14 de jan. de 2010

Despedida de Lisboa e chegada à Valência

Começando transmissao de mais um boletim da minha aventura europeia, agora, direto de Valência, na Espanha.

Primeiro, gostaria de avisar os navegantes que alguns erros de digitaçao irao acontecer nos próximos posts e vao se tornar cada vez mais comuns. Quem já veio à Europa sabe que a configuraçao dos teclados é bem diferente da nossa. Aqui em Valência, por exemplo, nao tem til e eu nao to afim de ficar alterando para depois ter que lembrar de voltar. Espero que compreendam.

Bem, antes de falar sobre a chegada à Valência quero contar um pouco da última noite em Lisboa. Depois que atualizei o blog, mandei alguns e-mails e me informei do que está acontecendo no mundo (e esse terromoto no Haiti, hein? Que tragédia...), fiquei na sala comum do albergue lendo um pouco e esperando ver o que acontecia por ali. Logo chegaram o Henrique, brasileiro de Ribeirao Preto que estava ficando no meu quarto, e a Maria, a sueca que também estava conosco. A irma do Henrique estava se sentindo bem mal e o pessoal do Hostel mudou ela para um quarto privativo para os outros hóspedes do quarto (no caso, nós) ficarem desconfortáveis dormindo com uma pessoa doente. Achei um atitude legal. Aliàs, elogiei tanto o hostel e até agora nao dei o nome. É Rossio Hostel, que fica na calçada do Carmo. Dà para encontrar fàcil no Hostelworld.com.

Bem, ficamos conversando na sala do albergue entao. Henrique nos contou parte de sua viagem sensacional, em que passou pelo Marrocos e ficou em um algergue dentro de Medina. Experiência bem legal.

Depois de um tempo chegaram o Pedro e a Fernanda, outra brasileira que estava ficando no albergue (como tem brasileiro viajando! Impressionante!). Trocamos vàrias experiências. Na verdade, eu era o ùnico em inìcio de viagem, entao foi bom para pegar umas dicas, principalmente de hostels.

Quando deu mais ou menos meia noite, eu e o Pedro resolvemos dar uma volta e conhecermos o Bairro Alto, que tanto nos falaram. Estava uma noite até que agradável, sem chuva e um friozinho bem tranquilo.

O bairro me lembrou Ouro Preto, com ruas bem estreitas, de paralelepìpedo, e calçadas de no máximo meio metro. Tem vários bares espalhados, todos pequenos. Encostamos em um que estava rolando um som ao vivo muito bom. O bar tinha uns cinco metros de largura por uns 15 de comprimento, no máximo. O balcao ocupava uma àrea disso ainda. A banda, formada por um baterista, um guitarrista e um vocalista com um violao ficava bem no meio. Para cegar no balcao para pedir algo tinha que pedir licensa para o guitarrista, no meio do solo do cara. A cerveja era Sagres, o que dá no mesmo de tomar um copa de água. Custava um euro e cinquenta cents. O som da banda era sensacional, foi de Beatles e Elvis até mùsica brasileira como Marisa Monte.

Estávamos bem na entrada do bar e comecei a conversar com o porteiro, uma figura ótima chamada Rui. Perguntei da banda e ele me disse algo que me impressionou. “Eu pego os mùsicos da casa na rua. Dou oportunidade para essa turma que fica tocando nas praças. Essa è a segunda vez que esses caras estao tocando juntos na vida”, falou. Na hora nao acreditei, mas depois, reparando melhor no biotipo dos três, achei bem plausìvel. O vocalista era um negro, com uma voz grave e rouca, que parecia que tinha vindo de Chicago ou coisa parecida. O guitarrista, deveria ter entre quarenta e muitos e cinquenta e poucos, parecia aqueles alemaes meio doidos, branco com o cabelo vermelho e todo estiloso para tocar. E o baterista, um baixinho troncudo, que se nao era português, era espanhol. Muito legal mesmo.

A maioria do pessoal no bar me pareceu ser de turistas jovens, que ficam nos albergues da ciade.

Pena que quando deu duas da manha, o Rui mandou a banda parar e disse aos clientes que era hora de fechar e para todos irem embora. Na Europa é assim mesmo.

Acordei hoje, tomei meu café da manha, e fui para o aeroporto, de ônibus, para pegar meu vôo para Valência. O aviao era pequeno, segundo o cartao de informaçoes, tem 20 metros de comprimento. Mas a viagem foi bem tranquila e durou exatamente uma hora. O tempo estava bom tanto em Lisboa quanto em Valência.

A chegada foi uma delìcia. O aviao cruzou duas vezes a cidade antes de aterrizar e deu para ver o autódromo, as praias (lindas, por sinal), o porto onde é realizada a corrida de Fórmula 1, o estádio do Valência e a visao aérea do centro velho, que logo me encantou. Desci bastante motivado, me informei como cegar ao hostel no balcao de informaçoes turísticas e segui rapidamente. Achei o albergue fácil. Ele está em um beco, atrás da “Lonja”, prédio que eu sei que é tombado pela UNESCO, mas que ainda vou me informar melhor o que representa. É bem no meio da “cidade velha”.

Após o check-in saí como um doido querendo conhecer a cidade. Ela é pequena, nao tem muitas atraçoes turísticas, mas é extremamente agradable. Realmente me encantou. A arquitetura vai de um medieval ao moderno, com muita tranquilidade e muitas cores. Para falar a verdade, nesta tarde na cidade praticamente já andei o centro histórico inteiro, de tao legal. O portao da cidade, dos tempos medievais, a praça da prefeitura, e o Mercado de Colombo foram os destaques. Mas legal mesmo é andar pela cidade. As pessoas me pareceram simpáticas também e bem modernas no jeito de se vestir e se portar. É uma cidade com o astral bem para cima.

Amanha, a ideia é ir à famosa Cidade das Artes e ao porto, onde acontece a Fórmula 1. Continuem acompañando e mandando dicas, sugestoes e perguntas.

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