ele foi punido por quê? O cara já tinha se dado mal pela besteira que fez e ainda teve que pagar um drive through. Será que existe alguma regra contra o erro? Imaginem só se toda vez que alguém rodar ou sair da pista for punido? Ridículo.
A segunda punição do dia foi a de Felipe Massa. O brasileiro tinha Hamilton logo atrás, esticou a freada na entrada da chicane, perdeu a posição, cortou caminho por fora da pista e abalroou o carro do inglês. Se a manobra de Felipe tivesse sido feita por dentro da pista eu até poderia concordar no argumento de “acidente de corrida”. Mas o brasileiro passou com as quatro rodas por fora da pista e literalmente cortou caminho e causou o acidente. Ou seja, punição correta e, se bobear, até um pouco branda.
A última punição do dia foi concedida após o término da prova à Bourdais. O francês da Toro Rosso dividiu a curva com Massa após sair dos boxes e o ferrarista acabou rodando. Os dois entraram juntos na curva e se tocaram porque Felipe tentou uma manobra mais arrojada, por fora, e acabou rodando. Bourdais foi punido por que não entregou a posição. Quer coisa mais ridícula que isso? Felipe também não poderia ter sido punido pelo mesmo motivo que Hamilton não deveria ter sido na largada: fez bobagem, rodou e por isso já pagou seus pecados.
Agora só espero que a decisão final do campeonato não seja tomada pelos comissários. Deixem os caras guiarem!!
O que dizer de Alonso?
O que mais me impressionou foi, pouco depois do primeiro pit stop, a sua percepção que a corrida poderia ser sua. “O que precisamos fazer para a vitória?”, perguntou para seu engenheiro que respondeu que Kubica era o adversário e que ele precisaria pisar fundo.
Alonso pisou e levou. O que mais querem de um piloto? Impossível querer mais.
10 de out. de 2008
Tá caro...
No último final de semana aconteceu no kartódromo Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, a 8ª etapa do Campeonato Paulista Light de kart. Um campeonato que deveria ser o mais bem sucedido do Brasil, com grids cheios e corridas maravilhosas. Mas a realidade não é bem assim.
Das oito corridas que aconteceram, só duas tiveram um grid respeitável: cadete, com 21 karts, e Sprint A, com 25. As outras não passaram de 11 pilotos na pista, sendo que Júnior teve seis!! É bom lembrar que a categoria cadete, por ser a dos pilotos mais jovens, tudo é mais barato e o “paitrocínio” é mais acessível para uma parcela maior de pilotos. E no caso da Sprint A, esse final de semana em específico foi a última classificatória da Seletiva Petrobrás, competição onde pilotos tentam em seis etapas um lugar em uma grande final, que acontece em novembro, com 12 competidores, com um prêmio de 100 mil reais.
Bom prêmio. Estimula o kart nacional. O engraçado foi um conversa após a prova, quando o assessor de imprensa da seletiva me falava que a grande premiação equivaleria a uma temporada na Stock Jr. e o pai de um dos meninos que se classificou retrucou:
- A temporada da Stock Jr. custa uns 150 né!!! 100 mil é o que eu pus nele esse ano no kart.
Ta caro andar de kart no Brasil. Os grids estão ficando vazios e as iniciativas de se fazer automobilismo barato não estão tendo a atenção e o apoio devido da CBA e da FASP. Algo tem que ser feito para que automobilismo seja um esporte acessível a quem goste e tenha algum dinheiro sobrando para investir, mesmo que seja somente por hobby, e não só de milionários ou ligados à patota.
6 de out. de 2008
Na dança das cadeiras, todo mundo continua sentado na sua
O movimento fecha uma importante porta para Alonso, que aos poucos vai ficando cada vez mais limitado a uma renovação com a Renault. A confirmação do espanhol em sua atual equipe pode levar a outra equipe renovar com seus atuais pilotos: a Honda, já que as principais conversas dos japoneses (?!) aconteciam com Heidfeld (confirmado na BMW) e com Alonso. Além disso, terminaria com os boatos de uma demissão (pelo menos em 2009) de Raikkonen da Ferrari.
Até o momento, a única mudança confirmada para 2009 é de Vettel no lugar de Coulthard, que anunciou sua aposentadoria durante a temporada. O que por conseqüência óbvia causará uma mudança na Toro Rosso, atual equipe do alemão prodígio.
Por enquanto, apesar de muito papo, parece que serão poucos movimentos relevantes para a temporada 2009.
2 de out. de 2008
Manutenção na Williams fecha mais uma porta
Como o próprio site diz, é um movimento no mercado que complica a vida de alguns pilotos que buscam uma vaga na próxima temporada, especialmente os brasileiros Bruno Senna, Nelson Piquet e Rubens Barrichello. Isso porque além de terem um lugar a menos para tentarem ocupar, alguns fortes candidatos serão mantidos à solta, como Heidfeld, Sato e a molecada da GP2.
A dupla de jovens pilotos da Wililams marcou 26 pontos na temporada e está apenas na 8ª posição no mundial de construtores. O resultado final pode ser considerado pífio, mas se pensarmos no equipamento que a equipe tinha...
A dupla é rápida, mas sempre gostei de equipes que possuem pelo menos um piloto que tenha um pouco mais de experiência de acerto do carro. Talvez tenha faltado isso na Williams este ano, já que além de dois jovens nos GP’s, o piloto de teste, que seria (teoricamente) o responsável pelo desenvolvimento do carro é o alemão de 20 anos Nico Hulkenberg (que segundo a nota no site oficial da equipe, também foi mantido para 2009).
No final, o que deve ter pesado mesmo para decisão foi o custo de uma troca. Segundo alguns órgãos da imprensa internacional, a Williams estaria acumulando dívidas nas últimas temporadas. A dupla de pilotos atual não tem resultados muito expressivos na temporada (a exceção foi o ótimo segundo lugar de Rosberg na etapa de Cingapura), mas já mostrou que quando o carro anda um pouquinho eles são combativos. Por isso mesmo, é melhor do jeito que está.
1 de out. de 2008
A1GP começa neste domingo “powered by Ferrari”
A equipe brasileira, comandada por Emerson Fittipaldi e que apesar de uma vitória aqui e outra ali nunca decolou, terá como piloto esse ano o jovem Felipe Guimarães, que teve boa carreira no kart (tri campeão pan-americano e brasileiro e penta campeão da Copa Brasil). No automobilismo conquistou em 2007 duas vitórias na Fórmula Sul americana e em 2008 correu duas provas na Fórmula 3000 européia (Para quem quiser saber mais, a Revista Racing traz pequena matéria sobre o assunto na edição que chegou às bancas hoje).
30 de set. de 2008
Substituição na Renault: sai Piquet, entra di Grassi
A matéria de Jonathan Noble diz que além da má temporada de Piquet, Lucas teria impressionado a equipe francesa durante uma bateria recente de três dias de testes em Jerez.
Inclusive, Piquet já teria sido oferecido à Toro Rosso. A equipe italiana, segundo time da Red Bull, não se interessou, já que estaria fechando com Buemen ou Bruno Senna, jovens que chegam da GP2, e gostaria de ter um piloto mais experiente no outro cookpit (circula em alguns meios que existe interesse em Rubens Barrichello).
A estréia na Fórmula 1 sempre é um momento difícil. Nenhuma das categorias de acesso (F-3, GP2, F-Renault...) se assemelha à complexidade e pressão da categoria máxima. O carro da Renault também não ajudou Nelsinho, que correndo em uma das mais vitoriosas marcas da história da Fórmula 1, recebeu toda a pressão por bons resultados sem ter equipamento para tanto.
Isso tudo é verdade, mas a realidade é que mesmo com todos estes atenuantes, a temporada do filho do tricampeão mundial foi decepcionante. Más atuações e acidentes foram resultados constantes nos finais de semana e GP. Além disso, Alonso tem conseguido arrancar resultados até mesmo surpreendentes do carro da Renault, apesar de a comparação com o bicampeão mundial ser injusta. Mas a Fórmula 1 é assim. O primeiro adversário a ser batido é o companheiro de equipe. É só nos lembrarmos da estréia de Hamilton, em 2007, que minou o próprio Alonso, na Mclaren, durante a temporada.
O que piorou ainda mais a situação de Piquet foi a temporada sensacional de Lucas di Grassi na GP2 que, mesmo sem participar das seis primeiras etapas, acabou ficando na terceira posição do campeonato, a um ponto do vice campeão. Eu mesmo defendi aqui inúmeras vezes que di Grassi era o piloto que merecia alguma chance na Fórmula 1.
Caso a notícia se confirme, o que seria de Nelsinho Piquet? Se o negócio com a Toro Rosso não der certo, o brasileiro não tem muitas opções. As equipes que ainda têm vagas disponíveis são Willams, Honda e Force Índia. Talvez a Toyota. BMW é um caminho improvável e Red Bull já fechou sua dupla (Vettel e Webber). O caminho pode acabar sendo uma renovação com a Renault como piloto de testes para se manter próximo da categoria e aguardar nova chance.
28 de set. de 2008
Briatori: “Finalmente, cazzo!!”
E apesar da vitória de Alonso, a corrida de Cingapura ficará marcada por mais uma trapalhada da Ferrari que parece fazer de tudo para não levar o título deste ano. A luz verde acendeu e Massa saiu dos boxes. Mas o piloto brasileiro, que fazia mais uma ótima corrida na liderança, não sabia que levava consigo um lastro inesperado: a mangueira de combustível.
A equipe liberou Felipe antes da hora e, mesmo que a mangueira de combustível já estivesse desconectada do carro e não tivesse causado o acidente, o brasileiro seria (como foi) punido por uma saída perigosa dos boxes, já que quase bateu em um carro da Force Índia. Aliás, mesma punição que deveria ter recebido em Valência quando a Ferrari também soltou Felipe antes da hora e quase causou um acidente.
O tal farol que libera os pilotos da Ferrari dos boxes pode ser o problema. Pode. Mas eu acredito que o problema mesmo é o mecânico que aciona o equipamento. O instrumento em si me parece que, se bem utilizado, até agiliza a saída do pit (para se ter certeza, um estudo comparativo entre o reflexo do piloto ao farol e ao tradicional pirulito teria que ser feito).
A verdade é que no final das contas o prejuízo foi grande. Mas é importante que se diga que não é irreparável. Faltam três provas para o final da temporada e a diferença de Hamilton para Massa é de sete pontos. O campeonato tem sido muito maluco e tanto pilotos como equipes vem cometendo muitos erros. Difícil prever o que pode acontecer. O que é certo é que a Ferrari não pode mais errar.
Seis vezes Valentino
E como de costume, em mais uma prova deliciosa para o espectador da MotoGP, Valentino não deu muitas chances para a concorrência e atacou nos momentos certos mostrando maturidade e agressividade na hora e medida certa. Ensinamentos que faltam para os principais pilotos da Fórmula 1, por exemplo, e que Rossi mostrou saber de cor.
As primeiras voltas com Dani Pedrosa na liderança seguido de muito perto por Stoner e Valentino foram simplesmente sensacionais para quem gosta de qualquer esporte a motor. Os três andaram embutidos por várias voltas até que Pedrosa perdesse a liderança para os dois pilotos que vinham atrás na mesma curva. Depois a disputa ficou entre os dois candidatos ao título, e, mesmo nem precisando, Rossi cozinhou Stoner e o ultrapassou na hora certa para chegar a mais uma vitória.
Rossi sem dúvida é um dos maiores gênios da história do motociclismo e do esporte a motor em geral.